A dislipidemia é uma condição caracterizada pelo nível elevado de lipídios (gordura) no sangue. Entre os lipídios estão o colesterol, que auxilia na absorção de gorduras e vitaminas, e os triglicerídeos, que fornecem energia.
O organismo necessita de uma certa quantidade dessas gorduras para seu funcionamento, mas, quando elas se apresentam em excesso, podem formar placas de gordura que se armazenam nas artérias (aterosclerose), obstruindo o fluxo sanguíneo e aumentando o risco de doenças cardiovasculares.
Continue acompanhando o artigo para descobrir mais sobre a condição, seus tipos, como é feito seu diagnóstico e tratamento.
Índice – Neste artigo, você vai encontrar:
- Tipos de Dislipidemia
- Como é feito o diagnóstico de Dislipidemia?
- Tratamento para Dislipidemia
- Como prevenir a Dislipidemia?
- Alimentação e Dislipidemia
Tipos de Dislipidemia
Os tipos de dislipidemia são classificados de acordo com suas causas, que podem ser primárias e secundárias. Confira mais sobre cada uma delas a seguir:
Primária
A dislipidemia primária tem causa genética e hereditária, ou seja, algum membro da família também sofre da condição. Neste caso, é possível que o (a) paciente mantenha hábitos saudáveis e mesmo assim tenha a condição. Entre as consequências desse tipo estão:
- Aterosclerose precoce (quando a condição – obstrução das veias por placas de gordura – ocorre antes dos 55 anos para os homens e antes dos 65 anos para as mulheres);
- Doença arterial periférica (condição na qual há a obstrução das veias dos membros inferiores);
- Pancreatite (causada pelos altos níveis de triglicerídeos).
Secundária
Já a dislipidemia secundária é aquela que é desencadeada principalmente por um estilo de vida não saudável, quando o (a) paciente consome um excesso de calorias e gorduras e não pratica exercícios físicos regulares.
Entre as outras causas estão o uso de medicamentos e a presença de outras condições, como diabetes mellitus, doença renal crônica, cirrose e hipotireodismo.
Além disso, os (as) pacientes com o tipo primário da doença que tem quaisquer uma das causas secundárias podem apresentar um agravamento da condição.
Como é feito o diagnóstico de Dislipidemia?
O diagnóstico de dislipidemia é feito por meio de exames laboratoriais, como o exame de sangue conhecido como lipidograma que mede o colesterol total, colesterol LDL, colesterol HDL e os triglicerídeos. A condição pode ser identificada por:
- Nível elevado do colesterol LDL;
- Baixo nível do colesterol HDL;
- Níveis elevados dos triglicerídeos.
Além disso, o (a) médico (a) pode solicitar que outros exames sejam realizados como forma de verificar outros fatores de risco para doenças cardiovasculares.
Ademais, é importante ressaltar que a condição não costuma causar sintomas, portanto, é importante manter consultas regulares e exames de rotina.
Tratamento para Dislipidemia
Quando não tratada adequadamente, a dislipidemia pode causar a aterosclerose que tem como consequência a angina pectoris, acidentes vasculares cerebrais, ataques cardíacos e doença arterial periférica.
O tratamento da condição visa tratar as causas do colesterol e triglicerídeos elevados e é feito com a mudança de hábitos, como a prática de exercícios, adoção de uma dieta específica e com a prescrição de medicamentos hipolipemiantes (empregados no controle do colesterol).
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Como prevenir a Dislipidemia?
Não é possível prevenir as causas genéticas da dislipidemia, mas a recomendação é adotar hábitos de vida saudáveis como forma de prevenir a piora dos níveis lipídicos no sangue.
Além disso, os hábitos ajudam a prevenir e controlar a condição e são uma forma de prevenir os eventos cardiovasculares e a pancreatite.
Alimentação e Dislipidemia
A alimentação balanceada é um dos fatores mais importantes para controlar a condição, portanto, é preciso adotar uma dieta redutora de lipídios como forma de controlar o nível dos triglicerídeos e do colesterol HDL. É importante evitar consumir:
- Alimentos e bebidas ricos em açúcar;
- Massas, pães e outros alimentos produzidos com farinha refinada;
- Arroz, batatas e outros alimentos ricos em amido;
- Bebidas alcóolicas;
- Gorduras trans e saturadas;
- Embutidos;
- Frituras;
- Carnes gordas.
O (a) paciente diagnosticado com a condição deve procurar consumir:
- Gorduras monoinsaturadas (presentes no abacate) e poli-insaturadas (encontradas em peixes e óleos vegetais);
- Alimentos cozidos, assados, grelhados ou ensopados;
- Carnes magras;
- Pães e biscoitos integrais;
- Sucos naturais;
- Leite desnatado.
Além disso, é importante se consultar com um (a) nutricionista ou nutrólogo (a) para recomendações específicas para cada paciente.
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Fazer exames de sangue de rotina e manter consultas regulares com um (a) médico (a) é essencial para garantir que está tudo bem com a saúde, principalmente para indivíduos que fazem parte de grupos de risco.
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Referências
- 10 Coisas que Você Precisa Saber Sobre Dislipidemia — Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia;
- A importância da alimentação para o controle da dislipidemia — Hospital Israelita Albert Einstein;
- Dislipidemia (Hiperlipidemia) — Manual MSD;
- Dislipidemias — Pfizer;
- Prevenção de Eventos Cardiovasculares e Pancreatite: Dislipidemia — Ministério da Saúde;
- Orientações Nutricionais Dislipidemia — Prefeitura Municipal de Campinas.