Variante Ômicron: o que se sabe sobre, sintomas e como prevenir

O que se sabe até agora sobre a variante Ômicron?

O primeiro caso da Ômicron, nova variante da Covid-19, foi detectado na África do Sul, que possui pouco mais de 20% da população vacinada. O sinal de alerta acendeu no país no mês de novembro, quando, após uma queda razoável dos casos e mortes pela doença, pacientes voltaram a procurar atendimento médico por estarem com alguns sintomas gripais.

Tendo isso em vista, os institutos do país começaram a coletar amostras de alguns pacientes com suspeita de estarem infectados com a Covid-19 e analisaram o sequenciamento genético do vírus presente em cada material coletado. Nessa análise, os pesquisadores notaram que várias amostras apontavam mutações na proteína spike (usada pelo vírus para se fixar nas células humanas) e que um pequeno fragmento do seu RNA estava alterado.

A partir daí, o alerta foi emitido às autoridades sul-africanas, que anunciaram que uma nova cepa do Coronavírus estava circulando, especialmente, entre a população não vacinada ou com apenas uma dose de imunizante.

O que se sabe, portanto, é que a nova variante Ômicron possui, aproximadamente, 50 mutações (grande parte delas na proteína spike) e que, provavelmente, é mais transmissível do que a variante Delta, até então predominante na África do Sul e considerada a mais transmissível das mutações conhecidas até agora. 

Quais sintomas a variante Ômicron causa? Ela é letal?

Em pessoas vacinadas com duas doses, a infecção pode ser assintomática, ou seja, sem sintomas, ou manifestar sintomas parecidos com a de uma gripe fraca. Os sintomas mais relatados entre infectados com a nova variante Ômicron são:

• Dor muscular;
• Tosse seca;
• Febre baixa; 
• Coriza;
• Cansaço.

Contudo, em pessoas não vacinadas ou que receberam apenas uma dose, a variante tem se mostrado perigosa. Isso porque esse grupo é o que está demandando, no momento, mais internações na África do Sul.

Não se sabe ainda se variante Ômicron é mais letal do que as que já conhecemos, mas ao que tudo indica, essa nova cepa não compromete a proteção da vacina e, consequentemente, não leva a um maior número de óbitos.

Lembre-se: a pandemia não acabou e, mesmo tendo sintomas gripais leves, o recomendado é que o(a) paciente procure um(a) médico(a) e um teste seja realizado. Sem testes, não há como repassar dados diários reais sobre a situação atual do país com relação à pandemia.

Leia também: Covid-19: por que não existe remédio específico para o vírus?

Como a transmissão da variante Ômicron acontece?

A transmissão da Ômicron, assim como a de qualquer variante da Covid-19, acontece quando secreções nasais (do nariz) e orais (da boca) são projetadas no ambiente por meio da fala, espirros e tosse, por exemplo. 

Quando as secreções expelidas pela pessoa contaminada entram pelas vias aéreas de outra pessoa, a doença tende a se manifestar entre 2 e 15 dias. Algumas pessoas podem ser assintomáticas, ou seja, não desenvolver sintoma algum, ou podem manifestar tanto sintomas gripais quanto característicos da infecção por coronavírus, como febre alta, perda de olfato e paladar e dificuldade para respirar, por exemplo.

A transmissão pode ocorrer tanto em ambientes abertos quanto fechados quando não há o uso da máscara e circulação do ar.

A vacina protege contra a variante Ômicron?

As vacinas desenvolvidas até agora para combater a Covid-19 não impedem a infecção, ou seja, não evitam que você contraia a doença. O principal papel delas é evitar casos graves e internamentos, ou seja, aqueles que podem causar a morte do(a) paciente.

Portanto, mesmo com o esquema vacinal completo, com as duas doses, não estamos 100% protegidos. Vale lembrar que as vacinas possuem um grau de eficácia que fica em torno de 80%, portanto, ao entrar em contato com uma carga viral muito alta, as chances de o(a) paciente desenvolver um caso grave ainda é possível.

Além disso, ainda não sabemos se a nova variante Ômicron causa um escape imune, ou seja, se ela burla a proteção concedida pela vacina. Ao que tudo indica, não, mas mais estudos tanto em pessoas já vacinadas quanto não vacinadas precisam ser feitos pelas farmacêuticas para confirmar ou não essa possibilidade.

Como prevenir?

As recomendações feitas ao longo dos quase 2 anos de pandemia ainda continuam valendo e são extremamente necessárias para evitar que novas variantes surjam e circulem entre nós. Enquanto grande parte da população da sua cidade e das cidades vizinhas à sua não for vacinada, novas cepas surgirão entre os não vacinados e nos colocarão em risco.

O uso de máscara de forma adequada e de máscaras com duas camadas de tecido ou mais, são fundamentais para evitar a disparada de novos casos e medidas restritivas mais severas. A máscara é a forma mais barata e eficaz de evitar a transmissão de uma pessoa para a outra.

A higienização das mãos com água, sabão e álcool 70% é uma medida simples que também é muito eficaz. Evite levar a mão sobre a boca, nariz e olhos. Apesar de não ser muito comum a infecção dessa forma, ela ainda acontece.

Aglomerações tanto em locais abertos quanto fechados também são um risco, visto que, recentemente, estudos feitos pela Universidade de Cambridge mostraram que o distanciamento de dois metros sem o uso da máscara não evita a contaminação.

Ainda é cedo para afirmar algumas coisas sobre a nova variante Ômicron, contudo, ela dá claros sinais de que é mais transmissível, sobretudo em não vacinados ou  pessoas com esquema vacinal incompleto.

Portanto, não descuide e continue adotando as recomendações dos órgãos de saúde da sua cidade e do Ministério da Saúde. A pandemia não acabou e está longe de ter um fim, por isso, precisamos nos cuidar e cuidar de quem está ao nosso redor.

Continue acompanhando o blog e as redes sociais do Minuto Saudável para mais informações sobre Saúde e, caso tenha alguma dúvida com relação à vacinação ou sobre a Covid-19, consulte seu médico!

Fontes consultadas:

• Entenda as diferenças entre as variantes Ômicron e Delta — IstoÉ;
• Variante Ômicron não dá sinais de causar sintomas mais graves de Covid  — Notícias R7;
• Ômicron faz casos dispararem na África do Sul, mas gravidade ainda parece baixa — O Globo;
• Nova Variante Omicron, lockdown na Europa e Dose de Reforço  — Atila Iamarino.