Gravidez

Calculadora Gestacional (semanas, meses): veja como calcular

Publicado em: 28/09/2018Última atualização: 12/08/2021
Publicado em: 28/09/2018Última atualização: 12/08/2021
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Você pode até não ser boa em matemática e se debater um pouco na hora de fazer alguns cálculos, tendo a calculadora como um recurso bastante recorrido na hora de fazer as contas do mês ou confirmar os descontos na compra.

Mas basta a gravidez se iniciar para a maioria das futuras mães — inclusive as não tão boas de conta — desenvolverem um raciocínio matemático bastante apurado.

Agora o tempo não se conta mais em meses e cada semana é uma descoberta e um desafio surpreendentes.

Talvez você ainda esteja nas primeiras semanas e tenha recebido há pouco a confirmação da gestação. Talvez você já tenha até finalizado o primeiro trimestre e a notícia que uma nova vida está sendo gerada só chegou agora.

Mas não importa o momento, saber qual o tempo da gestação vai ajudar na organização, planejamento e acompanhamento dos sinais, dos sintomas e do desenvolvimento da mãe e do bebê.

O que é Calculadora Gestacional?

A calculadora gestacional é uma forma de estimar o tempo de gravidez, chamado de Idade Gestacional (IG), e quando possivelmente ocorrerá o parto, chamado de Data Provável de Parto (DPP).

Para fazer o cálculo, seja em casa ou pelo seu médico, no consultório, é utilizada a data do primeiro Dia da Última Menstruação (DUM).

Pode parecer difícil calcular, logo que cada mês possui uma quantidade de dias diferente,mas com os cálculos gestacionais fica mais simples saber o tempo de gravidez e entender como o seu médico estimou a data do parto.

É importante saber que, normalmente, a gravidez dura 9 meses, que são 40 semanas ou 280 dias. A partir da sua última menstruação será acrescido esse tempo para indicar quando possivelmente seu bebê nasce.

Se a data da fecundação for considerada, deve-se somar 38 semanas ou 266 dias, mas no cálculo tradicional, é a partir da DUM que toda estimativa será feita. Pode até parecer estranho, mas é isso mesmo: a contagem começa antes mesmo da fecundação ter ocorrido.

Descobrir a idade gestacional é necessário para além da curiosidade da mãe, pois ela vai ser parâmetro para acompanhar o desenvolvimento do bebê, as mudanças corporais e a saúde da mãe.

Mas calma, se você não sabe exatamente quando ocorreu o último ciclo menstrual, exames de ultrassom, junto com o acompanhamento médico, vão apontar a idade gestacional.

E a data da fecundação?

A ovulação é o processo em que o organismo da mulher libera o óvulo do ovário. Em média, ocorre 14 dias antes da próxima menstruação, mas pode ser entre 12 e 16 dias antes.

Entretanto, a duração dos ciclos muda de acordo com cada mulher, inclusive podem variar em cada ciclo da mulher, mesmo nas que possuem menstruação bem regulada.

Além disso, os espermatozoides mais resistentes podem sobreviver até 5 dias dentro do organismo da mulher, fazendo com que seja bastante difícil determinar o momento de fecundação.

Como consenso dos profissionais de saúde, foi adotada a data da última menstruação (DUM) para calcular a idade gestacional. Mas algumas mulheres, sobretudo as que desejam engravidar e acompanham atentamente os períodos férteis, sabem apontar os dias de ovulação.

Em geral, a data em que de fato ocorreu a fecundação não é considerada, mas caso você saiba, basta calcular que, a partir dela, seguirão 38 semanas de gestação, ou aproximadamente 266 dias.

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Para que serve a calculadora de gravidez?

A calculadora gestacional, ou calculadora de gravidez, serve para auxiliar as mães no acompanhamento e planejamento durante a gravidez.

O tempo de gestação e a previsão de parto são calculados pelo médico nas consultas, mas nem sempre é simples entender a conta que o profissional faz. Então, para auxiliar na compreensão ou aliviar a curiosidade enquanto a primeira consulta não é realizada, a calculadora gestacional é uma boa aliada.

