Em resumo, a dermatite seborreica é uma inflamação que gera a descamação da pele, popularmente conhecida como caspa, condição que afeta a estética e pode causar lesões na pele. Assim, é comum que pacientes apresentem uma pele com aparência seca, frágil e com coceira intensa.
A seguir, listamos tudo que você precisa saber sobre a dermatite seborreica, confira!
Índice — neste artigo você encontrará as seguintes informações:
Também conhecida como seborreia e caspa, a dermatite seborreica é uma inflamação cutânea caracterizada pela presença de escamas brancas e amareladas com aspecto oleoso. É mais comum no couro cabeludo, mas pode acometer a face, tronco, sobrancelha, cantos do nariz, entre outros.
Na seborreia, existe um acúmulo maior de sebo em determinadas partes do corpo, onde ocorrem as descamações. É mais comum em homens do que em mulheres e seu aparecimento parece estar relacionado à problemas como estresse e problemas hormonais.
Costuma aparecer após a adolescência, mas também pode se manifestar em bebês recém nascidos. Acredita-se que a seborreia esteja presente em cerca de 18% da população mundial, sendo preocupação de muitas pessoas diariamente.
A condição é muito estigmatizada, pois a liberação de escamas está associada à cabelos sujos no senso comum. Por isso, as pessoas que sofrem desse mal fazem de tudo para se livrar do problema, com medo de sofrerem preconceito. No entanto, a seborreia não é falta de higiene, estando mais relacionada a cada organismo em si do que a fatores externos.
Na maior parte dos casos, a dermatite seborreica causa caspa e uma leve coceira, mas existem também casos em que há a formação de grandes placas inflamatórias por baixo dos fios de cabelo que geram prurido intenso e necessitam tratamento.
Leia mais: Dermatite: o que é e tratamentos
Não se sabe, ao certo, o que causa a seborreia. A descamação e as erupções se dão em áreas onde há uma grande concentração de oleosidade, mas não se trata de uma disfunção das glândulas sebáceas propriamente ditas.
O fato de ser mais recorrente em homens leva a acreditar que o androgênio, hormônio que aumenta a produção de sebo, está relacionado ao problema.
Outro fator encontrado nos casos de dermatite seborreica é a presença do fungo Malassezia (Pityrosporum ovale), que, no entanto, também está presente na pele de pessoas que não sofrem de seborreia. Esse fungo simplesmente faz parte da flora benéfica natural da nossa pele.
Pois bem, se todas as pessoas produzem sebo e possuem o fungo em suas peles, alguma outra coisa deve ser a causa do problema.
Muitos especialistas acreditam, então, que a dermatite seborreica seja desencadeada por uma junção de fatores, sendo o mais determinante a maneira como o corpo reage à presença do fungo.
Organismos diferentes encaram as coisas de maneiras diversas e, para algumas pessoas, a simples presença do fungo já pode ser irritativo para a pele, que desencadeia uma resposta inflamatória responsável pelos sintomas.
Uma evidência dessa teoria é o fato de que tratamentos com antifúngicos costumam melhorar o quadro consideravelmente.
Existem alguns fatores desencadeantes de crises de dermatite seborréica. São eles:
Por estar intimamente relacionado com o sebo secretado pela pele, basicamente tudo que mexe com o sistema de produção de sebo e resfriamento do corpo é um fator de risco para o problema.
A caspa se caracteriza pela descamação do couro cabeludo que pode ou não ser acompanhada de coceira. No entanto, não há uma verdadeira inflamação da pele, nem mesmo ocorrem as erupções e placas características da dermatite seborreica.
Vale lembrar que o mecanismo de formação da caspa é o mesmo da seborreia. No entanto, a caspa tende a ser mais branda e pode ser classificada como um sintoma inicial da dermatite seborreica no couro cabeludo.
Uma dúvida muito comum é se a seborreia é transmissível. A resposta é não. O Malassezia, fungo relacionado ao aparecimento da condição, é transmissível, mas apenas a presença desse microrganismo não é o bastante para o desencadeamento da seborreia.
O problema está mais relacionado à pele de cada um, e talvez exista um componente genético hereditário, mas não há certeza de nada disso.
Todo mundo já conhece a caspa, que é um sintoma da dermatite seborreica no couro cabeludo. Entretanto, existem outros sinais que podem aparecer dependendo da gravidade do caso. São eles:
Vale lembrar que esses sintomas não aparecem apenas no couro cabeludo, como também no rosto, tronco, cantos do nariz, sobrancelhas, entre outros.
