Síndrome de Ekbom: o que causa, sintomas e como tratar

O que causa Síndrome de Ekbom?

As causas da síndrome ainda são incertas, porém, existem algumas condições que podem contribuir para seu desenvolvimento, :

• Avitaminoses: falta de tiamina (B1), cobalamina (B12) e folato;
• Cardíacas: hipertensão arterial (HTA), insuficiência cardíaca congestiva (ICC);
• Drogas e fármacos: uso de álcool, anfetaminas, ciprofloxacina, cocaína, corticosteróides e fenelzina;
• Endócrinas: diabetes mellitus e  hipertireoidismo;
• Hematológicas: anemia grave, encefalite e sífilis;
• Hepáticas: hepatite;
• Infecciosas: sida, meningite, encefalite e sífilis;
• Neoplásicas: hipófise, tálamo, cólon, linfoma, parótidas, pulmão e útero;
• Neurológicas: demência senil, demência multienfartes e acidente vascular cerebral (AVC);
• Pulmonares: asma e tuberculose;
• Renais: insuficiência renal crônica (IRC);
• Reumatológicas: artrite;
• Sensoriais: amaurose e hipoacusia.

Incidência da Síndrome de Ekbom

Essa síndrome acomete, principalmente, o gênero feminino em idade senil ou pré-senil, ou seja, entre os 50 a 60 anos, correspondendo a 1,9/100.000 pessoas por ano. Além disso, geralmente, essas mulheres são isoladas socialmente, com baixa escolaridade e divorciadas/viúvas.

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Sintomas

Os principais sintomas demonstrados por pessoas acometidas por síndrome de Ekbom, são:

• Crença de que está sendo infestado (a)  por vermes, insetos, parasitas ou micróbios;
• Crença de que objetos são a fonte dos parasitas e que estão vivos;
• Sensações anormais na pele ou dentro dela;
• Sensações anormais na boca ou olhos;
• Pontadas, picadas, alfinetadas e sensação de bichos caminhando pela pele.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico para essa síndrome se baseia na exclusão de outras doenças, com isso, é necessário acompanhamento do médico clínico, psiquiatra e dermatologista.

Considerando isso, o (a) profissional poderá solicitar exames como:

• Hemograma completo;
• Ureia e creatina;
• Glicemia de jejum;
• Hormônios tireoidianos;
• Vitaminas do complexo B e folato;
• Exames de imagem para entender as causas;
• Em casos de doenças imunológicas, exames sorológicos.

Como tratar a Síndrome de Ekbom?

O tratamento exige pelo menos duas especialidades médicas, sendo a psiquiatria e a dermatologia. O (a) psiquiatra poderá prescrever doses baixas de antipsicóticos, como o pimozida, com o intuito de reduzir os efeitos adversos, anti-histamínicos, sedativos, anti-colinérgico e antiparkinsoniano.

O acompanhamento com dermatologista se faz necessário para avaliação de possíveis machucados ou cortes realizados, assim como avaliar se haviam condições dermatológicas causadas pelo excesso de lavagem.

A psicoterapia é recomendada, pois há necessidade de criar estratégias para lidar com os sintomas apresentados, além de trazer qualidade de vida para o (a) paciente.

A síndrome de Ekbom é caracterizada pela presença de delírios de que há presença de parasitas, germes e micróbios que infestam o corpo.

Se alguém que você conhece apresenta esses sinais, procure ajuda psiquiátrica ou psicológica!

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Referências

• Síndrome de Ekbom: Um Relato de Caso — Repositório institucional, Faculdade Pernambucana de Saúde;
• Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais  — American Psychiatric Association, Artmed;
• Síndrome de Ekbom: Revisão de Literatura — Research, Society and Development;
• Síndrome de Ekbom e Torcicolo Espasmódico — Arquivos de Neuropsiquiatria;
• Síndrome de Ekbom Acompanhada de Automutilação — Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul.