Pouco conhecida, a epididimite pode causar grandes danos à saúde, principalmente a masculina.
Geralmente acomete homens com mais de 30 anos, mas aqueles que já tiveram quadros de tuberculose ou brucelose, por exemplo, precisam ficar atentos.
Mas não se preocupe, porque nós do Minuto Saudável preparamos um artigo completo sobre esse tema, confira!
Índice — neste artigo você vai encontrar:
O epidídimo é um tipo de tubo (duto) localizado na região posterior dos testículos, responsável por armazenar e transportar os espermatozóides.
Quando ocorre uma inflamação no epidídimo a condição é chamada de epididimite. Nesses casos, o tubo costuma ficar inchado, causando dor e inchaço nos testículos.
Homens de qualquer idade podem ter a doença, mas sabe-se que é mais frequente em quem tem entre 14 e 35 anos. Raramente ocorre na primeira década da vida, mas pode acontecer em crianças.
A doença é dividida em: epididimite aguda e epididimite crônica. A primeira é caracterizada por inflamação, dores e inchaços no epidídimo. Já a segunda, causa dores constantes que podem durar por mais de seis semanas. Em alguns casos, a versão aguda pode evoluir para a epididimite crônica, principalmente se não houver um tratamento adequado.
As complicações incluem: infecção com pus no escroto (abscesso), chances de a doença ir para o testículo (condição que é chamada de orquiepididimite) e em casos considerados mais raros, risco de reduzir a fertilidade. O diagnóstico e o tratamento precoce podem ajudar a prevenir essas situações.
Às vezes, a causa da epididimite crônica não é identificada, no entanto, geralmente a doença é causada por uma infecção bacteriana ou devido à uma doença sexualmente transmissível (DST).
Além disso, a epididimite também pode surgir por infecção do trato urinário, infecção da próstata, ou quando a urina flui de volta para o epidídimo, o que pode acontecer como resultado de um levantamento de peso, por exemplo.
Sabe-se que em homens de 35 anos ou menos de idade, a gonorreia e a clamídia são as causas mais comuns da doença.
Além disso, alguns fatores aumentam as chances de surgir o problema. São eles:
Já quando ocorre em crianças, as causas podem ser: um trauma direto no local, refluxo de urina para o epidídimo ou por conta de uma torção do epidídimo.
De acordo com uma pesquisa realizada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), a Covid-19 afeta diretamente o sistema reprodutor masculino. O estudo analisou 26 homens com casos leves e moderados da doença e 42,3% apresentaram epididimite.
Vale reforçar que ainda precisam ser realizados mais estudos para comprovar qual é a relação da doença com a inflamação no local.
Na maioria das vezes, a epididimite começa com alguns sintomas leves. Porém, quando não é tratada, os desconfortos podem piorar. Entre eles podemos citar:
Para diagnosticar a doença, o (a) médico (a) urologista fará um exame físico e examinará o escroto para procurar uma área sensível ou nódulo na região.
O (a) especialista, também pode solicitar um exame de urina para procurar bactérias. Em alguns casos, exames de imagem como ultrassom podem ser solicitados para avaliar o escroto.
Se houver secreção, pode ser necessário a coleta de uma amostra ou de algum teste para checar a presença de uma possível doença sexualmente transmissível. Além disso, em alguns casos é preciso fazer um exame no reto, para verificar se há aumento da próstata.
Exames de sangue podem ser solicitados para determinar se há alguma infecção no organismo.
O tratamento da epididimite envolve diminuir a infecção e o alívio dos sintomas da doença. Geralmente, são receitados antibióticos, que precisam ser ingeridos por cerca de 4 a 6 semanas, e medicamentos anti-inflamatórios, para diminuir a dor e os desconfortos na região.
Além disso, podem ser recomendadas atitudes adicionais, como aplicar compressas frias no local, evitar levantar objetos pesados e fazer repouso por alguns dias.
Também pode ser indicada a elevação do saco escrotal por no mínimo dois dias, feita geralmente com um suporte esportivo, chamado popularmente de “saqueira” ou suspensório escrotal.
Em casos de uma doença sexualmente transmissível, será preciso se abster das relações sexuais até finalizar o tratamento.
Na grande maioria dos casos, o problema desaparece por completo em três meses com o uso de medicamentos e as mudanças sugeridas pelos (as) médicos (as). No entanto, em alguns casos pode ser necessário um tratamento mais invasivo.
Se um abscesso (pus) se formou nos testículos, por exemplo, pode ser necessário drenar o local por meio de intervenções cirúrgicas em um consultório ou hospital. Também pode ser necessária a cirurgia para remoção total ou parcial do epidídimo, quando nenhum tratamento é eficaz. Mas esses casos são considerados bastante raros.
Na maioria dos casos, a condição pode ser tratada de forma muito eficaz, sem causar complicações. E a maioria dos homens podem ter seus sintomas aliviados em poucos dias.
Para prevenir, a recomendação dos (as) especialistas é o uso de preservativos em todas as relações sexuais, evitar o levantamento de peso extenuante ou realizar atividade física em excesso, além de passar menos tempo sentado.
Em alguns casos de epididimite crônica, a vasectomia é uma maneira de evitar a reincidência. Trata-se de um procedimento indicado, na maioria das vezes, para esterilização em homens, impedindo que o homem tenha filhos, por isso, precisa ser avaliado com bastante cautela.
Vale destacar que ao sentir uma dor no escroto ou inchaços, é importante buscar ajuda de um(a) médico urologista o quanto antes para ter um diagnóstico correto e evitar sequelas. Se a dor escrotal for intensa, procure um tratamento de emergência no hospital mais próximo.
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Rafaela Sarturi Sitiniki
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