Muitas pessoas fazem ou já fizeram algum tipo de química nos cabelos. Porém, na fase da gravidez, alguns cuidados precisam ser tomados para evitar qualquer tipo de problema para o bebê. Mas e depois do parto? Já pode fazer luzes ou pintar os cabelos?
O Minuto Saudável esclarece alguns cuidados fundamentais para proteger a saúde da pessoa lactante e da criança em fase de amamentação:
Índice — Neste artigo, você vai encontrar:
Sim. Atualmente, as tinturas disponíveis no mercado contam com diversas formulações que não são consideradas tóxicas para o organismo, mesmo para lactantes. Portanto, apesar de terem poucas pesquisas que mostrem os efeitos da tintura durante a amamentação, pintar o cabelo não oferece riscos ao bebê.
De acordo com informações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), as mulheres não precisam parar de tingir os cabelos durante a amamentação. O que se sabe é que as tinturas de qualidade não oferecem uma grande ameaça para a criança que se alimenta do leite materno.
As tinturas comercializadas em estabelecimentos de confiança e de marcas conhecidas são as recomendadas. Já as caseiras, fora das embalagens, misturinhas ou sem marca reconhecida, devem ser sempre evitadas.
Contudo, os especialistas da SBP reforçam que a tintura segura é a que é livre de chumbo em sua composição, pois esse tipo de fórmula é considerada segura para lactantes e bebês.
Sabe-se que o chumbo é um metal que pode ser passado para a criança por meio do leite materno. Tinturas que contém chumbo são aquelas que necessitam de mais de uma aplicação para chegar ao tom correto, pois elas vão se depositando no fio do cabelo.
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Outra questão importante é que o cheiro das tinturas e/ou procedimentos estéticos capilares podem fazer mal para as crianças. Alguns pediatras acreditam que, dependendo do produto usado, ele pode causar rinite alérgica, ou seja, inflamação das mucosas do nariz ou diferentes tipos de irritações nos bebês.
Por isso, sempre se recomenda que o procedimento seja realizado num local arejado e, de preferência, sem a presença da criança.
Em caso de dúvidas se essas substâncias são prejudiciais ao bebê, é importante consultar um(a) pediatra ou obstetra para ter orientações corretas antes de qualquer procedimento estético.
É preciso ter cuidado em relação à composição da tintura escolhida. Esse produto precisa ser livre de metais pesados como o chumbo, já que ele pode causar problemas no desenvolvimento da criança, mesmo em pequenas quantidades.
Por isso, na hora de tingir o cabelo é importante investir em produtos de qualidade e sem esse metal.
Os rótulos das tinturas capilares que levam chumbo em sua composição precisam trazer essa informação e alertar sobre os riscos de uso em grupos de pessoas específicos, como lactantes. Dessa forma, leia sempre os rótulos desses produtos antes de usar.
Caso ache necessário, compre a tintura e converse com o(a) cabelereiro(a) para ter certeza do que está sendo aplicado nos cabelos.
Uma alternativa é recorrer à tintura semipermanente (conhecida também como tonalizantes), que são livres desses componentes. Porém, a desvantagem é que duram menos e podem desbotar durante as lavagens. Contudo, é uma forma de garantir a segurança e manter os fios tonalizados por um tempo.
Além disso, também é importante evitar levar a criança ao salão de beleza enquanto descolore ou aplica a tinta nos cabelos para que ela não seja exposta aos produtos. Caso faça o procedimento em casa, evite que ela fique perto da tintura.
Sim. As luzes são mechas bem finas em tons mais claros dos fios que são puxadas da raiz até a ponta dos cabelos.
A única ressalva para lactantes, nesses casos, é que a tintura ou descolorante não encoste no couro cabeludo. As mechas precisam ser puxadas com um espaço de pelo menos um dedo da raiz do cabelo para não oferecer riscos.