Com os resultados, a mulher pode saber há quanto tempo está grávida, planejar a evolução desse período e se preparar para as mudanças no organismo (afinal, cada semana apresenta, no geral, sintomas e características diferentes), além de ter uma estimativa de quando será o parto.

Os cálculos da gestação servem inclusive para poder responder com mais facilidade o tempo de gravidez em trimestres, meses e semanas. Afinal, somente os médicos e as gestantes entendem essa contagem semanal.

Ao compartilhar as novidades com o grupo de amigos, o melhor é falar em meses.

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Idade gestacional em meses: como contar as semanas?

Se você quer evitar as contas e precisa converter o tempo de gestação mensal em semanas, há tabelinhas facilitadoras para isso. Ou, ainda, se você já está inserida na contagem semanal e precisa compartilhar com o grupo de amigos e familiares as novidades, basta consultar os meses em semanas ou as semanas em mês.

  • 1º mês: 0 a 4 semanas de gravidez;
  • 2º meses: 4 semanas e meia a 9 semanas de gravidez;
  • 3º meses: 9 semanas a 13 semanas e dois dias de gravidez;
  • 4º meses: 13 semanas e 2 dias a 17 semanas e cinco dias de gravidez;
  • 5º meses: 17 semanas e 5 dias a 22 semanas e um dia de gravidez;
  • 6º meses: 22 semanas e 1 dia a 26 semanas e quatro dias de gravidez;
  • 7º meses: 26 semanas e 4 dias a 31 semanas de gravidez;
  • 8º meses: 31 semanas a 35 semanas e meia de gravidez;
  • 9º meses: 35 semanas e meia a 40 semanas de gravidez.

Mas se você quer aprender a calcular o tempo de gestação e como fazer a estimativa do parto, o modo mais efetivo e utilizado é através da data da última menstruação (DUM).

Esse método é chamado de regra de Naegele e consiste em somar os dias decorridos até o momento para estabelecer o IG ou somar 288 dias da DUM para estimar a data de parto.

Leia mais: 37º semana de gestação: quais são os sintomas mais comuns?

Como os médicos contam o tempo de gestação?

Os meses são variáveis demais — há alguns com 30, outros com 31 e ainda há fevereiro com 28 ou 29 dias. Além disso, 1 mês é um período bastante longo para torná-lo uma unidade de medida durante a gestação, afinal as mudanças são constantes nesse período.

Por isso, para facilitar o acompanhamento da saúde da mãe e do bebê, adotou-se mundialmente a medição por semanas.

A conta, às vezes, pode parecer um tanto confusa, mas para entendê-la basta considerar que as semanas de gravidez são contadas a partir da última vez que você menstruou, mesmo que a ovulação só ocorra aproximadamente 14 dias após esse período.

Então, pode-se dizer que a gestação dura, na verdade, 38 semanas ou 266 dias.

O seu tempo de gravidez é, provavelmente, de 2 semanas a menos do que a idade gestacional apontada pelo médico. Porém, como geralmente não dá para determinar quando ocorreu a fecundação, o melhor jeito de estimar o tempo de gravidez é considerando a DUM.

Assim, para cada 7 dias da data da última menstruação, você deve considerar 1 semana de gestação.

E os trimestres?

Além das semanas, outra medida temporal bastante utilizada na gravidez são os trimestres, pois cada um dos 3 períodos que, normalmente, dura a gestação (9 meses), possui características bem específicas.

O primeiro trimestre vai até o fim da 12ª semana e geralmente apresenta mudanças significativas ao organismo da mulher, em que os sintomas podem aparecer rapidamente e de maneira bem intensa.

É no começo desse período que um aglomerado de células começa a se desenvolver para, no final dos primeiros 3 meses, ter gerado um embrião com tamanho aproximado de uma manga, algo entre 5,4cm e 6,1cm, e peso entre 8g e 14g.

