A retina é uma das membranas da parte posterior do olho. Sua função é transformar o estímulo luminoso em nervoso e enviá-lo ao cérebro, de modo que as imagens sejam formadas.
Essa parte tão importante de nosso corpo é, também, muito sensível. Dessa forma, lesões nessa região podem trazer problemas sérios.
Por isso, muitas vezes é necessária a intervenção de medicamentos diferentes dos tradicionais colírios. É o caso do remédio Lucentis. Confira, a seguir, mais informações sobre as indicações dessa medicação e outras curiosidades:
Índice — neste artigo você vai encontrar:
O medicamento Lucentis é comercializado em uma versão injetável, para aplicação intraocular (dentro do olho). Ele tem como princípio ativo o Ranibizumabe, que atua como um anticorpo e reduz o crescimento e vazamento de sangue de vasos no olho — condições responsáveis por doenças oculares que diminuem a visão.
De maneira geral, essa injeção é utilizada sempre em casos que envolvem lesões na retina, as quais podem ser oriundas desde doenças como diabetes até casos de distúrbios degenerativos.
A injeção do medicamento Lucentis é indicada para o tratamento de lesões na retina (parte de trás do olho sensível à luz). O uso deve ser para casos de doenças causadas por vazamento e/ou crescimento anormal dos vasos sanguíneos, que podem provocar diminuição da visão.
Alguns exemplos são distúrbios como:
A bula explica que o princípio ativo Ranibizumabe é parte de um anticorpo — proteínas que reconhecem e se conectam especificamente a outras proteínas únicas do organismo.
Sendo assim, o Ranibizumabe liga-se de forma seletiva a uma proteína chamada fator de crescimento endotelial vascular humano A (VEGF-A), que está presente na retina.
Quando isso acontece, essa substância reduz tanto o crescimento quanto o escape de sangue de vasos no olho. Isso pois é esse vazamento sanguíneo que contribui para diversas doenças oculares, levando à necessidade de utilizar medicamentos como o Lucentis.
O medicamento Lucentis deve ser sempre administrado em ambiente hospitalar, clínicas médicas ou salas de cirurgia ambulatoriais, por um(a) oftalmologista.
Trata-se da aplicação de uma injeção dentro do olho (intraocular). Antes disso, é utilizado um colírio que pode matar os germes no olho e na pele ao redor do olho, em seguida se aplica outro colírio com o objetivo de anestesiar o local.
Ele é injetado como uma aplicação única e, de acordo com a bula, a dose usual é de 0,05 mL (o que corresponde a 0,5mg de princípio ativo). A agulha deve ser inserida a 3,5mm a 4,0mm posterior ao limbo da cavidade vítrea (líquido gelatinoso que preenche a maioria do interior do globo ocular).
O local da injeção deve ser alternado para as aplicações seguintes. Além disso, o intervalo entre as doses (injetadas no mesmo olho) não deve ser menor do que um mês.
O tempo de duração do tratamento deve ser de acordo com as recomendações da equipe médica responsável. Mas, em muitos casos, é comum que seja necessário utilizar o medicamento a cada 4 a 6 semanas.
De acordo com as indicações da bula, após realizar a aplicação do Lucentis, algumas vezes podem ocorrer infecções graves ou distúrbios no olho.
Sendo assim, é necessário ficar atento(a) com relação a possíveis reações e — principalmente — sinais de infecção, que incluem vermelhidão do olho, dor no olho, sensibilidade à luz e/ou alterações na visão.
Além disso, algumas pessoas podem ter uma maior pressão ocular por um curto período logo após a injeção. Também há casos de que essa pressão tem longa duração. Dessa forma, é essencial contar com o monitoramento da equipe médica após cada injeção.
Por fim, a bula reforça que se você notar qualquer alteração depois da administração de Lucentis, busque auxílio do(a) médico(a) imediatamente.
Como qualquer medicação, o Lucentis apresenta alguns possíveis efeitos colaterais. Vale lembrar que eles podem não se manifestar ou, até mesmo, pode ser que pacientes apresentem mais de um. Confira o que está na bula:
A bula do Lucentis traz recomendação quanto a possíveis reações adversas que podem ser graves e que, caso se manifestem, é necessário buscar ajuda médica imediatamente:
As reações muito comuns são aquelas que aparecem em mais de 10% dos(as) pacientes que realizam o uso do medicamento:
As reações comuns são aquelas que aparecem em 1% a 10% dos(as) pacientes que realizam o uso do medicamento:
Os medicamentos Lucentis e Eylia são do tipo “biológicos” e têm as mesmas indicações de uso. Apesar de terem diferentes princípios ativos, o mecanismo de ação é o mesmo.
Sendo assim, apesar de sua semelhança, não são medicamentos idênticos. Ou seja, não devem ser utilizados em conjunto, nem como substitutos um do outro. Caso seja necessária uma mudança de medicação, isso deve ser feito com orientação médica.
Isso pois o Lucentis e o Eylia apresentam fórmulas e orientações distintas, o que precisa ser analisado antes da indicação para o(a) paciente.
Sim. O medicamento Lucentis está registrado sob o número 100681056 na ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Com isso, trata-se de uma medicação aprovada para comercialização e uso, com segurança e eficácia comprovadas a partir de testes específicos.
O preço* do Lucentis pode variar conforme a localidade e disponibilidade do medicamento. A versão comercializada também pode interferir no valor.
Uma dica para saber onde comprar o remédio mais barato, é utilizar o site Consulta Remédios. Ele compara preços de diferentes estabelecimentos e te ajuda a encontrar o melhor para você.
Agora, confira a faixa de preço do Lucentis:
*Preços consultados em março de 2020. Os valores podem sofrer alterações.
Não. O Lucentis é um medicamento do tipo biológico e, por isso, não tem versões alternativas ou genéricas.
Além disso, vale destacar que, caso seja criada uma outra versão desse remédio, também será classificada como biológica.
Não. O Ranibizumabe (princípio ativo do Lucentis) não está presente na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME) de 2020.
Também não é classificado, atualmente, como uma medicação de dispensa excepcional. Por isso, no momento não é disponibilizado pelo SUS.
Quando não há disponibilidade de uma medicação pelo Sistema Único de Saúde (SUS), pacientes com laudo médico podem fazer um requerimento judicial para receber o tratamento custeado pelo Governo Federal ou Plano de Saúde —se for o caso.
Para isso, é necessário abrir um processo de acordo com as requisições estipuladas. Entre elas está a entrega de documentos que incluem:
Para realizar o orçamento de forma facilitada, é possível contar com o auxílio da assessoria em cotações judiciais para aquisição de medicamentos.
Ao acessar o link, basta realizar o seu cadastro informando alguns dados pessoais e o medicamento necessário. Por fim, basta clicar em “solicitar cotações” e aguardar o retorno.
Existem diversos tipos de lesões na retina, dentre elas, há aquelas causadas por crescimento e vazamento de sangue de vasos no olho. O que pode estar associado a problemas de saúde como diabetes ou condições degenerativas. Por isso, medicamentos como o Lucentis são muito importantes para evitar maiores danos aos pacientes.
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Dra. Francielle Mathias
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