Saúde

Tratamentos para herpes genital: antivirais, opções caseiras

Por Redação Minuto SaudávelPublicado em: 22/11/2018Última atualização: 15/09/2021
Por Redação Minuto Saudável
Publicado em: 22/11/2018Última atualização: 15/09/2021
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O herpes genital é uma doença que não tem cura, mas que possui tratamento para evitar a ocorrência de surtos, amenizar os sintomas e para diminuir as chances de transmissão e complicações.

No geral, qualquer médico pode fazer o acompanhamento destes pacientes, porém os especialistas mais indicados são o ginecologista, urologista e infectologista.

Certos cuidados locais podem ser tomados para o tratamento das lesões. Para isso, alguns medicamentos são aplicados diretamente sobre as feridas, para ajudar na cicatrização e evitar a autocontaminação.

Isso deve ser feito pois o contato com o líquido das feridas pode provocar lesões em outras partes do corpo, como quando o paciente encosta a mão sobre a lesão e acaba, sem querer, “transferindo” o vírus para outra região do seu corpo.

Quem deve receitar as pomadas ou produtos específicos para esses cuidados é o médico, pois a automedicação pode acabar piorando a situação da lesão ou prolongando seu tempo de cura.

O tratamento é feito basicamente por meio de medicamentos antivirais (em comprimidos ou pomadas), que aliviam a dor e o desconforto causados durante uma crise, curando as lesões com maior rapidez, impedindo complicações e reduzindo o risco de transmissão para outros.

As pessoas que têm muitas crises podem tomar esses medicamentos diariamente durante um tempo — após avaliação médica. Isso pode ajudar a evitar crises e a diminuir sua duração.

Para crises recorrentes, o paciente deve tomar o medicamento assim que o formigamento, queimação ou a coceira começar, ou assim que iniciar o aparecimento de bolhas.

O médico pode ainda recomendar o uso de pomadas ou geis anestésicos para serem aplicados na região genital durante o surgimento de bolhas e outros sintomas.

Antivirais

O primeiro episódio de herpes genital é geralmente tratado por 7 a 10 dias por medicamentos via oral. Se não houver melhora das úlceras, o tratamento pode ser estendido por mais 1 semana.

O tratamento funciona melhor se iniciado nas primeiras 72 horas de sintomas. Na ocorrência de outras crises, o tempo de tratamento é reduzido, podendo ser feito por 5 dias, em média.

Quando se trata de pacientes com histórico de crises frequentes, é aconselhável que mantenham em casa os medicamentos antivirais por precaução. Assim, poderão iniciar o tratamento logo aos primeiros sinais da doença.

Se o paciente apresenta raramente crises ou com poucos sintomas, pode não haver necessidade de tratamento com antivirais, principalmente se o indivíduo não tiver um parceiro sexual no momento que possa ser infectado.

Terapia episódica

Esse tipo de tratamento é feito com o uso de medicamentos antivirais quando um paciente apresenta o primeiro sinal de um surto. É uma estratégia utilizada durante poucos dias, em que o paciente recebe o medicamento para acelerar a cicatrização dos ferimentos ou para evitar que o surto ocorra totalmente.

No entanto, é preciso entender que cada paciente terá uma manifestação diferente dos sintomas e de surtos, por isso a terapia episódica pode não ser necessária em todos os casos.

Ela é mais indicada para pacientes que apresentam surtos com um período muito grande de dias e com sintomas mais intensos. Esse tratamento pode encurtar entre 1 a 2 dias do surto, em média.

É mais eficiente quando iniciado no primeiro sinal da doença ou do surto. Quando as lesões já estão presentes, o tratamento episódico pode oferecer poucos benefícios para o paciente.

Terapia supressora diária

Pacientes diagnosticados com o herpes genital podem verificar com o médico especialista a necessidade de realizar o tratamento de terapia supressiva diária, que é basicamente a administração de medicação antiviral diariamente.

Assim como o tratamento com medicamentos de forma episódica, essa terapia também busca reduzir as chances de surto e deixar a doença sobre controle, tornando menor os riscos de sintomas.

Para pacientes que apresentam surtos recorrentes, entre 6 ou mais por ano, esse tratamento ajuda a reduzir em até 75% as chances de crises quando comparado a pacientes que não recebem o medicamento diariamente, podendo evitar totalmente os surtos em alguns casos.

Não está claro por quanto tempo a terapia supressiva deverá ser mantida. Alguns especialistas recomendam fazer uma pausa do tratamento periodicamente (a cada poucos anos) para determinar se a terapia supressiva ainda é necessária. Se os surtos retornarem, a terapia supressiva pode ser reiniciada.

A terapia supressiva também pode ser indicada em casos de parceiros sexuais com sorologias discordantes, ou seja, um deles infectado pelo herpes e o outro não.

Esse método reduz em mais de 50% o risco de transmissão. Quando associada ao uso de camisinha, o risco de transmissão do herpes genital torna-se pequeno.

