Saúde

Doação de leite materno: como funciona? Como coletar e FAQ

Publicado em: 20/03/2018Última atualização: 26/11/2020
Publicado em: 20/03/2018Última atualização: 26/11/2020
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Uma gota de leite materno pode ser algo pequeno para a maioria das pessoas, mas, para outras, essa gotinha pode significar salvar vidas.A doação de leite materno é uma ação ainda pouco discutida e incentivada. Por não ter acesso às informações, muitas pessoas não sabem da importância desse gesto para milhares de crianças e até mesmo para a saúde da mulher.Como um exercício de empatia ou uma ação de saúde pública, a doação de leite materno é uma atitude necessária.No texto a seguir, você entenderá como funciona esse processo e quais os passos a lactante deve percorrer. Boa leitura!Índice — neste artigo você encontrará as seguintes informações:
  1. O que é a doação de leite materno?
  2. Quem recebe essas doações?
  3. Benefícios da doação de leite materno e da amamentação
  4. Quem pode doar?
  5. O que fazer para ser uma doadora?
  6. Como preparar o frasco para coleta?
  7. Como funciona a ordenha?
  8. Como armazenar?
  9. O que é amamentação cruzada e quais os riscos?
  10. Perguntas frequentes
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O que é a doação de leite materno?

É comum que mulheres que estão amamentando produzam leite em uma quantidade superior ao que seria suficiente para alimentar seu bebê. O que não é tão comum é a doação desse leite para outros recém-nascidos que precisam dele para sobreviver.A doação de leite nada mais é do que um gesto de solidariedade dessas mulheres com milhares de crianças que precisam receber esse leite.O leite materno é fundamental para a saúde do bebê e continua sendo o mais indicado, ainda que existam como opção algumas fórmulas lácteas para suplemento.Ele é o nosso primeiro contato com algum tipo de alimento quando nascemos e será o único, pelo menos, nos primeiros seis meses de vida.Ainda que o Brasil seja referência em relação a estrutura de coleta dos Bancos de Leite Humano, o que se é arrecadado por ano ainda não é o suficiente para atender todos os recém-nascidos que estão em unidades neonatais.Por isso existem, atualmente, campanhas para incentivar mulheres que estão amamentando a doar para quem precisa. No Brasil, o dia 19 de maio é considerado o Dia Nacional da Doação de Leite Materno.
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Quem recebe essas doações?

Quem recebe o leite materno arrecadado na doação são os Bancos de Leite Humano, que podem ser mantidos pelos próprios hospitais em que essas mães receberam atendimento durante a gestação.Nesses bancos, o leite passa por uma análise, pelo processo de pasteurização e um controle bem rigoroso de qualidade até chegar a quem ele realmente se destina.São milhares de recém-nascidos prematuros ou com o peso muito abaixo do ideal (2,5 kg) que vão se beneficiar com o leite materno de doação.Bebês que sofrem com alguns tipos de patologias, como as doenças relacionadas ao trato gastrointestinal, e que não conseguem ser amamentados pelas mães também recebem esse leite materno doado.Nessas situações, a condição do bebê é mais frágil. O leite materno, assim, tem o papel de nutri-lo, para que ganhe peso mais rapidamente e que sua imunidade se torne mais forte diante de possíveis infecções.Atualmente, no Brasil, 60% dessas crianças já conseguem receber o leite materno mantido pela Rede Global de Leite Humano, mas a conta não fecha. Infelizmente, os 40% restantes ainda ficam carentes.Por isso a doação tem sido estimulada com campanhas promovidas pelo Ministério da Saúde e ONG’s.A cada pote doado, 10 recém-nascidos podem ser alimentados ao dia, dependendo de seu peso, 1 ml já basta por cada refeição.
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Benefícios da doação de leite materno e da amamentação

Existem vários benefícios presentes em todo o processo de amamentação e da doação de leite materno.As vantagens contemplam a saúde do bebê, de quem recebe e também a doadora. Conheça os principais:

Para o bebê

O leite materno é o alimento mais recomendado para os bebês, sendo o suficiente, pelo menos, até os seis primeiros meses de vida. Ele é bem completo em nutrientes, vitaminas e anticorpos.Entre seus benefícios para os bebês, amamentados ou que recebem por doação, estão a relação com a prevenção de algumas doenças, como infecções respiratórias e diarreia.Também contribui para o desenvolvimento de sistema imunológico e cognitivo, tendo as gorduras presentes no leite materno como essenciais para o cérebro do recém-nascido e também para o controle do metabolismo.Existem estudos que mostram que bebês que receberam o leite materno apresentam menos chances de desenvolver doenças como obesidade, hipertensão e diabetes, por exemplo.

