Saúde

Dermatite causada pela mariposa Hylesia: como tratar e prevenir

Publicado em: 16/12/2021Última atualização: 07/02/2022
Publicado em: 16/12/2021Última atualização: 07/02/2022
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Nos últimos anos, alguns surtos relacionados ao contato com mariposas do tipo Hylesia têm sido registrados em várias regiões do Brasil. Apesar de ainda ser pouco recorrente, a doença provocada pelo inseto causa uma série de complicações tópicas que precisam de intervenção médica.

O aumento dos casos, segundo especialistas, está ligado ao avanço e ação do ser humano sobre as florestas e, consequentemente, às mudanças climáticas.

A seguir, você confere algumas informações importantes, como quais tratamentos são indicados, como prevenir e identificar os sintomas.

Como acontece a dermatite causada pela mariposa Hylesia?

O grande responsável pela dermatite popularmente conhecida como “chanha” ou “coceira misteriosa”, são as escamas que recobrem o abdômen de mariposas fêmeas adultas da espécie Hylesia, comum em todo o país, especialmente entre novembro e janeiro, meses que tendem a ser mais quentes.

Quando as mariposas levantam voo ou se debatem sobre focos de luz, por exemplo, as escamas se desprendem de seu corpo e penetram na pele do ser humano, provocando alergias, mais especificamente um quadro de dermatite urticante.

A mariposa Hylesia possui pelos por algumas partes do corpo, o que facilita sua identificação.
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Quais são os sintomas?

Os sintomas da dermatite causada pela mariposa Hylesia podem ser confundidos com outras condições, como escabiose (sarna humana) e picada de insetos, como pulgas. Contudo, além de exames, o (a) médico (a) precisa se atentar aos seguintes sinais que são característicos do quadro:

  • Granulomas (inflamação em forma de nódulo na pele);
  • Vermelhidão em áreas do corpo que tendem a ficar mais expostas no dia a dia, como braços;
  • Coceira intensa e persistente;
  • Queimação de intensidade moderada a intensa na pele;
  • Feridas;
  • Inflamação da córnea ou da íris (acontece quando as cerdas são levadas pelas mãos aos olhos).

Os sintomas perduram por, aproximadamente, de 7 a 14 dias, e, a partir daí, tendem a regredir. Caso você possua os sintomas listados acima, procure um pronto-atendimento o quanto antes.

Leia também: Pronto-socorro ou pronto atendimento: Qual procurar?

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Qual é o tratamento e como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico da dermatite causada pela mariposa Hylesia pode ser feito a partir do relato dos sintomas do (a) paciente ao médico e de exames, como a biópsia. Nela, é possível observar se há resquícios de escamas do inseto que penetraram na pele.

Já o tratamento consiste no uso de medicamentos antihistamínicos (antialérgicos) e corticoides de uso tópico ou oral específicos para esse tipo de quadro. O uso de compressas frias também pode ser recomendado pelo (a) médico (a) para aliviar os sintomas de queimação e coceira.

Como prevenir a dermatite causada pela mariposa Hylesia?

É possível evitar o quadro de dermatite causado pela mariposa Hylesia com algumas medidas simples. A seguir, você confere uma listinha com as principais, confira:

  • Recolha as roupas do varal e feche janelas e portas antes de anoitecer;
  • Proteja as janelas e portas com telas;
  • Opte por limpar a casa e, especialmente, calçadas, com panos úmidos. Vassouras levantam pó e é possível que escamas estejam espalhadas nesses ambientes;
  • Em locais muito quentes e próximos à mata, opte pelo uso de mosquiteiros durante a noite;
  • Não ande descalço;
  • Utilize roupas longas ao mexer em jardins;
  • Evite subir em árvores;
  • Diminua a quantidade de luzes ligadas no período da noite, pois as mariposas são atraídas por luz.

Outra recomendação dos especialistas é que as pessoas não matem mariposas. Além de facilitar o espalhamento das escamas sobre o ambiente, o inseto é extremamente importante para o equilíbrio do meio-ambiente.

Alguns cuidados fazem toda a diferença e podem prevenir o quadro de dermatite causado pela mariposa Hylesia.

A dermatite causada pela mariposa Hylesia causa sintomas extremamente desconfortantes, mas é possível amenizar a condição com a ajuda de tratamento medicamentoso específico e acompanhamento médico.

Para mais informações sobre doenças e tratamentos, acesse as categorias Saúde e Remédios do Minuto Saudável. Até mais!

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Imagem do profissional Rafaela Sarturi Sitiniki
Este artigo foi escrito por:

Rafaela Sarturi Sitiniki

CRF/PR: 37364Farmacêutica generalista graduada pela Faculdade ParananseLeia mais artigos de Rafaela
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