A varíola é uma doença infecciosa, contagiosa e grave, causada por um vírus conhecido como Orthopoxvirus variolae. Esse vírus é caracterizado por ser um dos maiores já vistos, com aproximadamente 300 nanômetros.
A doença não preocupa mais tanto e não é tão divulgada, porque em 1967 foi lançada uma campanha muito grande da Organização Mundial da Saúde (OMS) que tinha o intuito de erradicar a doença através da vacinação. Assim, o último caso ocorreu na Somália em 1977.
Índice — neste artigo você irá encontrar as seguintes informações:
Acredita-se que a varíola tenha sido introduzida propositalmente pelo exército de Hernán Cortés para derrotar as civilizações nativas da América Pré-Colombiana. A varíola foi uma das principais responsáveis pela dizimação da população nascida na América depois de ser importada da Europa com Colombo. O primeiro caso registrado no Brasil ocorreu em 1563, matando várias pessoas, principalmente os índios.
Apesar de a doença não ter cura, ela pode ser prevenida através da campanha de vacinação que ocorreu somente em 1967. Estudos da vacina eram feitos desde 1796, mas ela só foi aplicada na população após ser aperfeiçoada com o tempo.
Essa doença afeta as pessoas há mais de 10 mil anos e há casos de múmias que possuem características da doença. Mas entre as décadas de 1970 e 1980 a doença foi erradicada, devido aos esforços coletivos pela vacinação e ampla imunização contra o vírus.
A varíola existe em dois tipos diferentes: a maior, que pode ser fatal e acontece em pessoas que não foram imunizadas, e a menor, que consiste em uma infecção com sintomas, mas baixos índices de mortalidade. As formas de transmissão da doença são:
Hoje em dia não há mais riscos de contrair a doença, pois nos anos 70 uma mega campanha da OMS foi feita e a doença foi erradicada no mundo. Porém, os vírus ainda existem e estão guardados no Centro de Controle e Prevenção de Doenças em Atlanta, Estados Unidos, e também em Koltsovo, na Rússia, no Centro Estatal de Pesquisas de Virologia e Biotecnologia.
O armazenamento dos vírus causa certa preocupação por ser uma arma biológica, principalmente às pessoas mais jovens que não foram vacinadas contra a doença, pois não há mais casos.
Há diversas opiniões sobre se os vírus devem ser mantidos ou não, mas atitudes até agora não foram tomadas e eles continuam armazenados nos laboratórios.
Os sintomas da doença costumavam aparecer entre o 12º e o 14º dia depois da infecção acontecer no corpo do paciente, por conta do tempo de incubação do vírus, que era de 10 a 14 dias. Após três semanas do período de incubação, o paciente já podia transmitir a varíola.
O começo dos sintomas são muito parecidos com os da gripe, incluindo febre, dor de cabeça, dor no corpo e cansaço. Mas com o passar do tempo, os sintomas vão aumentando e piorando, podendo surgir:
Além disso, há outros agravantes. Como o sistema imunológico do paciente é muito baixo, as bolhas que surgem na boca podem ser espalhadas rapidamente pelo resto do corpo. Ainda por conta da imunidade baixa, a cegueira pode ocorrer por conta da córnea ser afetada e se, caso broncopneumonia ocorrer, o paciente corre risco de morte.
Como os sintomas no início são muito genéricos, a doença seria muito difícil de ser identificada. Ela seria facilmente percebida após as bolhas dolorosas e com pus surgirem no corpo. Exames seriam necessários para confirmar e também para descartar a hipótese de catapora, eczema, escabiose e reações alérgicas.
Se um caso de varíola fosse identificado seria o suficiente para o mundo inteiro ficar em alerta e se tornar uma emergência internacional de saúde.
Não há um medicamento específico para tratar a varíola, mas antibióticos podem ser usados para controlar quadros infecciosos. Se surgir algum caso de varíola, e for identificado até 4 dias após a exposição do vírus, a vacina pode ser administrada e os problemas podem ser minimizados ou até mesmo evitados.
Entretanto, se for diagnosticada a varíola, as pessoas que entraram em contato com o infectado deverão ser vacinados, isolados e monitorados.
Em síntese, existem dois medicamentos que podem ser utilizados em caso de varíola: Clordox e Doxiciclina. Porém, o (a) médico (a) é quem dará o diagnóstico e o tratamento mais apropriado ao paciente.
Atenção! NUNCA se automedique ou interrompa o uso de um medicamento sem antes consultar um médico. Somente ele poderá dizer qual medicamento, dosagem e duração do tratamento é o mais indicado para o seu caso em específico. As informações contidas nesse site têm apenas a intenção de informar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um especialista ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Siga sempre as instruções da bula e, se os sintomas persistirem, procure orientação médica ou farmacêutica.
Além dos sintomas e das complicações já citadas no tópico acima, a varíola pode resultar em:
A prevenção não é mais feita porque as complicações assim como os efeitos colaterais serem maiores do que os benefícios, além de que o custo é muito alto. Como a vacina foi distribuída há anos, a varíola foi erradicada e não circula mais.
Apesar da doença não ser mais comum, é importante ter conhecimento sobre ela para, caso volte como um surto, você saiba como agir, juntamente com os profissionais da saúde que vão tratar o problema.
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Rafaela Sarturi Sitiniki
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