A doença mão-pé-boca é uma infecção viral não grave, porém extremamente contagiosa, que recebe esse nome por causar manchas avermelhadas e bolhas que surgem nestas partes do corpo.
No artigo a seguir, você descobre as principais informações a respeito da condição, sua causa, sintomas, tratamento e como prevenir. Confira!
Índice — Neste artigo, você vai encontrar:
A doença mão-pé-boca (CID 10 — B08.4) é uma infecção viral causada pelo enterovírus Coxsackie. A condição pode afetar pessoas de todas as idades, mas é mais comum entre as crianças, afetando principalmente as menores de 5 anos.
O período de incubação do vírus varia de 3 a 6 dias. Isso quer dizer que, só após esse período, o(a) paciente manifestará sinais da infecção. Já a permanência do microrganismo causador no organismo tende a ser de 7 a 10 dias.
Além disso, apesar de ter casos registrados em qualquer época do ano, a doença costuma ser comum nos períodos de volta às aulas.
Após o período de incubação, os sintomas da condição se manifestam primeiramente com febre alta, mal-estar e falta de apetite.
Em seguida, surgem lesões dolorosas, em forma de manchas vermelhas com bolhas branco-acizentadas na boca, amígdalas e faringe. Erupções cutâneas, no formato de pequenas bolhas, nas palmas das mãos e na sola dos pés, também são comuns durante a infecção.
Em alguns casos, as erupções cutâneas atingem coxas, braços, nádegas, face e tronco. Além disso, alguns(as) pacientes apresentam sintomas como dor de cabeça, vômito, dor de garganta e diarreia.
Em alguns casos, os(as) pacientes podem apresentar dificuldade para engolir, sintoma que pode ser mais intenso se acompanhado de excesso de saliva, processo provocado pelas feridas na boca e na garganta.
No entanto, é importante ressaltar que nem todos(as) os(as) pacientes apresentam o quadro completo, com todos os sintomas da condição. Conhecidos por infectarem principalmente crianças, os enterovírus também tem a imprevisibilidade dos sintomas como uma de suas características, uma vez que podem ter diversas manifestações clínicas.
Ao aparecimento de quaisquer dos sintomas mencionados acima, procure atendimento médico imediatamente!
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A transmissão da doença mão-pé-boca pode ocorrer por meio de:
O período de maior transmissão desse vírus acontece durante a primeira semana de infecção. Além disso, a condição é facilmente transmitida de pessoa para pessoa, o que a torna altamente contagiosa. Após esse período, o(a) paciente pode continuar expelindo o vírus nas fezes por até 4 semanas.
O diagnóstico da condição é clínico e o(a) médico(a) realiza o exame físico das lesões encontradas na boca, assim como das demais erupções cutâneas. Também podem ser solicitados exames laboratoriais de fezes e/ou de cultura de secreções da garganta para a confirmação do diagnóstico.
Assim como acontece com a maioria das infecções virais, não há um tratamento específico para a doença mão-pé-boca. Os tratamentos disponíveis visam apenas aliviar os sintomas causados pela doença.
Por isso, podem ser receitados medicamentos como o paracetamol e o ibuprofeno para o tratamento das dores e febre. Também é recomendado repouso, hidratação e dieta com alimentos leves, pastosos, preferencialmente frios e sem temperos fortes.
É importante ressaltar que, apesar dos sintomas representarem um incômodo para o(a) paciente, a condição não é considerada grave e não costuma ter maiores complicações.
A doença mão-pé-boca pode ser prevenida reduzindo as probabilidades de contato com o vírus, por isso, a principal profilaxia é a higiene. Lembre-se de higienizar as mãos com frequência, cobrir a boca ao espirrar ou tossir, e evitar encostar no nariz, na boca e nos olhos.
Como a virose tem maior manifestação em crianças, algumas dessas atitudes de cuidado e higiene devem partir dos pais e responsáveis, incentivando também a higienização de objetos e superfícies de contato constante, como brinquedos e roupas.
Os pais e responsáveis também devem conversar com as crianças a respeito da necessidade de lavar as mãos com frequência e sobre a importância de não compartilhar alimentos e objetos pessoais como chupetas, panos, talheres, mamadeiras e garrafas.
Recomenda-se que os(as) pacientes diagnosticados com a condição permaneçam afastados da escola e/ou do trabalho por um período que pode durar de 5 a 7 dias, ou até o desaparecimento dos sintomas.
É importante ressaltar que essa infecção viral não garante a imunidade, de modo que uma pessoa pode ser infectada mais de uma vez ao longo da vida. Além disso, nenhuma vacina para combater o vírus Coxsackie foi desenvolvida até o momento.
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Apesar de não ser uma condição grave e que costuma não ter complicações sérias, é necessário levar a criança a um(a) pediatra para que seja realizado odiagnóstico e tratamento corretos. É muito importante que crianças, responsáveis e demais envolvidos fiquem atentos às recomendações de higiene.
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Rafaela Sarturi Sitiniki
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