O 2º trimestre compreende o período entre o começo da 13ª semana e o final da 26ª. Agora o crescimento do bebê é mais perceptível através das mudanças corporais da mãe, pois o bebê entra no 2º trimestre com aproximadamente 7,4cm e 23g, e ao final dos próximos 3 meses, o bebê ultrapassa o comprimento de um mamão, chegando à 35,6cm e 760 g.

É também nesse trimestre que o bebê irá se mexer, sendo que entre a 20ª e 27ª semanas os movimentos tendem a ser mais perceptíveis e constantes.

Já o 3º trimestre começa a partir da 28ª semana. A reta final da gestação é acompanhada de ansiedade e expectativa. O bebê tem tamanho aproximado de 36,7cm e 870 g de peso nos primeiros dias, mas ao final do trimestre pode chegar à 48cm e 3kg.

Leia mais: 36° semana de gestação: barriga dura, cólicas e sintomas comuns

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O que é regra de Naegele?

Franz Karl Naegele, um obstetra alemão, desenvolveu o método considerando que a gestação dura em média 280 dias e que o ciclo menstrual da mulher é de 28 dias.

É importante lembrar que nem todos os organismos se comportam assim. Ou seja, cada mulher pode apresentar ciclos diferentes que podem, também, interferir no tempo de gestação.

Por isso, a regra de Naegele é uma estimativa a partir de generalizações (ou seja, não considera as particularidades de cada gestante). O acompanhamento e as recomendações médicas são, portanto, fundamentais.

Mas o método é o mais utilizado pelos profissionais de saúde até hoje, fazendo parte dos procedimentos padrão de centros de atendimento à gestante.

Em geral, a fórmula adiciona 7 dias e subtrai 3 meses à data da última menstruação ou soma-se 7 dias e 9 meses, como será detalhado e exemplificado posteriormente.

Estudos sobre a estimativa de parto consideram que há, em média, um desvio padrão de 13 dias na DPP de determinadas etnias (isso significa que, em média, a estimativa pode errar em torno de 13 dias para mais ou para menos).

Ressaltando que o cálculo é uma consideração geral e, por isso, não significa que o bebê irá nascer exatamente no dia previsto, mesmo que corra tudo bem durante a gestação.

Há estudos, como um publicado no periódico médico Acta Obstetricia et Gynecologica Scandinavica, sugerindo que grande parte das gestantes tem o parto alguns tempo após a estimativa calculada, geralmente entre 2 e 4 dias depois da DPP.

Aliás, apenas 4% dos bebês nascem exatamente na data prevista e outros 80% nascem em até 2 semanas antes ou depois da estimativa.

De qualquer forma, a DPP confere uma previsão que é, em geral, bastante aproximada à data real de parto, sendo útil para auxiliar a mãe no planejamento e preparo para o parto.

O que é DUM e por que ela é adotada?

A data da última menstruação (DUM) é usada para os cálculos gestacionais, pois é difícil determinar quando ocorreu a fecundação.

É preciso considerar o primeiro dia do último ciclo, ou seja, o dia que ela desceu. Isso porque cada mulher pode ter um ciclo diferente, durando entre 1 e 7 dias naturalmente.

Então, para uniformizar a contagem, estabeleceu-se o primeiro dia como o início da contagem.

Mas e se você não souber quando foi esse dia?

Não lembrar a data da última menstruação é bastante comum, sobretudo para mulheres que não usam anticoncepcional ou não possuem ciclos bem regulados naturalmente.

O médico possivelmente irá solicitar uma ultrassonografia precoce, que é feita a partir da 7ª semana e antes da 13ª. Através do exame de imagem, é possível identificar o comprimento do feto e, com isso, indicar a idade gestacional.

O exame de ultrassom é feito ao longo da gestação para acompanhar o desenvolvimento do bebê, mas é através do primeiro exame que se determina a idade gestacional e pode se estimar quando será o parto.

Nas primeiras semanas, os bebês apresentam um desenvolvimento bem parecido e padrão, sendo mais confiável apontar a IG. No 2º mês, em média, há uma margem de erro de 3 dias para a idade estimada no exame de imagem.