Para a doadora

A amamentação pode ser um momento muito valioso na vida das mulheres. Além de marcar uma fase de mudanças em sua rotina, proporciona alguns benefícios a longo e curto prazo.

Valor afetivo

Vários aspectos físicos ajudam para a criação de um laço psicoafetivo entre mãe e filho, como o momento da amamentação.Esse contato pele a pele reverbera em respostas hormonais como a liberação da ocitocina, hormônio responsável por regular a saída do leite e aumentar a temperatura das mamas, deixando o bebê mais aquecido.Também ajuda a amenizar a ansiedade materna e a deixá-la mais tranquila.Com a doação do leite excedente para outros bebês que precisam, a mulher também pode se sentir bem e recompensada por saber que seu gesto está ajudando outras crianças a se desenvolverem de forma saudável, até mesmo salvando essas vidas.

Perda de peso

Durante a gestação acontece um aumento de seu peso para que a mulher tenha um estoque energético para a nova vida que está se formando.Essa reserva é gasta durante a amamentação e por isso a mulher perde bastante peso durante o aleitamento.Essa gordura acumalada ao longo dos meses de gravidez se torna essencial na amamentação, pois será passada para o bebê pelo leite.Assim, mãe e bebê ganham. Com a doação do leite para outras crianças, igualmente.

Previne doenças

A longo prazo, a amamentação ajuda a mulher na prevenção de várias doenças como o câncer de mama, diabetes mellitus tipo 2, osteoporose, câncer de ovário e obesidade. Além disso, mulheres que amamentam mostram uma melhor recuperação após o parto.

Quem pode doar?

Considerando a condição de quem receberá o leite materno doado, é preciso que os Bancos de Leite sejam mais rigorosos em relação a quem doará.Existem, portanto, algumas restrições quanto a saúde da mulher.Durante o cadastro, que deve ser feito antes da mulher começar a retirar o leite para doação, existe justamente um processo para certificar que ela estará apta a doar.Os seguintes itens serão questionados para que ela possa fazer parte da doação:
  • Apresentar os exames realizados no pré-natal ou do pós-natal, para comprovar se ela está bem de saúde;
  • Não fumar;
  • Não devem fazer uso de medicamentos que possam prejudicar a amamentação;
  • Não utilizar álcool ou drogas ilícitas.
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O que fazer para ser uma doadora?

Para ser uma doadora de leite materno, certamente, o primeiro requisito é estar amamentando. Não só amamentando, mas produzindo uma quantidade suficiente que possa ser doada mas que não falte para alimentar o seu próprio bebê.A segunda etapa consiste em encontrar o Banco de Leite Humano mais próximo e realizar um cadastro.Posteriormente, ela terá de apresentar exames realizados durante o pré-natal ou após o parto, para que o Banco consiga avaliar sua saúde. Além disso, informações relacionadas aos seus hábitos, como uso de bebidas, cigarros e medicamentos, serão questionados.Esses fatores são importantes pois nessas condições a mulher não poderá fazer a doação.Em alguns lugares, os hospitais disponibilizam equipes de coleta, que vão ao domicílio da lactante para levar os itens necessários para a coleta e para buscar o leite armazenado. Geralmente, uma vez por semana.Contudo, não é sempre assim. Algumas mulheres recebem as orientações e realizam o procedimento sozinhas e levam até os hospitais por conta própria, o que não deve ser um problema, pois ao seguir corretamente os passos, a qualidade do leite não será comprometida.

Como preparar o frasco para coleta?

