A queda de cabelo costuma trazer sofrimento e afetar a autoestima de muitas pessoas, principalmente das mulheres. Além disso, ela pode também ser um sintoma de alguma outra doença. Por isso, é importante entender que, diferentemente do que algumas pessoas pensam, nem toda queda capilar é classificada como calvície. A calvície feminina (assim como a masculina) possui uma causa genética, mas pode ser agravada por outros fatores. Por isso, é preciso auxílio médico para um diagnóstico correto e controle dos seus efeitos.
Isso porque, a calvície não se trata apenas de uma queda capilar comum, mas sim de uma doença. Então, entenda melhor o que caracteriza essa condição, quais são as suas causas e os possíveis tratamentos!
Índice — neste artigo você vai encontrar:
A alopecia androgenética, popularmente conhecida como calvície, é uma condição que pode afetar tanto homens quanto mulheres. Esse problema se caracteriza por uma grande perda na quantidade de fios.
O termo “andro” se refere ao hormônio masculino, porém, em grande parte dos casos, os níveis hormonais se mantêm normais no exame de sangue. Assim, a causa costuma estar atrelada às questões genéticas — ou a mudanças hormonais (como o aumento dos níveis de estrogênio na menopausa).
Cerca de 5% das mulheres são atingidas pela calvície. Os sinais costumam ser o afinamento dos fios e a queda excessiva, em especial na região central e temporal da cabeça, deixando áreas do couro cabeludo visíveis.
Muitas vezes, o problema se manifesta durante a adolescência, por conta do grande salto hormonal. A partir desse momento, a cada novo ciclo do cabelo, os fios tendem a ficar progressivamente mais finos e fragilizados.
Considerando que esse problema tem sua origem relacionada, principalmente à genética, não tem cura, mas pode ser tratado e controlado. Ou seja, difere de uma queda capilar causada por conta da falta de nutrientes, altos níveis de estresse, uso de medicações ou outros fatores.
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Além dos fatores genéticos, a calvície feminina pode ser causada por questões hormonais naturais, como o aumento do estrogênio na menopausa, e também devido às alterações que ocorrem durante e após a gestação. Por isso, entenda melhor como o problema ocorre em cada um dos casos:
Como mencionado, o fator genético é a principal causa da calvície feminina. Trata-se de uma herança polimórfica — ou seja, que têm diferentes origens. Sendo assim, é difícil saber a origem exata dessa questão genética.
No geral, os primeiros sintomas podem se manifestar logo após a puberdade, momento em que a produção dos hormônios sexuais (estrogênio e progesterona) aumenta.
Os problemas hormonais são responsáveis por diferentes doenças e podem, inclusive, estar relacionados à calvície feminina. Nesse caso, há também a influência do fator genético — como mencionado no tópico anterior.
Assim, principalmente altos níveis do hormônio di-hidrotestosterona (ou androstanolona) podem favorecer a alopecia feminina. Considerando que esse hormônio derivado da testosterona produz muita oleosidade e destroi os folículos capilares.
Porém, além disso, outras condições relacionadas com alteração hormonal podem estar relacionadas ao problema:
A idade não é um fator determinante para a calvície feminina. Ao contrário de outras questões que podem se agravar com o avanço da idade, esse problema pode se iniciar de maneira precoce já na juventude, ou, então, apenas na vida adulta ou na velhice.
Como mencionado, alguns fatores podem contribuir para que essa condição se manifeste mais cedo. Por exemplo, questões como a síndrome do ovário policístico ou o puerpério — visto que a gravidez pode ocorrer em qualquer momento da vida fértil da mulher.
Desse modo, é importante atentar-se aos sintomas: afinamento ou clareamento dos fios e queda excessiva, especialmente na região central e lateral da cabeça.
No geral, quando se trata de calvície feminina, é normal que a queda de cabelo seja mais acentuada nas regiões centrais da cabeça, e não na frente. Quando há excesso de queda capilar na parte frontal, o problema pode estar relacionado a outras causas, como:
Dessa forma, para obter um diagnóstico correto e saber se o seu problema está (ou não) relacionado à calvície, é preciso buscar um (a) dermatologista ou tricologista. Assim, a partir da análise clínica e de exames, ele (a) poderá indicar o tratamento correto.
