Você já ouviu falar em disidrose? Trata-se de uma erupção de pele que surge repentinamente nas mãos e nos pés. Também é chamado de eczema disidrótico. No entanto, é considerada uma doença de pele rara e decorrente de uma reação alérgica ou que surge por causa de fatores emocionais.
Neste artigo, vamos explicar quais são as causas e os tratamentos indicados para quem apresenta essa condição.
A disidrose é uma condição em que aparecem numerosas vesículas, ou seja, pequenas bolhas na pele que lembram os grãos de sagu. E acontece devido à infiltração do suor entre as células da pele. Elas podem ainda se agruparem formando bolhas ainda maiores.
Geralmente, no período de uma a três semanas o problema está controlado, mas pode se tornar uma doença crônica. É mais frequente em pessoas com idade entre os 20 e 40 anos de idade e atinge tanto homens quanto mulheres na mesma proporção.
O problema é mais frequente no verão, já que está associado com a hiperidrose, que é a produção excessiva de suor. Por isso, a disidrose pode piorar em meses mais quentes.
As causas são diversas e não estão totalmente esclarecidas. Pode ocorrer devido a fatores externos ou de contato e também por questões emocionais (fatores internos).
Por isso, é comum que a disidrose ocorra por causa de uma dermatite de contato, alergênicos ingeridos ou inalados, infecções causadas por fungos e devido ao uso de alguns medicamentos, além do consumo de alguns alimentos.
A disidrose também está relacionada a problemas emocionais. Sendo assim, é comum aparecer quando a pessoa está vivendo momentos de muito estresse e/ou ansiedade.
Sabe-se que quem trabalha em locais onde os pés e as mãos ficam frequentemente úmidos ou na água estão mais propensos a desenvolver o problema de saúde.
A doença também pode ser crônica, ou seja, os sintomas podem sumir por um tempo após o tratamento, mas retornam algumas vezes durante a vida.
Vale destacar que a disidrose não é contagiosa. Sendo assim, não há risco de transmissão de uma pessoa para outra, mesmo quando a pele entra em contato diretamente.
Os fatores de risco para disidrose incluem:
A disidrose parece ser mais comum em períodos de estresse emocional ou físico.
Isso inclui cobalto e níquel, geralmente em um ambiente industrial.
Pessoas que apresentam erupção cutânea após o contato com certos irritantes têm maior probabilidade de apresentar disidrose.
Algumas pessoas com dermatite atópica podem desenvolver eczema disidrótico.
É muito importante ficar atento aos sinais e sintomas para identificar a disidrose. Veja, a seguir, os principais.
O sintoma principal é o surgimento de pequenas bolhas nas mãos e nos pés. Geralmente, elas ficam nas palmas das mãos e na lateral dos dedos e nas solas dos pés. É mais frequente nas mãos do que nos pés. Não surgem em outras regiões do corpo.
É comum que surjam coceiras nas regiões afetadas. Elas podem piorar o desconforto e, em alguns casos, essas bolhas precisam ser perfuradas para aliviar esse sintoma.
As bolhas podem ter um líquido incolor e são bastantes dolorosas, principalmente quando estão infectadas por bactérias.
Outro sintoma que pode surgir é a descamação da pele e também aumento da espessura da pele e fissuras na região das palmas ou plantas dos pés.
Não é recomendado que as bolhas sejam estouradas em casa. A pele que reveste a bolha é fina e com o atrito pode romper, causando ardência.
Mas estourá-la intencionalmente com unhas ou agulhas, por exemplo, não é uma atitude indicada para evitar as complicações como dor ou inchaços. O ideal é buscar ajuda médica, caso elas estejam incomodando muito.
O diagnóstico é realizado por meio da análise de sintomas. O médico avalia as bolhas e conclui se é ou não disidrose.
Não há exames específicos para identificar a disidrose. Em alguns casos, o (a) especialista pode pedir exames laboratoriais micológicos para avaliar se há a presença de fungos.
Após o diagnóstico, o (a) dermatologista determinará qual será o melhor tratamento para a disidrose. Geralmente, são indicados cremes ou pomadas que tenham corticoides em sua composição. Isso ajuda a diminuir as lesões.
Também podem ser indicadas compressas frequentes para melhorar o quadro. E quando os casos são mais graves, é indicado o uso de corticoide por via oral.
Se a pele infeccionar, também serão prescritos antibióticos ou outros medicamentos para tratar a infecção.
Também podem ser indicados exposição da pele à luz ultravioleta para melhorar os sintomas. Isso é chamado de fototerapia e a técnica pode ser realizada em um consultório médico ou em um hospital.
Esse tratamento é usado quando os cremes e pomadas não apresentam resultados satisfatórios. Por isso, aplica-se a luz ultravioleta para fortalecer a pele. Dessa forma, ela fica menos irritada e diminui-se o risco de disidrose.
Há ainda a opção de aplicar injeções de toxina botulínica, conhecido popularmente como botox, nas regiões afetadas para diminuir o funcionamento das glândulas sudoríparas. Dessa forma, reduz o suor excessivo nas mãos e pés, que causa a disidrose.
Há diversas pomadas e cremes que podem ser prescritos para quem tem disidrose. Entre esses medicamentos podemos citar:
São fortes anti-inflamatórios muito utilizados para tratar doenças crônicas e reações alérgicas ou doenças na pele. Esses tipos de cremes são aplicados sobre a pele afetada e ajudam a diminuir a inflamação da pele e a secar as bolhas.
São medicamentos que atuam nas células do sistema imune. É usado em casos de disidrose que não possuem uma boa resposta ou são intolerantes aos tratamentos convencionais.
Há algumas opções de tratamentos caseiros para tratar a disidrose. Entre elas, podemos destacar compressas com calêndula. Essa planta tem propriedades cicatrizantes e ajuda a acalmar a pele.
Outra forma de tratamento natural é usar vinagre de maçã com um algodão úmido e passar diretamente na pele afetada.
Mergulhar as mãos e os pés em água fria ou aplicar compressas geladas de duas a quatro vezes por dia pode reduzir o desconforto associado à coceira na pele.
Um bom hidratante também pode ajudar com a pele ressecada e, portanto, reduzir a coceira.
No entanto, vale destacar que esses métodos não têm comprovação científica. Por isso, o ideal é buscar auxílio médico para tratar a disidrose.
Depende. Geralmente, os casos leves de disidrose passam em até três semanas. Algumas pessoas podem ter a disidrose crônica e assim demoram mais tempo para controlar o problema.
Em alguns casos, não há cura completa para a disidrose. A pessoa pode ter crises raras ao longo de sua vida. No entanto, é possível se recuperar de uma disidrose leve sem tratamento médico.
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Rafaela Sarturi Sitiniki
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