O sarampo é uma doença contagiosa de natureza viral e pode ser contraído por pessoas de todas as idades.
A transmissão acontece de forma direta, da pessoa doente para uma pessoa saudável, por meio das secreções expelidas ao tossir, espirrar, respirar e até falar.
Não existe um tratamento específico para o sarampo. Por isso, segundo o Ministério da Saúde, a melhor forma de prevenir-se é com a vacinação. Ela é a forma mais eficaz de evitar a doença, que pode ser grave e até fatal.
Nos casos em que se identifica qualquer sintoma como diarreia, pneumonia e inflamação nos ouvidos, a pessoa deve procurar ajuda médica o quanto antes. O tratamento, caso o diagnóstico seja confirmado, consiste no uso de medicamentos antibióticos, que apenas tratam os sintomas.
Neste artigo, falaremos um pouco mais sobre os casos de sarampo registrados em 2019, bem como, dúvidas frequentes sobre o assunto.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o atual surto de sarampo é um problema mundial e o número de casos no mundo triplicou nos primeiros 7 meses de 2019, em comparação com o mesmo período do ano em 2018.
No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, o número de casos de sarampo cresceu 18% em 2019.
Foram registrados 3 óbitos (2 crianças e 1 adulto) em São Paulo e 1 (criança) em Pernambuco, até agosto de 2019. Em nenhum dos 4 casos, foi identificada a imunização contra o sarampo.
O novo boletim epidemiológico do sarampo relatou que, entre 09 de junho a 31 de agosto de 2019, o Brasil notificou 20.292 casos da doença. Destes casos, 15.430 estão em investigação e 2.109 já foram descartados.
Foram confirmados até o mês de Outubro, 6.640 casos no país, grande parte atingindo pessoas entre 20 e 29 anos. Apesar disso, a faixa etária mais suscetível à doença (12 vezes mais do que a população em geral) são crianças entre 1 e 4 anos de idade.
A maioria dos casos (suspeitos e confirmados) é no estado de São Paulo, representando 90,9% do total, segundo a Secretaria de Estado de Saúde.
O Ministério da Saúde confirmou, no boletim de agosto, a incidência de 1.388 casos de sarampo nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia e Paraná, além de outros 66 em outros estados.
Segundo o Ministério da Saúde, a melhor forma de prevenir-se contra o sarampo é a vacinação.
É importante ressaltar que pessoas com histórico de reações alérgicas graves a doses anteriores da vacina devem ser vacinadas em atendimentos de urgência e emergência, para o caso de precisar tratar possíveis efeitos colaterais.
Há mais de uma vacina que protege do sarampo e todas previnem a doença da mesma forma. O tipo de vacina a ser aplicada é definido de acordo com a faixa etária do(a) paciente.
Os tipos da vacina são:
O Ministério da Saúde estipulou alguns critérios para determinar quem precisa tomar a vacina. Confira a seguir quais são esses critérios:
Além de vacinar as crianças em idades estipuladas como prioridade, o Ministério da Saúde orienta que, em casos de surtos de sarampo, é indicado vacinar todas as pessoas próximas em até 72 horas.
Pessoas de todas as idades precisam ter as 2 doses da vacina. Em geral, quem está na faixa dos 29 anos de idade, nasceu em uma época em que a 2ª dose não fazia parte do Calendário Nacional de Vacinação. Por isso, provavelmente muita gente não tomou.
É importante verificar a carteirinha de vacinação e conferir se as 2 doses foram tomadas. Em caso negativo, a recomendação é procurar um posto de saúde e colocar em dia a vacinação para ficar protegido contra o sarampo.
É contraindicada a vacina durante a gravidez, pois ela é produzida com o vírus do sarampo vivo (ainda que atenuado).
Com a gestação, a imunidade da mulher diminui, deixando o sistema imunológico mais vulnerável o que faz com que haja maiores chances de desenvolver a doença ou alguma outra complicação de saúde.
A recomendação do Ministério da Saúde é que a mulher que pretende engravidar procure tomar as 2 doses da vacina antes. Dessa forma, é possível proteger a si própria e o bebê.
Depende. Conforme vimos anteriormente, os casos de vacinação variam de acordo com a idade. Confira a seguir quantas doses da vacina são necessárias:
As vacinas que protegem contra o sarampo (tríplice viral e tetraviral) costumam ter poucos ou nenhum efeito colateral. Em alguns casos, pode ocorrer febre, dor e vermelhidão no local da aplicação da injeção.
É importante lembrar que a vacina não causa a doença e nem outros problemas. Os efeitos colaterais são apenas manifestações passageiras que esporadicamente podem acontecer.
Casos de hipersensibilidade à vacina em geral são raros, mas podem acontecer. A vacina contém albumina humana, sulfato de neomicina (antibiótico), gelatina e traços de proteína do ovo de galinha.
Além disso, no Brasil, uma das vacinas empregadas na rede pública pode conter traços de lactoalbumina (proteína proveniente do leite de vaca).
Em casos de reações adversas, recomenda-se buscar orientação médica de imediato.
Dificilmente. Quem já for vacinado contra o sarampo com as doses de acordo com a sua faixa etária, tem poucas chances de pegar a doença.
Com a grande mobilização para vacinar a população, a circulação do vírus diminuiu. Isso fez com que as pessoas ficassem menos expostas ao vírus e, assim, não adquirissem um reforço natural a ele.
Já quem foi infectado com o vírus anteriormente não precisa se preocupar, pois provavelmente desenvolveu os anticorpos contra o sarampo e não correrá o risco de contrair novamente a doença.
A vacina é o método mais eficaz para evitar a doença. Porém, é importante lembrar que eventualmente ela pode ter falhas.
Devido ao surto de sarampo, o Governo Federal, o Ministério da Saúde e as Secretarias de Saúde, organizaram a Campanha Nacional de Vacinação contra o Sarampo, com o intuito de acabar com a circulação do vírus no país.
A campanha irá ocorrer da seguinte forma:
A vacinação é a única forma de prevenir-se contra o sarampo. Por isso, é importante vacinar-se para proteger a si e à sua família. Confira sua carteira de vacinação e das crianças e aproveite para colocá-las em dia.
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Rafaela Sarturi Sitiniki
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