O uso de substâncias medicamentosas com ação analgésica e anti-inflamatória é muito comum, uma vez que podem ajudar no tratamento e alívio dos sintomas de diversas condições — tais como as doenças reumáticas, inflamação na garganta, entre outras.
Há uma grande variedade desse tipo de medicação. Pensando nisso, separamos algumas informações sobre uma delas: o ácido mefenâmico.
Se você nunca ouviu falar sobre esse fármaco e/ou deseja saber mais sobre qual sua indicação, como age no organismo, seus efeitos colaterais e vários outros pontos, confira:
Índice — neste artigo você vai encontrar:
O ácido mefenâmico é uma substância medicamentosa, que está presente como princípio ativo em diferentes medicamentos — havendo opções referência, genéricas, similares e similares intercambiáveis.
Trata-se de um anti-inflamatório não esteroide (AINEs), agindo também como antitérmico (alívio de febre) e analgésico (alívio da dor).
Dessa forma, atua no tratamento de distúrbios como:
As medicações que contam com o ácido mefenâmico são comercializadas em versão comprimido (500mg). Sendo assim, a administração é feita de forma oral.
Embora seja uma substância testada e certificada pela ANVISA, pode causar complicações se usada mesmo em casos de contraindicação. Como, por exemplo, aos portadores da Síndrome de Stevens Johnson — uma doença rara e grave que afeta a pele e as membranas mucosas.
Por isso, apesar da medicação tratar condições tidas como “comuns”, não é dispensável o acompanhamento médico. A prática da automedicação é sempre contraindicada.
Sim. Os medicamentos que contam com o ácido mefenâmico como princípio ativo são classificados na ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) na categoria dos anti-inflamatórios, tendo ação analgésica e antitérmica também.
O controle inflamatório ocorre através da inibição de prostaglandinas, substâncias que estimulam os processos de inflamação.
Porém, cabe destacar que mesmo remédios da mesma classe terapêutica não podem ser usados simultaneamente ou substituídos sem uma orientação médica. Considerando o fato de que podem ter princípios, reações adversas e contraindicações diferentes, por exemplo.
O Ponstan (medicamento de referência do ácido mefenâmico) conta com 500mg de ácido mefenâmico, junto a determinados excipientes — que são substâncias misturadas com o fármaco (princípio ativo) para completar a massa ou volume da medicação.
No caso desse remédio, os excipientes são: amido de milho, celulose microcristalina, estearato de magnésio, laurilsulfato de sódio, povidona, vanilina, corante amarelo FDC nº 5 de alumínio laca, dióxido de silício coloidal.
Cabe reforçar que a composição mencionada é a do medicamento de referência, ou seja, aquele que conta com a fórmula original dessa medicação. Isso porque o ácido mefenâmico não é o remédio em si e sim o princípio ativo.
Isso significa que ele está presente em alguns remédios como princípio ativo, os quais podem ser genéricos, similares, similares intercambiáveis ou o de referência — no caso, o Ponstan.
Não. O Ibuprofeno e o Ácido mefenâmico são duas substâncias medicamentosas que atuam da mesma forma no organismo, ou seja, ambos são anti-inflamatórios e atuam combatendo os sintomas comuns dessas condições (como dor e febre).
Inclusive, ambos são classificados como anti-inflamatórios não esteroides (AINEs). O que significa que não são derivados de hormônios.
Com orientação médica, o Ibuprofeno e o Ácido mefenâmico podem até mesmo substituir um ao outro sem causar dano ou alteração em sua atividade no organismo.
De acordo com as indicações da bula, o ácido mefenâmico é indicado para o alívio dos sintomas da artrite reumatoide (inclusive doença de Still, doença inflamatória sistêmica rara) e osteoartrite. Também trata dores (muscular, de cabeça, traumática, dentária etc) e febre.
Além disso, a bula também indica o seu uso para o tratamento das seguintes condições:
Considerando sua ação anti-inflamatória, analgésica e antipirética (antitérmica), o ácido mefenâmico pode tratar qualquer condição que tenha como princípio um processo inflamatório — que comumente causa dor e febre.
