O óleo de coco é um óleo comestível extraído do coco e possui diversas aplicações. Pode ser usado tanto na dieta, como em tratamentos estéticos para o cabelo ou para a pele. Ele é essencialmente composto por gorduras saturadas, ou triglicerídios de cadeia média (TCM).
A vantagem desses triglicerídios é que são absorvidos mais facilmente pelo corpo, principalmente no fígado, sendo convertidos rapidamente em energia e não se acumulando em forma de gordura.
Basicamente, existem dois tipos de óleo de coco: o extravirgem e o refinado. O refinado é feito com o coco seco, enquanto o extravirgem é produzido através do coco fresco.
Normalmente, esse óleo é encontrado em estado líquido em altas temperaturas, só ficando sólido e branco quando submetido à temperaturas inferiores 25ºC.
Trata-se de um alimento muito controverso. Enquanto uma parcela considerável de especialistas não recomenda o uso do produto, uma grande quantidade de pessoas não deixa de falar sobre seus benefícios para a saúde.
É justamente por ser tão polêmico que o óleo de coco chama a atenção. Então, para tirar dúvidas e esclarecer os fatos, o Minuto Saudável fez uma seleção com os mitos, verdades e usos do óleo de coco no dia-a-dia. Aproveite!
Índice - neste artigo você irá encontrar as seguintes informações:
A diferença entre os três está tanto nas suas características, quanto ao seu uso recomendado.
Entretanto, não existe um órgão oficial que defina a diferença entre o óleo de coco virgem do extravirgem. Mas isso não impede que as marcas possuam produtos com essas denominações. Nesses casos, as empresas usam critérios próprios para categorizar seus produtos.
Todavia, de maneira geral, as principais marcas brasileiras utilizam a despeliculagem como critério para diferenciar seu óleo de coco extravirgem daquele rotulado como virgem.
Basicamente, o óleo obtido a partir da polpa (a “carne branca”) ainda recoberta por uma película externa chamada de endocarpo recebe o nome de óleo virgem, enquanto o extra-virgem é aquele obtido pela polpa completamente despeliculada.
O óleo de coco refinado, por outro lado, é obtido através da polpa deixada para secar em condições ambientes, e que, devido à presença de contaminantes, precisou passar por um processo de refinamento, alvejamento e desodorização.
Ele se diferencia dos outros óleos no mercado por não conter as palavras “puro”, “natural”, “virgem” ou “extravirgem” em sua embalagem.
Mas a principal diferença da versão refinada para as demais está no seu uso. Ele possui um maior ponto de fumaça, o que é importante quando se usa o óleo para frituras ou para refogar alimentos, já que quanto maior o ponto de fumaça, menos malefícios à saúde o produto faz.
As versões virgem e extravirgem, por outro lado, são destinadas à outros usos, como na produção industrial de biscoitos, massas, pães e bolos e na fabricação de bases para shampoos e condicionadores.
Confira as diferenças na tabela abaixo:
Tipo | Características | Indicações |
Extravirgem | Cor translúcida, sabor e aroma do fruto | Saúde, culinária e estética |
Virgem | Cor amarelada, sabor e aroma do fruto | Produção industrial de alimentos e cosméticos |
Refinado | Normalmente incolor, sem sabor nem aroma | Cozimento em altas temperaturas, frituras e refogados |
Apesar de polêmico e controverso, o óleo de coco possui sim alguns benefícios comprovados cientificamente, tanto para saúde, quanto para estética. Confira:
O óleo de coco tem sido usado desde a antiguidade na Índia para tratar dos cabelos. Muitos remédios orgânicos eram preparados com uma mistura de ervas medicinais e óleo de coco para prevenir a queda capilar.
Aplicar uma mistura de suco de limão com óleo de coco nos cabelos pode proporcionar um alívio para a queda de fios, assim como uma mistura de óleo de coco e groselha.
Para quem precisa de umidade no cabelo, o óleo de coco é um aliado e tanto. Isso porque a maioria dos óleos não penetram no eixo do cabelo e agem somente na superfície. Com o óleo de coco é o contrário: ele penetra profundamente os fios, promovendo altos níveis de hidratação.
