O estrogênio e a progesterona são hormônios essenciais no corpo feminino, desempenhando papéis fundamentais na regulação e manutenção de diversas funções orgânicas.
Enquanto o estrogênio é responsável pelo desenvolvimento das características sexuais secundárias femininas e pelo controle do ciclo menstrual, a progesterona desempenha um papel crucial na preparação do útero para a gravidez e na manutenção da gestação.
Não somente isso, esses hormônios desempenham outras funções vitais, incluindo a regulação da densidade óssea, saúde cardiovascular e bem-estar emocional.
Nesse artigo o assunto foi explorado mais a fundo, trazendo informações sobre a importância desses hormônios no organismo feminino e como seu equilíbrio influencia a saúde. Continue lendo para saber mais!
Índice:
De maneira geral, os hormônios servem para manter a homeostasia (equilíbrio) das ações do nosso corpo. Estão no nosso organismo com função de regular o metabolismo, humor, estresse, glicose, controle de crescimento, desenvolvimento sexual, características pessoais e muito mais.
Caracterizado como mediadores químicos produzidos pelo sistema endócrino, que é composto por glândulas endócrinas espalhadas pelo corpo, começam a atuar quando essas glândulas secretam os hormônios diretamente na corrente sanguínea.
O estrogênio e a progesterona são dois hormônios importantes principalmente nas mulheres, ambos trabalham em conjunto para regular o ciclo menstrual, preparar o corpo para a gravidez e apoiar o desenvolvimento saudável do sistema reprodutivo feminino.
É responsável também pelas características secundárias femininas, como: desenvolvimento das mamas, distribuição de gordura e pêlos pelo corpo. Ativo durante a puberdade por volta da primeira menstruação, estimula o amadurecimento dos órgãos sexuais femininos, como os ovários,trompas de falópio, útero e vagina.
Estimula o crescimento e a maturação dos folículos ovarianos, que contêm óvulos. Além disso, ajuda a engrossar o revestimento uterino (endométrio) para prepará-lo para a gravidez. Contribui também na manutenção da saúde óssea e na prevenção da perda óssea, sendo essencial para a saúde dos ossos.
O hormônio é produzido pelos ovários e desempenha um papel essencial em diversas funções do organismo, com receptores principalmente no cérebro e nos ossos. O corpo vai parando de produzir estrogênio no início do climatério e para definitivamente após a menopausa.
A progesterona é produzida pelos ovários a partir de uma glândula endócrina chamada corpo-lúteo. Conhecida como hormônio da gravidez, desempenha um papel fundamental para uma gestação saudável.
Normalmente, a progesterona possui funções vitais na regulação do ciclo menstrual e na preparação do útero para a gestação. Ela é responsável por estimular as células do endométrio (mucosa que reveste a parede do útero), e quando seus níveis diminuem, o tecido endometrial começa a descamar, desencadeando a menstruação.
Ajuda a equilibrar o efeito do estrogênio durante o ciclo menstrual, impedindo o crescimento excessivo do endométrio e preparando-o para a menstruação caso a gravidez não ocorra.
Além disso, esse hormônio prepara o útero para uma possível gestação. Se a fertilização ocorrer, a progesterona continuará a ser produzida para manter o revestimento uterino e fornecer um ambiente adequado para o desenvolvimento do embrião e do feto.
Durante a gravidez, a progesterona age como um dos principais inibidores prolactina, fundamental para a produção de leite nos seios. Isso é importante para garantir que o leite materno não seja secretado prematuramente, antes do nascimento do bebê.
O desenvolvimento do tecido mamário durante a gravidez também é crucial para a produção de leite materno após o parto. À medida que os hormônios progesterona e estrogênio promovem o crescimento e a preparação do epitélio mamário durante a gestação, as glândulas mamárias se preparam para a secreção de leite.
O aumento dos níveis de prolactina e a diminuição da progesterona permitem que o leite seja produzido em quantidades suficientes para atender às necessidades do recém-nascido.
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Esses hormônios desempenham funções cruciais no sistema reprodutor feminino e em outros aspectos do organismo. A falta de estrogênio e progesterona pode levar a uma série de mudanças e problemas no corpo, principalmente em mulheres em idade reprodutiva.