Muitos pais ficam preocupados quando seus bebês começam a apresentar escamas oleosas amareladas no couro cabeludo, como se o bebê estivesse com caspa. Trata-se da crosta láctea, uma condição praticamente inofensiva que aparece em recém nascidos e costuma desaparecer durante o primeiro ano de vida. A condição afeta o couro cabeludo, a face e, às vezes, as dobrinhas do corpo.
Acredita-se que a crosta láctea seja causada por uma alta atividade das glândulas sebáceas do bebê, desencadeadas pelos hormônios da mãe pouco antes do parto. Essa produção exagerada de sebo acaba criando uma crosta que “tampa” as glândulas, o que estimula a renovação da pele e faz produzir mais sebo para tentar se livrar do bloqueio. Isso gera uma junção das células mortas com as antigas, formando as escamas.
Essa condição não causa qualquer desconforto ao bebê: não coça e nem dói. No entanto, ainda precisa ser tratada, pois cria um ambiente propício para infecções.
Sabia que os cãezinhos também podem sofrer com seborreia? Na maioria das vezes, o problema é secundário, ou seja, é resultado de alguma outra doença.
Alergias, fungos, parasitas, transtornos metabólicos e endócrinos, câncer de pele e doenças autoimunes são apenas algumas das condições que podem ter como sintoma a seborreia nos cães.
Já em forma primária — acontece por si só, sem a presença de outra doença —, a seborreia é mais comum em algumas raças. Alguns exemplos são o Basset Hound, Cocker Spaniel, Golden Retriever, Labrador Retriever, Shar Pei, Pastor Alemão, West Highland White Terrier, entre outras.
Dependendo da intensidade, o cão pode se coçar em demasia e provocar lesões e sangramentos na própria pele. O tratamento geralmente é voltado para a doença causadora na seborreia secundária e, na primária, existem sabonetes anti-seborreicos em vários pet shops.
Muitos acreditam que a seborreia está relacionada à queda de cabelo e, em muitos casos, estão certos. Isso porque a oleosidade do couro cabeludo prejudica a “cola” que mantém o fio grudando na cabeça. Pessoas que apresentam dermatite seborréica com aumento considerável da oleosidade podem sofrer com quedas frequentes.
Não existe nenhum tipo de teste específico para o diagnóstico da dermatite seborreica. De fato, o dermatologista muito provavelmente irá identificar o problema apenas com uma avaliação visual e o histórico do paciente.
Em alguns casos, quando não há certeza apenas com isso, ele pode enviar uma dessas escamas para análise laboratorial, a fim de compreender a composição da mesma e detectar possíveis microrganismos que podem estar causando a irritação.
Embora não existam medicamentos que eliminem definitivamente a seborreia e a caspa, existem casos de remissão dos sintomas que se assemelham muito a uma cura, visto que a condição não volta mais.
O tratamento da seborreia é focado no controle da condição, não em sua cura. Isso porque existem casos em que há remissão total dos sintomas, enquanto em outros precisa-se tomar cuidados a vida inteira.
De qualquer forma, existem muitos produtos no mercado destinados ao alívio dos sintomas. Alguns vêm em forma de shampoos e tônicos capilares, outros são pomadas e cremes mais propícios para uso em outras partes do corpo.
Embora não provoque coceira ou sintomas desagradáveis no bebê, a crosta láctea torna a pele suscetível à infecções e, por isso, deve ser tratada. Em geral, esse tratamento é feito em casa, com algumas adaptações na rotina do bebê. São elas:
Vale lembrar que a crosta láctea não é uma infecção e não deve se parecer com uma. Caso o couro cabeludo do bebê passe a apresentar vermelhidão e coceira, leve o bebê ao pediatra rapidamente.
A seborreia é geralmente tratada com shampoos, cremes e pomadas que contenham algum dos seguintes ingredientes:
Em geral, a aplicação de shampoos é feita 2 vezes por semana, de 4 a 8 semanas. O produto deve agir no couro cabeludo por 5 minutos antes do enxágue. Caso contrário, sua eficácia pode ser prejudicada.
Em casos mais graves, pode-se administrar medicamentos com corticoides como a hidrocortisona.
Atenção!
NUNCA se automedique ou interrompa o uso de um medicamento sem antes consultar um médico. Somente ele poderá dizer qual medicamento, dosagem e duração do tratamento é o mais indicado para o seu caso em específico. As informações contidas neste site têm apenas a intenção de informar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um especialista ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Siga sempre as instruções da bula e, se os sintomas persistirem, procure orientação médica ou farmacêutica.