Os cabelos secos são mais “duros” e não possuem um movimento natural. Eles têm dificuldade de se realinhar e ficam sempre com um aspecto “arrepiado”.
Cabelos assim precisam de suavidade. E é nesse momento que óleo de coco entra em ação: seu poder hidratante age nos fios proporcionando aquele aspecto sedoso que vemos muito em comerciais e propagandas de shampoo.
O óleo de coco envolve os fios com uma camada protetora, protegendo dos agentes externos e da umidade, melhorando o frizz e protegendo o cabelo. Além disso, melhora a aparência das pontas duplas.
Exatamente por penetrar e selar os fios, o óleo de coco proporciona brilho e vitalidade aos cabelos ao fazer com que as escamas fiquem fechadas e alinhadas.
Ao massagear o óleo de coco sobre o couro cabeludo, melhora-se a oferta de oxigênio para essa região e, consequentemente, a oferta de nutrientes para os cabelos.
Esse aspecto torna o óleo de coco uma ótima opção para quem quer investir no crescimento dos fios.
Os antioxidantes naturais e nutrientes encontrados no óleo de coco entregam recursos para melhorar a atividade do cabelo e seu brilho. Ele tem altos teores de vitamina E, K, ferro e pode ajudar a tratar a caspa ao impulsionar o crescimento capilar.
Vale lembrar que o uso em excesso do produto nos cabelos pode causar o efeito contrário, aumentando ainda mais os sintomas da caspa. Pense bem antes de fazer qualquer tipo de tratamento.
Usar o óleo de coco em mistura com a tintura aplicada nos cabelos pode ser uma forma de fazer com que o tom “pegue” melhor nos fios.
Como ele penetra profundamente com mais facilidade nos cabelos do que os produtos industrializados, quando misturado à uma tintura, ela irá aderir melhor aos fios e demorará mais tempo para desbotar.
O óleo de coco pode substituir o seu hidratante, ou então ser usado em conjunto com ele. Isso porque, assim como nos cabelos, o produto possui forte penetração na pele, chegando, inclusive, às camadas mais profundas da cútis, o que facilita sua absorção.
Além disso, ainda é rico em vitaminas, sais minerais e tem ação anti-inflamatória!
Graças às suas propriedades clareadoras e antioxidantes, o produto pode ser utilizado para amenizar cicatrizes, manchas na pele e estrias.
Quando se massageia o óleo de coco nas regiões afetadas, ele combate os radicais livres e nutre a pele danificada, uniformizando o tom da cútis por meio do processo de renovação celular e potencializando sua elasticidade.
Além dos seus ácido graxos, que atuam como renovadores celulares, a ação do óleo de coco pode ser potencializada quando misturado com açúcar, fubá ou mesmo aveia!
Parece loucura aplicar um óleo gorduroso na face para se livrar das espinhas, não é? Entretanto, apesar de contra-intuitivo, o fato é que o óleo de coco possui grandes quantidades de ácido láurico, que pode ajudar na inflamação e vermelhidão causada pela acne.
O óleo de coco dissolve com maestria até mesmo maquiagens à prova d’água, com o benefício de não agredir nem ressecar a pele. Isso é muito bom, especialmente para pessoas com a pele mais sensível, que, geralmente, sofrem com ardências ao utilizar demaquilantes comuns.
Graças às suas propriedades calmantes e suavizantes, o óleo de coco é uma excelente opção pós sol! Além de evitar o ressecamento que descasca a pele, o produto prolonga o bronzeado, além de ajudar a diminuir a ardência de queimaduras solares.
A constipação, também conhecida como prisão de ventre, normalmente acontece quando você não ingere alimentos ricos em fibras, tais quais frutas e vegetais, quando não bebe a quantidade adequada de água e quando não pratica exercícios regularmente.
Não somente isso, mas usar certos tipos de medicamentos, passar por situações de estresse ou grandes mudanças no estilo de vida podem causar esse problema também.
