Saúde

Vitamina D: importância e o que sua falta pode causar?

Por Redação Minuto SaudávelPublicado em: 30/06/2017Última atualização: 18/12/2023
Por Redação Minuto Saudável
Publicado em: 30/06/2017Última atualização: 18/12/2023
Mulher pegando sol na praia de manhã.A síntese e ativação da vitamina D no organismo compreendem um processo complexo, predominantemente realizado no fígado e nos rins. Nas formas D2 e D3, a vitamina D não se encontra biologicamente ativa em seu estado original.
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A vitamina D é um hormônio esteróide sintetizado pela pele quando está em contato com a luz do sol.  A exposição solar é fundamental para sua síntese, uma vez que os raios ultravioletas do tipo B (UVB) têm a capacidade de desencadear a produção dessa substância no organismo. 

Cerca de 80 a 90% da vitamina D que o corpo recebe provêm dessa exposição solar.

No entanto, é possível complementar a ingestão de vitamina D por meio de alimentos específicos. Fontes como óleo de fígado de bacalhau, peixes gordurosos, cogumelos secos, leite, ovos e fígado bovino são reconhecidas por seu teor dessa vitamina. 

Embora esses alimentos possam contribuir para a ingestão diária, é importante salientar que a exposição solar desempenha um papel preponderante na obtenção da vitamina D, destacando-se como a principal fonte natural desse nutriente.

Acompanhe o texto para entender muito mais sobre essa vitamina essencial para o nosso corpo!

Índice — Neste artigo você verá:

  1. Para que serve a Vitamina D?
  2. Como é feita a síntese de vitamina D?
  3. O que causa a deficiência de Vitamina D?
  4. Sinais de carência de Vitamina D?
  5. Como se prevenir 
  6. Alimentos ricos em Vitamina D

Para que serve a Vitamina D?

A vitamina D desempenha múltiplas atuações no organismo e influencia diversos processos fisiológicos. Aqui estão algumas das principais funções e benefícios da vitamina D:

  • Absorção de cálcio e fósforo: fundamental para a absorção eficiente de cálcio e fósforo no trato digestivo, auxiliando na formação e manutenção de ossos e dentes;
  • Saúde óssea: contribui para a formação e manutenção da estrutura óssea, promovendo a densidade mineral óssea e prevenindo doenças ósseas, como o raquitismo em crianças e a osteoporose em adultos;
  • Saúde cardiovascular: capaz de influenciar nas contrações do músculo cardíaco e na regulação da pressão arterial;
  • Saúde muscular: importante na manutenção, força e contração muscular adequada;
  • Sistema nervoso: estudos sugerem que a vitamina D pode estar relacionada à saúde do sistema nervoso e cerebral, com impactos potenciais na redução do risco de doenças neurodegenerativas;
  • Imunidade: tem influência direta na função do sistema imunológico, auxiliando na defesa contra infecções e doenças;
  • Metabolismo: níveis adequados de vitamina D estão associados a um menor risco de certas condições metabólicas, como diabetes tipo 2.
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Como é feita a síntese de vitamina D?

A síntese e ativação da vitamina D no organismo envolvem um processo complexo que ocorre principalmente no fígado e nos rins. A vitamina D, nas formas D2 e D3, não é biologicamente ativa em seu estado original. 

Embora compartilhem semelhanças, as formas D2 e D3 têm origens distintas. A D2 é de origem vegetal, enquanto a D3 é proveniente de fontes animais. Vale ressaltar que a vitamina D3 é a única sintetizada pelo organismo em resposta à exposição solar e é a forma comumente empregada em suplementos vitamínicos.

Ambas as formas precisam passar por um processo de metabolização para se tornarem ativas, sendo convertidas em uma forma chamada calcitriol, que é a vitamina D ativa.

O calcitriol contribui para regulação do metabolismo de cálcio e fósforo no intestino, sendo essenciais para a mineralização dos ossos, tornando-os fortes e densos. Esse processo é fundamental para a formação, crescimento e reparação adequados dos ossos.

Leia mais: Vitamina D: veja as diferenças da D2 e D3 e onde encontrar 

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O que causa a deficiência de Vitamina D?

Mulher pegando um sol do final da tarde.
A deficiência de vitamina D surge por diversas causas. Uma das principais razões para a falta dessa vitamina é a falta de exposição à luz solar, comum em pessoas que passam longos períodos em ambientes fechados ou vivem em regiões com pouca luz solar. 

Além disso, pessoas que não incorporam uma quantidade suficiente de vitamina D em sua dieta também estão suscetíveis a essa deficiência, uma vez que alimentos naturais muitas vezes não oferecem quantidades adequadas, a menos que sejam enriquecidos.

Grupos específicos enfrentam desafios adicionais na obtenção de níveis ideais de vitamina D, como pessoas com tom de pele mais escura e idosos, por exemplo. 

A pele escura possui maior melanina, o que reduz a produção de vitamina D em resposta à luz solar. No caso dos idosos, a capacidade da pele para sintetizar vitamina D diminui com o envelhecimento.