Por isso, sempre considere os primeiros resultados para estimar o parto e a IG.

Como o desenvolvimento do bebê depende também de diversos fatores, incluindo condições genéticas, nutricionais e individuais, próximo ao parto, a idade gestacional apontada na ultrassonografia tem uma margem de erro de aproximadamente 21 dias.

Como calcular a idade gestacional (IG)?

Clinicamente, há várias maneiras do profissional de saúde de calcular a idade gestacional fazendo estimativas do tempo de gestação, por exemplo, subida da temperatura basal (determinação da ovulação) ou início da percepção materna dos movimentos fetais.

Os exames físicos podem incluir tamanho do útero, altura uterina, início da auscultação dos ruídos cardíacos fetais.

Ainda é possível solicitar exames como ultrassonografia, testes urinário e sérico (exame de sangue) de hCG e doseamentos hormonais (determinação da ovulação).

Mas, provavelmente, logo na primeira consulta obstetrícia, o médico irá fazer as estimativas gestacionais, que irão estimar a data do parto através do tempo de amenorreia, ou seja, pela DUM.

Ainda que especialistas indiquem que apenas o ultrassom aponta de modo confiável a idade gestacional, os outros métodos clínicos são recorrentes e bastante utilizados nas consultas.

Normalmente, apresentam uma estimativa adequada, desde que seja considerada uma margem de erro e, posteriormente, sejam confirmadas pela ultrassonografia.

Calcular a idade gestacional pode parecer complicado no começo, mas há modos de torná-la mais simples.

O modo mais correto é utilizando a DUM, mas se não for viável saber a data, pode-se calcular a partir de uma data estimada.

Abaixo você vai descobrir como calcular a IG sem complicações:

Quando você sabe a DUM

Para este cálculo, você deve considerar a data da última menstruação. Vale lembrar que é a data em que ela iniciou, ou seja, o primeiro dia de sangramento.

Você deve, então, calcular o intervalo de tempo entre a DUM e o dia de hoje. O resultado deve ser dividido por 7 para ter o tempo em semanas.

É preciso estar atenta à quantidade de dias que cada mês tem (28, 30, 31, ou 29 em fevereiro de ano bissexto).

Pareceu confuso?

Comece com a data da última menstruação, por exemplo, 10 de janeiro. Então conte quantos dias sobraram no mês.

Como janeiro tem 31 dias, você irá considerar 21 dias (31-10 = 21).

Então você deve somar os outros meses até a data atual (lembre-se de considerar a diferença de dias de cada mês). Para facilitar a conta, confira a tabela dos dias abaixo:

  • Janeiro: 31 dias
  • Fevereiro: 28 dias (29 dias nos anos bissextos)
  • Março: 31 dias
  • Abril: 30 dias
  • Maio: 31 dias
  • Junho: 30 dias
  • Julho: 31 dias
  • Agosto: 31 dias
  • Setembro: 30 dias
  • Outubro: 31 dias
  • Novembro: 30 dias
  • Dezembro: 31 dias

Supondo que, atualmente, seja dia 10 de março, você deve somar 21 dias de janeiro + 28 dias de fevereiro + 10 dias de março (pois você soma até a data atual).

O resultado é de 59 dias de gestação. Para saber o valor em semanas, basta dividir o número por 7 (que é o número de dias que cada semana tem).

O valor antes da vírgula representa a quantidade de semanas, enquanto o número que sobra é a quantidade de dias.

Uma dica valiosa: não use calculadora, pois ela pode arredondar o valor depois da vírgula e confundir a soma.

Assim, se multiplicarmos 7X8, temos 56 dias. Para 59 (que é o total de dias) restam 3. Logo, o tempo de gravidez é de 8 semanas e 3 dias.

Quando não sabe a DUM, mas sabe o mês que a gravidez ocorreu

Caso não lembre o dia da menstruação, você pode considerar a data de acordo com o período do mês: começo, meio ou fim.

Se a sua menstruação geralmente ocorre no começo do mês, considere o dia 5, se ocorre no meio do mês, considere dia 15, mas se for geralmente no fim do mês, considere dia 25.

