O transtorno obsessivo-compulsivo (CID10 -F42), também conhecido por TOC, é uma das condições que, após o diagnóstico, deve ser acompanhada por profissionais especialistas, pois pode trazer grande sofrimento e dificuldades à vida das pessoas acometidas.
Continue acompanhando o artigo para mais informações sobre o TOC, causas, tipos e tratamento!
Índice — Neste artigo, você vai encontrar:
O transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) é caracterizado por obsessões e compulsões que trazem sofrimento significativo, prejudicando em diversas áreas da vida da pessoa.
As obsessões são pensamentos inconvenientes, imagens mentais, ideias e impulsos que ocorrem de forma indesejada, são intrusivos e provocam ansiedade. Já as compulsões, também chamadas de rituais, são comportamentos ou atos mentais que a pessoa realiza para aliviar a ansiedade causada pelas obsessões.
A maior parte das obsessões presentes no TOC estão relacionadas a preocupações com danos e riscos, por exemplo, por contaminação por microrganismos. O risco, de fato, é real, mas a pessoa que sofre de TOC tem um medo irracional que toma grandes proporções.
As compulsões buscam aliviar a ansiedade causada pelos pensamentos obsessivos, mas esse alívio dura pouco tempo, fazendo com que a pessoa volte a realizar as compulsões em intervalos de tempo curtos.
Na idade adulta, o gênero feminino é mais acometido do que o masculino, porém, na infância há uma prevalência maior entre meninos. Em média, ele ocorre em pessoas pouco acima dos 18 anos de idade.
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As principais causas se dividem em fatores temperamentais, ambientais, genéticos e fisiológicos. Confira uma pouco mais sobre cada um deles abaixo:
Para saber se você sofre de TOC, é possível se auto-avaliar e procurar um(a) psiquiatra, que realizará o diagnóstico adequadamente e traçará um plano para tratamento.
Alguns comportamentos que podem ser observados e que auxiliam no diagnóstico são:
Se você se identificou com algum desses sintomas e isso está te prejudicando, procure o quanto antes ajuda médica!
As obsessões e as compulsões que aparecem no TOC são diversas e cada pessoa pode ter uma série de sintomas únicos. Confira um pouco mais sobre eles abaixo:
A pessoa está frequentemente preocupada com a possibilidade de ser contaminada por um microrganismo e, portanto, precisa higienizar-se com frequência.
As compulsões deste tipo incluem lavar as mãos com frequência exagerada, carregar lenços para higienizar superfícies públicas (como maçanetas, por exemplo), higienizar as mãos após cumprimentar uma pessoa, entre outros.
O indivíduo pode ter pensamentos obsessivos relacionados à agressão, sexo, religião, entre outros assuntos que são considerados tabus.
Nesses casos, é comum que não haja compulsões aparentes, sendo mais frequentes atos mentais como fazer cálculos e recitar mantras pessoais.
As obsessões de simetria frequentemente se manifestam como uma angústia intensa ao ver coisas desorganizadas. Eventualmente há uma sensação de que algo ruim poderá acontecer se a pessoa não colocar tudo em ordem.
Este tipo de obsessão geralmente acompanha compulsões de organização e contagem, fazendo com que a pessoa organize objetos — o que se estende a outros contextos, não apenas à própria residência — e fique angustiada caso a quantidade de objetos seja diferente do que considera adequado.
O TOC de ferimentos está associado a obsessões por riscos, como o medo de esquecer o ferro de passar roupa ligado e isso resultar em um incêndio, medo de ter deixado as portas e janelas abertas por medo de invasão.
Esse tipo de obsessão gera compulsões de checagem, ou seja, a pessoa checa várias vezes para se assegurar que está tudo em ordem.
Antes de sair de casa, a pessoa verifica várias vezes o fogão para ter certeza que não deixou nenhuma boca aberta e que não há um vazamento de gás, ou destranca e tranca a porta várias vezes para ter certeza que a porta está devidamente trancada.
O tratamento para transtorno obsessivo-compulsivo pode ser feito de duas maneiras, com tratamento medicamentoso e psicoterapêutico. Em geral, a maior parte das pessoas se beneficiam de uma combinação dos dois tratamentos, mas existem casos e casos.
O tratamento psicoterapêutico muitas vezes é recomendado a abordagem cognitivo-comportamental, que almeja mudanças nos padrões de pensamento e comportamento do indivíduo.
Além dessa abordagem, pode ser adotada a Terapia de Exposição e Prevenção de Respostas, que tem o intuito de trabalhar com os comportamentos compulsivos mais precisamente.
São utilizadas técnicas para monitorar e diminuir a frequência dos pensamentos obsessivos, bem como técnicas de prevenção de realização de rituais para diminuir a frequência das compulsões.
O tratamento farmacológico é feito geralmente com antidepressivos, como fluoxetina, fluvoxamina e sertralina. Contudo, a existência de outras condições psicológicas é comum em casos de TOC e influencia os medicamentos indicados.
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O transtorno obsessivo-compulsivo é caracterizado por obsessões e compulsões, que causam prejuízos em diversas áreas da vida da pessoa.
Se você ou alguém que você conhece apresenta esses comportamentos, procure ajuda psiquiátrica ou psicológica!
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Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais — American Psychiatric Association, Artmed.
Esp. Thayna Rose
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