Assim, proporciona alívio aos sintomas da inflamação, independente se a causa for uma doença crônica (como os problemas reumáticos), um trauma (acidente, queda etc) ou outros fatores como, por exemplo, os distúrbios menstruais.
O ácido mefenâmico é disponibilizado apenas em versão comprimido (500mg cada), a administração deve ser feita com água e ele pode ser ingerido com alimentos em casos de desconfortos gastrintestinais. No geral, o uso recomendado é de 3 vezes ao dia, para as mais diversas condições que a medicação trata.
Porém, cabe destacar que embora essas sejam as indicações previstas na bula, o modo de uso da medicação pode variar conforme o caso. Sendo assim, é indispensável buscar orientação médica, a fim de realizar um uso seguro e eficaz do medicamento.
A dose recomendada de ácido mefenâmico pode variar conforme a orientação médica. Mas, como mencionado no tópico anterior, no geral a administração é feita 3 vezes ao dia e a dose também costuma não se alterar.
Veja o que a bula indicada para diferentes casos:
Cabe destacar que a bula informa que, a fim de evitar reações adversas, o(a) médico(a) pode recomendar a menor dose possível ao paciente e pelo menor período de tempo — desde que se mantenha a eficácia no tratamento.
Caso o(a) paciente esqueça de tomar a medicação em algum dos horários, pode administrar a dose assim que lembrar. Porém, feito isso, deve respeitar o tempo de intervalo para a próxima dose (8 horas) e não tomá-la conforme o horário anterior.
Entretanto, caso a pessoa se lembre de tomar a dose omitida em horário próximo da seguinte, não deve administrar o remédio.
Nesse caso, deve-se aguardar até o horário indicado e tomar normalmente — não é preciso dobrar a dose, compensando a que não foi ingerida.
O ácido mefenâmico é uma substância medicamentosa classificada como um anti-inflamatório não esteroide (AINEs). Além do efeito contra inflamação, também age de forma analgésica e antipirética (antitérmica).
Desse modo, sua ação é possibilitada através da inibição da prostaglandina — grupo de lipídios que são produzidos em locais de dano ou infecção tecidual.
Essas substâncias estimulam o processo inflamatório, de forma a sinalizar ao organismo que há alguma lesão ou doença em determinada área do corpo.
Sendo assim, ao ingerir o ácido mefenâmico, ele inibe sua produção. Consequentemente, combate a inflamação e o seus sintomas mais comuns (dor, desconforto e febre).
Toda medicação pode causar efeitos colaterais a quem realiza o seu uso. Porém, não há como saber se isso vai acontecer e quais serão os efeitos, de forma que alguns pacientes podem não apresentar nenhuma complicação e outros sim.
De acordo com as indicações da bula do ácido mefenâmico, as reações adversas comuns são:
Além disso, também traz a indicação de reações menos comuns mas que podem acontecer:
A bula do medicamento também traz algumas informações sobre reações raras (como a Síndrome de Stevens-Johnson), as quais ocorrem em menos de 1% dos pacientes.
Caso você apresente algum dos efeitos colaterais listados ou outras alterações após começar o tratamento com essa medicação, suspenda o seu uso e busque orientação médica.
Dentre os efeitos colaterais comuns do ácido mefenâmico, não está nenhum distúrbio que possa afetar o sono — nem com relação a causar mais sonolência, nem quanto à insônia.
Porém, dentre as reações muito raras dessa medicação, a bula menciona essas alterações.
Sendo assim, caso você sinta mais sono ou dificuldade de dormir após tomar esse medicamento, é ideal buscar um(a) médico(a). Com isso, será possível analisar se o problema está (ou não) atrelado ao ácido mefenâmico e alterar o tratamento se necessário.
Conforme as indicações da bula, o ácido mefenâmico é contraindicado para pessoas que tenham alguma sensibilidade à medicação, componente da fórmula ou outros medicamentos similares.
Nisso, estão inclusas pessoas portadoras da Síndrome de Stevens-Johnson, um distúrbio bastante raro e grave, que afeta a pele e as membranas mucosas — causando ulcerações, manchas vermelhas e bolhas, podendo causar sequelas irreversíveis se não tratada a tempo.