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Medicamentos

De acordo com o Ministério da Saúde e a organização Food and Drug Administration (FDA), existem três antivirais principais usados no tratamento do herpes genital, sendo eles o Aciclovir, o Valaciclovir e o Fanciclovir.

Esses medicamentos antivirais são receitados, normalmente, quando o paciente apresenta o primeiro episódio (ou crise) de herpes genital ou em terapia episódica e supressiva.

Medicamentos como a Lidocaína ou Xylocaína também podem ser indicados para amenizar a dor e hidratar a pele, reduzindo assim o desconforto causado pela doença quando ela está sintomática.

Conheça um pouco mais sobre os medicamentos antivirais:

Aciclovir

Esse é o medicamento antiviral mais antigo usado para o tratamento do herpes, disponível desde 1982. Inicialmente, era comercializado apenas em forma de pomada, para aplicação direta na pele. Em 1985, a venda passou a ser feita também como medicamento em forma de comprimido. Atualmente está disponível em ambas as apresentações.

É um medicamento considerado seguro para os pacientes, até mesmo para os que realizam a terapia supressiva por até 10 anos seguidos.

Além de ser utilizado para o tratamento de infecções causadas pelo vírus herpes simplex, o Aciclovir pode também ser usado em alguns casos de herpes-zóster.

Alguns dos nomes comerciais do Aciclovir são:

Valaciclovir

O Valaciclovir é um medicamento utilizado para o tratamento de infecções de pele e mucosa causadas pelo vírus herpes simples, entre elas, o herpes genital inicial e recorrente. Após a ingestão do comprimido, o medicamento é convertido na substância aciclovir, que atua combatendo a ação do vírus no organismo.

Pode ser mais eficiente no tratamento, pois o organismo consegue absorver grande parte do medicamento, o que reduz a necessidade de tomar várias doses ao dia.

Além de contribuir para o tratamento do herpes genital, labial e herpes-zóster, o Valaciclovir é usado para inibir a ação de vários tipos de herpesvírus, tais como o citomegalovírus (CMV), o vírus Epstein-Barr (VEB) e o herpesvírus humano tipo 6 (HVH-6).

Esse medicamento apresenta os nomes comerciais Herpstal e Valtrex, disponíveis em comprimido.

Fanciclovir

Esse princípio  ativo é usado para impedir que o HSV se reproduza. Assim como o Valaciclovir, o Fanciclovir é bem absorvido, o que o ajuda a persistir no organismo por mais tempo, não sendo necessário doses altas.

Os nomes comerciais são o Fanclomax (comprimido) e o Penvir (creme e comprimido).

Atenção!

NUNCA se automedique ou interrompa o uso de um medicamento sem antes consultar um médico. Somente ele poderá dizer qual medicamento, dosagem e duração do tratamento é o mais indicado para o seu caso em específico. As informações contidas neste site têm apenas a intenção de informar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um especialista ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Siga sempre as instruções da bula e, se os sintomas persistirem, procure orientação médica ou farmacêutica.

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Tratamento caseiro

Além dos medicamentos antivirais, alguns tratamentos caseiros podem ser usados para aliviar os sintomas de um surto de herpes genital.

O que deve ser feito é manter a área sempre limpa e seca, se possível, permitindo que a região genital receba ar, o que ajuda a evitar o processo de cicatrização.

Por isso, é importante que as roupas e peças íntimas não sejam muito justas, pois a fricção com as lesões pode impedir que a ventilação melhor aconteça, além de poder causar maior desconforto e dor na região. Prefira peças confeccionadas em algodão, pois elas permitem a ventilação e dificultam a proliferação de fungos, vírus e bactérias

No entanto, antes de arriscar alguma receita caseira é necessário verificar a possibilidade com um médico, para evitar complicações. Sabendo que não há riscos, é possível seguir em frente com os tratamentos e cuidados caseiros. Algumas dicas são:

  • Tomar banho de assento com água fria, para diminuir temporariamente a dor causada pelas feridas;
  • Usar o banho de assento ou aproveitar o banho em chuveiro com água morna para conseguir urinar, principalmente no caso de mulheres que apresentam dor ou muito desconforto ao urinar;
  • Evitar o uso de sabão na região genital ou banhos de espuma durante as crises;
  • Manter a área genital bem higienizada e seca;
  • Evitar roupas íntimas, calças e shorts muito apertados;
  • Evitar o uso de cremes e pomadas que não foram prescritos pelo médico;
  • Verificar a possibilidade do uso de medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios para reduzir dores.

Fonte consultada

Dr. Paulo Caproni (CRM/PR 27.679 | CRM/SC 25.853 | CRM/SP 144.063), graduado em Medicina pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Residência Médica em Medicina Preventiva e Social pela USP-SP (PROAHSA). MBA em Gestão Hospitalar e de Sistemas de Saúde (CEAHS) pela FGV-SP

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Este artigo foi escrito por:

Dr. Paulo Caproni

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