Condições que afetam a absorção intestinal podem contribuir para sua deficiência. Em síndromes de má absorção, onde a absorção normal de gorduras é comprometida, a absorção de vitamina D também é prejudicada, pois esta é uma vitamina lipossolúvel.

Distúrbios renais e hepáticos, bem como condições hereditárias raras, como o raquitismo hipofosfatêmico, podem interferir nesse processo de conversão.

Além disso, certos medicamentos, como alguns anticonvulsivantes e a rifampicina, também podem comprometer a conversão eficiente da vitamina D.

A deficiência de vitamina D durante a gravidez

Entre os diversos nutrientes essenciais necessários durante os nove meses de gestação, a vitamina D desempenha papéis fundamentais no fortalecimento do sistema imunológico contra doenças e na promoção da saúde óssea e muscular. 

Essenciais tanto para a mãe quanto para o desenvolvimento saudável do feto, sua  deficiência está associada a uma série de consequências adversas que podem se manifestar ao longo da vida adulta da criança. 

Durante a gestação, ela contribui na modulação do sistema imunológico, ajudando a proteger a mãe e o feto contra infecções e doenças. Regulando os processos metabólicos que podem impactar a saúde metabólica tanto da gestante quanto do bebê.

Sua falta no crescimento fetal, aumenta o risco de complicações no desenvolvimento, como raquitismo. Além disso, está relacionada ao desenvolvimento de possíveis condições de saúde como diabetes, obesidade e até mesmo esclerose múltipla.

Leia mais: Falta de vitamina D pode causar doenças e riscos à saúde 

Sinais de carência de Vitamina D

A deficiência de vitamina D muitas vezes não apresenta sintomas visíveis, apenas em casos mais graves. Quando ocorre, está envolvida em um leque enorme de sintomas e condições patológicas, como por exemplo:

  • Alterações do sono;
  • Enxaqueca;
  • Hipertensão;
  • Cansaço;
  • Unhas e cabelos frágeis;
  • Depressão;
  • Fragilidade imunológica;
  • Distúrbios do metabolismo ósseo e do cálcio;
  • Síndrome dos ovários policísticos (SOP);
  • Infecções respiratórias;
  • Doenças cardiovasculares;
  • Diabetes tipo 2.

Para detectar a insuficiência de vitamina D no organismo é fundamental a prevenção de uma série de complicações de saúde. 

O principal método para avaliar os níveis dessa vitamina é por meio do exame laboratorial conhecido como exame de vitamina D ou hidroxivitamina D (25(OH)D). Este exame visa verificar a concentração do pró-hormônio no sangue e deve ser solicitado por profissionais de saúde durante o acompanhamento regular.

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Como se prevenir

A prevenção da deficiência de vitamina D é uma consideração para garantir a saúde ótima. Para muitas pessoas, especialmente aquelas em situações de risco, como idosos, indivíduos acamados ou residentes em instituições de cuidados de longo prazo, a suplementação é extremamente indicada. 

A exposição suficiente à luz solar pode ser difícil de alcançar, especialmente quando consideramos a necessidade de proteger a pele contra danos causados pelo próprio sol.

Em bebês amamentados, a suplementação é particularmente importante desde o nascimento, uma vez que o leite materno contém quantidades limitadas dessa vitamina. Os suplementos são administrados até que os bebês atinjam seis meses de idade, quando começam a introduzir uma dieta mais diversificada. 

Algumas das principais fontes alimentares também possuem quantidades generosas de vitamina, como fontes animais, carnes em geral, especialmente fígado, peixes e frutos do mar, ovos, produtos lácteos como leite e queijos, além de cogumelos.

A prevenção eficaz da deficiência de vitamina D também envolve monitoramento regular dos níveis dessa vitamina no organismo. 

Alimentos ricos em Vitamina D

A vitamina D não se encontra presente em vegetais, com exceção dos cogumelos. A maioria das fontes alimentares ricas na proteína provém de produtos de origem animal, como:

  • Gema de ovo;
  • Leite integral;
  • Atum;
  • Salmão;
  • Fígado de galinha e boi;
  • Tilápia e sardinha;
  • Óleo de Salmão;
  • Ostras.

Leia mais: Alimentos com vitamina D: quais são? O que a falta dela causa? 


A carência de vitamina D é comumente associada à insuficiente exposição solar. A pele possui a capacidade natural de sintetizar vitamina D quando exposta à luz solar, tornando necessária um contato apropriado com o sol para manter níveis adequados dessa vitamina no organismo. 

No entanto, certos distúrbios também podem contribuir para a deficiência de vitamina D, sublinhando a necessidade de avaliações médicas regulares. Identificar e corrigir precocemente possíveis deficiências é fundamental para a manutenção da saúde.

O tempo necessário para observar melhorias nos níveis de vitamina D pode variar consideravelmente, dependendo do protocolo adotado pelo profissional de saúde e da resposta fisiológica única de cada pessoa. 

Esse processo pode demandar desde algumas semanas até meses. Dessa forma, o cuidado constante com a saúde e a adoção de medidas preventivas são elementos-chave para assegurar o bem-estar a longo prazo.

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Imagem do profissional Kayo Vinicius Ferreira Forte
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Este artigo foi escrito por:

Kayo Vinicius Ferreira Forte

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