Laxantes podem parecer a melhor forma de se livrar da constipação, mas o uso inadequado desses produtos pode trazer malefícios como a síndrome do intestino irritável e outros problemas.
Entretanto, existem alguns tratamentos alternativos que podem tomar lugar. Um deles se dá através da ingestão do óleo de coco!
O óleo de coco pode ter alguns efeitos laxantes e ajudar a amolecer as fezes, te ajudando a prevenir problemas como a hemorróida, que acontece quando se “força” muito os músculos do intestino na hora de defecar.
Isso acontece porque o óleo de coco contém ácidos graxos de cadeia-média, que trabalham estimulando as células que formam o seu cólon e tratos digestivos, aumentando sua energia e eficiência metabólica.
Dessa forma, não só sua absorção de nutrientes aumenta, como o movimento intestinal também funciona de uma maneira mais eficiente, fazendo com que as fezes se movam pelo intestino numa taxa normal (ou maior).
Além disso, a presença de grandes quantidades de ácido láurico favorece a flora intestinal saudável e ajuda a formar um bolo fecal mais saudável e fácil de se expelir, proporcionando, assim, uma evacuação tranquila, com frequência saudável e sem desconfortos.
Uma das maneiras mais indicadas para se usar o óleo de coco é na umectação. Neste caso, o óleo ajuda a restaurar a camada lipídica do fio, que fica umectado, nutrido e brilhante, ajudando a melhorar a textura, principalmente de cabelos cacheados e afros.
O passo a passo é bem simples:
Você pode optar por fazer a umectação à noite, já que, por conta da sua densidade, o óleo de coco possui uma velocidade de absorção lenta. Fazendo a umectação no período noturno, o óleo vai ficar mais tempo no cabelo e seu efeito será potencializado.
O óleo de coco hidrata os cabelos e devolve o brilho aos fios. Quando um cabelo é muito opaco, o produto é uma ótima opção.
Para fazer o uso, basta aplicar o óleo de coco diretamente no comprimento dos cabelos, deixando agir por alguns minutos e depois lavando-o normalmente.
Uma das formas de se usar o óleo de coco é misturá-lo com a máscara tradicional. Para isso, misture uma quantidade de máscara equivalente ao tamanho de uma noz com 1 colher (de chá) do óleo. Em seguida, é só aplicar nos cabelos antes da lavagem e aguardar por alguns minutos. Para finalizar, lave normalmente.
Também é possível fazer máscaras caseiras somente com ingredientes naturais! Confira:
Para usar essas máscaras naturais, aplique-as nos cabelos úmidos, recém secados com uma toalha, e deixe que a fórmula atue entre 20 e 25 minutos. Depois do tratamento, lave o cabelo novamente para ter certeza de que nenhum resíduo ficou nos fios.
Para potencializar os efeitos da máscara, é legal usar uma toca térmica ou uma toalha molhada aquecida, pois vão ajudar a aumentar o efeito hidratante.
O óleo de coco pode ser usado para tratar a ponta dos cabelos, que são naturalmente secas.
Para isso, aplique mais ou menos ½ colher (de sopa) do óleo somente na ponta dos cabelos. Deixe agir por 15 a 20 minutos antes do banho e depois lave normalmente.
Lave o rosto normalmente e faça uma esfoliação. Com a pele limpa, aplique o óleo de coco, especialmente nas áreas que se encontram mais ressecadas. Esfregue o óleo fazendo movimentos circulares com suavidade.
Esse tipo de tratamento é especialmente indicado para pessoas com pele seca.
É possível utilizar o óleo de coco como hidratante labial, desde que ele não seja refinado. O produto ajuda a evitar e remediar as rachaduras que aparecem nos lábios, especialmente durante o inverno.
Com o uso contínuo e prolongado do produto, os lábios vão se tornando gradualmente mais macios. Como o óleo é comestível, não há problema algum se você acabar o ingerindo.
Use o óleo de coco depois do banho quente, quando os poros estão abertos, facilitando a absorção de nutrientes pela pele.
