Conhecidas como Evento Adverso Pós-Vacinação (EAPV), as reações adversas após a vacinação contra a Covid-19 podem ser tanto psicológicas, quanto causadas pelo próprio imunizante.
Segundo uma pesquisa publicada no jornal Jama Network, que analisou os sintomas relatados pelo voluntários dos estudos de fase 2 e 3 das vacinas contra a Covid-19, os sintomas nocebo (psicológicos) acometeram 76% dos voluntários na aplicação da primeira dose, enquanto que na segunda, 51,8% relataram algum sintoma.
Segundo os responsáveis pelo estudo, essa resposta do cérebro à aplicação das vacinas se dá por conta da associação com os sintomas manifestados pela própria Covid-19. Isso levaria, portanto, a uma crença de que são os imunizantes os causadores de sintomas que sentimos no nosso dia a dia. Consequentemente, com o surgimento desses sintomas, quadros de ansiedade podem ser desencadeados e reações mais acentuadas podem surgir.
Nas pessoas com sintomas desencadeados pelo imunizante, a reação causada no organismo é parte da resposta imunológica e inflamatória, portanto, totalmente normal e esperado. Alguns deles podem ser acentuados devido a alguma complicação de saúde do (a) paciente ou, até mesmo, dependendo do mecanismo de ação da vacina.
Contudo, quando as reações adversas pós-vacinação contra a Covid-19 persistem por mais tempo do que deveriam (48 horas), é preciso ficar atento e buscar ajuda médica.
Índice - Neste artigo, você vai encontrar:
Os sintomas ligados à vacinação podem se manifestar entre 24 e 48 horas após a aplicação e podem ser facilmente revertidos com ajuda médica. Caso haja persistência após dois dias da aplicação, o recomendado é que o (a) paciente procure atendimento médico para investigar a causa dessas complicações.
O atendimento não precisa ser feito, necessariamente, no local onde a vacinação foi feita, mas é importante procurar um (a) profissional de saúde para evitar mais transtornos e para, caso seja necessário, notificar os órgãos responsáveis, como as secretarias de saúde do município e/ou do estado.
Os sintomas variam de pessoa para pessoa e tendem a ser mais ou menos intensos dependendo da saúde da pessoa no momento da vacinação, complicações preexistentes e, como vimos anteriormente, da metodologia usada para desenvolver a vacina e tipo de administração (intradérmica, subcutânea ou intramuscular).
Ao longo dos testes de fase 1 e 2 e desde que a vacina contra a covid-19 começou a ser aplicada, os sintomas comumente relatados foram:
Outros sintomas, como vômito, tontura, tosse, perda de apetite, entre outros, também foram relatados, mas são menos comuns.
Em crianças de 5 a 11 anos, os efeitos graves são extremamente raros, assegura o CDC, órgão regulador dos EUA. Os efeitos adversos nessa faixa etária raramente necessitam de internamento médico e, assim como nos adultos, podem ser contornados com acompanhamento médico e medicação, caso seja necessário.
Leia mais: Vacinação contra a Covid-19 em crianças: é seguro?
A recomendação do Ministério da Saúde é que, caso os sintomas persistam por mais de dois dias após a aplicação do imunizante, o (a) paciente procure atendimento médico.
Além disso, se os sintomas progredirem para visão turva, fortes dores de cabeça, falta de ar, tontura, taquicardia (batimentos cardíacos acelerados) e inchaço da garganta ou lábios, não se deve esperar os dois dias, a consulta com médica deve ser feita imediatamente.
Após a consulta com seu (a) médico (a), ele (a) avaliará a necessidade ou não de relatar aos órgãos competentes os sintomas manifestados pelo (a) paciente. Caso haja necessidade e os sintomas forem muito acentuados, o (a) profissional entrará na plataforma e-SUS Notifica e fará todo o procedimento necessário.
Tanto o sistema público de saúde quanto o privado podem fazer notificações caso haja reações adversas após a vacinação contra a Covid-19.
A grande maioria das reações adversas após a vacinação contra a Covid-19 podem ser resolvidas rapidamente com o acompanhamento de um (a) médico (a). Dependendo do caso e do quadro atual do (a) paciente, pode haver, inclusive, a prescrição de medicação para aliviar alguns desses sintomas.
Mas é importante que nenhum medicamento seja administrado sem o aval médico, isso porque a automedicação pode causar complicações no quadro ou, até mesmo, intoxicação.
____________________
Os riscos das reações adversas após se vacinar são muito inferiores aos riscos que se corre contraindo a doença. Portanto, é muito mais seguro se vacinar e os benefícios da imunização são diversos.
Portanto, se você está no grupo que já pode receber a primeira, a segunda ou a dose de reforço, não deixe de se vacinar. A vacinação é uma das formas que temos em mãos para frear os casos mais graves de Covid-19 e, por consequência, os óbitos.
Para mais informações sobre saúde e imunização, continue acessando o site e as redes sociais do Minuto Saudável.
Rafaela Sarturi Sitiniki
Compartilhe
Somos uma empresa do grupo Consulta Remédios. No Minuto Saudável você encontra tudo sobre saúde e bem-estar: doenças, sintomas, tratamentos, medicamentos, alimentação, exercícios e muito mais. Tenha acesso a informações claras e confiáveis para uma vida mais saudável e equilibrada.