“O cão é o melhor amigo do homem” já dizia o ditado. A maioria das pessoas que tem pets em casa preza pela saúde do bichinho pois, afinal de contas, ele também faz parte da família.
Além disso, algumas doenças que podem atingi-lo pode também ser transmitidas aos humanos, tal como a leptospirose.
Neste artigo, vamos falar um pouco mais sobre essa doença que pode ser evitada e tratada, mas, ainda assim, é muito perigosa para você e seu melhor amigo.
O que é a leptospirose canina?
A leptospirose canina (conhecida como a doença do rato), é considerada uma zoonose, pois pode ser transmitida dos animais para os humanos. Trata-se de uma doença grave, que em alguns casos pode levar o animal a óbito.
Ela é causada pela bactéria Leptospira, que se desenvolve no organismo dos ratos encontrados em bueiros, fossas e esgotos. A bactéria sobrevive por cerca de 6 meses após ser eliminada pela urina do animal.
A transmissão da doença pode acontecer pelo contato direto com a urina do rato ou pela água contaminada por ela, propagada pelos rios, córregos, esgotos e locais com água parada nas ruas ou casas.
Essa bactéria consegue penetrar pela pele e causar lesões em vários órgãos, principalmente nos rins e no fígado.
A imunidade de um cachorro saudável, em geral, consegue combater a infecção. Porém, em casos de um animal filhote, doente ou idoso, o organismo pode não conseguir combatê-la, o que leva à manifestação da doença no pet e em alguns casos pode ser fatal.
A leptospirose canina é igual a em humanos?
A leptospirose em humanos é parecida com a canina. Ela pode ser contraída não somente pela urina dos ratos, mas também do próprio cão infectado com a doença, além de águas contaminadas como a de rios e córregos.
Nos humanos, a doença pode ser confundida com uma gripe comum ou até um caso de dengue, devido à semelhança dos sintomas.
Os principais são: febre, dor de cabeça, dores no corpo, principalmente nas pernas, vômitos, diarreia e tosse.
A doença em humanos também pode apresentar casos graves e até levar a óbito. Por isso, é importante prevenir e ter os cuidados básicos de limpeza e higiene em casa para evitar a proliferação de ratos.
É importante também evitar banhos em rios ou córregos que sejam impróprios para isso, pois eles podem estar contaminados.
A leptospirose é uma doença curável, para a qual o diagnóstico e o tratamento precoces são a melhor solução.
Alguns cuidados são recomendados para evitar casos de leptospirose em humanos. Confira a seguir:
- Evite o acúmulo de lixo e entulhos no terreno;
- Lave bem os alimentos, especialmente frutas e verduras que serão consumidas cruas;
- Tampe bem as caixas d’água;
- Procure usar luvas e botas de borracha para trabalhar em ambientes pelos quais podem ter passado ratos;
- Se você tiver suspeitas de que seu cãozinho pode estar infectado, utilize luvas para o contato com ele e leve-o imediatamente a um(a) veterinário(a).
Vale lembrar: não se automedique! Se tiver alguma suspeita de infecção pela bactéria da leptospirose, procure um(a) médico(a) o quanto antes e relate suas suspeitas.
Somente os exames poderão diagnosticar a doença para dar início ao tratamento.
Quais os sintomas de leptospirose no cachorro?
Os sintomas da leptospirose podem ser diversos e variar de acordo com o organismo de cada bichinho. Em alguns casos, o pet pode apresentar poucos ou quase nenhum sintoma e em outros mais graves, podem até ir a óbito. Portanto, é importante prestar atenção ao comportamento do seu bichinho para identificar possíveis alterações.
Confira a seguir alguns dos sintomas mais comuns:
- Febre;
- Vômito;
- Diarreia;
- Aumento da sede;
- Fraqueza e sonolência;
- Perda de apetite;
- Perda de peso;
- Tremores;
- Espasmos musculares;
- Coloração amarelada nos olhos;
- Sangue na urina, nas fezes, no vômito ou na saliva;
- Dificuldade de respirar;
- Tosse;
- Secreção nos olhos ou focinho.
Remédio: qual antibiótico está indicado para o tratamento da leptospirose?
O tratamento da leptospirose canina é realizado com antibióticos que visam eliminar a bactéria Leptospira do organismo do cão. Os antibióticos da classe das penicilinas são os mais indicados para tratar a doença. Nos casos mais graves que já atingiram o rim do animal, é recomendado o uso da doxiciclina.
É indicado que os cães contaminados sejam internados, de acordo com o estágio da doença. Eles devem ser isolados de outros animais para não espalhar a doença.
Existe vacina?
Sim, existe vacina. A prevenção é muito importante para reduzir os riscos do animal contrair a Leptospirose e a forma mais eficaz é a vacinação.
Ela deve ser feita 1 vez ao ano ou a cada 6 meses, com as vacinas polivalentes chamadas de V8 ou V10. Elas protegem os cães de sete doenças: cinomose, hepatite infecciosa canina, parvovirose, leptospirose, adenovirose, coronavirose e parainfluenza canina.
Mantenha em dia a carteirinha de vacinação do seu pet, para que ele esteja sempre imunizado contra as principais doenças que podem infectá-lo, entre elas, a tão temida leptospirose.
Outras formas de prevenir
Alguns cuidados podem ser tomados para evitar a proliferação da doença, que ocorre mais facilmente em pets que moram em casas com quintal. Confira a seguir esses cuidados:
- Após alimentar seus pets, guarde o pote de comida em um local fechado, para que não tenha o risco de ratos urinarem neles. Esse seria o pior tipo de contaminação, pois a bactéria penetraria diretamente na mucosa do pet, como boca e língua.
- Troque a água do seu cão com frequência. Além de manter a água sempre fresca para o seu amigão, você ainda mantém ela sempre limpa, evitando assim possíveis contaminações;
- Evite passear com seu pet próximo a grandes poças, enchentes e alagamentos, rios transbordados e afins, principalmente em períodos de muita chuva. Esses locais são um prato cheio para a propagação da leptospira;
- Mantenha a casa sempre limpa, evitando o acúmulo de lixo, restos de comida e tudo o que possa atrair ratos;
- Se for identificado qualquer sintoma no seu pet, procure levá-lo de imediato a um(a) veterinário(a) para iniciar o tratamento.
A leptospirose é uma doença que tem cura porém, a prevenção é sempre a melhor solução.
A leptospirose é um bom exemplo de que prevenir é sempre melhor do que remediar.
Manter os cuidados básicos de limpeza e vacinar o seu cão, semestral ou anualmente, evita que a doença seja contraída pelo seu pet e também por outras pessoas.
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