Saúde

Doença mão-pé-boca: o que é, o que causa, tratamento e como prevenir

Publicado em: 11/04/2019Última atualização: 29/05/2023
Publicado em: 11/04/2019Última atualização: 29/05/2023
Detalhe do rosto de uma criança com a mão na boca.Para evitar a doença, é muito importante que crianças, responsáveis e demais envolvidos fiquem atentos às recomendações de higiene.
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doença mão-pé-boca é uma infecção viral não grave, porém extremamente contagiosa, que recebe esse nome por causar manchas avermelhadas e bolhas que surgem nestas partes do corpo. 

No artigo a seguir, você descobre as principais informações a respeito da condição, sua causa, sintomas, tratamento e como prevenir. Confira!

Índice — Neste artigo, você vai encontrar:

  1. O que é e o que causa a doença mão-pé-boca?
  2. Sintomas
  3. Como ocorre a transmissão da doença mão-pé-boca?
  4. Diagnóstico
  5. Tratamento da doença mão-pé-boca
  6. Como prevenir a doença mão-pé-boca?

O que é e o que causa a doença mão-pé-boca?

A doença mão-pé-boca (CID 10 — B08.4) é uma infecção viral causada pelo enterovírus Coxsackie. A condição pode afetar pessoas de todas as idades, mas é mais comum entre as crianças, afetando principalmente as menores de 5 anos. 

O período de incubação do vírus varia de 3 a 6 dias. Isso quer dizer que, só após esse período, o(a) paciente manifestará sinais da infecção. Já a permanência do microrganismo causador no organismo tende a ser de 7 a 10 dias. 

Além disso, apesar de ter casos registrados em qualquer época do ano, a doença costuma ser comum nos períodos de volta às aulas. 

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Sintomas

Após o período de incubação, os sintomas da condição se manifestam primeiramente com febre alta, mal-estar e falta de apetite.

Em seguida, surgem lesões dolorosas, em forma de manchas vermelhas com bolhas branco-acizentadas na boca, amígdalas e faringe. Erupções cutâneas, no formato de pequenas bolhas, nas palmas das mãos e na sola dos pés, também são comuns durante a infecção. 

Em alguns casos, as erupções cutâneas atingem coxas, braços, nádegas, face e tronco. Além disso, alguns(as) pacientes apresentam sintomas como dor de cabeça, vômito, dor de gargantadiarreia

Em alguns casos, os(as) pacientes podem apresentar dificuldade para engolir, sintoma que pode ser mais intenso se acompanhado de excesso de saliva, processo provocado pelas feridas na boca e na garganta. 

No entanto, é importante ressaltar que nem todos(as) os(as) pacientes apresentam o quadro completo, com todos os sintomas da condição. Conhecidos por infectarem principalmente crianças, os enterovírus também tem a imprevisibilidade dos sintomas como uma de suas características, uma vez que podem ter diversas manifestações clínicas.

Ao aparecimento de quaisquer dos sintomas mencionados acima, procure atendimento médico imediatamente! 

Leia também: Catapora (bebê, adulto): como pega? Veja como é o tratamento

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Como ocorre a transmissão da doença mão-pé-boca?

Criança sentada no sofá assoando o nariz.

A transmissão da doença mão-pé-boca pode ocorrer por meio de:

  • Contato próximo com uma pessoa infectada;
  • Contato com gotículas de tosses e espirros; 
  • Objetos e/ou superfícies contaminadas; 
  • Contato com fezes de uma pessoa infectada, como ao encostar nos olhos após trocar fraldas, por exemplo.

O período de maior transmissão desse vírus acontece durante a primeira semana de infecção. Além disso, a condição é facilmente transmitida de pessoa para pessoa, o que a torna altamente contagiosa. Após esse período, o(a) paciente pode continuar expelindo o vírus nas fezes por até 4 semanas.

Diagnóstico

O diagnóstico da condição é clínico e o(a) médico(a) realiza o exame físico das lesões encontradas na boca, assim como das demais erupções cutâneas. Também podem ser solicitados exames laboratoriais de fezes e/ou de cultura de secreções da garganta para a confirmação do diagnóstico. 

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Tratamento da doença mão-pé-boca

Assim como acontece com a maioria das infecções virais, não há um tratamento específico para a doença mão-pé-boca. Os tratamentos disponíveis visam apenas aliviar os sintomas causados pela doença.

Por isso, podem ser receitados medicamentos como o paracetamol e o ibuprofeno para o tratamento das dores e febre. Também é recomendado repouso, hidratação e dieta com alimentos leves, pastosos, preferencialmente frios e sem temperos fortes.

É importante ressaltar que, apesar dos sintomas representarem um incômodo para o(a) paciente, a condição não é considerada grave e não costuma ter maiores complicações.

Como prevenir a doença mão-pé-boca?

A doença mão-pé-boca pode ser prevenida reduzindo as probabilidades de  contato com o vírus, por isso, a principal profilaxia é a higiene. Lembre-se de higienizar as mãos com frequência, cobrir a boca ao espirrar ou tossir, e evitar encostar no nariz, na boca e nos olhos.

Como a virose tem maior manifestação em crianças, algumas dessas atitudes de cuidado e higiene devem partir dos pais e responsáveis, incentivando também a higienização de objetos e superfícies de contato constante, como brinquedos e roupas.

Os pais e responsáveis também devem conversar com as crianças a respeito da necessidade de lavar as mãos com frequência e sobre a importância de não compartilhar alimentos e objetos pessoais como chupetas, panos, talheres, mamadeiras e garrafas.

Recomenda-se que os(as) pacientes diagnosticados com a condição permaneçam afastados da escola e/ou do trabalho por um período que pode durar de 5 a 7 dias, ou até o desaparecimento dos sintomas. 

É importante ressaltar que essa infecção viral não garante a imunidade, de modo que uma pessoa pode ser infectada mais de uma vez ao longo da vida. Além disso, nenhuma vacina para combater o vírus Coxsackie foi desenvolvida até o momento.

Leia também: Como prevenir infecções virais? Dicas e cuidados


Apesar de não ser uma condição grave e que costuma não ter complicações sérias, é necessário levar a criança a um(a) pediatra para que seja realizado odiagnóstico e tratamento corretos. É muito importante que crianças, responsáveis e demais envolvidos fiquem atentos às recomendações de higiene.

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Referências

Imagem do profissional Rafaela Sarturi Sitiniki
Este artigo foi escrito por:

Rafaela Sarturi Sitiniki

CRF/PR: 37364Farmacêutica generalista graduada pela Faculdade ParananseLeia mais artigos de Rafaela
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