Saúde

Osteoporose: o que é, sintomas e tratamentos. Tem cura?

Publicado em: 05/04/2019Última atualização: 25/11/2022
Publicado em: 05/04/2019Última atualização: 25/11/2022
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Fraturas frequentes são o principal problema apresentado pela osteoporose, uma doença frequente em idosos que afeta os ossos e representa um perigo sério.

Leia e saiba mais sobre a osteoporose!

Índice – neste artigo você vai encontrar as seguintes informações:

  1. O que é osteoporose?
  2. Fisiopatologia da osteoporose
  3. Tipos de osteoporose
  4. Causas da osteoporose
  5. Fatores de risco
  6. Sintomas da osteoporose
  7. Como é feito o diagnóstico?
  8. Osteoporose tem cura?
  9. Qual o tratamento da osteoporose?
  10. Medicamentos para osteoporose
  11. Convivendo
  12. Qual o melhor exercício para quem tem osteoporose?
  13. O que comer para melhorar a osteoporose?
  14. Prognóstico
  15. Complicações
  16. Como prevenir a osteoporose?
  17. Perguntas frequentes

O que é osteoporose?

A osteoporose é uma doença que se caracteriza pela degeneração rápida dos ossos, frequentemente causada pelo envelhecimento. Ela afeta principalmente mulheres depois da menopausa.

É comum pensarmos em nossos ossos como uma estrutura estática de nosso corpo, mas eles estão em constante mudança.

Partes dos ossos são renovadas o tempo todo e o esqueleto é completamente renovado a cada dez anos.

Quando alguém tem osteoporose, o processo de renovação está comprometido e a degradação do osso é maior do que a regeneração dele, causando perda de massa óssea, fragilidade e porosidade, o que caracteriza a osteoporose.

O código do CID-10 para osteoporose é o M81.

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Fisiopatologia da osteoporose

O osso pode ser dividido em duas partes: o osso cortical e o osso trabecular.

O osso cortical costuma estar presente na superfície dos ossos longos — como a tíbia, que fica na perna — e na superfície de ossos chatos, como a rótula, do joelho. Já o osso trabecular costuma ficar no interior da estrutura.

A maior parte da massa do osso é formada por osso trabecular, que é composto por trabéculos (finas estruturas irregulares de tecido ósseo). Essa parte sofre renovação com frequência muito maior do que o osso cortical.

Essa renovação acontece através de dois tipos de célula: os osteoclastos e os osteoblastos. Os osteoclastos são responsáveis por reabsorver o tecido ósseo que está velho ou danificado.

Já os osteoblastos fazem a reconstrução do tecido com matriz óssea, o material base dos ossos, composto principalmente por colágeno, e depois acontece a mineralização, em que cálcio e fosfato enrijecem o osso.

Normalmente, a produção é equilibrada com a reabsorção do osso. Entretanto, nas pessoas com osteoporose, existe um desequilíbrio desse processo e os ossos não se regeneram rápido o bastante. Isso faz com que o osso fique poroso e frágil.

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Tipos de osteoporose

Existem alguns tipos diferentes de osteoporose. São eles:

Osteoporose senil

A osteoporose senil está relacionada à idade. A redução da massa óssea começa a aparecer perto dos 50 anos e progride conforme o tempo passa, culminando na doença perto dos 70.

Em geral, a principal causa é a redução da produção de uma forma especialmente ativa da vitamina D, que é essencial para a absorção de cálcio nos intestinos.

O resultado dessa redução é a dificuldade de os ossos se mineralizarem com o cálcio, que é o que dá a rigidez ao osso. Com a falta de mineralização, os ossos se tornam gradativamente mais frágeis no decorrer dos anos.

A falta da vitamina D também aumenta a reabsorção óssea, o procedimento responsável pela redução ou degradação do osso, para em seguida o corpo regenerá-lo.

Ou seja, quando falta vitamina D, o processo de renovação dos ossos fica desequilibrado e a massa óssea cai.

Aproximadamente 15% das pessoas com 60 anos têm a osteoporose senil, e esse número sobe para 70% em pessoas com mais de 80 anos.

Osteoporose pós-menopausa

As mulheres têm 3 vezes mais chances de desenvolver osteoporose e esta diferença tem relação com a menopausa.