Lembrando que há uma margem de erro maior nesse caso, logo que você está estimando a data da menstruação.

Basta, então, proceder com a conta padrão: vamos supor que você normalmente menstrue no começo do mês e a última foi em janeiro. Assim, a DUM será no dia 5 de janeiro.

Seguindo o exemplo citado anteriormente, supondo que hoje seja dia 10 de março, a conta será:

31 dias de janeiro - 5 dias da primeira menstruação = 26 dias

26 + 28 dias de fevereiro + 10 dias de março = 64 dias

Divida o valor total (em dias) por 7 manualmente. Se multiplicarmos 7X9 = 63.

Portanto, a estimativa da IG é de 9 semanas e 1 dia.

Calcular a IG quando a DUM é desconhecida

Se o seu ciclo é bastante irregular ou você não consegue estimar a data e o mês da sua última menstruação, ainda é possível ter uma noção da IG através da altura uterina, do teste hCG quantitativo e da ultrassonografia.

Pelo exame de gravidez

O teste de gravidez quantitativo mede a taxa de hormônios no organismo. Ele pode ser feito pelo exame de sangue ou pelos testes de urina (teste de farmácia), e ambos indicam a provável idade gestacional em que você se encontra.

O exame de sangue é, em geral, mais preciso que os testes de farmácia para determinar o período gestacional, mas vale ressaltar que a taxa hormonal é bastante variável e, além de possuir uma margem bastante abrangente, podem não ser precisos para determinar o tempo gestacional.

Isso quer dizer que você pode — e deve — utilizar o exame de sangue ou de urina para confirmar a gravidez e estimar o tempo de gestação, mas que também deve consultar o médico e esperar a ultrassonografia para atestar o IG.

Ao realizar o teste de farmácia quantitativo, o resultado é facilmente interpretado, sendo que, em geral, ele aparece da seguinte maneira:

  • Não grávida;
  • Grávida 1-2: a concepção ocorreu há 1 ou 2 semanas aproximadamente;
  • Grávida 2-3: a concepção ocorreu entre 2 e 3 semanas;
  • Grávida 3+: a concepção ocorreu há mais de 3 semanas.

Para os exames de sangue, os valores de referência são para estimar o último período de menstruação (UPM) são:

  • 3 semanas (UPM): 5 – 50mIU/mL
  • 4 semanas (UPM): 5 – 426mIU/mL
  • 5 semanas (UPM): 18 – 7,340mIU/mL
  • 6 semanas (UPM): 1,080 – 56,500mIU/mL
  • 7-8 semanas (UPM): 7,650 – 229,000mIU/mL
  • 9-12 semanas (UPM): 25,700 – 288,000mIU/mL
  • 13-16 semanas (UPM): 13,300 – 254,000mIU/mL
  • 17-24 semanas (UPM): 4,060 – 165,400mIU/ml
  • 25-40 semanas (UPM): 3,640 – 117,000mIU/mL
  • Mulheres não grávidas: < 5.0mIU/mL
  • Mulheres depois da menopausa: 9.5mIU/mL

Pela altura uterina

Através de exames clínicos, a altura uterina é avaliada e indica o tempo gestacional. O método pode ser feito, em média, a partir da 20ª semana, pois nessa fase a barriga acompanha o desenvolvimento da gestação.

Quem não é mãe de primeira viagem sabe que o médico costuma medir a altura uterina com frequência, sendo esse um modo de avaliar o tamanho do bebê, seu crescimento e posição.

Com uma fita métrica posicionada no osso púbico, logo acima da vagina, o médico irá estendê-la até o topo do útero (que é identificado com a apalpação da barriga).

  • Até a 6ª semana: não há alteração do tamanho uterino;
  • 8ª semana: o útero apresenta o dobro do tamanho normal;
  • 10ª semana: o útero apresenta 3 vezes o tamanho normal;
  • 12ª semana: o útero preenche a pelve e pode ser sentido na sínfise púbica;
  • 16ª semana: o fundo uterino ocupa a região entre a sínfise púbica e o umbigo;
  • 20ª semana: o fundo do útero se localiza na altura do umbigo.

