Saúde

Dislexia: saiba quais são os sintomas, diagnóstico e tratamento

Por Redação Minuto SaudávelPublicado em: 22/11/2018Última atualização: 19/05/2023
Por Redação Minuto Saudável
Publicado em: 22/11/2018Última atualização: 19/05/2023
Criança segurando um livro com uma mão e apoiando a outra na cabeça.Dislexia é um transtorno de aprendizagem com dificuldade em leitura e escrita. Prevalência de 15% em crianças, desconhecida em adultos.
Publicidade
Publicidade

dislexia (CID-10 R48.0) é um transtorno de aprendizagem caracterizado pela dificuldade de leitura e escrita em diferentes intensidades. Em alguns casos, pacientes também podem ter dificuldade com sons, seja ao escutá-los ou pronunciá-los.

Os primeiros sinais podem ser observados na infância, pela demora no início da fala, e especialmente na idade escolar, em casos em que há dificuldade na memorização de letras, decifrar palavras e interpretação textual.

Estima-se que a prevalência dessa condição seja de 15% em crianças em idade escolar em diferentes idiomas e culturas. Contudo, a prevalência nos adultos ainda é desconhecida.

Para saber mais sobre a dislexia, o que causa, os tipos, fatores de risco, diagnóstico e tratamento, continue acompanhando o artigo!

Índice — Neste artigo, você encontrará as seguintes informações:

  1. Fatores de risco
  2. Graus de dislexia
  3. Características e sinais
  4. Como é realizado o diagnóstico?
  5. Dislexia tem cura?
  6. Tratamento
  7. Convivendo com dislexia
  8. Prognóstico

Fatores de risco

Os fatores de risco de subdividem entre ambientais, genéticos e fisiológicos. A seguir, você confere um pouco mais sobre cada um deles:

Ambientais

Os fatores ambientais envolvem a gestação e comportamentos maternos, como fumar, ingerir bebidas alcoólicas e ter alimentação inadequada. Além disso, o nascimento prematuro e baixo peso também podem acarretar em  outros transtornos de aprendizagem, como o transtorno de atenção e hiperatividade (TDAH).

Genéticos e fisiológicos

Nesses casos, fatores genéticos e fisiológicos podem influenciar significativamente no desenvolvimento da dislexia, seja por meio da herança genética ou pelo ambiente.

Modificadores de curso

Podemos entender essa situação em casos em que pacientes com dislexia têm parentes de primeiro grau que apresentam dificuldade com leitura, escrita e na alfabetização em geral. Ou seja, a dislexia pode ter sido herdada ou o ambiente pode ter causado essa modificação de aprendizagem.

Publicidade
Publicidade

Graus de dislexia

A gravidade dessa condição pode influenciar diretamente na aprendizagem do(a) paciente. A seguir, veremos quais são os graus da condição:

Leve

Possui algum tipo de dificuldade em aprender um ou mais conteúdos, mas há compensação, ainda mais quando são disponibilizadas adaptações e apoio durante o período escolar.

Moderada

Nesses casos, a dificuldade em aprender é maior em um ou mais domínios, tornando improvável que haja desenvolvimento das habilidades sem ensino intensivo. Portanto, o apoio da escola e da família é extremamente importante.

Grave

Nesse caso, há muita dificuldade em aprender, o que afeta diversas áreas de conhecimento. Além disso, é improvável se desenvolva habilidades sem que haja uma atenção educacional individualizada e especializada durante boa parte do tempo em que a criança passa na escola.

Leia maisDisgrafia: o que causa, tipos e como identificar 

Publicidade
Publicidade

Características e sinais

Existem diversos sinais que podem indicar a presença de dislexia tanto em crianças quanto em adultos. Alguns desses sinais incluem:

  • Atraso no desenvolvimento da linguagem;
  • Dificuldade em articular palavras;
  • Falha ao lembrar nomes de letras, números e cores;
  • Dificuldade em diferenciar sons e ritmos na fala;
  • Inversão da ordem dos sons das palavras;
  • Inversão na posição das letras, como confundir "m" com "w" ou "d" com "b".
Menina apoiando a cabeça na mão, entediada com a leitura.
Se você ou alguém que você conhece apresenta um ou mais desses sinais, é importante buscar ajuda médica especializada!

Como é feito o diagnóstico da dislexia?

O diagnóstico de dislexia é realizado por uma equipe multidisciplinar que envolve psiquiatrasneuropsicólogosfonoaudiólogospsicopedagogos neurologistas.

Para chegar ao diagnóstico, é realizada uma série de testes, entrevistas e visitas à escola para entender as dificuldades da criança, a fim de encontrar sinais dessa condição.

Os testes buscam avaliar as capacidades e funções cognitivas da pessoa sendo testada, incluindo as habilidades de leitura, escrita, atenção e interpretação de sons, por exemplo.

Leia tambémDiscalculia: o que causa, sinais e tratamento 

Publicidade
Publicidade

Dislexia tem cura?

Não. Uma pessoa com dislexia sempre terá a condição. Entretanto, é possível realizar uma intervenção que facilitará o aprendizado da criança.

Tratamento

É realizada intervenção psicopedagógica para abordar as dificuldades na leitura e escrita, visando desenvolver habilidades e minimizar as dificuldades de aprendizagem, buscando potencializar as capacidades da criança.

O tratamento é realizado por uma equipe multidisciplinar composta por médicos, psicopedagogos, fonoaudiólogos, psicólogos e terapeutas ocupacionais. Contudo, é importante ressaltar que o tratamento é individualizado e deve ser adaptado conforme as particularidades de cada paciente e tipo de dislexia.

Além disso, é possível adotar estratégias compensatórias, como o uso de audiobooks e anotações por gravação digital, métodos que podem auxiliar no processo de dominar o conteúdo e construir habilidades de leitura.

Também é importante destacar que, dependendo da gravidade do quadro, pode ser necessário que a criança frequente classes regulares com reforço ou sem.

Convivendo com dislexia

De modo geral, na sociedade, existem pessoas com facilidade em algumas áreas e dificuldade em outras. Para pessoas com o diagnóstico de dislexia, ler e escrever pode se tornar um desafio se não houver acompanhamento adequado.

Em casos mais brandos, a pessoa pode desenvolver mecanismos para lidar com as dificuldades e ter uma vida normal:

Família

É importante que a família esteja envolvida nesse processo, entendendo quais são as dificuldades da criança e estimulá-la com atividades em casa, como cantigas, leitura em conjunto ou brincadeiras que envolvam leitura.

O envolvimento da família torna o tratamento mais leve e eficaz, e é um incentivo para a criança enfrentar as dificuldades do dia a dia.

Escola

Na escola, dependendo do nível da dislexia, pode ser necessário o acompanhamento de um(a) tutor(a) ou que a criança fique em uma sala de atendimento individualizado. Além disso, a criança pode precisar de apoio para realização de atividades avaliativas.

O processo de ensino e aprendizagem deve envolver ferramentas que auxiliem nas dificuldades do aluno, sem discriminá-lo, a fim de incluí-lo e possibilitar a autonomia.

Terapia

Não se pode esquecer do acompanhamento com psicopedagogos, profissionais que podem auxiliar crianças com transtornos de aprendizado.

O(a) psicopedagogo é um(a) profissional treinado para lidar com esse tipo de condição e é essencial para auxiliar a criança a crescer e vencer todos os problemas que podem se apresentar por conta da dislexia.

Prognóstico

O diagnóstico de dislexia é definitivo e acompanhará a pessoa até o fim da vida. Entretanto, apesar da condição, afetar alguns aspectos da vida, ela não é extremamente debilitante. Isso porque intervenções psicopedagógicas podem reduzir muitas das dificuldades enfrentadas.

Lembrando que quanto mais cedo o diagnóstico e a intervenção acontecerem, melhores os efeitos do acompanhamento de um(a)profissional!


Embora a dislexia seja definida como um déficit na leitura e escrita, com o apoio dos educadores e da família, a criança pode crescer e conviver com a condição, aprendendo a contornar e lidar com as dificuldades.

Se você ou alguém que você conhece, apresentam um ou mais desses sinais, não deixe de buscar ajuda médica!

Para mais informações sobre saúde mental, acesse o portal e as redes sociais do Minuto Saudável!


Referências

Imagem do profissional Thayna Rose
Ícone de verificação
Este artigo foi escrito por:

Esp. Thayna Rose

CRP: CRP/PR 08/28789Bacharel em Psicologia com especialização em Neuropsicologia.Leia mais artigos de Esp. Thayna
Publicidade
Publicidade

Compartilhe

Publicidade
Publicidade
Sobre o Minuto Saudável

Somos uma empresa do grupo Consulta Remédios. No Minuto Saudável você encontra tudo sobre saúde e bem-estar: doenças, sintomas, tratamentos, medicamentos, alimentação, exercícios e muito mais. Tenha acesso a informações claras e confiáveis para uma vida mais saudável e equilibrada.

Somos uma empresa do grupo Consulta Remédios. No Minuto Saudável você encontra tudo sobre saúde e bem-estar: doenças, sintomas, tratamentos, medicamentos, alimentação, exercícios e muito mais. Tenha acesso a informações claras e confiáveis para uma vida mais saudável e equilibrada.
Banner anuncie em nosso site
Banner anuncie em nosso site
Nos acompanhe nas redes sociais:
Atenção: O conteúdo do site Minuto Saudável, como textos, gráficos, imagens e outros materiais são apenas para fins informativos e não substitui o conselho médico profissional, diagnóstico ou tratamento. Se você acha que pode ter uma emergência médica, ligue para o seu médico ou 192 imediatamente. Minuto Saudável não recomenda ou endossa quaisquer testes específicos, médicos (profissionais de saúde), produtos, procedimentos, opiniões, ou outras informações que podem ser mencionados no site. A confiança em qualquer informação contida no site é exclusivamente por sua conta e risco. Se persistirem os sintomas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico. Leia a bula.

Minuto Saudável © 2024 Blog de Saúde, Beleza e Bem-estar
Política de Privacidade
Publicidade
Publicidade