Use a seguinte proporção de óleo de coco, considerando colheres de sopa:
Aplique sobre a pele e aguarde 15 minutos para que o óleo seja devidamente absorvido.
Sob a pele limpa, aplique algumas gotinhas de óleo de coco todos os dias. Com o passar do tempo, você perceberá que a cicatriz irá começar a sumir!
Espalhe o óleo de coco sobre a pele, massageando ao redor dos olhos caso você tenha se maquiado em excesso. Deixe descansar por alguns segundos, até que tudo se dissolva.
Em seguida, use um lenço ou disco de algodão para remover o óleo. A maquiagem vai sair junto com ele.
Para finalizar, lave o rosto, e pronto! Adeus, maquiagem!
Caso algum resíduo do óleo permaneça, massageie-o sobre a pele para usufruir de seus benefícios.
Ao contrário dos cremes de barbear, o óleo de coco é um creme natural que não possui tantos químicos. É uma opção natural que hidrata e condiciona a pele ao mesmo tempo que proporciona um corte suave.
Para utilizá-lo não há segredo. Basta fazer uso das mesmas técnicas normais de corte e depilação, ou seja, preferencialmente após o banho ou ducha quente, para que os poros fiquem abertos, e usar uma lâmina afiada, enxaguando-a entre cada passada.
O óleo de coco é um alimento muito nutritivo, podendo ser usado na alimentação como substituto sem lactose para manteiga, por exemplo. Também pode ser ingerido em cápsulas concentradas, para que seus efeitos sejam sentidos com mais intensidade.
Por possuir uma boa absorção e uma grande variedade de nutrientes, o óleo de coco acaba sendo uma boa opção para ajudar a, por exemplo, melhorar o intestino.
A ingestão diária recomendada por nutricionistas é de no máximo 30g (3 colheres de sopa) ao dia. Para quem ainda não está habituado ao uso, as doses devem ser menores (10g ou 20g ao dia).
Entretanto, vale lembrar que o produto, especialmente no que diz respeito à alimentação, não tem todos os seus benefícios comprovados, tendo seu uso desaconselhado por órgãos oficiais como a Abran (Associação Brasileira de Nutrologia). Por isso, antes de adotar uma dieta rica em óleo de coco, consulte um médico ou nutricionista.
Quantidade por porção (13mL ou 1 colher de sopa) | %VD* | |
Valor energético | 110kcal = 426kJ | 6% |
Carboidratos | 0g | 0% |
Proteínas | 0g | 0% |
Gorduras totais | 12g | 22% |
Gorduras saturadas | 11,2g | 51% |
Gorduras trans | 0g | 0% |
Gorduras monoinsaturadas | 0,7g | ** |
Gorduras poliinsaturadas | 0,2mg | ** |
Fibra alimentar | 0g | 0% |
Colesterol | 0mg | 0% |
Sódio | 0mg | 0% |
* Valores Diários de Referência com base em uma dieta de 2.000kcal ou 8.400kJ. Seus valores diários podem ser maiores ou menores dependendo das suas necessidades.
** %VD não estabelecido
Ácido Graxo | %/100g |
C 6:0 Capróico | 0,38 |
C 8:0 Caprílico | 5,56 |
C 10:0 Cáprico | 4,99 |
C 12:0 Láurico | 45,78 |
C 14:0 Mirístico | 18,56 |
C 16:0 Palmítico | 8,85 |
C 18:0 Esteárico | 3,39 |
C 18:1 Ômega 9 oléico | 5,65 |
C 18:2 Ômega 6 linoléico | 0,94 |
O óleo de coco pode ser ingerido em cápsulas. Normalmente é recomendado a ingestão de 2 a 4 cápsulas de 1g por dia, que devem ser tomadas antes das principais refeições.
É possível utilizar o óleo de coco para refogar outros temperos, como alho e a cebola, no preparo das refeições, como carnes e frangos, por exemplo. Basta usá-lo como substituto para o óleo comum.