Um dos principais reguladores do equilíbrio da renovação óssea é o estrógeno, o hormônio feminino. Ele também está presente nos homens, mas em menor quantidade.

No fim do período reprodutivo da vida da mulher, a quantidade de estrógeno em seu corpo é reduzida, resultando em um mínimo hormonal após a menopausa, que é a última menstruação.

Sem o estrógeno, o ciclo de renovação ósseo fica desequilibrado e acontece uma aceleração do processo de reabsorção do tecido do osso, mas a regeneração não acompanha este ritmo.

O resultado é que, no decorrer dos anos, o osso fica mais poroso e frágil.

O risco de fraturas nos pulsos aumenta muito 10 anos após a menopausa. O de fratura vertebral também fica elevado após 15 anos e o de fratura de quadril se apresenta maior após os 70.

Osteoporose secundária

A chamada osteoporose secundária é um tipo de osteoporose que é causada indiretamente por uma condição ou agente externo, como um câncer ou o uso de medicamentos que afetam o ciclo de renovação óssea.

Diversas condições e produtos químicos podem causar uma osteoporose secundária.

Osteoporose em homens

A osteoporose é mais comum em mulheres devido à alteração hormonal que acontece após a menopausa.

E, além disso, homens têm um pico de massa óssea menor e a perda dessa massa acontece mais lentamente, normalmente em uma fase mais avançada da vida. Apesar disso homens não são imunes à doença.

Além das causas secundárias, homens também apresentam redução da produção de vitamina D, ainda mais acentuada do que a feminina, com a idade. Isso faz com que seja mais comum que seus ossos sejam mais frágeis pela falta de absorção de cálcio.

Leia mais: Falta de vitamina D pode causar doenças e riscos à saúde

Causas da osteoporose

As causas da osteoporose são variadas. Entre elas estão:

Idade avançada

A principal causa é a idade avançada, já que ela reduz a produção de vitamina D pelos rins e afeta a todas as pessoas. A vitamina D é necessária, entre outras coisas, para a absorção de cálcio no intestino.

O cálcio, por sua vez, é usado para a mineralização do osso recém regenerado. Na falta de cálcio, o osso pode ficar maleável e menos resistente.

Com o passar dos anos, essa redução de cálcio afeta todos os ossos, reduzindo a resistência do esqueleto como um todo e causando a osteoporose.

Menopausa

Também relacionada à idade, a menopausa — a última menstruação, que marca o fim do período reprodutivo feminino — é acompanhada por redução da produção do hormônio estrógeno.

Esse hormônio é essencial para o equilíbrio entre a reabsorção e a regeneração óssea, e quando ele está em falta, a reabsorção fica mais rápida.

No decorrer dos anos, com a regeneração não conseguindo acompanhar a reabsorção, o osso vai ficando mais poroso e menos resistente, resultando na osteoporose.

Causas hormonais

Doenças que afetam a produção hormonal, como o hipotireoidismo, podem ser causadoras da osteoporose secundária. As alterações hormonais podem provocar o desequilíbrio no ciclo de renovação óssea, causando porosidade e fragilidade dos ossos.

Mieloma múltiplo

O mieloma múltiplo é um câncer das células plasmáticas, que são produzidas na medula óssea.

Essa doença faz com que os osteoclastos, células responsáveis pela reabsorção óssea, aumentem seu ritmo, enquanto os osteoblastos, que regeneram os ossos, não.

O resultado disso é a rápida perda de resistência óssea. Fraturas nas vértebras causadas por baixo esforço são um dos sinais possíveis do mieloma múltiplo devido à osteoporose secundária.

Leucemia

Da mesma forma que o mieloma múltiplo, a leucemia afeta uma célula produzida na medula óssea, onde também são formado os osteoblastos e osteoclastos.

O câncer das células sanguíneas pode alterar a dinâmica de renovação óssea, causando osteoporose secundária.

Problemas de absorção

Problemas de absorção alimentar, principalmente de minerais como cálcio e fósforo, podem causar fragilidade dos ossos. Essas substâncias são essenciais para o processo de mineralização dos ossos, pois dá rigidez e resistência a eles.

Doença renal

Doenças que afetam os rins estão relacionadas à fragilidade óssea já que é nesses órgãos que é produzida a vitamina D, um composto necessário para a absorção de cálcio no intestino.

