O que é VDRL?

VDRL é um exame de sangue diagnosticar a sífilis. O resultado não reativo indica que o paciente nunca teve contato com a bactéria Treponema pallidum. Já o resultado positivo pode indicar que o paciente tem sífilis e o médico solicitará outros exames para confirmar o diagnóstico.

O exame identifica os anticorpos (células de defesa) que o organismo produz para combater a doença e seu diagnóstico precoce é importante para evitar problemas graves a nível cerebral e cardiovascular.

Não é necessário que o paciente apresente os sintomas para um resultado exato, que pode ser positivo (reagente) ou negativo (não reagente).

Indivíduos que já entraram em contato com a sífilis carregam os anticorpos referentes à bactéria por toda a vida. Portanto, o resultado será positivo mesmo que o paciente já tenha passado pelo tratamento, mas a concentração será menor.

Por conta disso, o VDRL também pode ser um exame de rastreio, para ter certeza de que a doença foi curada. Com o número de anticorpos em menor quantidade, sabe-se que a infecção não está mais ativa.

Atenção!

O VDRL não diagnostica outras doenças sexualmente transmissíveis (DST).

Índice — neste artigo você irá encontrar as seguintes informações:

  1. O que é VDRL?
  2. Como é feito o VDRL
  3. Preparação para o exame
  4. Quando deve ser feito
  5. Resultados do VDRL
  6. Riscos

Como é feito o VDRL?

Esse teste normalmente é feito através de um exame de sangue comum, no qual o profissional de saúde (um enfermeiro, por exemplo) amarra um elástico no braço do paciente para que os vasos sanguíneos fiquem mais largos e seja mais fácil encontrá-los. Feito isso, ele insere uma agulha na veia e coleta o sangue, depositando-o em um tubo.


Após o exame ser realizado, o profissional coloca uma gaze ou algodão e uma bandagem sobre o local onde a agulha esteve, a fim de estancar qualquer sangramento.

Também é possível realizar esse teste a partir de uma amostra de líquido da medula espinhal: o líquido cefalorraquidiano (LCR). Nesse caso, o exame é feito em um hospital, onde um profissional da saúde colhe uma pequena amostra do LCR por meio de uma agulha oca que é introduzida na parte inferior da coluna.

Após o exame, deve-se repousar por no mínimo 1 ou 2 horas.

Preparação para o exame de VDRL

É recomendado que o exame seja feito após 4 horas de jejum, porém essa recomendação não é obrigatória. Caso a amostra de sangue também seja utilizada para outros testes, o laboratório fará as recomendações necessárias.

O resultado do exame geralmente fica pronto em 7 dias.

Quando o exame deve ser feito?

Um médico pode recomendar esse exame quando o paciente apresenta alguns sinais e sintomas da doença, como:

  • Uma ferida pequena e sem dor na garganta ou região genital;
  • Inchaço nos gânglios linfáticos próximos à ferida;
  • Erupção cutânea que não coça;
  • Mudanças visuais na garganta ou na genitália.

Também pode ser recomendado, independente dos sintomas, quando o indivíduo:

  • Está passando por tratamento de outra DST;
  • É gestante (o VDRL é um exame comum durante o pré-natal da gestação);
  • Teve relações sexuais sem proteção;
  • Tem o vírus HIV;
  • Tem um ou mais parceiros reagentes a sífilis.

VDRL na gravidez

O exame deve ser realizado no início do pré-natal e ser repetido no segundo trimestre da gestação, mesmo que o primeiro teste tenha resultado negativo. Isso é necessário durante a gravidez visto que a doença pode causar sérias consequências à criança, como problemas neurológicos.

Caso o teste tenha resultado positivo, a gestante passará por um tratamento para eliminar a bactéria. Se ele não for seguido corretamente, a mãe pode transmitir a doença para o bebê pela placenta ou pelo canal vaginal durante o parto.

Em casos positivos, a gestante deverá repetir esse exame mensalmente para confirmar se a bactéria causadora da doença foi eliminada.

Como interpretar os resultados do exame de VDRL

A eficácia do teste vai depender do estágio da doença. O exame é mais sensível para detectar a sífilis durante o estágio secundário. Já nos estágios primário e latente, sua sensibilidade é menor. Isso também pode acabar ocasionando resultados falhos, como falsos negativos.

Existe um exame mais específico e sensível para diagnosticar a sífilis: o FTA-ABS. Tal teste tem uma janela imunológica mais curta, o que permite detectar a doença após alguns dias do aparecimento do cancro duro. Esse exame também apresenta menores taxas de falsos positivos.

Sabendo disso, os resultados do VDRL podem seguir diferentes caminhos:

VDRL não reativo

Quando o resultado é negativo (não reagente), geralmente indica que o paciente nunca teve contato com a bactéria causadora da doença.

Caso o paciente já tenha entrado em contato com a bactéria, pode significar que o tratamento teve eficácia completa, eliminando a bactéria e o anticorpo que a combate.

VDRL positivo ou reagente

Se o resultado for positivo (reagente), pode indicar que o paciente tem sífilis e, nesse caso, o médico poderá solicitar um exame mais específico para confirmar o diagnóstico. Se confirmado, ele indicará o tratamento correto para o paciente, geralmente feito de forma medicamentosa.

VDRL reagente 1/2

O resultado do teste é dado em diluições e aparece mais comumente em títulos, como 1/2 e 1/64. Esses títulos refletem a quantidade de antígenos treponêmicos, ou seja, a quantidade antígenos contra a bactéria Treponema pallidum presentes no sangue do paciente: quanto maior o denominador (parte de baixo), maior a quantidade de antígenos.

Para compreender o resultado, basta saber que o denominador representa o número de diluições feitas no sangue. Portanto, se o resultado for 1/2, quer dizer que foi possível identificar o anticorpo mesmo após 2 diluições no sangue.

Este é o título não caracteriza diagnóstico. O resultado é caracterizado como diagnóstico somente a partir de valores maiores de  32 diluições, ou seja, 1/32.

Falso negativo: efeito prozona

É chamado efeito prozona quando o paciente está com sífilis e o teste apresenta resultado negativo. Isso ocorre quando a doença está no estágio latente, no qual a infecção está mais espalhada pelo corpo do paciente.

Falso positivo

Algumas vezes, o resultado se apresenta como positivo, porém o paciente nunca teve contato com a bactéria. Isso pode ocorrer quando o corpo desenvolve um anticorpo para outras doenças, como:

  • HIV;
  • Lúpus eritematoso sistêmico;
  • Mononucleose infecciosa;
  • Hepatite A;
  • Hanseníase;
  • Malária;
  • Alguns tipos de pneumonia.

Riscos do exame de VDRL

Os riscos do exame através da coleta de sangue são muito raros. Há possibilidade de, no local onde foi retirado o sangue, ficar um hematoma ou ocorrer um leve sangramento após a coleta.

Algumas vezes, também, a veia utilizada para o exame pode ficar inchada. Caso isso aconteça, uma compressa de gelo, de no máximo 20 minutos várias vezes ao dia, pode reverter a situação.

Indivíduos que utilizam medicamentos anticoagulantes ou que sofrem problemas de coagulação podem passar por um sangramento contínuo após a coleta. Nesse caso, o paciente deve informar o profissional de sua condição antes do exame.


Sífilis é uma doença séria que precisa ser tratada rapidamente para evitar complicações. Felizmente, com o VDRL, isso é possível de maneira rápida e prática, inclusive durante o pré-natal.

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