Essa atitude consegue evitar que as substâncias usadas na tintura ou no descolorante entrem em contato com a corrente sanguínea e passem para o(a) bebê através da amamentação.
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Sim. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), as tinturas que contenham amônia em sua composição também não precisam ser evitadas por quem amamenta.
Isso porque ainda não há nenhuma comprovação científica que demonstre que esses produtos possam fazer mal para os bebês que estão sendo amamentados.
Mas, de qualquer forma, se for possível, é melhor evitar a substância durante a fase de lactação e escolher opções mais naturais como os tonalizantes.
Depende. Há diversos tipos de tratamentos capilares disponíveis atualmente.
Alguns produtos podem ser tóxicos para lactantes e bebês. É o caso das escovas progressivas e de outros procedimentos que podem conter substâncias prejudiciais.
O formol é uma delas e, apesar de servir como alisante nesses produtos, não tem aprovação de uso pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e nem da Organização Mundial de Saúde (OMS) devido ao seu alto potencial de intoxicação ao organismo.
Por isso, seu uso irregular pode causar irritações, coceiras, inchaços, queimaduras, ardências nos olhos, tosse, falta de ar, entre outros sintomas mais graves. Nesses casos, quando a pessoa lactante usa alguma química que contenha formol, há o risco de que a substância seja absorvida pela pele e transmitida pelo leite para a criança.
Além do formol, é importante ficar longe de substâncias como metileno glicol, ácido glioxílico, aldeído fórmico, oximetileno, oximetano e, como vimos, chumbo.
Dessa forma, é fundamental verificar a composição química nas embalagens do produto antes de usá-lo.
Além da progressiva, há outros procedimentos capilares que podem levar produtos químicos como relaxamentos, selagem, botox capilar, escova de chocolate ou de açúcar, queratinização ou cauterização.
A recomendação é checar a embalagem e conversar com especialistas de saúde para saber quais são os riscos de todos os componentes, verificando se há liberação para fazer os procedimentos. Também é importante ter bastante confiança no(a) profissional de beleza escolhido(a), além de saber que os produtos usados nos tratamentos capilares são de qualidade e não oferecem riscos para a saúde. Há muitos produtos que não são registrados pela Anvisa e podem causar problemas quando usados.
Apesar de todos os cuidados recomendados, uma coisa muito importante a se lembrar é que durante o período de amamentação a mulher perde muito cabelo, o que é uma situação temporária, mas às vezes bem preocupante.
A quantidade de cabelo perdida é bem grande, por isso, procedimentos que exijam muito da fibra capilar podem aumentar essa queda, mesmo sendo produtos de confiança e aplicados por profissionais.
Portanto, de modo geral, o ideal é deixar os fios livres de químicas e aguardar um momento mais propício para esses tratamentos agressivos.
Não há um consenso sobre o período exato. O ideal é que procedimentos estéticos como pintar o cabelo sejam realizados após o puerpério, período logo após o parto que costuma durar de 6 a 8 semanas. O puerpério chega ao fim quando a mulher menstrua novamente.
O ideal é esperar alguns meses após o parto, se for possível aguardar. Vale reforçar que qualquer procedimento químico ou estético não deve ser realizado sem a autorização de profissionais de saúde que acompanham lactante e bebê.
O uso desses produtos é ainda mais preocupante se houver algum histórico de alergia a qualquer componente usado em tinturas de cabelo.
Não há diferença no período que se deve esperar para tingir o cabelo devido ao tipo de parto.
O que pode acontecer é que, no parto realizado por meio de uma cesárea, a pessoa precisa de mais tempo para se recuperar devido ao corte abdominal, mas isso é bastante individual.
Não há comprovação científica de que as tinturas de cabelo são prejudiciais para lactantes e bebês, mas é preciso verificar a composição das mesmas para garantir que não há possibilidade de contaminação do leite. O ideal é que procedimentos estéticos como pintar o cabelo sejam realizados após o puerpério.
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Dra. Karen Rocha De Pauw
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