Quando existe redução de vitamina D, o corpo pode encontrar dificuldades para mineralizar os ossos, o que resulta em maleabilidade do tecido e consequente fragilidade.

Deficiência de minerais

Quando a alimentação é deficiente em minerais necessários para a reconstrução do osso, o corpo pode não conseguir regenerar a estrutura de maneira adequada, o que leva à fragilidade e osteoporose.

Medicamentos

Alguns medicamentos podem prejudicar o equilíbrio do ciclo de renovação óssea e causar assim osteoporose. Estes medicamentos incluem anticonvulsivantes, antidepressivos, alguns diuréticos, alguns medicamentos para a tireoide, entre diversos outros.

Uma osteoporose causada por medicamentos é secundária e a retirada da substância costuma reequilibrar a produção óssea. Entretanto, nem sempre é possível interromper o tratamento.

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Fatores de risco

A grande maioria das pessoas desenvolve a osteoporose em algum momento da vida, especialmente em idades mais avançadas. Entretanto, algumas pessoas estão mais propensas a isso e podem ter osteoporose mais cedo.

Os principais grupos e fatores de risco para a doença são:

Mulheres

Mulheres são o principal grupo de risco da osteoporose, especialmente após a menopausa, por causa da redução de um importante hormônio para o equilíbrio ósseo, o estrógeno. A osteoporose afeta cerca de 3 vezes mais as mulheres do que os homens.

Idosos

A idade é um grande fator de risco para o desenvolvimento da osteoporose. Após os 50 anos, todas as pessoas começam a ter sua massa óssea reduzida e, depois de uma ou duas décadas, a osteoporose pode aparecer. A maior parte das pessoas com mais de 80 anos tem a doença.

Doença renal

Doenças renais podem afetar a produção da vitamina D, o que prejudica a absorção de cálcio no intestino. Isso pode levar à osteoporose.

Doença da tireoide

Doenças da tireoide e os medicamentos usados para o tratamento delas podem afetar o equilíbrio da renovação óssea e causar osteoporose. Pessoas que sofrem dessas doenças têm um risco maior de desenvolver a doença.

Fumar

Pessoas que sofrem com o tabagismo têm até 2 vezes mais chances de desenvolver a osteoporose do que quem não fuma.

Alcoolismo

A saúde óssea é afetada pelo consumo de álcool, portanto o alcoolismo aumenta a chance de uma pessoa desenvolver a osteoporose e sofrer com as complicações causadas pela doença.

Histórico familiar

Histórico familiar de osteoporose pode ser um fator de risco. Apesar de a doença não ser genética, o ele pode ser um indicativo de como funciona o ciclo de renovação óssea em sua família.

Artrite reumatoide

A artrite reumatoide é uma doença que afeta as articulações e tanto ela quanto os medicamentos usados para tratá-la são fatores de risco para o desenvolvimento da osteoporose.

Falta de sol

A falta de sol é um fator de risco para a osteoporose porque é por meio da luz solar que produzimos vitamina D, não apenas pelos rins. Sem vitamina D, a absorção de cálcio fica reduzida e o osso pode ficar frágil.

Leia mais: Falta de vitamina D pode causar enfraquecimento dos ossos

Sintomas da osteoporose

Normalmente a osteoporose não apresenta sintomas até que uma fratura aconteça, indicando que os ossos podem estar fracos demais, mas essas fraturas podem levar muito tempo para acontecer.

Entretanto, alguns sinais podem indicar que a doença está presente. São eles:

Dor óssea

Dores ou sensibilidades nos ossos podem indicar microfraturas ou fragilidade do tecido. Especialmente quando aparecem na coluna, podem indicar fraturas das vértebras (que são menos perceptíveis e, geralmente, não fazem a vértebra deslocar-se).

Corcunda

Uma corcunda é um possível indicativo de osteoporose. Ela não é um sinal exclusivo dessa doença, mas nesse caso, trata-se de uma curvatura da coluna que pode acontecer devido a fraturas vertebrais que não foram tratadas e cicatrizaram de maneira incorreta.

Fratura com pouco impacto

O principal indicativo da osteoporose, e frequentemente o primeiro a aparecer, é uma fratura com pouco impacto ou às vezes decorrente simplesmente de uma pressão.