Não há um único tratamento que possa resolver a queda de cabelo. Até porque apresenta diferentes causas e cada organismo reage de uma forma a determinado tratamento. Então, pode ser indicado uso de medicamentos (para estimular o crescimento), procedimentos como o microagulhamento, entre outros.
Vale destacar que a calvície é um problema que não tem cura. Porém, pode ser controlado a partir de cuidados e procedimentos, melhorando questões estéticas e de bem-estar. Ou seja, é uma condição diferente da queda de cabelo comum — que pode ser curada a partir do tratamento correto.
Inicialmente, é comum que o (a) dermatologista/tricologista inicie o tratamento a partir de cuidados menos invasivos, tais como:
Porém, quando esses não apresentam um efeito suficientemente satisfatório, podem ser indicados alguns procedimentos feitos pelo (a) dermatologista:
Os remédios utilizados em casos de alopecia não têm a finalidade de eliminar o problema, mas sim controlar e retardar o máximo possível seus efeitos. Dessa forma, normalmente são prescritos medicamentos (de uso oral ou tópico) que estimulam o crescimento e fortalecimento capilar.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, em casos de calvície feminina, pode ser prescrito o uso de medicação anticoncepcional ou remédios com as seguintes substâncias:
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Entre os cuidados, também pode ser recomendada a aplicação de loções antiqueda — como a Pielus e a Pantogar Top. Essas opções podem ajudar a estimular a circulação sanguínea no couro cabeludo e, consequentemente, o crescimento capilar.
Lembrando que, em alguns casos de calvície feminina, pode ser que esses medicamentos não apresentem resultados satisfatórios. Então, o (a) dermatologista pode recomendar outros procedimentos e/ou cuidados que tenham mais chance de sucesso de acordo com cada caso. Como, por exemplo, o transplante capilar — que é comumente mais indicado para homens do que para mulheres.
Não existe um remédio caseiro que possa eliminar a calvície feminina. Porém, há alguns cuidados que podem ser tomados em casa, como massagens capilares para estimular a circulação sanguínea ou o uso de shampoos com ativos capazes de limpar o couro cabeludo e fornecer aporte nutricional, desde que dermatologicamente testados.
Além disso, fazer o uso de ampolas antiqueda (como a Recrexina HFSC) ou tônicos capilares também podem ajudar, considerando que são aplicados diretamente na raiz do cabelo e estimulam o crescimento.
Existem também as ampolas injetáveis, que são mais eficazes, mas, elas só podem ser aplicadas em consultório médico.
Caso você queira optar por cuidados mais naturais, pode apostar em receitinhas caseiras que contenham ingredientes como:
Lembrando que todos esses são apenas cuidados complementares. Isso não substitui o acompanhamento com um (a) dermatologista e cuidados medicamentosos.
Além disso, vale destacar que cuidar da saúde como um todo também pode ter reflexos positivos em alguns casos. Por exemplo, cuidar da alimentação e tratar problemas concomitantes (como a dermatite seborreica) pode ajudar no sucesso da terapia para a calvície feminina.
Muitas mulheres ficam com a autoestima abalada devido à queda capilar. Por isso, além de realizar os tratamentos necessários para o problema, buscam formas de disfarçar no dia a dia. Desse modo, é possível que se sintam bem consigo mesmas e tenham mais qualidade de vida.
Nesse sentido, algumas maneiras de disfarçar a queda capilar são:
Além disso, a forma de arrumar o cabelo também pode ajudar. Por exemplo, evite deixar o cabelo repartido ao meio, pois isso evidencia as falhas centrais.
Também aposte nos cuidados capilares para que seu cabelo tenha sempre um aspecto saudável e não sofra ainda mais com a queda. Evitar excesso de calor e química é outra forma de cuidado importante!
A calvície feminina, assim como a masculina, é um problema sério, que precisa ser tratado. Por isso, é imprescindível ficar atenta (o) aos sintomas e, se necessário, buscar auxílio profissional. Dessa forma, será possível minimizar os danos e viver bem!
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Dr. Lucas Fustinoni
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