Os sintomas mais comuns incluem distúrbios do sono, cansaço excessivo, ondas de calor, ganho de peso e alterações de humor, como ansiedade, irritação e risco aumentado de depressão.
Uma das principais causas da falta de estrogênio é a menopausa, que ocorre naturalmente à medida que as mulheres envelhecem. A menopausa é marcada pela interrupção dos ciclos menstruais e pela diminuição significativa da produção de estrogênio pelos ovários.
Durante esse período, é comum aparecer sintomas, como ondas de calor, suores noturnos, alterações de humor, insônia, ressecamento vaginal e diminuição da libido.
Como a progesterona está ligada à fertilidade, sua escassez no corpo pode dificultar a implantação do óvulo fertilizado no endométrio e, consequentemente, causar problemas para engravidar. Infelizmente, contribui também o risco de aborto espontâneo, caso haja a fecundação.
A diminuição desses hormônios também pode estar associada a certas condições médicas e fatores que podem afetar negativamente a saúde geral, como:
Além disso, a idade, o histórico médico e outros fatores também podem influenciar a gravidade. Destaca-se que cada pessoa é única, e a falta de estrogênio e progesterona pode afetar as pessoas de maneiras diferentes.
Caso haja suspeita de problemas hormonais ou sintomas significativos, é importante consultar um profissional de saúde para uma avaliação adequada e aconselhamento sobre opções de tratamento e manejo dos sintomas.
Existem terapias hormonais e outras intervenções podem ser indicadas para aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida em casos de deficiência hormonal.
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Estrogênio e progesterona em excesso, também conhecido como hiperestrogenismo e hiperprogesteronas, pode levar a uma série de efeitos e alterações no corpo, afetando tanto homens quanto mulheres.
No caso do hiperestrogenismo, é capaz de levar a alterações no ciclo menstrual, resultando em menstruações irregulares, mais frequentes ou mais abundantes. Em alguns casos, o hiperestrogenismo pode estar associado ao ganho de peso, principalmente devido à retenção de líquidos e mudanças metabólicas.
Intensificando os sintomas pré-menstruais, como inchaço, dores nas mamas, alterações de humor e irritabilidade. Associado também ao desenvolvimento do câncer de mama, especialmente quando associado a outros fatores de risco.
O excesso de progesterona também pode levar a ciclos menstruais irregulares, aumento de peso e dores nas mamas. Porém, somados a inchaços, enjoos, fadiga, indisposição e redução do desejo sexual.
O desequilíbrio desses dois hormônios pode ter várias causas, como síndrome dos ovários policísticos (SOP), tumores ovarianos ou hormonais e uso inadequado de medicamentos hormonais, em casos mais graves, juntamente com outras condições clínicas, pode indicar câncer de ovário e de endométrio.
Leia mais: Nova terapia para câncer de mama reduz a taxa de mortalidade.
O médico, após uma avaliação criteriosa, determinará se será necessário ou não a reposição de hormônios, indicando a dosagem, a forma de administração e o tempo de uso. É essencial passar por reavaliações periódicas para ajustar a dose do tratamento.
Nem sempre a reposição hormonal é indicada, principalmente para mulheres com histórico de câncer de mama, útero, ovário ou outros tipos de câncer hormônio-dependentes. Nestes casos, há a possibilidade de estimular o crescimento desses tumores.
Juntamente a pessoas que sofrem de doenças hepáticas graves ou disfunção hepática não controlada, doenças cardiovasculares pré-existentes, como infarto e AVC.
Portanto, é fundamental buscar o acompanhamento de um médico especializado para realizar avaliações adequadas. Durante a consulta, será discutido o histórico de saúde e necessidades individuais, a fim de determinar se será feito ou não a reposição hormonal.
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O adequado funcionamento entre estrogênio e progesterona é fundamental para a manutenção da saúde e bem-estar das mulheres. Porém, desequilíbrios hormonais podem ocorrer ao longo da vida, como na menopausa, e podem impactar significativamente a qualidade de vida.
Nesses casos, a reposição hormonal pode ser uma opção para aliviar sintomas e melhorar a saúde geral. Antes de iniciar qualquer tratamento hormonal, busque orientações de um médico especializado em endocrinologia e ginecologia para uma avaliação completa.
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Kayo Vinicius Ferreira Forte
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