O termo dependência digital não é recente, mas passou a ser usado com mais frequência ao longo da pandemia da Covid-19. Com o distanciamento social, o uso de smartphones, tablets e computadores se tornou mais frequente e esses aparelhos passaram a ocupar boa parte do nosso tempo não apenas por conta da interação com outras pessoas, mas principalmente pelo home office (trabalho em casa).
Contudo, alguns especialistas alertam que essa dependência à tecnologia pode estar associada a alguns transtornos e condições psiquiátricas preexistentes e não tratadas, por isso, exigem muita atenção.
Para entender um pouco mais sobre porque surge, quais são os sintomas e como tratar a condição, continue acompanhando o artigo.
Índice - Neste artigo você vai encontrar:
A dependência digital, também conhecida como nomofobia e Transtorno de Dependência de Internet (TDI), nada mais é do que o uso abusivo e descontrolado de redes sociais, jogos eletrônicos, entre outros, que interfere diretamente na qualidade de vida e no desempenho de tarefas do dia a dia, como no trabalho ou nos estudos.
Especialistas apontam, inclusive, semelhanças entre a dependência de eletrônicos e a de álcool e drogas. Isso porque, quando os (as) pacientes são privados do uso e acesso, apresentam sintomas e sentem um medo irracional de ficar sem seus aparelhos.
Assim que o acesso é liberado, a sensação de bem-estar e prazer é sentida e eles (as) se sentem mais calmos (as).
O uso abusivo de jogos eletrônicos (gaming disorder) já é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) um transtorno e recentemente integrou a Classificação Internacional de Doenças, no CID-11.
O uso do celular pode estar ligado à fuga de transtornos mentais preexistentes e não tratados adequadamente, e que tendem a se agravar ainda mais com o uso excessivo de ferramentas digitais. A depressão e ansiedade são algumas dessas condições que podem provocar o isolamento social e, consequentemente, a dependência digital.
Os sintomas, na grande maioria das vezes, não são identificados pelo (a) próprio (a) paciente, mas sim por familiares, professores e amigos (as). Entre os mais característicos estão:
Se você se identifica com algum dos sintomas citados acima ou conhece alguém que os tenha, procure ou recomende ajuda psicológica. Esse tipo de transtorno pode ser tratado com ajuda e acompanhamento médico.
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As consequências dessa dependência ao celular ou a outro aparelho eletrônico são tanto físicas, quanto mentais. Além de agravar condições psicológicas preexistentes, como ansiedade e depressão, o uso excessivo de jogos, redes sociais e outros pode causar:
Já as consequências físicas causadas pela longa exposição a aparelhos eletrônicos são olhos secos, dores de cabeça frequentes e obesidade, visto que, na maioria dos casos, outras atividades são negligenciadas a fim de satisfazer a vontade de jogar ou acessar as redes sociais.
Sim, tem cura! O tratamento varia de acordo com a necessidade do (a) paciente, sintomas apresentados e grau de gravidade.
Tratar as doenças desencadeadoras da dependência digital, como depressão e fobia social, por exemplo, é o primeiro passo. Esse tratamento deve ser conduzido com acompanhamento de psicólogo e psiquiatra e ambos os profissionais precisam estar em contato e alinhados.
Além de tratamento medicamentoso, caso haja necessidade, sessões de terapia são fortemente recomendadas para ajudar o (a) paciente a entender sua situação, para que haja, a partir dali, uma relação diferente com a tecnologia.
É preciso se atentar aos sintomas manifestados pelas crianças, jovens e por você mesmo, adulto. Se engana quem acha que a condição é um problema exclusivo de adolescentes!
Caso tenha se identificado com alguma das características da dependência digital, não deixe de conversar com seu médico e procure um psicólogo!
Para mais informações sobre saúde mental, continue acompanhando o site e as Redes Sociais do Minuto Saudável!
Esp. Cassiele Azevedo
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