Entre a 20ª e a 34ª semanas, geralmente a altura uterina, em centímetros, corresponde à idade gestacional em semanas.

Há estudos que apontam que essa medição é compatível e um bom indicativo do desenvolvimento da gravidez. No entanto, há outros pesquisadores que apontam a inconsistência da técnica, pois fatores como a etnia e o biotipo da gestante podem influenciar no crescimento da barriga.

Mas, em geral, a altura equivale ao tempo de gestação com tolerância de 2cm para mais ou para menos. Por exemplo, nas gestantes de 22 semanas, a altura uterina vai ser de 22cm, com a margem de erro, a medição fica entre 20cm e 24cm.

Ultrassom calcula a idade gestacional e a data provável do parto? 

Sim. O exame de ultrassom é bastante importante ao longo da gestação. Ele vai acompanhar o crescimento e desenvolvimento do bebê, avaliando a sua saúde. 

Mas ela também ajuda as mamães que não lembram a data da última menstruação ou não sabem exatamente se houve sangramento não menstrual. Com o exame, é possível avaliar com mais precisão o tempo de gestação e qual a DPP. 

Porém, o exame só é eficaz para isso depois de pelo menos 5 semanas. Até as 20 semanas de gestação, os fetos crescem em ritmos bastante semelhantes. 

Assim, fica fácil medir o tamanho do bebê e saber quantas semanas ele tem. Mas depois das 20 semanas, a história muda. 

Isso porque o ritmo de crescimento começa a ficar mais individual. Por isso, depois desse tempo, o tamanho não necessariamente tem a ver com a idade do bebê.

Já a data provável do parto (DPP) é sempre uma média e nem o exame de ultrassom consegue determinar, exatamente, quando ele ocorrerá.

Como calcular a Data Possível de Parto (DPP)?

Agora que você já sabe há quanto tempo está grávida, está na hora de ter uma estimativa do parto.

A partir da data da última menstruação, é possível estimar quando o parto vai acontecer. Isso auxilia a gestante nos planejamentos e preparos para dar à luz.

No entanto, como o nome sugere, a DPP é apenas uma estimativa. Ou seja, não há como garantir que o parto ocorrerá na data estimada.

O método geralmente utilizado pelos profissionais de saúde para indicar a data de parto é a Regra de Naegele.

O método considera que uma gestação dura, em média, 280 dias e o ciclo menstrual dura 28.

Em geral, se o seu ciclo for menor que 28 dias, o tempo previsto para o parto também será reduzido. Do mesmo modo, se o ciclo for maior que 28 dias, a previsão de parto tende a ser maior.

Mas, considerando a média normalmente empregada pelas calculadoras gestacionais, basta adicionar 280 dias à data da sua última menstruação.

Para entender a lógica do cálculo: a data prevista de parto é de 40 semanas após o tempo da última menstruação. Considera-se que o ciclo menstrual tenha 28 dias e, portanto, a ovulação ocorra no dia 14 (metade do período). O cálculo soma 280 dias (ou 40 semanas) à DUM.

Ok, talvez não seja tão simples fazer essa conta, ainda mais se considerarmos que cada mês tem uma duração diferente. Então, para dispensar a calculadora e facilitar o processo, há alguns macetes:

Regra geral (7+9)

Anote em uma folha de papel o dia e o mês da sua última menstruação (pode desconsiderar o ano);

Os dias sempre serão somados com o número 7, enquanto os meses sempre serão somados com o número 9. Ou seja:

Dia da Última Menstruação + 7 / Mês da Última Menstruação +9

Por exemplo, suponha que a DUM foi em 10/03: você deve calcular (10+7) / (3+9), resultando em (17) / (12). Assim, a DPP é 17 de dezembro.

Porém, alguns casos merecem atenção, como no exemplo a seguir:

Se a DUM for 20/05, ou seja, dia 20 de maio, o cálculo deve seguir o mesmo procedimento e somar (20+7) / (5+9). Resultando em (27) / (14).