No caso de dermatite seborreica no couro cabeludo, é comum a utilização de shampoos anticaspa. Muitos contém as substâncias citadas anteriormente, mas podem ser encontrados facilmente em farmácias e até mesmo supermercados. Alguns exemplos são:
Algumas pessoas preferem recorrer a substâncias encontradas na natureza para combater a dermatite seborreica. Vale lembrar que esses métodos não são cientificamente comprovados e que não há garantia de sua segurança. É de extrema importância consultar seu dermatologista antes de tentar qualquer um dos métodos abaixo!
Por ter ação antimicrobiana, acredita-se que o vinagre de maçã auxilia no combate contra a caspa e dermatite seborreica. Para usá-lo, basta misturar partes iguais de vinagre de maçã e água destilada em um frasco de spray para facilitar a aplicação.
Aplique nas áreas afetadas e espere um pouco para que faça efeito. Caso sinta ardência ou queimação, lave a área imediatamente. Se preferir, tente novamente mais tarde com três partes de água para cada parte de vinagre de maçã.
Dotados de ação antifúngica, o alho e o óleo de coco podem ser bons aliados para combater a seborreia. Basta esmagar um dente de alho e misturá-lo com uma colher de sopa de óleo de coco, aplicando na área afetada. Casa haja ardor ou queimação, lave o local com água corrente o mais rápido possível.
Caso prefira, usar somente alho também pode ser eficaz no combate à caspa e seborreia. Extraia o suco de um alho inteiro e misture com água. Em seguida, aplique nas áreas afetadas e deixe agir por 20 minutos. Passado esse tempo, lave com água corrente em abundância e seque bem.
O óleo de hortelã-pimenta também é promissor no tratamento. Para usá-lo, pingue duas gotas de óleo em um copo d’água e aplique a mistura no couro cabeludo. Deixe agir por alguns minutos e, em seguida, enxágue com bastante água.
Óleos de coco e amêndoas doces possuem propriedades antifúngicas, além de manter o couro cabeludo hidratado.
Dando preferência para os óleos extra-virgens — que conservam as propriedades medicinais do produto —, aplique o óleo morno no couro cabeludo, massageando, e deixe no cabelo durante a noite. No dia seguinte, lave com um shampoo indicado para a remoção de oleosidade.
Além de ser antifúngico, o mel possui também propriedades anti-inflamatórias e cicatrizantes, que auxiliam no tratamento da pele do couro cabeludo.
Para usar, misture duas colheres (sopa) de mel em um copo com água morna e aplique no couro cabeludo. Após 30 minutos, enxágue com água em abundância.
Em geral, a seborreia não costuma causar muitas complicações. No entanto, quando é muito grave, a coceira intensa pode fazer com que o paciente acabe lesionando a pele, provocando feridas e sangramentos, especialmente no couro cabeludo.
Outro problema é que a maior quantidade de sebo cria um ambiente propício para a proliferação de bactérias e microrganismos, o que pode facilmente resultar em uma infecção cutânea. Misturando isso às possíveis feridas, abre-se uma porta de entrada para esses microrganismos nocivos na corrente sanguínea.
Por conta do preconceito, a dermatite seborreica também causa impactos emocionais, o que pode reforçar o aparecimento de um transtorno mental como a depressão ou problemas de autoestima.
Por mais que a maioria dos tratamentos para seborreia funcione bem, dificilmente você se verá livre do problema definitivamente. Por isso, algumas dicas para melhorar sua convivência com a condição são:
Estar com o cabelo sempre livre das escamas pode ajudar muito na autoestima. Para isso, aplique óleo mineral ou de oliva no couro cabeludo, deixe agir por meia hora e penteie. Lave bem com água corrente. Essa técnica amolece a crosta, permitindo a remoção e prevenção do surgimento de novas escamas sem agredir a pele.
Embora a seborreia não esteja relacionada à falta de higiene, manter a pele sempre limpa ajuda a combatê-la. Isso porque a limpeza remove o excesso de sebo, o que ajuda a diminuir a descamação por não acumular uma crosta na pele.
Além disso, secar bem os cabelos e a pele dificulta a proliferação de fungos e microrganismos que podem causar infecções.
Parece estranho, mas funciona: manter a pele bem hidratada evita que ela produza muito sebo. Como a função principal do sebo é a de hidratar e manter as defesas da pele, se esse trabalho já está feito, o corpo entende que não precisa produzir tanto assim.
Consulta seu dermatologista para que ele possa recomendar o tipo de hidratante ideal para a sua pele.
Alguns produtos muito usados no dia a dia podem piorar a seborreia caso seus resíduos não sejam eliminados corretamente. Exemplos destes produtos são cremes hidratantes, géis de banho, cremes para pentear, sprays, entre outros.
O uso de tais produtos não é totalmente vetado porque, muitas vezes, fazem bem para a pele. No entanto, a má remoção dos mesmos após sua utilização pode acarretar em pioras no quadro.
Cremes, géis e sprays para fixação ou modelagem de penteados podem ser gatilhos para o reaparecimento da caspa. Por isso, evite utilizá-los e, se precisar, aplique longe da raiz do cabelo e do couro cabeludo.
O uso de chapéus, bonés e toucas eleva a temperatura no couro cabeludo, o que aumenta a produção de sebo. Por isso, a menos que seja necessário, evite usar esses aparatos. Guarde as toucas para os dias verdadeiramente frios e os chapéus e bonés para dias com muito sol.
O álcool agride muito a pele e, para compensar, esta pode aumentar a produção de sebo, o que piora a seborreia.
Homens que ostentam barba e bigode devem tomar os devidos cuidados de higienização dos pelos faciais, pois a dermatite seborreica pode ser ainda pior nessas áreas.
No mercado, existem diversos produtos focados na higienização da barba e bigode. Eles podem ser uma boa pedida para manter essas áreas limpas e livres da seborreia.
Os cílios também estão suscetíveis à descamação e, por isso, manter as pálpebras limpas é uma boa alternativa, especialmente quando elas apresentam sinais como vermelhidão e descamação. Para isso, passe um cotonete com um pouco de shampoo infantil suavemente nas pálpebras todas as noites. Compressas quentes e frias também podem ajudar.
Evite tomar banhos muito quentes, uma vez que temperaturas altas aumentam a produção de sebo.
Diminua a ingestão de alimentos gordurosos como frituras, embutidos e chocolates. O consumo exagerado de gorduras piora a produção do sebo e dificulta processos de renovação.
Tecidos sintéticos costumam reter o suor, piorando o quadro de dermatite seborreica. Por isso, recomenda-se o uso de tecidos naturais respiráveis, como o algodão.
Por sua relação com períodos de estresse, manter a calma pode ajudar a combater a seborreia. Uma dica para isso é evitar ambientes e situações estressantes, assim como usar técnicas de relaxamento para lidar com situações inevitáveis. Meditar e respirar fundo são boas opções.
Não existe uma maneira de prevenir a seborreia, visto que ela é uma doença não muito esclarecida. No entanto, pessoas que já sofrem com o problema podem adotar algumas seguintes medidas para mantê-lo controlado. Para saber mais, leia a seção “Convivendo”.
A descamação do couro cabeludo pode causar aqueles pontinhos brancos, chamados de caspa. Assim como a dermatite seborreica que afeta outras regiões da derme, a capilar pode causar irritação, coceira, vermelhidão e saliências.
O tratamento indicado consiste na suspensão do uso de produtos irritantes, como gel ou cremes de cabelo, além do uso de shampoos específicos com ácido salicílico, alcatrão, selênio, enxofre e zinco.
Alguns casos necessitam de shampoos antifúngicos ou medicamentos tópicos.
Existem remédios para controlar o quadro e evitar novas manifestações. Por isso, não se fala em cura absoluta, pois os sintomas e crises de dermatite podem voltar, decorrentes de fatores genéticos ou ambientais.
A caspa pode ser decorrente da dermatite seborreica. Por isso, o uso de medicamentos anticaspa podem ser os mesmos para a seborreia.
Há shampoos ou outros produtos, por exemplo, que promovem uma hidratação e aliviam as caspas, mas não tratam a origem do problema. Nesses casos, é preciso que o medicamento para caspa seja orientado para a dermatite seborreica.
Assim como em outras regiões, a dermatite seborreica no couro cabeludo necessita de tratamento para controlar os sintomas.
O quadro, em geral, não apresenta riscos severos ao paciente, mas pode trazer um grande desconforto e podendo prejudicar a saúde dos fios de cabelo.
A descamação do couro cabeludo é a famosa caspa. Ela causa uma troca acelerada da derme, fazendo com que fragmentos de tecido se soltem. A descamação pode ser desencadeada ou agravada pelo clima seco, alimentação ou estresse.
A região do rosto é, em geral, bastante sensível. Por isso, todo tratamento deve ser orientado por profissionais, evitando riscos ou alergias.
Alguns cuidados fundamentais com o rosto devem envolver aquelas medidas básicas de proteção. Para isso, usar filtro solar e hidratantes adequados à face e ao tipo de pele, evitar produtos agressivos à derme e consultar dermatologistas é fundamental para a saúde da pele e o correto tratamento da dermatite seborreica no rosto.
A dermatite seborreica é um problema que incomoda muita gente, mas nem todos sabem como ela é formada e quais os meios de combatê-la. Por isso, compartilhe este texto para que mais pessoas tenham acesso a essas informações!
Rafaela Sarturi Sitiniki
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