A conjuntivite é uma doença que causa inflamações nos olhos. Felizmente, ela possui tratamento e cura.
Uma das formas de tratamento mais comuns e eficazes é o uso de colírios.
Geralmente, esses remédios são vistos como inofensivos, mas fica o alerta: se forem usados de forma errada, os colírios podem trazer prejuízos à saúde. Entre eles, a catarata, aumento da pressão ocular, cegueira momentânea, cristalização ocular ou diminuição da circulação sanguínea nos olhos .
Por isso, só utilize esses remédios se tiver recomendação médica.
Qual é o melhor colírio para conjuntivite?
Existem vários tipos de colírio que podem ser usados para tratar a conjuntivite. Eles são variados e cada um deles possui uma função e um modo de agir.
Para entender um pouco mais sobre essa diversidade, é preciso saber sobre os tipos de conjuntivite, já que cada colírio é indicado para uma situação diferente.
Conjuntivite viral
Esse tipo de conjuntivite é causado por vírus, sendo o tipo mais comum da doença.
O contágio da conjuntivite viral é feito por meio do contato entre algo ou alguém que esteja infectado.
Em geral, a doença se manifesta primeiramente em apenas 1 olho, podendo ser passado para o outro olho em 2 ou 3 dias.
Esse tipo de conjuntivite tende a se curar sozinha, durando cerca de 7 a 10 dias.
Isso acontece porque, na maioria dos casos, o corpo produz anticorpos suficientes para que o vírus seja combatido.
Apesar de não haver tratamento específico para eliminar os vírus, há opções para amenizar os sintomas e desconfortos.
Colírios como Lacrima Plus, Optocare, Lacrifilm, Hylo Comod são recomendados para acelerar o processo ou aliviar os sintomas (olhos irritados, vermelhos e lacrimejantes).
Conjuntivite bacteriana
A conjuntivite bacteriana é transmitida por bactérias e o seu contágio é igual ao do tipo viral, ou seja, por meio do contato com secreções ou objetos contaminados.
A diferença entre esses dois tipos é que a bacteriana também pode causar sintomas como dores, inchaço e vermelhidão em outras partes do corpo (como os ouvidos, o nariz, a boca, a pele, etc).
Outro ponto que vale ressaltar é que a conjuntivite bacteriana tende a ser mais prolongada e causar sintomas mais intensos.
Por isso, para o tratamento, o recomendado é usar colírios que também sejam antibióticos (como Tobradex, Tobrex, Tobramicina, Flumex e Maxitrol).
Conjuntivite alérgica
A conjuntivite alérgica é causada por alguma substância que irrita os olhos (pólen, mofo, pó, entre outros).
A boa notícia é que ela não é transmissível. Por isso, não é necessário parar as atividades ou evitar o compartilhamento de objetos (como toalhas e roupa de cama, por exemplo).
Esse tipo pode ser acompanhada de outros sintomas alérgicos como espirros, coriza e dor de cabeça.
O tratamento geralmente utiliza colírios que tenham como função o combate a alergia, devendo lubrificar e limpar os olhos (Zaditen e Dexafenicol, por exemplo).
Infantil
As crianças e os bebês estão sujeitos a qualquer tipo de conjuntivite.
No caso dos recém-nascidos (com até 1 mês de vida), é possível que haja a conjuntivite neonatal.
Esse tipo é contraído durante o momento do parto normal. Ao passar pelo canal vaginal, é possível que o neném tenha tido contado com alguma sujeira, vírus ou bactéria.
Os sintomas são os mesmos (olhos vermelhos, lacrimejantes e presença de remela) e requerem a avaliação oftalmológica ou pediátrica, que indicará qual o melhor tipo de colírio para cada situação.
Como usar corretamente?
Para usar o colírio corretamente, primeiro você deve confirmar na receita médica em que olho deve pingar o remédio e quantas gotas serão necessárias. Depois, basta levantar a cabeça, separar a pálpebra do olho e pingar o medicamento. Ao abrir a embalagem, evite tocar na ponta para que ela não seja contaminada com alguma sujeira das mãos.
Por mais que a aplicação do colírio pareça difícil, na verdade, é possível que se use esse medicamento com bastante facilidade.
Para te ajudar, há uma lista de 10 passos explicando como fazer isso:
- Lave as mãos: ao fazer isso, você impede que contamine seus olhos com alguma bactéria ou vírus que esteja nas mãos;
- Levante levemente o queixo;
- Com os dedos, puxe a pálpebra de baixo, afastando-a do olho;
- Pingue a quantidade de gotas que o médico recomendou (geralmente 1 ou 2);
- O local ideal para a aplicação do colírio é na metade do olho (ao pingar o colírio no canto do olho, você corre o risco do líquido escorrer para fora e ser desperdiçado);
- Espere 1 ou 2 segundos com os olhos abertos;
- Feche os olhos vagarosamente e com delicadeza;
- Mantenha os olhos fechados por pelo menos 15 segundos (para que o produto possa ser absorvido);
- Durante esse tempo, mesmo que os olhos estejam fechados, procure movimentá-los (como se estivesse olhando para os lados, para cima e para baixo);
- Por último, utilize o dedo mindinho para pressionar levemente as pálpebras fechadas, começando com o lado de dentro (mais próximo do nariz).
Se quiser ou tiver dificuldades, você pode pedir para alguém aplicar o medicamento em seus olhos enquanto estiver deitado ou sentado.
Colírio para conjuntivite em cães e gatos
Os pets também podem contrair a conjuntivite.
Quando isso acontecer, o mais recomendado é que se faça uma consulta veterinária, que poderá identificar o tipo de conjuntivite e assim receitar o melhor colírio.
Existem remédios específicos para o tratamento dessa doença em animais. Por isso, os colírios indicados para seres humanos não devem ser usados nos pets e vice-versa.
Entre esses medicamentos indicados para tratar a conjuntivite dos bichinhos, estão: Tears, Cinerária Marítima e Simões.
O colírio para a conjuntivite deve ser receitado por um médico ou médica oftalmologista, pediatra ou veterinário(a).
Lembrando que a automedicação é uma prática que pode trazer consequências severas para a saúde. O Minuto Saudável traz outras informações sobre remédios. Acompanhe nossos posts!