Como o segundo valor (14) representa o mês, ao atingir o mês 12 (referente a dezembro), inicia-se novamente a contagem e vira-se o ano. Entre 12 (dezembro) e 14 são 2 meses, o resultado é fevereiro (mês 2).

Ou seja, a data estimada do parto é no dia 27 de fevereiro do próximo ano.

E se a soma dos dias ultrapassar o número de dias do mês? Fez a conta e o resultado deu 35 dias, por exemplo, basta considerar o mês seguinte.

A DUM é 28/01, deve-se somar (28+7) / (1+9), que dará (35) / (10).

O mês 10 (outubro) tem 31 dias, portanto, subtraia: 35 - 31 = 4, e vire o mês, passando para novembro, mês 11.

A DPP será o dia 4 de novembro.

Cálculo de acordo com o mês

Nesse cálculo, é importante considerar o mês da última menstruação. Se ela ocorreu em janeiro, fevereiro ou março, a conta é igual à Regra Geral: some 7 ao número de dias e 9 ao número de meses.

Mas se a DUM tiver sido nos meses restantes, de abril a dezembro, você deve subtrair 3 do número de meses e somar 7 ao número de dias.

Por exemplo, se a DUM for em 12 de agosto (12/08), o cálculo fica:

(12+7) / (8-3) = 19 / 5. Ou seja, dia 19 de maio do próximo ano é a data prevista de parto.

Calendário circular ou gestograma

Se você já fez a sua primeira consulta ou acompanhou algum atendimento obstetra, deve ter notado um calendário redondinho, chamado de calendário circular ou gestograma.

O modelo é bem simples de ser utilizado e dispensa os cálculos. Basta saber a data da última menstruação e identificá-la no calendário, que pode ser encontrada em casas de papelaria ou através de aplicativos para celular, como o Gestograma CONAMED, Facemamá ou Gestograma para Médicos.

Calculadora gestacional de peso

Uma das principais mudanças corporais, senão a principal, é o ganho de peso. A barriga aumenta, os seios incham e, claro, o bebê cresce, ocasionando o aumento do peso.

O aumento dos números da balança são um indicativo do bom desenvolvimento da gestação, mas devem ser moderados. Tanto o aumento excessivo de peso quanto a falta dele podem ser sinais de alerta.

Os médicos indicam que, em geral, a mulher engorde 13kg até o final dos 9 meses. Mas esses valores são variáveis e dependem de fatores biológicos, genéticos e comportamentais.

Em média, o peso que a gestante ganha durante a gravidez é:

  • 3,3kg de peso que o bebê deve chegar até o 9º mês;
  • 900g de aumento na estrutura do útero;
  • 700g da placenta;
  • 400g de aumento do peso das mamas;
  • 1,2kg a mais de sangue circulando no corpo;
  • 2 kg de líquido amniótico + retenção de líquido comum da gestação;
  • 4 kg de gordura acumulada naturalmente para o período de amamentação.

Mas é importante considerar também o IMC, ou índice de massa corporal, da gestante antes da gravidez, pois dificilmente mulheres com um biotipo bastante magro terão o mesmo ganho de peso do que mulheres com biotipo acima do peso.

As recomendações de ganho de peso médias para cada IMC são:

  • IMC inicial menor que 18,5: 13 kg a 18 kg;
  • IMC inicial de 18,5 a 25: 11,5 kg a 16 kg;
  • IMC inicial de 25 a 30: de 7 kg a 11,5 kg;
  • IMC inicial acima de 30: de 5 kg a 9 kg.

Mas uma margem mais ampla considera saudável e normal o ganho de peso entre 12kg e 18kg para mulheres abaixo do peso (ou IMC baixo) e entre 7kg e 13kg para mulheres acima do peso (IMC alto).

Vale lembrar que a elevação do peso deve ser gradual. Ao final do primeiro trimestre, espera-se que a mulher tenha engordado entre 1kg e 2 kg. Depois disso, cada semana pode significar cerca de 450g a mais.

