O Março Azul Marinho é uma das campanhas de conscientização sobre o câncer. É muito comum que outras campanhas, como o Outubro Rosa e Novembro Azul e Setembro Amarelo, sejam mais abordadas e conhecidas.
Contudo, o Março Azul Marinho chama a atenção para um dos tipos mais comuns da doença, especialmente em homens: o câncer colorretal.
Para entender um pouco mais sobre a campanha e o câncer colorretal, continue acompanhando o artigo!
O Março Azul Marinho é uma campanha que busca informar e educar a população sobre o câncer colorretal por meio da conscientização.
Segundo o World Cancer Research Fund (Fundo Mundial para Pesquisa de Câncer, em tradução livre), houveram 1,9 milhões de novos casos de câncer colorretal somente em 2020, o que torna esse tipo da doença o terceiro mais comum no mundo. Vale ressaltar que esse número compreende diagnósticos em mulheres e em homens.
O risco de desenvolver a doença, segundo a American Cancer Society (Sociedade Americana do Câncer) é de aproximadamente 1 em 22 (4.49%), em homens, e 1 em 24 (4.15%), em mulheres.
Criado em uma parceria do Ministério da Saúde e da Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP), o Março Azul Marinho é uma oportunidade para se educar mais sobre a doença e aprender como se prevenir.
No câncer colorretal, se o diagnóstico for feito precocemente, a taxa de sobrevida é de 5 anos. Ou seja, a porcentagem de pacientes que vivem pelo menos 5 anos após o diagnóstico é de 92%.
Por essa razão, informar a população sobre a doença, seus sintomas e o que fazer em caso de suspeita é uma das formas de fazer com que as pessoas descubram precocemente a doença, o que, por sua vez, pode diminuir as taxas de mortalidade.
O câncer colorretal é um tipo de tumor que se desenvolve no intestino grosso (cólon) ou em sua porção final, o reto. É o terceiro tipo de câncer mais frequente tanto em homens, quanto em mulheres.
Os sintomas costumam surgir em estágios avançados da doença, por isso, a detecção precoce nem sempre é possível.
Dentre as suas possíveis causas, especula-se que bebidas alcoólicas, carne vermelha, embutidos e carnes processadas aumentam a probabilidade de desenvolvimento do câncer colorretal. Esse risco maior também é presente em pacientes obesos ou acima do peso.
A origem desse tipo de tumor se dá por conta de pólipos intestinais, que são lesões semelhantes a verrugas que surgem no intestino grosso.
É por essa razão que é tão importante estar atento às alterações intestinais. Elas podem ser um indício da presença de um pólipo no intestino.
Os sintomas mais evidentes de câncer colorretal normalmente aparecem em estágios avançados.
Portanto, fique atento a qualquer um desses sintomas:
Se você possui algum desses sintomas, procure ajuda médica imediatamente!
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Existem vários exames que podem indicar a presença de pólipos ou mesmo diagnosticar um tumor no cólon e/ou reto. São eles:
O exame de toque retal é simples e indolor, apesar de ainda ser um tabu para muitos pacientes homens.
Através dele, é possível tocar todas as paredes do reto a procura de alterações na parede no intestino, além de servir para, no caso dos homens, fazer uma avaliação da saúde da próstata.
A pesquisa de sangue oculto nas fezes busca encontrar exatamente o que o nome sugere: sangue. A presença de sangue no bolo fecal pode ser um indicativo de feridas no intestino.
Para a realização do exame, são necessárias 3 amostras de fezes consecutivas.
Frutas cítricas e carnes vermelhas não devem ser consumidas por pelo menos 3 dias antes do exame. Medicamentos AAS (que possuem ácido acetilsalicílico na fórmula) e anti-inflamatórios também não devem ser tomados por pelo menos 7 dias antes do exame.
Se o resultado for positivo, isto é, se houver a presença de sangue nas fezes, normalmente a indicação é que se faça uma colonoscopia.
O enema opaco é um exame que se utiliza de contraste e raio-X para gerar imagens de dentro do intestino, facilitando a visualização de lesões, pólipos e tumores.
O contraste, normalmente feito com sulfato de bário, é introduzido no ânus para que o exame radiológico permita mostrar áreas anormais.
Esse exame permite a visualização de todo o cólon e reto, mas não permite biópsias, fazendo com que, em casos de suspeita, a colonoscopia seja mais indicada.
Este exame consiste na introdução de um tubo pelo ânus que permite a visualização do reto e de parte do cólon.
Pode ser utilizado tanto um tubo rígido com 25cm de comprimento, no que é chamado de retossigmoidoscopia rígida, ou um aparelho flexível de fibra ótica de 70cm, procedimento chamado de retossigmoidoscopia flexível.
Caso a equipe encontre alguma lesão, como um pólipo, o mesmo deve ser retirado ou então a lesão deverá passar por uma biópsia.
O problema desse exame para o diagnóstico do câncer colorretal é que ele alcança apenas parte do cólon, não podendo analisar o órgão por inteiro.
A colonoscopia é realizada por meio da introdução de um aparelho de fibra ótica longo (180cm) com uma câmera na ponta, permitindo a visualização do reto e de todo o cólon.
O equipamento de colonoscopia, além de gerar imagens de dentro do intestino, também permite a inserção de instrumentos especiais para remoção de pólipos ou biópsias. Para garantir o bem-estar do paciente, o exame é feito com sedação e anestesia.
A colonoscopia virtual, diferente da colonoscopia normal, além de produzir imagens seccionais do intestino, também produz imagens tridimensionais, o que permite a equipe médica localizar pólipos ou tumores com mais precisão.
Ao contrário da colonoscopia, não se trata de um exame invasivo, mas exige um preparo do intestino com inserção de contraste pela via retal.
Ainda assim, caso seja encontrada qualquer parte suspeita, é necessário usar a colonoscopia para analisar melhor as áreas e retirar os pólipos.
Existem algumas medidas que você pode tomar para evitar o surgimento de câncer colorretal. São elas:
A prática regular de atividade física melhora o corpo como um todo, proporcionando um aumento significativo da imunidade. Além disso, a atividade física ajuda a regular os movimentos intestinais, o que previne o câncer.
O cigarro possui mais de 400 substâncias cancerígenas e seu uso está associado a diversos tipos de câncer, dentre eles o câncer colorretal.
O consumo excessivo de álcool está associado a um maior risco de desenvolvimento de câncer colorretal.
Carnes processadas, especialmente aquelas que passaram pelo processo de defumação, como o presunto e a mortadela, foram listadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como cancerígenas. Dentre os tipos de câncer que podem causar, está o câncer colorretal.
A alimentação saudável inclui a ingestão de alimentos in natura e minimamente processados, como frutas, legumes, cereais integrais, leguminosas, grãos e sementes.
Isso garante um padrão de alimentação rico em fibras, que, além de promover o bom funcionamento do intestino, ainda ajuda no controle de peso corporal.
Você pode contribuir com o Março Azul compartilhando esse e outros materiais sobre a campanha. É muito importante que as informações sobre câncer, ou qualquer outra doença, sejam baseados em evidências científicas.
Graças ao Março Azul Marinho, hoje você aprendeu um pouco mais sobre o câncer colorretal e como se prevenir dele. Compartilhe este texto com quem precisa!
Rafaela Sarturi Sitiniki
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