Condição rara, a aracnoidite é uma inflamação que acomete a aracnoide, membrana que forma as meninges e que reveste e protege o sistema nervoso central. A doença pode ser amenizada com tratamento adequado, acompanhamento médico regular e alguns cuidados diários.
No artigo a seguir, você confere algumas informações importantes, como quais são as causas, como é feito o diagnóstico e tratamentos. Confira!
Índice - Neste artigo você vai encontrar:
A aracnoidite é uma condição adquirida (que surge ao longo da vida) causada pela inflamação exacerbada e formação de cicatrizes nas membranas que protegem o sistema nervoso central.
Quando essa estrutura entra em contato com algum microrganismo nocivo, como vírus e bactérias, sofre lesões ou ainda quando são acometidas pelo uso de medicamentos e por injeções aplicadas na região, o processo inflamatório se inicia. Além disso, ocorre a supressão da medula e dos nervos da região acometida.
A região acometida pela condição é a aracnoide, membrana localizada entre a pia-máter (que cobre e protege o sistema nervoso central e os vasos sanguíneos) e a dura-máter (camada que envolve o cérebro e a medula espinhal). Sua principal função é repassar o líquido cefalorraquidiano (LCR), que perpassa o sistema nervoso central e as meninges, ao sangue.
Pacientes que contraíram sífilis, tuberculose e meningite, que passaram por cirurgias ou que sofreram algum tipo de pancada têm maior predisposição para desenvolver a condição. Além disso, o uso de alguns tipos de anestesia e corticoides também podem desencadear a doença.
Apesar de ser mais comum na coluna, a aracnoidite também pode se manifestar em outras regiões do corpo revestidas pela membrana aracnoide. O processo inflamatório e de fibrose da membrana é a mesma em todas, o que muda é sua localização e a manifestação de alguns sintomas. Mas as classificações conhecidas até o momento são:
A aracnoidite do tipo pós-raqui é ainda mais rara do que as citadas anteriormente. Ela pode surgir após a administração de raquianestesia (anestesia parcial) nas regiões onde circulam o líquido cefalorraquidiano (LCR). O procedimento é comumente usado em cesárias e em cirurgias na região do abdômen.
A classificação adesiva, citada acima, se diferencia um pouco das outras, pois desencadeia a junção das três membranas (pia-máter, pia-dura e aracnoide) e a formação de uma espécie de massa que obstrui o fluido espinhal. Sua progressão causa a ossificação, ou seja, o endurecimento dessas membranas.
Os sintomas podem variar dependendo de onde a aracnoidite está localizada. Contudo, os mais comuns entre todas as classificações são:
Uma das principais complicações da progressão da doença é a paralisia dos membros inferiores, ou seja, tetraplegia em diagnósticos de aracnoidite cervical e paraplegia nos casos de aracnoidite torácica.
Portanto, se você possui algum dos sintomas descritos acima, procure ajuda médica imediatamente.
Além de coletar e avaliar os relatos do (a) paciente, o (a) médico (a) pode solicitar alguns exames para comprovar o diagnóstico de aracnoidite.
Tanto a ressonância magnética quanto a radiografia (raio-x) são comumente indicadas. Enquanto a primeira proporciona imagem detalhada de órgãos e tecidos do corpo e dispensa uso de radiação, a segunda usa radiação e oferece imagens de partes internas dos ossos e dos órgãos.
Após confirmação, o (a) médico (a) recomendará o tratamento mais adequado para o (a) paciente.
Não há cura para a aracnoidite, mas é possível amenizar os sintomas com a ajuda de alguns tratamentos e o uso correto de medicamentos. Vale lembrar que, para cada grau de inflamação e diagnóstico, o tratamento varia. Mas, de maneira geral, entre as opções disponíveis estão:
Para controlar a dor, pode ser recomendado o uso de opioides, analgésicos ou anti-inflamatórios específicos;
A fisioterapia também é comumente indicada, pois ajuda a amenizar os sintomas e fortalece a estrutura óssea e muscular;
É recomendada apenas em casos mais avançados, quando é necessário prevenir a formação de novas cicatrizes na membrana aracnoide e, consequentemente, o comprometimento dos nervos próximos a elas e à medula. Porém, esse grau de progressão pode ser evitado com tratamento precoce e adequado.
Quando a aracnoidite é desencadeada pelo uso de medicamentos é fundamental a suspensão imediata. Já para casos em que a doença é consequência de outras, como câncer e sífilis, é preciso tratar essas condições para ajudar a frear a inflamação e a formação de cicatrizes na aracnoide .
Apesar de não haver cura para a aracnoidite, é possível amenizar os sintomas com ajuda médica e tratamento personalizado. Portanto, se você já recebeu o diagnóstico, siga rigorosamente as recomendações do (a) seu (sua) médico (a). Além dos tratamentos mencionados acima, a psicoterapia pode ser de grande ajuda após a descoberta do diagnóstico para uma melhor qualidade de vida e bem-estar do (a) paciente.
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Rafaela Sarturi Sitiniki
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