O frasco para a coleta do leite humano deve ser de vidro e com tampa de plástico. Podem ser reaproveitados aqueles potes de vidros de maionese ou de café.Algumas mulheres recebem o kit com todos os objetos necessários dos Bancos de Leite, mas esses frascos também podem ser utilizados.Antes de utilizar os frascos, é preciso seguir os seguintes passos:
  • Retire os rótulos que possam ter no vidro e lave-o muito bem com água e sabão;
  • Enxugue bem o frasco, utilizando um pano limpo;
  • Coloque a tampa e o vidro em uma panela com água e deixe ferver por 15 minutos, sendo que o tempo deve ser contado a partir do início da fervura da água;
  • Desligue a panela e escoa a água, deixe o vidro e a tampa, ambos virados para baixo, em uma superfície limpa para que sequem;
  • Não utilize um pano para secar a tampa e o vidro, espere que a água escorra completamente. Utilize quando estiverem totalmente secos.

Como funciona a ordenha?

O procedimento para retirada do leite é chamado de ordenha e deve ser feito seguindo uma série de recomendações, para garantir que o leite seja preservado e que não sofram contaminações.

Cuidados com a higiene pessoal

O leite materno para doação deve ser ordenhado após a mãe terminar de amamentar o seu bebê ou quando suas mamas estiverem muito cheias.Durante esse processo alguns cuidados com a higiene devem ser tomados. O ideal é que a mulher esteja em um local tranquilo e limpo.Também é recomendado que se prenda os cabelos, que se atente as unhas - que devem estar bem limpas - e que, se possível, tampe a boca com um paninho, para que não se tenha qualquer contaminação pela saliva.A mulher também deve higienizar muito bem as mãos e os antebraços, lavando com água e sabão e secando em uma toalha também muito limpa.Não é necessário lavar as mamas com sabão, mas é preciso que a mulher as lave com água e seque com uma toalha limpa.

Como retirar o leite materno

Para retirar o leite, a mulher deve iniciar uma massagem circular e suave em volta da aréola, aquela parte circular mais pigmentada nos seios, próxima ao mamiloA retirada, contudo, pode ser feita de dois jeitos, de forma manual (utilizando as mãos) ou utilizando uma bombinha.

Com as mãos

Para retirar o leite usando as mãos, após fazer o estímulo com a massagem, a mulher deve apoiar o dedo indicador na aréola e, com a mão firme sobre os seios, fazer um movimento de pressão com sentido ao próprio corpo.Ela deverá fazer esse movimento de comprimir os dedos várias vezes até que o leite comece a sair. Os primeiros jatos não devem ser guardados e, após desprezar essas primeira quantidade de leite, ela já pode começar a coletar no frasco adequado.

Com bombinha tira-leite

Uma opção para a ordenha do leite é o uso da bombinha tira-leite. Algumas mulheres preferem este objeto pois ele pode ser mais prático do que retirar de forma manual, já que é um objeto que promove uma sucção maior do que os movimentos realizados com as mãos.Existem dois tipos de bombinha tira-leite, a manual e a elétrica:
Manual
A bombinha tira-leite manual  pode ser vantajosa pois quem faz a pressão e o ritmo da bombinha é a mulher.Ele, antes de ser utilizado, também deve ser muito bem esterilizado. Algumas mulheres podem ficar em dúvida em relação a possíveis dores. O que se sabe é que, na teoria, ele não deve machucar e nem causar grande desconforto.Assim como a amamentação do bebê pode provocar algumas dores, a bombinha também pode. Contudo, é preciso observar a posição em que esse procedimento acontece, muitas vezes esse é o motivo do desconforto.Uma das vantagens desse modelo, em relação a bombinha elétrica, é o seu preço e praticidade, pois pode ser levado com a mulher para outros lugares. Outro benefício é que não faz barulho.Antes de começar a utilizar a bomba, também é fundamental que a mulher faça massagem nos seios, para facilitar a retirada do leite.
Elétrica
A bombinha elétrica ou de pilha/bateria é uma alternativa interessante para mulheres que sentem dores nas mãos ao realizar os movimentos repetitivos para retirar o leite materno.Ela é  mais cara que a manual e apresenta uma versão que se é pra usar em casa e outra hospital.A hospitalar é ainda mais cara e por isso não seria muito útil comprá-la. Em alguns hospitais, as mulheres conseguem utilizá-las.A maior vantagem é que ela é muito mais rápida e a mulher pode retirar o leite das duas mamas ao mesmo tempo.

Como armazenar?

