A gravidez ectópica acontece quando o óvulo fecundado pelo espermatozoide se aloja fora do útero.
O quadro é grave e se a condição passar de 12 semanas sem ser interrompida ou tratada, a saúde da mulher pode ser comprometida.
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O tratamento para gravidez ectópica pode ser feito por meio de medicamento ou cirurgia:
Medicamento (Metotrexato)
Se o embrião tiver até 4 centímetros e ainda não manifestar batimentos cardíacos, o tratamento pode ser feito com medicamento, chamado de Metotrexato.
A substância promove a absorção do embrião. O procedimento é rápido, sendo aplicado em uma dose única, por injeção intramuscular.
Atenção: essa injeção só deve ser administrada com recomendação médica.
Cirurgia
Se o embrião tiver mais do que 4 centímetros ou já demonstrar batimentos cardíacos, é necessário fazer cirurgia, pois ele e a placenta já estão grandes demais para serem eliminados pelo próprio organismo.
Quando o zigoto se aloja nas trompas ou em um dos ovários, com o crescimento do embrião, há a chance destas estruturas serem rompidas e causarem complicações.
Se isso, acontecer, o lugar comprometido precisará passar por um processo de reconstrução.
O tipo de cirurgia que será feita depende do local onde o óvulo fecundado está e qual o grau de emergência.
Laparoscópica
A cirurgia laparoscópica é um procedimento considerado pouco invasivo, feito com anestesia e videolaparoscopia (minicâmera que é introduzida no corpo da mulher).
Com essa tecnologia, a laparoscopia causa menos sangramento, reduz a dor e evita cortes profundos. Tudo isso impede que o trauma cirúrgico seja muito grande.
As mulheres que passam pelo procedimento precisam ser internadas, mas recebem alta no dia seguinte, na maioria dos casos.
O tempo de recuperação é considerado baixo e alguns dias depois da cirurgia a paciente já pode realizar tarefas simples do cotidiano (como subir escadas e dirigir).
Mesmo com essa recuperação positiva, as atividades físicas (musculação, por exemplo) deverão ser evitadas por cerca de 1 mês após o procedimento.
Salpingectomia
A salpingectomia é feita quando a mulher apresenta sangramento intenso nas tubas uterinas. Na maioria dos casos, além de interromper a gestação, há a retirada (total ou parcial) dessas estruturas.
O procedimento também é feito com o uso de anestesia. Por meio de pequenos cortes na região abdominal, as tubas uterinas são removidas.
O pós-operatório pode envolver restrições de atividades físicas e sexuais nas semanas seguintes à cirurgia.
Se o médico indicar algum medicamento ou dieta, as recomendações devem ser seguidas à risca.
Laparotomia
Em casos de emergência, o nome do procedimento para interromper a gravidez ectópica é laparotomia, que é feita por meio de um corte na barriga, na altura do ventre.
Esse tipo é o mais complicado, logo que, às vezes, é realizado depois do rompimento da tuba uterina, condição que pode causar hemorragia interna na mulher.
A laparotomia é considerada invasiva, causa fortes dores e pode deixar cicatrizes. Se não for feita com os cuidados necessários, pode levar a infecções.
Em casos mais graves, a paciente precisará de aparelhos para respirar durante ou depois do procedimento e até sendo necessário permanecer na UTI.
Depois de passar por uma laparotomia, o tempo de alta varia conforme a recuperação apresentada no hospital.
A retirada das suturas (pontos cirúrgicos) também será marcada de acordo com a gravidade de cada caso.
Cuidados médicos
A recuperação depende do tipo de procedimento que foi realizado. O médico que fez o procedimento, pode orientar a paciente quanto a algum cuidado específico, já que terá acesso ao quadro de recuperação e ao histórico do paciente.
De forma geral, a alimentação deve ser com alimentos que sejam líquidos ou pastosos (caldos, sopas, vitaminas, iogurte e gelatina, por exemplo).
Alimentos sólidos devem ser reintroduzidos na dieta de forma gradativa. No início, há preferência para alimentos leves (como frutas e massas integrais).
Quando o tratamento for feito com a injeção intramuscular, é aconselhável ingerir bastante líquidos e alimentos que contêm fibra.
Repouso
Após a cirurgia de gravidez ectópica, o repouso e o sono devem ser priorizados, independente do tipo cirúrgico.
Os procedimentos com vídeo possuem uma recuperação melhor que varia entre 2 a 3 semanas.
Já as cirurgias abertas requerem, em média, 4 semanas de recuperação.
Por isso, exercícios físicos e atividades sexuais devem ser evitadas por esse período.
Nos dois casos (recurso medicamentoso ou cirurgia), o médico deve monitorar o processo de recuperação da paciente para evitar complicações futuras.
A gravidez ectópica é complicada e oferece risco à vida da mulher, por isso deve ser interrompida.
O tratamento requer alguns cuidados específicos e precisa ser feito o quanto antes possível para se evitar complicações futuras.
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