Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), doenças raras são aquelas que atingem até 65 pessoas a cada 100.000, ou seja, acometem um pequeno número de indivíduos em relação à população. Entre as doenças raras está a Síndrome Ablefaria Macrostomia (SAM).
Continue acompanhando o artigo para descobrir mais a respeito da síndrome, o que causa, sintomas, diagnóstico e tratamento.
A Síndrome Ablefaria Macrostomia (SAM) (CID 10 - Q87.0) é uma doença congênita (alterações que ocorrem durante a formação do feto) e extremamente rara. A condição faz parte de um grupo que recebe o nome de displasias ectodérmicas, doenças hereditárias que apresentam anomalias na estrutura da ectoderme.
A doença foi documentada pela primeira vez em 1977 e até o momento foram reportados apenas 17 casos, sendo que entre eles 14 estão adequadamente documentados e 3 não possuem diagnóstico muito claro.*
*Dados consultados em maio de 2022.
Devido ao fato de que a doença tem poucos casos reportados, pesquisas continuam sendo realizadas para descobrir a causa. Um estudo realizado entre pacientes brasileiros confirmou a suspeita de que a mutação que dá origem à síndrome ocorre no gene TWIST2.
Essa mutação tem padrão de herança autossômica dominante, ou seja, está presente em todas as gerações de uma família e um (a) filho (a) tem cerca de 50% de chances de herdar a doença de um pai ou mãe diagnosticado (a).
Além disso, o estudo verificou que durante a mutação ocorre a troca do aminoácido ácido glutâmico (atua no sistema nervoso central, na memória e aprendizado e na produção de proteínas) pelo aminoácido lisina (atua na absorção de cálcio e como antiviral).
Os (as) pacientes diagnosticados com a condição apresentam uma série de sintomas e características como:
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Ambas as condições são displasias ectodérmicas, raras, congênitas, causadas por mutações no gene TWIST2 e com poucos casos reportados até o momento. No entanto, as doenças se diferem em suas características e sintomas.
A Síndrome de Barber Say tem como principais características e sintomas:
O diagnóstico da condição é clínico. Com a avaliação clínica, do histórico familiar e da apresentação de características comuns da doença, o (a) médico (a) suspeita da presença da Síndrome de Ablefaria Macrostomia logo no nascimento da criança.
Além disso, como forma de comprovação do diagnóstico, podem ser realizados testes moleculares genéticos para verificar possíveis alterações no gene TWIST2.
Podem ser realizados também o exame de tomografia computadorizada para a verificação de alterações na boca e a falta do arco zigomático e exames oftalmológicos para identificação das alterações nas pálpebras.
O tratamento da SAM tem como principal objetivo melhorar a qualidade de vida do (a) paciente. Entre os possíveis tratamento estão:
A Síndrome de Ablefaria Macrostomia não tem cura, pois se trata de uma condição genética e congênita que atinge os genes e o DNA do (a) paciente. Além disso, também não há como prevenir o aparecimento da condição.
Ademais, o tratamento permite que os (as) pacientes vivam confortavelmente com a condição.
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É importante conscientizar a população a respeito de doenças raras e dar maior visibilidade a estas como forma de incentivar a inclusão social dos (as) pacientes.
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Rafaela Sarturi Sitiniki
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