A dislexia (CID-10 R48.0) é um transtorno de aprendizagem caracterizado pela dificuldade de leitura e escrita em diferentes intensidades. Em alguns casos, pacientes também podem ter dificuldade com sons, seja ao escutá-los ou pronunciá-los.
Os primeiros sinais podem ser observados na infância, pela demora no início da fala, e especialmente na idade escolar, em casos em que há dificuldade na memorização de letras, decifrar palavras e interpretação textual.
Estima-se que a prevalência dessa condição seja de 15% em crianças em idade escolar em diferentes idiomas e culturas. Contudo, a prevalência nos adultos ainda é desconhecida.
Para saber mais sobre a dislexia, o que causa, os tipos, fatores de risco, diagnóstico e tratamento, continue acompanhando o artigo!
Índice — Neste artigo, você encontrará as seguintes informações:
Os fatores de risco de subdividem entre ambientais, genéticos e fisiológicos. A seguir, você confere um pouco mais sobre cada um deles:
Os fatores ambientais envolvem a gestação e comportamentos maternos, como fumar, ingerir bebidas alcoólicas e ter alimentação inadequada. Além disso, o nascimento prematuro e baixo peso também podem acarretar em outros transtornos de aprendizagem, como o transtorno de atenção e hiperatividade (TDAH).
Nesses casos, fatores genéticos e fisiológicos podem influenciar significativamente no desenvolvimento da dislexia, seja por meio da herança genética ou pelo ambiente.
Podemos entender essa situação em casos em que pacientes com dislexia têm parentes de primeiro grau que apresentam dificuldade com leitura, escrita e na alfabetização em geral. Ou seja, a dislexia pode ter sido herdada ou o ambiente pode ter causado essa modificação de aprendizagem.
A gravidade dessa condição pode influenciar diretamente na aprendizagem do(a) paciente. A seguir, veremos quais são os graus da condição:
Possui algum tipo de dificuldade em aprender um ou mais conteúdos, mas há compensação, ainda mais quando são disponibilizadas adaptações e apoio durante o período escolar.
Nesses casos, a dificuldade em aprender é maior em um ou mais domínios, tornando improvável que haja desenvolvimento das habilidades sem ensino intensivo. Portanto, o apoio da escola e da família é extremamente importante.
Nesse caso, há muita dificuldade em aprender, o que afeta diversas áreas de conhecimento. Além disso, é improvável se desenvolva habilidades sem que haja uma atenção educacional individualizada e especializada durante boa parte do tempo em que a criança passa na escola.
Existem diversos sinais que podem indicar a presença de dislexia tanto em crianças quanto em adultos. Alguns desses sinais incluem:
O diagnóstico de dislexia é realizado por uma equipe multidisciplinar que envolve psiquiatras, neuropsicólogos, fonoaudiólogos, psicopedagogos e neurologistas.
Para chegar ao diagnóstico, é realizada uma série de testes, entrevistas e visitas à escola para entender as dificuldades da criança, a fim de encontrar sinais dessa condição.
Os testes buscam avaliar as capacidades e funções cognitivas da pessoa sendo testada, incluindo as habilidades de leitura, escrita, atenção e interpretação de sons, por exemplo.
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Não. Uma pessoa com dislexia sempre terá a condição. Entretanto, é possível realizar uma intervenção que facilitará o aprendizado da criança.
É realizada intervenção psicopedagógica para abordar as dificuldades na leitura e escrita, visando desenvolver habilidades e minimizar as dificuldades de aprendizagem, buscando potencializar as capacidades da criança.
O tratamento é realizado por uma equipe multidisciplinar composta por médicos, psicopedagogos, fonoaudiólogos, psicólogos e terapeutas ocupacionais. Contudo, é importante ressaltar que o tratamento é individualizado e deve ser adaptado conforme as particularidades de cada paciente e tipo de dislexia.
Além disso, é possível adotar estratégias compensatórias, como o uso de audiobooks e anotações por gravação digital, métodos que podem auxiliar no processo de dominar o conteúdo e construir habilidades de leitura.
Também é importante destacar que, dependendo da gravidade do quadro, pode ser necessário que a criança frequente classes regulares com reforço ou sem.
De modo geral, na sociedade, existem pessoas com facilidade em algumas áreas e dificuldade em outras. Para pessoas com o diagnóstico de dislexia, ler e escrever pode se tornar um desafio se não houver acompanhamento adequado.
Em casos mais brandos, a pessoa pode desenvolver mecanismos para lidar com as dificuldades e ter uma vida normal:
É importante que a família esteja envolvida nesse processo, entendendo quais são as dificuldades da criança e estimulá-la com atividades em casa, como cantigas, leitura em conjunto ou brincadeiras que envolvam leitura.
O envolvimento da família torna o tratamento mais leve e eficaz, e é um incentivo para a criança enfrentar as dificuldades do dia a dia.
Na escola, dependendo do nível da dislexia, pode ser necessário o acompanhamento de um(a) tutor(a) ou que a criança fique em uma sala de atendimento individualizado. Além disso, a criança pode precisar de apoio para realização de atividades avaliativas.
O processo de ensino e aprendizagem deve envolver ferramentas que auxiliem nas dificuldades do aluno, sem discriminá-lo, a fim de incluí-lo e possibilitar a autonomia.
Não se pode esquecer do acompanhamento com psicopedagogos, profissionais que podem auxiliar crianças com transtornos de aprendizado.
O(a) psicopedagogo é um(a) profissional treinado para lidar com esse tipo de condição e é essencial para auxiliar a criança a crescer e vencer todos os problemas que podem se apresentar por conta da dislexia.
O diagnóstico de dislexia é definitivo e acompanhará a pessoa até o fim da vida. Entretanto, apesar da condição, afetar alguns aspectos da vida, ela não é extremamente debilitante. Isso porque intervenções psicopedagógicas podem reduzir muitas das dificuldades enfrentadas.
Lembrando que quanto mais cedo o diagnóstico e a intervenção acontecerem, melhores os efeitos do acompanhamento de um(a)profissional!
Embora a dislexia seja definida como um déficit na leitura e escrita, com o apoio dos educadores e da família, a criança pode crescer e conviver com a condição, aprendendo a contornar e lidar com as dificuldades.
Se você ou alguém que você conhece, apresentam um ou mais desses sinais, não deixe de buscar ajuda médica!
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Esp. Thayna Rose
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