A Fisioterapia está presente na vida de muitas pessoas. Normalmente é a primeira coisa que vem à mente de quem tem sintomas como dor nas costas ou então sofreu alguma fratura. Mas você sabia que a Fisioterapia também pode te ajudar a respirar melhor?
Saiba como o acompanhamento profissional pode auxiliar pessoas na prevenção de doenças, além de melhorar a condição de saúde de pacientes!
A fisioterapia respiratória pode ser indicada em casos onde há dificuldade respiratória ou sintomas de falta de ar. Também pode ser indicada em casos mais graves como necessidade de oxigênio suplementar e alterações respiratórias que atrapalhem o sono.
São muitas as causas das doenças respiratórias e o(a) fisioterapeuta pode atuar diretamente em algumas delas.
Entre elas o acúmulo de muco ou secreção nas vias aéreas, na mecânica respiratória — trabalhando a musculatura e a postura para melhorar a respiração — promoção da higiene pulmonar — eliminando a secreção ou muco — melhora da capacidade respiratória e também a prevenção do surgimento de doenças respiratórias.
A técnica a ser realizada pelo fisioterapeuta vai depender da avaliação e do quadro do paciente, que vão determinar a causa e o objetivo da intervenção.
Entretanto, alguns casos podem ser crônicos e decorrentes de diversas condições. Como a exposição constante à poluição e também por hábitos prejudiciais, como fumar, que ao longo dos anos podem deixar o pulmão menos elástico e, então, mais suscetível a doenças.
O profissional poderá orientar exercícios ativos, em que o paciente os executa com alguma ou nenhuma ajuda do(a) fisioterapeuta. Nesse caso, pode ser feita em pacientes acamados, utilizando de técnicas manuais, que são feitas no corpo do paciente.
Além disso, poderão ser utilizados alguns aparelhos desenvolvidos para tornar a terapia mais lúdica e trazer maior resposta visual ao exercício que está sendo realizado, com efetividade terapêutica.
A Fisioterapia respiratória é indicada tanto para prevenir o surgimento de doenças pulmonares para pacientes acamados, ou com mobilidade reduzida, ou então como tratamento dessas doenças pulmonares como bronquite, asma, pneumonia, entre outras.
Profissionais fisioterapeutas respiratórios avaliam, promovem e restauram a funcionalidade pulmonar de pacientes em internamento hospitalar, inclusive em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Assim, ocorre o acompanhamento diário, até a alta.
Inclusive, os(as) fisioterapeutas respiratórios atuam em pós-cirúrgicos, principalmente na região do tórax e braços, para prevenir que a dor e a incisão cirúrgica limitem a função respiratória.
Ainda após a alta hospitalar o paciente pode necessitar de acompanhamento domiciliar, que poderá ser temporário ou prolongada. Em casos de doenças crônicas, a Fisioterapia Respiratória é indicada para prevenir que doenças pulmonares possam causar internações frequentes.
O objetivo da terapia é melhorar a oxigenação, diminuir o esforço e a dificuldade respiratória para pessoas de qualquer idade.
Entretanto, crianças e idosos são mais sensíveis para doenças respiratórias e merecem uma maior atenção, pois o acompanhamento precoce pode fazer diferença na prevenção de complicações.
Algumas técnicas necessitam de um acompanhamento direto de um profissional. Pois a avaliação física do paciente e o progresso do tratamento são fundamentais para determinar a conduta terapêutica de cada sessão.
Logo após o nascimento, bebês prematuros e que permanecem internados em UTI Neonatal, já podem receber técnicas de Fisioterapia Respiratória.
Indicada para o acompanhamento do desenvolvimento até a alta para casa, tanto na prevenção do surgimento de doenças respiratórias como também na adequação da mecânica (função) respiratória.
As técnicas atuam diminuindo o esforço e a dificuldade em respirar, de forma que ela ocorra independente de aparelhos como ventilação mecânica, melhorando a oxigenação e trazendo conforto nesta fase tão importante para o desenvolvimento infantil.
Na terceira idade, os problemas pulmonares simples podem ter uma consequência longa e de maior gravidade, pois o organismo muitas vezes já está fragilizado.
Então, nessa fase da vida, é muito importante prevenir doenças infecciosas, como a pneumonia, sabendo que as doenças respiratórias estão entre as três causas de morte entre idosos.
Por isso, a Fisioterapia Respiratória pode ser grande aliada para prevenir as complicações que podem surgir nessa idade. Isso tem importância principalmente quando o idoso ou idosa já apresenta outras doenças, como Acidente Vascular Encefálico (AVE), problemas cardíacos, Alzheimer e Parkinson, que são muito comuns.
Alguns cuidados devem ser tomados durante a aplicação das técnicas, pois é preciso que o(a) paciente tenha um bom entendimento dos comandos para que realize os exercícios sozinho. Quando isso não é possível, em pacientes acamados(as), por exemplo, é importante que a força aplicada no tórax não cause lesões na pele sensível.
O exercício da respiração promove o relaxamento de tensões musculares, com isso, a melhora da mecânica respiratória otimiza a oxigenação dos tecidos do corpo.
O paciente tende a melhorar a capacidade respiratória já durante a sessão, mas também pode-se trabalhar a prevenção de doenças respiratórias.
As técnicas são utilizadas para desobstrução e higiene brônquica, também para a expansão pulmonar. O fortalecimento e relaxamento da musculatura envolvida na respiração podem ser associados ou não.
Os exercícios podem variar de acordo com as necessidades de cada paciente. É necessário buscar um(a) profissional habilitado(a) para uma avaliação pulmonar, indicação e acompanhamento de Fisioterapia Respiratória individualizada.
Porém, alguns exercícios empregados no tratamento são:
O freno labial é uma técnica bastante difundida e que pode ser utilizada quando há falta de ar leve e para retornar à frequência respiratória aos níveis normais. Em geral, o procedimento ocorre da seguinte maneira:
A respiração diafragmática é percebida pela movimentação do abdômen durante a inspiração e a expiração.
O diafragma é o principal músculo da respiração e neste exercício há o estímulo de uma respiração relaxada, confortável e sem esforço, que deve ser realizada lentamente e com a concentração voltada para o exercício.
A chamada musculatura acessória da respiração é ativada quando precisamos respirar mais profundamente, como quando corremos e ficamos ofegantes. Ou seja, o corpo utiliza outros músculos além do diafragma para melhorar a respiração quando estamos com falta de ar.
Porém, o uso frequente dessa musculatura pode levar à fadiga e encurtamento muscular.
Como a musculatura da região do pescoço tem influência sobre a respiração, os exercícios de alongamento da região cervical ajudam no relaxamento e na respiração mais profunda. E ajudam também a diminuir a tensão e a sensação de falta de ar.
Para realizá-los:
Evite segurar a tosse, pois ela é um dos meios de retirar o muco liberado após a aplicação, sendo muito eficaz para limpar o pulmão.
Além disso, colocar a mão no abdômen ou então abraçar um travesseiro pode ajudar a ter uma tosse mais eficaz, principalmente em casos de pós-cirúrgico, pois dá um conforto maior e diminui a dor durante o movimento.
Entre as atuações de profissionais de fisioterapia está a área respiratória. Com atenção e cuidado, fisioterapeutas habilitados(as) auxiliam na manutenção, recuperação e prevenção de diversas condições que podem afetar a integridade pulmonar ou dificultar a respiração.
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Rafaela Sarturi Sitiniki
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