A dislipidemia é uma condição caracterizada pelo nível elevado de lipídios (gordura) no sangue. Entre os lipídios estão o colesterol, que auxilia na absorção de gorduras e vitaminas, e os triglicerídeos, que fornecem energia. 

O organismo necessita de uma certa quantidade dessas gorduras para seu funcionamento, mas, quando elas se apresentam em excesso, podem formar placas de gordura que se armazenam nas artérias (aterosclerose), obstruindo o fluxo sanguíneo e aumentando o risco de doenças cardiovasculares. 

Continue acompanhando o artigo para descobrir mais sobre a condição, seus tipos, como é feito seu diagnóstico e tratamento. 

Índice – Neste artigo, você vai encontrar:

  1. Tipos de Dislipidemia
  2. Como é feito o diagnóstico de Dislipidemia?
  3. Tratamento para Dislipidemia
  4. Como prevenir a Dislipidemia?
  5. Alimentação e Dislipidemia

Tipos de Dislipidemia

Os tipos de dislipidemia são classificados de acordo com suas causas, que podem ser primárias e secundárias. Confira mais sobre cada uma delas a seguir:

Primária

A dislipidemia primária tem causa genética e hereditária, ou seja, algum membro da família também sofre da condição. Neste caso, é possível que o (a) paciente mantenha hábitos saudáveis e mesmo assim tenha a condição. Entre as consequências desse tipo estão: 

  • Aterosclerose precoce (quando a condição – obstrução das veias por placas de gordura – ocorre antes dos 55 anos para os homens e antes dos 65 anos para as mulheres);
  • Doença arterial periférica (condição na qual há a obstrução das veias dos membros inferiores); 
  • Pancreatite (causada pelos altos níveis de triglicerídeos).

Secundária

Já a dislipidemia secundária é aquela que é desencadeada principalmente por um estilo de vida não saudável, quando o (a) paciente consome um excesso de calorias e gorduras e não pratica exercícios físicos regulares. 

Entre as outras causas estão o uso de medicamentos e a presença de outras condições, como diabetes mellitus, doença renal crônica, cirrose e hipotireodismo. 


Além disso, os (as) pacientes com o tipo primário da doença que tem quaisquer uma das causas secundárias podem apresentar um agravamento da condição. 

Como é feito o diagnóstico de Dislipidemia?

O diagnóstico de dislipidemia é feito por meio de exames laboratoriais, como o exame de sangue conhecido como lipidograma que mede o colesterol total, colesterol LDL, colesterol HDL e os triglicerídeos. A condição pode ser identificada por: 

  • Nível elevado do colesterol LDL;
  • Baixo nível do colesterol HDL;
  • Níveis elevados dos triglicerídeos. 

Além disso, o (a) médico (a) pode solicitar que outros exames sejam realizados como forma de verificar outros fatores de risco para doenças cardiovasculares.

Ademais, é importante ressaltar que a condição não costuma causar sintomas, portanto, é importante manter consultas regulares e exames de rotina. 

O diagnóstico da condição é feito por meio de exames de sangue.

Tratamento para Dislipidemia

Quando não tratada adequadamente, a dislipidemia pode causar a aterosclerose que tem como consequência a angina pectoris, acidentes vasculares cerebrais, ataques cardíacos e doença arterial periférica. 

O tratamento da condição visa tratar as causas do colesterol e triglicerídeos elevados e é feito com a mudança de hábitos, como a prática de exercícios, adoção de uma dieta específica e com a prescrição de medicamentos hipolipemiantes (empregados no controle do colesterol). 

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Como prevenir a Dislipidemia?

Não é possível prevenir as causas genéticas da dislipidemia, mas a recomendação é adotar hábitos de vida saudáveis como forma de prevenir a piora dos níveis lipídicos no sangue. 

Além disso, os hábitos ajudam a prevenir e controlar a condição e são uma forma de prevenir os eventos cardiovasculares e a pancreatite

Alimentação e Dislipidemia

A alimentação balanceada é um dos fatores mais importantes para controlar a condição, portanto, é preciso adotar uma dieta redutora de lipídios como forma de controlar o nível dos triglicerídeos e do colesterol HDL. É importante evitar consumir: 

  • Alimentos e bebidas ricos em açúcar;
  • Massas, pães e outros alimentos produzidos com farinha refinada;
  • Arroz, batatas e outros alimentos ricos em amido;
  • Bebidas alcóolicas;
  • Gorduras trans e saturadas;
  • Embutidos;
  • Frituras;
  • Carnes gordas. 

O (a) paciente diagnosticado com a condição deve procurar consumir:

  • Gorduras monoinsaturadas (presentes no abacate) e poli-insaturadas (encontradas em peixes e óleos vegetais); 
  • Alimentos cozidos, assados, grelhados ou ensopados;
  • Carnes magras;
  • Pães e biscoitos integrais;
  • Sucos naturais;
  • Leite desnatado.

Além disso, é importante se consultar com um (a) nutricionista ou nutrólogo (a) para recomendações específicas para cada paciente. 

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Fazer exames de sangue de rotina e manter consultas regulares com um (a) médico (a) é essencial para garantir que está tudo bem com a saúde, principalmente para indivíduos que fazem parte de grupos de risco. 

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