A iniciativa de querer doar já é um grande passo dentro da campanha de doação de leite materno. No entanto, tão importante quanto a boa intenção é se certificar de seguir corretamente os passos, para que o leite não seja desperdiçado.Cerca de 30% do leite doado é perdido durante o processo de doação, entre a coleta e o recém-nascido.Após a mulher terminar o processo de ordenha, ela deve tampar o frasco e levá-lo ao freezer ou congelador. Lá, ele pode ficar por até 15 dias, sem riscos de estragar.O ideal é que o frasco não fique cheio até a borda, tendo um espaço de uns 2 ou 3 dedos até a tampa.É bem provável que na primeira retirada do leite o frasco não fique completo. Nesse caso, a mulher deve utilizar outro frasco esterilizado para uma nova coleta e depois pode juntar esse leite ao que está no freezer.Contudo, é preciso ter muito cuidado com esse procedimento. Uma vez que o leite está congelado, não deve ser descongelado.Após a coleta e com o leite congelado, é possível entrar em contato com o banco de leite humano em que realizou o cadastro. Talvez seja preciso que se leve até o hospital o leite, mas alguns hospitais dispõem de uma equipe para busca da doação no domicílio da mulher.

O que é amamentação cruzada e quais os riscos?

A amamentação cruzada é quando uma mulher escolhe doar o leite materno diretamente para outro bebê. Essa prática não é mais tão comum hoje em dia e é fortemente contraindicada por órgãos como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e Ministério da Saúde.Além de oferecer riscos para a saúde do bebê, como a possibilidade transmissão de doenças infectocontagiosas como a AIDS, a amamentação cruzada também é um risco para as mulheres. Ao realizar esse procedimento, também se tornam vulneráveis a infecções.Foi durante as décadas de 1980 e 1990 que se começou uma preocupação mais forte em relação a esse procedimento, por causa do surgimento de muitos casos de AIDS.Historicamente, essa forma de amamentação não é algo para se orgulhar, pois era uma prática realizada pelas chamadas amas de leite, durante o período escravista do Brasil.De início, essa tarefa foi destinada às índias jovens, e, posteriormente, passou para mulheres negras,  que amamentavam os filhos das mulheres brancas.Demorou muito para que a amamentação cruzada fosse realmente entendida como uma prática não saudável. Hoje, as mulheres que apresentam produção de leite excedente devem buscar orientação dos hospitais para que possam se cadastrar em um Banco de Leite Humano.O mesmo deve acontecer com mulheres que não conseguem amamentar. Elas precisam, em primeiro lugar, buscar ajuda dos Bancos de Leite Humano, pois o leite materno, mesmo que doado, deve ser sempre a primeira opção, antes de qualquer suplemento.

Diferença entre o leite doado e do leite recebido na amamentação cruzada

A principal diferença entre esses dois leites está no fato de que o leite coletado pelos Bancos de Leite Humano são muito mais seguros.Já no cadastro da doadora já existe uma seleção para que se tenha certeza sobre a saúde da mulher e, após a doação, esse leite passa por tratamentos, é pasteurizado e se torne isento de transmissões de doenças.Mesmo quando a mulher está saudável e com todos os exames pré-natais e pós-parto em dia, não é aconselhado, de forma alguma, que se realize a amamentação cruzada, nem mesmo com mulheres da mesma família, isso não as tornam imunes de transmissão ou contaminação.

Perguntas frequentes

A doação de leite materno inclui diversos passos que devem ser seguidos, para preservar a saúde do bebê, da mãe e da criança que receberá a doação.Do processo de ordenha até o leite chegar ao paciente que precisa existe um caminho. Entre esse espaço algumas dúvidas costumam surgir. Veja quais são as questões mais frequentes:

Com a doação, existe algum risco do leite materno secar?

Não, o que acontece é justamente o contrário. É possível que algumas mulheres apresentem certo receio de doar o leite materno quando não produzem em quantidade excedente. Por esse motivo, podem interpretar que não possam doar.A produção de leite depende do esvaziamento das mamas. Dessa forma, quanto mais a mulher amamenta ou realiza a ordenha, maior será a quantidade de leite que produzirá.

Quantas vezes uma mulher pode doar o leite materno?