Além disso, essa medicação não deve ser administrada por pacientes que apresentam sintomas de broncoespasmo, rinite alérgica ou urticária. Também não é recomendada para pacientes com úlcera ativa ou inflamação crônica do trato gastrintestinal.
O ácido mefenâmico deve, ainda, ser evitado em pacientes com disfunção renal pré-existente.
Outras condições em que essa medicação não é indicada são: tratamento da dor perioperatória de cirurgia para revascularização do miocárdio (CRM), em pacientes com insuficiência renal, hepática ou cardíaca grave.
Por fim, cabe destacar que o ácido mefenâmico é contraindicado para menores de 14 anos.
Como mencionado em tópico anterior, o ácido mefenâmico é a substância medicamentosa e não o remédio em si. Ele está presente em diferentes marcas que podem ser encontradas em farmácias físicas e online, bem como plataformas como o Consulta Remédios.
O medicamento de referência é o originador da fórmula — a qual será disponibilizada depois para outros laboratórios, a fim de que fabriquem outras versões.
É preciso destacar que, quando um medicamento é criado, quem desenvolve ganha um tempo de exclusividade (patente) de comercialização. O que é feito devido aos investimentos realizados durante o período de elaboração.
Após esse período, outros laboratórios têm acesso à fórmula e podem criar as versões genéricas, similares ou similares intercambiáveis (aprovado pela ANVISA como um remédio que pode substituir o de referência sem nenhuma alteração).
Na sequência, veja o preço dos diferentes remédio que contam com o ácido mefenâmico:
A versão referência do ácido mefenâmico é o remédio Ponstan, do laboratório Wyeth/Pfizer.
Esse medicamento é comercializado em caixas com 6, 15 ou 24 comprimidos. Seu preço* pode sofrer alteração por conta desse e outros fatores (disponibilidade, região da compra etc).
Mas, de forma geral, os valores costumam podem ficar na seguinte faixa:
*Preços consultados em agosto de 2020. Os valores podem sofrer alterações.
Os medicamentos genéricos são aqueles que contam com o mesmo princípio ativo do de referência, mas não têm um nome comercial. Assim, o nome do remédio é composto pelo nome do fármaco e o laboratório fabricante.
Também pode apresentar alguma alteração na forma de uso e tempo de ação. Outro destaque é que esses remédios, normalmente, apresentam menor preço*.
Confira alguns genéricos do ácido mefenâmico:
*Preços consultados em agosto de 2020. Os valores podem sofrer alterações.
O medicamento similar tem o mesmo princípio ativo do referência, além da mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e indicação terapêutica.
Entretanto, pode haver variação quanto ao tamanho e forma do produto, além de fatores como o prazo de validade, embalagem, rotulagem, excipientes e veículo. Diferente do genérico, esses remédios contam com um nome comercial.
Como exemplo de similar do ácido mefenâmico, pode-se citar o Standor (do laboratório União Química) — o preço* da caixa com 24 comprimidos fica próximo dos R$22.
*Preços consultados em agosto de 2020. Os valores podem sofrer alterações.
Como mencionado, o similar intercambiável é considerado o remédio mais próximo do de referência. Sua aprovação na ANVISA certifica a substituição segura de um pelo outro, sem que haja nenhuma alteração — desde que alinhado com o(a) médico(a) e farmacêutico(a) previamente.
Veja, no caso do ácido mefenâmico, os similares intercambiáveis e sua faixa de preço*:
*Preços consultados em agosto de 2020. Os valores podem sofrer alterações.
Saber informações sobre remédios que tomamos é muito importante. Ainda mais a respeito dos que tratam condições comuns ao nosso cotidiano, como dores de dente ou de garganta, visto que há mais chances de precisar de seu uso.
Gostou de saber tudo sobre o ácido mefenâmico? Se sim, você também pode consultar sobre outros medicamentos, basta acessar a aba Remédios do Minuto Saudável!
Dra. Francielle Mathias
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