Em geral, o primeiro osso que é afetado por esse tipo de fratura é o punho, que costuma ser usado para amortecer impactos.

Outros lugares que podem ser acometidos são as vértebras, que podem sofrer com o simples peso do corpo.

Além disso, o quadril e o fêmur podem ficar mais sensíveis. Esses ossos costumam ser afetados em fases mais avançadas da doença e causam maiores complicações quando fraturados.

Como é feito o diagnóstico?

O médico que realiza o diagnóstico da osteoporose é o ortopedista, o especialista dos ossos. O diagnóstico é feito com a utilização da densitometria óssea.

Densitometria óssea

A densitometria é um exame que analisa a densidade dos ossos em regiões específicas do esqueleto e as compara com o valor esperado para a idade e sexo da pessoa.

Quando a densidade está reduzida, é um indicativo de osteopenia (redução da massa óssea) e, dependendo do nível de redução, osteoporose.

O equipamento utiliza raios-x para analisar as partes do esqueleto mais afetadas pela osteoporose. São elas o fêmur, a coluna, a pélvis e o antebraço.

A exceção é quando o exame é feito em crianças, que têm o corpo inteiro analisado.

O exame costuma durar perto de 15 minutos.

Osteoporose tem cura?

Nos casos em que a doença é secundária, quando a causa primária é eliminada, a tendência é que os ossos se recuperem. Entretanto, quando a osteoporose é primária, não existe cura, apenas tratamento para a condição, visando evitar fraturas e reduzir o ritmo da perda óssea.

Qual o tratamento da osteoporose?

O tratamento da osteoporose busca evitar fraturas e controlar a perda de massa óssea, reduzindo-a ao mínimo possível. O tratamento medicamentoso pode ser realizado para alcançar esses objetivos.

Quando a causa de uma osteoporose secundária é identificada, o tratamento visa eliminá-la se for possível.

Os principais métodos de tratamento envolvem:

Suplementação de vitamina D

Quando o paciente apresenta redução de vitamina D, a suplementação pode ser indicada para que as quantias necessárias da vitamina estejam presentes.

Tratamento medicamentoso

O tratamento medicamentoso para osteoporose pode envolver dois tipos. Os antirreabsortivos, que reduzem a reabsorção óssea, impedindo maior perda da massa ortopédica, e anabólicos, que aumentam a produção de moléculas necessárias para a regeneração óssea.

Correção nutricional

A correção nutricional altera a alimentação do paciente com o objetivo de corrigir qualquer deficiência de nutrientes existente. No caso da osteoporose, o cálcio costuma ser o que está em falta no organismo.

Medicamentos para osteoporose

O tratamento medicamentoso costuma ser necessário para evitar que os ossos do paciente continuem se deteriorando. Os principais medicamentos usados são:

Atenção!

NUNCA se automedique ou interrompa o uso de um medicamento sem antes consultar um médico. Somente ele poderá dizer qual medicamento, dosagem e duração do tratamento é o mais indicado para o seu caso em específico. As informações contidas neste site têm apenas a intenção de informar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um especialista ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Siga sempre as instruções da bula e, se os sintomas persistirem, procure orientação médica ou farmacêutica.

Convivendo

Conviver com a osteoporose exige cuidado. O grande perigo envolve fraturas, que se tornam mais fáceis conforme o osso perde massa. A regeneração do osso também pode ser mais complicada em pessoas com osteoporose, especialmente em idades mais avançadas.

Reduza o risco de quedas

Tomar cuidado com quedas é especialmente importante. Em casos avançados, impactos fracos podem ser perigosos, mas mesmo nas situações de osteoporose moderada é possível que uma queda simples, ou de baixa altura, resulte em uma fratura.

Tenha certeza de tomar cuidado com o chão escorregadio ou obstáculos, e use tapetes antiderrapantes nos banheiros e cozinhas.

Alimente-se bem

A alimentação é muito importante para manter o corpo saudável e desacelerar o processo de deterioração causado pela osteoporose. Alimentos com cálcio, como leite, são essenciais.

Não beba

Além de o álcool fazer mal para os ossos, a embriaguez pode facilitar uma queda, que pode resultar em fratura. Evitar beber, especialmente em grandes quantidades, é importante para prevenir complicações da osteoporose.

