Como a própria Vegan Society explica, o veganismo é uma filosofia de vida que exclui, na medida do possível, tudo que envolve a exploração animal do consumo. Portanto, vai além da alimentação, envolvendo também roupas, produtos de beleza, higiene pessoal e limpeza, etc. Dessa forma, colabora com a vida animal, a saúde das pessoas e o meio ambiente.
Além disso, com o passar dos anos, têm surgido cada vez mais alternativas livres de crueldade animal, facilitando um pouco mais para quem quer adotar esse estilo de vida.
Então, se você tem interesse no tema ou está começando agora, esse texto é para te ajudar a esclarecer melhor algumas questões bem importantes. Para isso, pensando especificamente na parte alimentar, conversamos com nossa nutricionista parceira, Angela Federau, confira!
Índice – neste artigo você vai encontrar:
Antes de mais nada, é preciso tomar a decisão de se tornar vegetariano (a) ou vegano (a) para entender os próximos passos. Por um lado, o vegetarianismo envolve a retirada de alimentos de origem animal do cardápio, mas possibilita diferentes vertentes (mais ou menos flexíveis em relação a ovos e leite, por exemplo). Por outro lado, no veganismo, além da alimentação, livre de qualquer alimento fruto de exploração animal, há uma série de outras questões a serem levadas em conta.
Outra possibilidade é fazer uma transição, de maneira gradativa, iniciando pelo vegetarianismo. Por exemplo, retirando alimentos aos poucos da rotina, como a carne vermelha, depois a branca, leite e derivados, ovos, gelatina, mel e assim por diante, até chegar à alimentação vegana de fato. Além disso, é possível estudar mais sobre alternativas que não envolvem a exploração animal em outras áreas da vida.
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De acordo com a nutricionista, normalmente quando a pessoa não busca o acompanhamento de um (a) profissional, costuma trocar a proteína animal por mais porções de carboidrato nas refeições, o que abre espaço para uma carência nutricional e faz mal à saúde.
“A primeira coisa que pergunto quando chega alguém no consultório com esse objetivo é o motivo, porque isso vai balizar também toda a mudança no estilo de vida da pessoa, muito além da alimentação. Mesmo que a decisão esteja tomada, é importante fazer isso de maneira saudável”, destaca Angela.
Por isso, é importante uma análise clínica, tanto de sintomas que o (a) paciente possa apresentar, quanto de exames para uma avaliação mais completa do quadro. Assim, é possível iniciar a montagem do plano alimentar, que vai, principalmente, buscar suprir as necessidades nutricionais, com ênfase às proteínas, e analisar a necessidade de suplementação, como no caso da vitamina B12.
Segundo ela, é importante que a alimentação seja equilibrada do ponto de vista nutricional, portanto, “além de incluir fontes de proteína de origem vegetal, como as leguminosas (feijão, lentilha, grão de bico, etc.) e os cogumelos no cardápio, outro ponto importante é a associação a alimentos que facilitem a absorção dos nutrientes. Por exemplo, a vitamina C, que ajuda na absorção do ferro”.
Nesse sentido, vale apostar em “duplinhas” alimentares que se complementam, como o tradicional: arroz com feijão ou a nutritiva: lentilha com quinoa!
Quando a pessoa entra no veganismo mais restrito, se depara com um mundo novo e algumas adaptações são mais difíceis, mas é possível comer bem, viver bem e seguir essa filosofia de vida. Por isso, a seguir você confere dicas de receitas saborosas para incluir no seu cardápio veg e celebrar o dia do veganismo com muito sabor!
Dentro da alimentação, o veganismo conta com várias possibilidades na criação de receitas e pratos nutritivos e gostosos, como:
Hambúrguer vegano
Queijo vegano
Churrasco vegano
Empadinha vegana
Estrogonofe Vegano
Lasanha vegana
Bolo vegano de chocolate com morango
Brigadeiro vegano
Cookies veganos
Mousse de chocolate vegano
Claro que o veganismo altera várias questões da alimentação no dia a dia da pessoa, mas além disso, a prática desse estilo de vida envolve também o cuidado com itens como:
Nesse sentido, é importante que não tenham origem animal, bem como não sejam testados e não tenham exploração animal ou crueldade em nenhuma etapa do seu processo de fabricação e comercialização.
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No entanto, há uma ressalva extremamente importante em relação ao veganismo, defendida inclusive pelas Sociedades Veganas do Brasil e do mundo, no quesito medicamentos e vacinas.
Ainda há muito o que avançar na ciência para reduzir ou acabar com os testes em animais na área farmacêutica. Assim, vale dizer que o veganismo preza pela saúde humana e orienta que é necessário manter as vacinas em dia, bem como a utilização de medicamentos quando recomendado pelo médico.
“A Vegan Society não recomenda que você evite medicamentos prescritos pelo seu médico - um vegano morto não é bom para ninguém! O que você pode fazer é pedir ao seu médico de família ou farmacêutico que lhe forneça, se possível, medicamentos que não contenham produtos de origem animal, como gelatina ou lactose”, defende a Sociedade.
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Contribuir com um planeta mais saudável com respeito à vida humana e animal é a principal contribuição do movimento vegano ao mundo. Entretanto, é preciso apoio para fazer essa transição com saúde e bem-estar.! Por isso, busque um (a) nutricionista e informações de fontes confiáveis!
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Esp. Angela Federau
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