A placenta baixa, condição também conhecida como placenta prévia, é um problema que consiste no deslocamento ou crescimento anormal da placenta, que acaba ficando mais próxima do colo do útero.
Se o diagnóstico ocorrer no início da gestação, pode ser que até o final da gestação a placenta volte para o lugar correto. No entanto, por oferecer riscos à saúde da gestante e do feto, deve ser uma condição diagnosticada e tratada.
Por isso, é preciso estar atenta aos sintomas. Confira abaixo quais são eles e também os fatores de risco para essa condição:
A placenta é um órgão existente apenas durante a gestação. É responsável por envolver e aconchegar o feto dentro do útero. Durante toda a gravidez, terá um papel muito importante nutrindo o bebê, pois leva nutrientes, gorduras e glicose presentes no sangue materno para ele.
Também faz o transporte do oxigênio para o feto, elimina os dejetos do bebê e é capaz de produzir hormônios importantes para o metabolismo da gestante (HCG, que confirma a gravidez nos exames).
Além disso, a placenta faz com que o sistema imunológico da gestante não entenda que o feto é um intruso, protegendo-o.
Ela também funciona como uma barreira protetora contra bactérias, vírus e parasitas.
Também pode oferecer proteção física, pois, junto à bolsa de líquido amniótico, a placenta consegue suavizar possíveis impactos externos, além de proteger o bebê de mudanças bruscas de temperatura.
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A placenta baixa (placenta prévia) é a condição em que o órgão se desloca e fica anexado cobrindo o colo do útero. Esse deslocamento pode acabar cobrindo o cérvix (colo do útero) de forma parcial (placenta prévia parcial) ou completa (placenta prévia completa).
Na grande maioria das gestações, a placenta está anexada na lateral ou no topo do útero. Mas, devido a alguns fatores de risco, a mulher pode apresentar a placenta baixa como complicação.
No caso das gestantes diagnosticadas com placenta prévia parcial, muitas vezes, a condição se resolve sozinha. Mas, na placenta prévia total, todo o colo do útero é coberto, o que dificulta a resolução espontânea antes do parto.
Em todos os casos, o acompanhamento do médico é obrigatório, pois a placenta baixa pode causar sangramentos e hemorragias durante a gestação e no parto.
Essa condição geralmente é diagnosticada no segundo trimestre de gestação. Ainda nessa fase, é possível que a placenta retorne para a parte de cima, liberando a abertura do colo do útero para o parto.
Em casos raros, a condição persiste até o fim da gestação, o que pode ser confirmado em exames de ultrassom, por volta das 32 semanas.
Nesses casos, o exame feito para diagnosticar a placenta baixa é a ultrassonografia transvaginal (em que o aparelho é inserido pelo canal vaginal), pois com a gestação avançada é mais difícil de visualizar a parede uterina através da ultrassonografia abdominal.
Se houver sangramentos durante a gestação, o médico deve orientar a gestante a manter-se em repouso absoluto. A gestante deverá dar uma pausa no trabalho ou em qualquer atividade física que exija muito esforço.
O parto vaginal pode ser uma opção inviável quando a placenta não retorna para o local normal, especialmente na placenta prévia total. Por isso, é importante que a gestante saiba que o parto cesárea pode ser considerado.
A placenta baixa é uma condição que não manifesta muitos sinais. O principal, que pode indicar esse posicionamento anormal do órgão, são sangramentos indolores pelo canal vaginal (como uma menstruação).
Normalmente, esses sangramentos ocorrem com a gravidez mais avançada, durante o segundo trimestre. Podem ocorrer também logo após as relações sexuais.
A mulher nessa condição também pode sofrer com cólicas semelhantes às menstruais.
Diante de qualquer sinal como esses, a gestante deve procurar aconselhamento médico assim que possível.
Quando acontece a fecundação do óvulo, começa também o desenvolvimento de estruturas fundamentais como o embrião e a placenta. A placenta normalmente fica próxima do fundo da cavidade uterina ou na região corporal, mas sempre longe da cavidade interna do colo do útero.
É possível que aconteça uma implantação da placenta na região mais baixa da cavidade uterina e isso favorece o deslocamento posteriormente, mas não é possível afirmar que é a causa em todos os casos de placenta prévia.
Por isso, ainda não se sabe ao certo qual a causa exata da placenta baixa, seja ela parcial ou total.
No entanto, existem alguns fatores de risco que estão relacionados à persistência da condição. Os principais estão relacionadas a condições físicas e hábitos da gestante:
Nem todos os casos de placenta baixa exigem um tratamento específico, pois a condição pode normalizar-se até o fim da gestação. Por isso, a mulher pode ter apenas que reduzir o ritmo das atividades de sua rotina e manter-se em repouso.
Ao receber o diagnóstico, o mais importante é que ela busque ficar tranquila, descansar bastante e evite atividades que possam desencadear os sangramentos.
Dependendo do caso, o médico pode orientar a gestante também a evitar relações sexuais com penetração, pois a prática pode desencadear sangramentos.
Também é fundamental que a mulher fique atenta a outros sintomas, como cólicas fortes ou contrações. Se sentir algo anormal, deve buscar ajuda médica o quanto antes.
O monitoramento do bebê e da gestante ao longo da gestação é indispensável, pois a placenta baixa pode significar um risco maior de hemorragias e até mesmo de parto prematuro.
Em casos raros, se houver sangramentos intensos, a mulher pode precisar de internamento, transfusão de sangue, medicação e até mesmo ter o parto antecipado.
Nos casos de placenta prévia total, em que todo o colo do útero é coberto, recomenda-se também o parto cesárea para prevenir complicações para a saúde da gestante e do feto.
A placenta baixa é uma complicação que pode afetar as gestantes e que precisa de cuidados e acompanhamento médico constante. Se não diagnosticado, pode representar riscos para a saúde da mulher e do feto.
Se você está grávida e percebeu algum sintoma que possa significar alguma complicação, procure o médico obstetra assim que possível.
Obrigada pela leitura e compartilhe essas informações para que mais pessoas conheçam os riscos da placenta baixa!
Rafaela Sarturi Sitiniki
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