Não existe um número mínimo ou máximo de vezes em que a lactante pode doar. Cada corpo se comporta de forma diferente e as mulheres que estão amamentando não produzem a mesma quantidade de leite. Depende de vários fatores.O que se sabe é que quanto mais se estimula a produção de leite maior será sua produção. Ou seja, quanto mais a mulher amamenta e estimula os seios para a doação, mais leite ela produzirá e poderá doar.Se a vontade da mulher for continuar doando enquanto estiver produzindo leite e amamentando, ela poderá fazer isso.

Qual quantidade de leite deve ser doada?

Não existe uma quantidade mínima. Qualquer quantidade pode ser doada. Portanto, não é necessário que a doadora se preocupe em doar frascos cheios, pensando que pode ser insuficiente, pois apenas um frasco de 1mL já é capaz de ajudar 10 crianças ao dia.O que fará a diferença é a quantidade de mulheres que participam da doação de leite e não, necessariamente, a quantidade que cada uma está doando. Ainda que pouca, toda doação é bem-vinda.

Como encontrar o banco de leite materno mais próximo?

A mulher que quer doar o leite materno pode procurar no hospital em que realizou seu pré-natal e parto um aconselhamento para saber se ali é possível realizar essa doação.Além disso, o Ministério da Saúde, em seu site, disponibiliza uma lista de endereços para que se possa entrar em contato com os Bancos de Leite Humano de todas as regiões do Brasil.

Como é feito o transporte até os hospitais?

O transporte do leite materno é feito em caixas isotérmicas e com gelo reciclável, para preservar a temperatura.Para que permaneçam refrigerados, os frascos de leite humano devem estar em temperatura máxima de 5ºC e, para congelados, precisam estar a -3ºC ou menos.Claro que este é o procedimento ideal, mas pode variar, dependendo da forma que será transporte e por quem está transportando.Assim como existem equipes que buscam os fracos no domicílio da doadora, há também o corpo de bombeiros que pode auxiliar nessa tarefa. Todavia, algumas mulheres precisam levar até o banco de leite por conta própria.Sendo assim, em qualquer uma das opções, o tempo entre a  retirada do leite na casa da doadora e a entrada até os Bancos de Leite não deve ser superior a 6 horas.Após passar pelo processo de pasteurização, o leite também não deve demorar mais do que 6 horas para chegar até o recém-nascido que receberá a doação.

O leite dos Bancos de Leite são mais fracos?

Não, este é um mito em relação ao leite materno, seja ele doado ou não. Não existe leite materno mais fraco ou mais forte. Até mesmo mulheres que apresentam doenças como anemia são capazes de produzir um leite materno bom e saudável.Apesar do leite materno ter um aspecto mais ralo no início da mamada, ele contém todos os nutrientes essenciais para a saúde do bebê. Ele tem essa aparência pois apresenta mais água em sua composição.Embora este leite inicial seja mais aquoso, ele apresenta quantidades significativas de fatores de defesa, vitaminas e sais minerais, ou seja, não é fraco.Ao final da amamentação, o leite materno muda, trazendo uma feição mais encorpada, digamos assim, isto porque é mais grosso e rico em gordura, fator que contribui para que o bebê ganha peso de forma saudável.
Neste artigo discutimos os principais benefícios da doação de leite humano e como esse processo deve ser realizado.Aproveite o espaço de comentários para deixar sua opinião sobre essa prática tão solidária e não se esqueça de compartilhar com seus amigos e familiares essas informações!

Fontes consultadas

http://portalarquivos.saude.gov.br/campanhas/doacaodeleite/https://rblh.fiocruz.br/doacao-de-leite-humano-0Toma, T., & Rea, M. (2008). Benefícios da amamentação para a saúde da mulher e da criança: um ensaio sobre as evidências. Cadernos De Saúde Pública, 24(suppl 2), s235-s246. http://dx.doi.org/10.1590/s0102-311x2008001400009Barbieri, C., & Couto, M. (2018). As amas de leite e a regulamentação biomédica do aleitamento cruzado: contribuições da socioantropolologia e da história. Cadernos De História Da Ciência, 8(1) (http://periodicos.ses.sp.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-76342012000100003&lng=pt)
Imagem do profissional Rafaela Sarturi Sitiniki
Este artigo foi escrito por:

Rafaela Sarturi Sitiniki

CRF/PR: 37364Farmacêutica generalista graduada pela Faculdade ParananseLeia mais artigos de Rafaela
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