Não fume

Fumar afeta a saúde do corpo todo, incluindo os ossos. Evite o tabaco para que seus ossos não percam mais massa.

Tome sol

A luz solar é essencial para a produção de vitamina D no organismo humano. Por sua vez, ela é necessária para a absorção adequada de cálcio, que é essencial para os ossos. Exponha-se a pelo menos 10 minutos de luz solar por dia.

Qual o melhor exercício para quem tem osteoporose?

Os melhores exercícios para quem tem osteoporose são os de baixo impacto, como a caminhada e a dança, por exemplo. Eles têm poucas chances de fraturas enquanto, ainda assim, estimulam o crescimento da massa dos ossos.

Não se esqueça de buscar a ajuda de um educador físico, já que ele pode indicar outros exercícios com potencial para melhorar sua condição com segurança.

O que comer para melhorar a osteoporose?

É possível reduzir o ritmo e os riscos da osteoporose, permitindo que os ossos fiquem fortes por mais tempo. Um dos meios para isso é adotar, desde a infância, uma alimentação equilibrada e diversificada. Os nutrientes auxiliam a manter o organismo fortalecido como um todo e, alguns em especial, ajudam a proteger a saúde dos ossos.

Alimentos com cálcio são o principal método para a estabilização óssea. Você pode comer:

  • Leite e derivados;
  • Soja;
  • Feijão-branco;
  • Salmão;
  • Linhaça;
  • Castanhas;
  • Gergelim;
  • Milho;
  • Brócolis;
  • Chia;
  • Quinoa.

Um pouco de cada um desses alimentos pode lhe dar as quantidades indicadas de cálcio, que ficam em torno de 1200mg de cálcio por dia.

Prognóstico

Pacientes diagnosticados com osteoporose têm um risco elevado de sofrer fraturas. Especialmente em idades mais avançadas, elas podem ser perigosas.

O maior risco é quando acontecem fraturas de quadril, já que quando ela acontece nesse osso, causa dificuldade de movimentação e demora para se regenerar.

Aproximadamente 20% das fraturas de quadril levam a óbito devido a complicações. Esse número é elevado especialmente porque a maior parte dos pacientes é idosa.

Vértebras também sofrem perigo de fraturas por vezes espontâneas e, em raros casos, elas podem ser perigosas para os órgãos internos devido à pressão.

A osteoporose em si não causa a morte, mas algumas de suas complicações podem levar ao óbito. O tratamento reduz consideravelmente o risco de fraturas.

Complicações

Existem algumas complicações possíveis relacionadas à osteoporose. Em alguns casos, elas podem ser muito perigosas, especialmente porque a maior parte dos pacientes é idosa.

Entre elas estão:

Fraturas

As fraturas são a principal consequência da osteoporose e quanto mais severa a condição, mais comuns as fraturas se tornam.

Os ossos que costumam ser mais afetados são os dos punhos, seguidos das vértebras, fêmur e os ossos do quadril. Os dois últimos muito perigosos devido a dificuldade de recuperação.

Trombose venosa profunda

Quando ossos que comprometem a mobilidade do paciente se quebram, existe o risco do desenvolvimento de trombose venosa profunda (TVP), que é a formação de um coágulo nas veias.

A TVP é muito perigosa porque o coágulo pode impedir a passagem do sangue, causando necrose que, por sua vez, pode levar a amputações. O coágulo também pode ser levado pela corrente sanguínea a outras regiões do corpo, podendo causar embolismo pulmonar.

Deformação

Fraturas consecutivas podem causar deformações, além de microfraturas, que podem acontecer na coluna, terem o potencial para causar a formação de uma corcunda. É importante que haja tratamento para a osteoporose para evitar essas complicações.

Dores

Fraturas doem. Além disso, quando se regeneram mal, ou no caso de afetarem a coluna, elas podem causar dor crônica.

Como prevenir a osteoporose?

Apesar de a osteoporose eventualmente afetar a grande maioria das pessoas, é possível atrasar a doença e preveni-la pelo máximo de tempo possível. A prevenção da osteoporose se dá durante toda a vida.

Tome sol

Tomar ao menos de 10 a 15 minutos de sol por dia, sem protetor solar, garante uma produção adequada de vitamina D, que é essencial para prevenir a osteoporose.

