A curva glicêmica é um simples exame de sangue acompanhado por um teste oral, com ingestão de um líquido doce, feito para medir a tolerância à glicose. É também conhecido como TOTG e normalmente utilizado para a investigação de um possível quadro de diabetes.

Ele pode ser realizado no período gestacional e é recomendado durante o sexto mês de gestação, principalmente quando há fatores de risco presentes (obesidade, hipertensão, idade avançada).

Algumas grávidas podem manifestar sintomas de descontrole glicêmico, como o excesso de fome, sede, cansaço e inchaços nas pernas e pés. Porém, é importante que o exame seja feito mesmo que a mulher não apresente nenhum dos sintomas relacionados.

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O que é curva glicêmica e insulínica na gestante?

A curva glicêmica é um exame para avaliar como o açúcar se comporta no corpo. De modo geral, o corpo produz insulina após alguma refeição, evitando que a glicemia (açúcar no sangue) se altere.

Pessoas sem nenhuma alteração do pâncreas (órgão que produz insulina e regula a glicemia), as taxas de açúcar estão sempre reguladas. Ou seja, a curva insulínica está adequada.

Durante a gestação, é comum que os hormônios provoquem resistência à insulina, o que aumenta as taxas de glicemia, que pode ser prejudicial para a saúde da mulher e do bebê. 

Por isso, sobretudo gestantes acima de 35 anos, com o peso acima do ideal ou que tenham histórico familiar relacionado, devem dar atenção à realização do exame.


Como é o exame de curva glicêmica na gestação?

Para a realização do exame, é orientado que a paciente faça jejum de 10 a 12 horas e não tenha praticado atividades físicas. 

Feito isso, o primeiro passo é a ingestão de 75g de Dextrosol (glicemia). A cada 1 hora é retirada uma amostra de sangue para a medição glicêmica. Em geral, são coletadas 2 ou 3 amostras. 

Ou seja, o exame pode ter duração de cerca de 3 horas.

Alguns profissionais defendem que o exame faça parte da rotina de toda gestante. Outros apontam que somente a exame de glicemia em jejum (coleta normal de sangue) deve ser feito. Havendo alterações ou fatores de risco, o teste oral é indicado.

Valores de referência do exame

Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde, é necessário que a glicemia da gestante esteja entre 92mg/dL e 125mg/dL para que seja feito o diagnóstico de diabetes gestacional

O teste de curva glicêmica normal tem os seguintes valores de referência: 

  • Em jejum: até 92mg/dL; 
  • 1 hora após a ingestão do líquido: até 180mg/dL; 
  • 2 horas após a coleta: até 153mg/dL.

Curva glicêmica alterada na gestante: o que significa?

Quando os valores acabam apresentando taxas superiores às esperadas, é comum que o exame seja repetido após alguns dias para nova análise e confirmação exata. 

Caso o resultado se repita, a mulher é diagnosticada com diabetes gestacional.

Nesses casos, o tratamento é necessário e deve ser iniciado ainda durante gestação. Em geral, é feito com uma dieta balanceada e atividades físicas. Em alguns casos, pode ser preciso o uso de medicamentos. 

Se monitorada e controlada a diabetes gestacional, é muito possível que a mãe e o bebê se mantenham saudáveis durante e depois da gestação. 

Geralmente, há grandes chances de reversão do quadro. Já que os níveis de açúcar costumam se normalizar de três a sete dias após o nascimento do bebê.

Porém, ainda é importante que as mulheres fiquem atentas com o risco de desenvolvimento de diabetes tipo 2 (quadro controlado por medicamento).


Quando o resultado do exame mostra a curva glicêmica alterada, é importante o início de um tratamento que controle os níveis de glicose. Atividades físicas e uma alimentação equilibrada são essenciais em conjunto com o tratamento, sendo também bons hábitos para a prevenção dos riscos. 

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