Agora, com a chegada do outono e as temperaturas caindo, tendemos a permanecer em ambientes mais fechados, o que facilita a transmissão de viroses.
Um vírus, da mesma família da herpes e da varicela, está se manifestando principalmente entre as crianças. Apenas em Salvador, até o início de abril, cerca de 50 crianças foram diagnosticadas.
A virose ‘mão-pé-boca’ tem esse nome por causar manchas avermelhadas e bolhas nestas partes do corpo.
Manifestando-se primeiramente com febre alta e aftas ao redor da boca, após 1 semana a condição desencadeia dores (de garganta, por exemplo). Então as bolinhas e manchas vermelhas começam aparecer ao redor da boca, nas mãos e nos pés.
Em alguns casos, pode haver vômito, enjoo e perda de apetite.
Essas manifestações cutâneas causam muita coceira. Mas, ao coçar a pele, corre-se o risco de abrir feridas ou levantar bolhas que podem infeccionar.
Por isso, é importante levar a criança em um pediatra que poderá receitar remédios para combater o vírus além de prescrever pomadas cicatrizantes. A virose permanece no organismo durante cerca de 10 dias.
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Cuidados intensificados
Essa síndrome pode ser prevenida evitando o contato com o vírus. Como a virose se manifesta em crianças, algumas atitudes devem partir dos pais e responsáveis, como a higienização dos brinquedos e das roupas.
Também se pode conversar com a criança sobre a necessidade de lavar as mãos com frequência e a importância de não compartilhar alimentos e objetos pessoais (chupetas, panos e garrafinhas).
Vale lembrar que até os 5 anos ou em casos de pessoas com o sistema imunológico comprometido, há maiores riscos de ocorrer a infecção.
Alguns médicos defendem que a mão-pé-boca é uma doença típica da infância. Mesmo assim, o vírus pode ser passado para pessoas de todas as faixas etárias pela fala, urina, fezes e saliva.
Essa virose não garante imunidade, ou seja, a criança pode pegá-la várias vezes.
Mesmo que a mão-pé-boca não seja tão perigosa, é importante tratar as feridas para que elas não infeccionem. Estar atentos aos sintomas e levar a criança ao médico são atitudes recomendadas para evitar essa e outras doenças. Fica o alerta aos pais e responsáveis.
Fonte: BBC