Saúde

Manchas vermelhas nos olhos? Pode ser derrame ocular!

Publicado em: 28/07/2021Última atualização: 28/07/2021
Publicado em: 28/07/2021Última atualização: 28/07/2021
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Já ouviu falar em“sangue nos olhos”? A expressão é muito utilizada para se referir à força de vontade e determinação de uma pessoa, porém, também é possível ter “sangue nos olhos” literalmente, devido ao aparecimento de manchas vermelhas na superfície ocular, caracterizando um quadro de hiposfagma ou derrame ocular. 

Apesar de ser tido como um quadro de fácil resolução na maioria dos casos, a causa do derrame ocular é motivo de alerta para alguns pacientes, pois é possível apresentá-lo em virtude de situações mais leves, como o esforço excessivo durante a atividade física, ou circunstâncias graves que comumente estão associadas a doenças, como o diabetes, por exemplo. 

Por isso, nesse texto você saberá informações relevantes sobre este problema oftalmológico e como tratá-lo corretamente. Confira! 

O que causa derrame ocular?

O derrame ocular é multifatorial, ou seja, resulta de diversos motivos, pode acometer pessoas de qualquer idade ou sexo, afetar o olho direito, esquerdo ou ambos. Além disso, também pode ocorrer em grau mais leve ou grave dependendo da área ocular atingida. Os principais tipos de derrame ocular são:  

Hemorragia subconjuntival

Se dá abaixo da conjuntiva (membrana que tem a função de revestir a parte branca do olho chamada esclerótica, e também cobrir a pálpebras internamente), levando à dilatação dos vasos sanguíneos, formando  manchas vermelhas. 

Esse caso é tido como mais comum e frequente, ocorrendo devido a contextos que elevam a pressão ocular como espirros, tosse e atividade física intensa. Ademais, coçar os olhos ou ter sofrido um trauma na região também pode causar esse tipo de derrame ocular.

Em geral, pessoas com diabetes, hipertensão ou que fazem uso de anticoagulantes, estão mais propensas a terem hemorragia subconjuntival. 

Hifema 

O acúmulo de sangue na parte anterior da câmara do olho (espaço que há entre a íris e a córnea) caracteriza um hifema. Normalmente, o que causa o quadro são traumatismos oculares, cirurgias, infecções e a presença de vasos anormais na íris. 

Pessoas com um diagnóstico de hifema, devem ter acompanhamento oftalmológico para reverter a situação, caso contrário, podem desenvolver cegueira permanente. 

Hemorragia vítrea

O fragmento interior do globo ocular é preenchido por uma substância transparente e gelatinosa chamada vítreo. Por estar ligado à retina, quando vasos são rompidos nessa superfície, pode também afetar o vítreo, causando esse tipo de derrame ocular.

O processo de reabsorção do sangue espalhado pelo vítreo pode levar de semanas a meses, dependendo da quantidade. Desse modo, a pessoa deve ir periodicamente ao consultório oftalmológico para acompanhamento de recuperação.

Hemorragia subretiniana

Devido ao processo de envelhecimento, a hemorragia subretiniana decorre normalmente da Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI), provocando assim o sangramento da  membrana neovascular formada na região da mácula.

Um sintoma comum do quadro é a perda súbita da visão, sendo preciso realizar um tratamento com injeções antiangiogênicas.

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Como é feito o diagnóstico de derrame ocular?

O diagnóstico preciso e adequado, assim como a determinação do tratamento mais eficiente, será feito somente em consultório oftalmológico, por isso é importante marcar uma quando a mancha (mesmo que pequena ou que seja a primeira vez que o problema ocorra) for notada. 

Durante a consulta, informações a respeito do estado clínico e doenças preexistentes podem ser necessárias, como, por exemplo, se a pressão arterial está regulada ou a taxa glicêmica se encontra estável.  

Exames para verificar se é apenas uma hemorragia superficial também podem ser feitos pelo(a) profissional. 

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Tratamento

Se a causa do derrame ocular for considerada simples, a mancha vermelha pode desaparecer após alguns dias, sem a necessidade de um tratamento específico. Para acelerar o processo, pode ser utilizada compressa de água fria sob o olho 2 vezes ao dia.

Durante esse período, remédios anticoagulantes, ou que tenham esse como um dos efeitos colaterais, e  aspirinas devem ser evitados para não aumentar a mancha. 

Ademais, conforme orientações médicas o paciente pode aplicar colírios lubrificantes ou tomar medicamentos específicos. Em casos mais complexos, a realização da microcirurgia a laser pode ser necessária para reverter o quadro. 

O derrame ocular é perigoso?

Depende, na grande parte dos casos, por se tratar de uma hemorragia superficial, o sangramento cessa entre 10 a 14 dias, não oferecendo maiores riscos. 

No entanto, o derrame ocular pode estar associado ao surgimento de doenças oftalmológicas graves que caso não sejam controladas podem levar à perda parcial ou total da visão. Algumas das patologias são: glaucoma (degeneração do nervo óptico) ou a retinopatia diabética (danos na retina em virtude da alta taxa glicêmica). 

Dessa forma, para ter certeza da causa do derrame e das complicações possíveis, é sempre indicado realizar uma visita ao oftalmologista. 

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Como prevenir?

A melhor forma de prevenir o problema é evitar ou reduzir situações que provoquem o aumento da pressão ocular. 

Dessa forma, reduzir a intensidade dos exercícios físicos e diminuir tarefas do dia a dia que demandam esforço excessivo ou deslocamento de carga, ajuda a evitar o derrame ocular. 

No caso de doenças que desencadeiam o problema, sendo a hipertensão e a diabetes as principais, é necessário manter o tratamento estabelecido pelo(a) médico(a) corretamente para prevenir o surgimento de derrame ocular.


Em geral, a pessoa irá notar o derrame ocular, visto a mancha de sangue chamativa que se forma. Comumente, nenhuma dor é sentida no(s) olho(s), o que pode fazer com que opte por não procurar um médico especialista.

Porém, mesmo se tratando de um derrame ocular simples, é importante realizar uma consulta para assegurar que não haverá complicações futuras decorrentes do quadro. 

Fontes Consultadas

Imagem do profissional Rafaela Sarturi Sitiniki
Este artigo foi escrito por:

Rafaela Sarturi Sitiniki

CRF/PR: 37364Farmacêutica generalista graduada pela Faculdade ParananseLeia mais artigos de Rafaela
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