Poucos alimentos contêm a vitamina D, portanto a exposição solar é a maneira mais eficiente para a produção da substância.

Dê preferência por exposições solares antes das 9 horas da manhã e depois das 3 horas da tarde, pois nesses horários o sol pode ser forte demais e causar outros problemas.

Ingira cálcio

O cálcio é essencial para a saúde dos ossos. Alimentos com cálcio incluem queijo, leite e derivados, semente de chia, gergelim, soja, brócolis, milho, entre outros. Garanta que alguns deles estejam em sua dieta para que o consumo de cálcio seja adequado.

Recomenda-se entre 800mg e 1500mg de cálcio por dia, variando de acordo com a fase da vida da pessoa.

Na infância, 800mg por dia é o indicado enquanto na idade adulta, 1000mg diários são recomendados.

As fases da vida que mais precisam do nutriente são a adolescência, 1300mg, e a partir dos 50 anos, entre 1200mg e 1500mg.Um copo de iogurte contém aproximadamente 300mg de cálcio, assim como uma fatia de queijo. Um copo de leite contém 250mg do mineral.

Pratique exercícios

Exercícios físicos são importantes pois podem ajudar seu corpo a equilibrar a reposição óssea. Busque um educador físico, pois ele é o profissional que pode indicar quais exercícios são adequados para você.

Ele também causa um aumento da massa dos ossos, especialmente durante as fases de crescimento, mas também na fase adulta.

A força exercida pelos músculos sobre os ossos na realização dos exercícios causa microfraturas, que são pequenas rachaduras nos ossos. Elas estimulam a regeneração óssea, o que causa um leve aumento do osso.

Com o tempo, esse aumento serve para fortalecer a estrutura e atrasar uma possível osteoporose no futuro.

Reduza o álcool

O álcool pode ter efeitos negativos na massa óssea. Beba com moderação ou evite o álcool como um todo para que seus ossos fiquem saudáveis.

Abandone o cigarro

O tabaco faz mal para todo o corpo e os ossos não são exceção. Evite fumar para ter uma vida mais saudável e evitar a osteoporose.

Reposição hormonal

Nos casos em que for necessário, a reposição hormonal pode atrasar a osteoporose. Fale com seu médico, especialmente se estiver próxima da menopausa, para garantir que seus níveis hormonais estão corretos.

Perguntas frequentes

Qual a diferença entre osteoporose e osteopenia?

A osteopenia é a redução da massa óssea, não necessariamente ao nível da osteoporose. Já a osteoporose é a doença que se caracteriza pela redução elevada da massa óssea, resultando em fraqueza dos ossos e elevado risco de fraturas.

A osteopenia pode ser um indicativo de que a osteoporose está a caminho. Pode levar anos até que aconteça, mas, se não tratada, a condição pode se transformar em uma osteoporose.

Só mulheres têm osteoporose?

Não. As chances de mulheres desenvolverem a doença são maiores, mas homens também podem tê-la. 1 a cada 3 mulheres desenvolve a doença depois dos 50 anos, enquanto 1 a cada 5 homens a adquirem.

Apenas idosos têm osteoporose?

Não. A doença é mais comum em idosos, mas outras condições podem causar a porosidade óssea em pessoas mais jovens.

Osteoporose causa dor?

Os sintomas da osteoporose, em alguns casos, incluem a dor nos ossos. Entretanto, este é um sintoma incomum. O primeiro sinal dado pela doença costuma ser uma fratura. As fraturas, por sua vez, causam dor severa e devem ser tratadas em um hospital.

Existe remédio caseiro para osteoporose?

Não. Além das atitudes que se pode tomar para prevenir a osteoporose — ingerir cálcio, tomar sol, evitar beber e fumar — não há nada que se possa fazer de maneira caseira para tratar a doença.


A osteoporose é uma doença que pode trazer complicações perigosas, especialmente para idosos, que são os mais afetados por ela.Compartilhe esse texto com seus amigos para que eles aprendam sobre a osteoporose!Publicado originalmente em: 29/06/2017 | Última atualização: 05/04/2019

Imagem do profissional Rafaela Sarturi Sitiniki
Este artigo foi escrito por:

Rafaela Sarturi Sitiniki

CRF/PR: 37364Farmacêutica generalista graduada pela Faculdade ParananseLeia mais artigos de Rafaela
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