Medicamentos como o Prostokos podem ser administrados por profissionais médicos com objetivo de interromper uma gravidez de risco ou para antecipar o parto de forma eficiente e segura para a mulher.
Esses medicamentos têm em comum a presença de misoprostol, um componente que induz a contração uterina, sendo muito útil nesses casos. No entanto, se for utilizado de maneira inadequada pode provocar diversos efeitos colaterais.
Por isso, saiba mais sobre o mecanismo de ação do misoprostol e quais são os riscos do uso de medicamento com esse fármaco.
Misoprostol é um princípio ativo sintético feito em laboratório a partir da prostaglandina E1 (ácido graxo que funciona como um hormônio no organismo feminino). Essa substância foi desenvolvida pela indústria farmacêutica em 1973, porém chegou ao Brasil somente em 1984.
Esse princípio ativo é empregado na fabricação de medicamentos como o Prostokos, que é utilizado em diferentes casos de assistência obstétrica, garantindo a saúde da mulher.
Dessa forma, o misoprostol é indicado para mulheres grávidas que têm a necessidade de interromper a gestação (aborto), ou antecipar o parto, com acompanhamento médico.
É importante ressaltar que no caso da interrupção da gravidez seu uso é permitido, segundo a lesgislação vigente no país, em casos de estupro, risco à saúde da mulher e quando é atestado que a criança irá nascer com má fomação do cérebro (anencefalia). Fora essas situações, é considerado crime e pode trazer consequências graves à mulher.
Por isso, medicamentos com misoprostol só podem ser vendidos aos hospitais registrados pelo Ministério da Saúde e que seguem as normas de controle estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
Ademais, também só pode ser administrado dentro de dependências médicas e sob observação de profissionais da saúde.
O misoprostol serve para ajudar processos relacionados à assistência obstétrica para mulheres. Portanto, grávidas que precisam adiantar o parto ou interromper a gravidez podem utilizar o componente, devido à ação de contração uterina que ele proporciona.
No entanto, é imprescindível que isso seja feito conforme as normas legais estabelecidas, ou seja, somente em casos em que adiantar o parto seja orientado por um profissional, e no cenário em que a interrupção da gravidez seja determinada pela lei.
Devido a isso, medicamentos com misoprostol não são vendidos a pessoas comuns, somente a hospitais e centros especializados autorizados a comprá-los.
Medicamentos que têm como princípio ativo o misoprostol, só podem ser usados dentro de hospitais e centros médicos registrados e que possuem autorização do Ministério da Saúde para administrar o fármaco. Conforme a bula do Prostokos, medicamento à base de misoprostol e para uso ginecológico, a posologia adequado (dependendo do caso) é:
Vale destacar, que na indução do trabalho de parto, o intervalo entre uma dose e a seguinte, não deve ser menor que 6 horas. E que nunca pode ser tomada uma nova dose quando já existe contratilidade uterina (duas ou mais contrações em 10 minutos).
O misoprostol não costuma provocar muitos efeitos colaterais à saúde de mulheres que fazem uso da substância sob orientação e observação obstétrica.
Segundo a bula do Prostokos, os sintomas que podem surgir são desconfortos considerados leves, como um desconforto abdominal discreto, diarreia (dependendo da dose administrada), flatulências e náuseas.
Algumas reações são mais incômodas como vômitos, fadiga, dor de cabeça, febre, calafrios, sangramento prolongado e abundante que varia de acordo com a idade gestacional (no caso de interrupção da gestação) e a dose indicada, sendo mais frequente quando a mulher toma comprimidos de 200mcg.
De forma geral, esses efeitos tendem a diminuir nas primeiras horas, no caso de aborto legal, após a eliminação do feto, podendo se prolongar por 24 a 48 horas.
O motivo principal do misoprostol não poder ser vendido a qualquer pessoa que deseja comprá-lo e só poder ser administrado em dependências hospitalares, são os riscos e as complicações que podem ser provocados à saúde da mulher e também ao feto, que são considerados graves e em muitos casos, irreversíveis.
Alguns deles são:
Conforme a bula do Prostokos (medicamento que contém o princípio ativo misoprostol) ele é contraindicado para o público masculino e também para pessoas que se encontram nas seguintes condições:
Vale destacar que gestantes ou mulheres com suspeita de gravidez não devem utilizar o medicamento sem orientação médica, visto que o misoprostol promove a contração uterina aumentando as chances de um aborto não desejado.
Os princípios ativos desenvolvidos e empregados na fabricação de diversos medicamentos são muito importantes no campo da medicina e servem para diferentes tratamentos. No entanto, para ter os benefícios do medicamento e evitar riscos, é essencial seguir a posologia correta e as orientações definidas por um(a) médico(a).
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Dra. Francielle Mathias
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