Por que fazer os cálculos gestacionais?

Ainda que não seja possível determinar exatamente o dia que ocorreu a fecundação ou prever quando será o parto, ter essas datas aproximadas vai ajudar na organização da rotina, no acompanhamento da gestação e no preparo físico e mental da mãe.

O médico e os profissionais envolvidos na gravidez devem ser aptos a dar suporte informacional e a atender a mulher ao longo dos meses e, ao longo da gravidez, devem prestar atendimento verificando o desenvolvimento esperado de acordo com a IG da mãe.

Mas ter essas informações auxilia a mãe caso haja necessidade de consultar um médico novo, ser atendida em um hospital sem o prontuário ou realizar o autocuidado e auto acompanhamento.

Ainda que os 9 meses sejam bastante particulares e variáveis, para a própria gestante, saber em qual semana ou trimestre ela está, pode dar mais tranquilidade e facilitar na busca por informações.

A idade gestacional pelo ultrassom é confiável?

Sim, mas é preciso atenção à época em que foi feita. É comum que haja diferenças entre as semanas de gestação definidas pela última menstruação e a definida pelo ultrassom, mas essa diferença é geralmente pequena.

Quando for grande, deve-se priorizar a idade gestacional apontada pela ultrassom feita ainda nos primeiros 3 meses de gravidez. Caso não tenha havido o exame no primeiro trimestre, deve-se preferir manter a data apontada pela última menstruação.

Perguntas frequentes

Consigo prever o sexo do bebê pela data de fecundação ou DPP?

Não. O sexo do bebê só pode ser identificado através do exame de ultrassom ou de sexagem fetal. O ultrassom pode ser feito, para essa finalidade, normalmente a partir de 14 semanas.

Já a sexagem fetal, que é um exame de sangue, pode ser feito a partir de 8 semanas de gestação.

A IG do ultrassom não bate com a que eu calculei. O que fazer?

A idade gestacional apontada no ultrassom precisa ser considerada junto com o seu médico. O exame, até a 12ª semana, é bastante confiável e preciso, pois até esse período os bebês se desenvolvem de forma bastante semelhante.

Porém, a partir de 13 semanas, a margem de erro do ultrassom pode ser consideravelmente maior.

Sempre que houver dúvidas, converse com o seu médico.

Como saber de quantas semanas estou?

Há várias formas de calcular a idade gestacional. A partir da data da última menstruação, do exame de ultrassom ou pelo cálculo do médico ou médica. Em geral, o exame de ultrassom é o mais seguro para determinar de quantas semanas a gestante está.

Dá para calcular quantas semanas estou pelo desenvolvimento do bebê?

Sim. Isso é feito por meio do exame de ultrassom, que gera imagens para o médico ou médica avaliar e comprar com as tabelas métricas já estabelecidas. Isso porque até as 20 semanas, os bebês crescem e se desenvolvem de modos bem semelhantes.


Após receber a informação da gravidez, os meses que se seguem são repletos de mudanças, adaptações e aprendizados — até habilidades matemáticas são desenvolvidas.

Nesse tempo, conhecer e acompanhar o que ocorre em seu corpo é fundamental para cuidar melhor do bebê e de si mesma.

Faça sempre acompanhamento médico, consulte profissionais da saúde voltados à gestação e cuide da saúde física e mental.

Para ter mais informações sobre cuidados, saúde e qualidade de vida, acompanhe o Minuto Saudável.

Imagem do profissional Rafaela Sarturi Sitiniki
Este artigo foi escrito por:

Rafaela Sarturi Sitiniki

CRF/PR: 37364Farmacêutica generalista graduada pela Faculdade ParananseLeia mais artigos de Rafaela
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Somos uma empresa do grupo Consulta Remédios. No Minuto Saudável você encontra tudo sobre saúde e bem-estar: doenças, sintomas, tratamentos, medicamentos, alimentação, exercícios e muito mais. Tenha acesso a informações claras e confiáveis para uma vida mais saudável e equilibrada.

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