Também é possível utilizar o óleo de coco para grelhar carnes em geral, como hambúrgueres, frangos, peixes e qualquer outro alimento que precise ir à grelha para ser consumido.
Veganos, pessoas que possuem intolerância à lactose ou só desejam consumir menos manteiga podem usar o óleo de coco como substituto para a manteiga nas receitas.
A proporção utilizada é de mais ou menos 1 para 1. O recomendado, entretanto, é utilizar mais ou menos 25% menos do que a quantidade de manteiga.
O óleo de coco pode ser utilizado para substituir o óleo de azeite extra virgem e o óleo de soja na hora de temperar as saladas.
Por conta da sua enorme versatilidade, o óleo de coco pode ser utilizado de inúmeras formas na cozinha. Você pode misturá-lo à outros alimentos, como aveia cozida, farinha de trigo, panquecas, entre outros, sem alterar o sabor característico desses alimentos.
O óleo de coco encontrado nos mercados é muito caro, o que o torna, para muitas pessoas, inacessível. Mas não se preocupe! Ainda tem como você se aproveitar dos benefícios do óleo de coco sem gastar muito dinheiro. Basta prepará-lo em casa.
Existem 3 diferentes formas de fazer óleo de coco caseiro. São métodos simples e fáceis de ser aplicados, fazendo com que você não deixe de aproveitar nada, além de testar um pouco das suas habilidades na cozinha!
Vale lembrar que, nos 3 métodos, você deve utilizar o coco seco ou maduro, ao invés do coco verde.
O coco possui três “marquinhas” redondas na sua casca. Primeiramente, encontre a marquinha mais mole e a fure com uma faca. Através desse buraco, você vai conseguir tirar toda a água de coco e colocá-la num recipiente separado.
Abrir o coco é muito simples. Você só precisa de um martelo e de um pouquinho de paciência.
Bata o martelo com delicadeza no meio do coco. Vá girando a fruta na sua mão e dando mais pancadas na casca uniformemente, seguindo a mesma linha imaginária. Depois de um número suficiente de pancadas, o coco vai abrir naturalmente, se dividindo em dois pedaços uniformes.
Você também pode usar um cutelo afiado para abrir o coco, sempre tomando cuidado para não se cortar.
Use uma faca afiada ou uma colher resistente para raspar toda a carne do coco da casca. Separe o material para uso posterior. Em seguida, corte todo o material obtido em pequenos pedaços para facilitar o seu processamento.
Coloque os pedaços pequenos que você separou dentro do liquidificador e ligue o aparelho na velocidade média, batendo o coco até que ele fique bem picado.
Se necessário, adicione um pouco de água para ajudar a misturar melhor.
Coloque um filtro de café ou de pano sobre uma jarra de boca larga (você também pode usar um pano de prato). Despeje uma pequena quantidade da mistura de coco no pano. Enrole o pano em volta da mistura e esprema o leite de coco na jarra.
Com o jarro destampado, deixe o leite que você acabou de extrair descansar por 24 horas. Conforme se assenta, o leite de coco e o óleo vão se separar um do outro e uma camada coalhada aparecerá na parte superior do frasco.
Se você quiser, também pode refrigerar o frasco para que a coalhada endureça mais rapidamente. Caso contrário, deixe o frasco numa sala vazia.
Com uma colher, retire a coalhada da parte superior do jarro e a descarte. O óleo de coco virgem é o que deve ficar na jarra.
Você pode comprar flocos de coco seco sem açúcar na sua loja de preferência, certificando-se que o único ingrediente que o pacote contenha seja coco. Se você quiser começar com carne de coco fresco, corte-a em pedaços, como no Método do Moinho Úmido, e use um desidratador para secá-la ao longo de 24 horas.
Para desidratar o coco fresco, você pode utilizar o forno na temperatura baixa. Coloque os pedaços cortados da carne de coco em uma assadeira e a cozinhe a uma temperatura baixa durante 8 horas ou até que esteja totalmente seca.
Ah! Se você estiver usando coco comprado em loja, procure usar flocos ao invés do coco ralado, pois ele tende a dificultar os passos posteriores.
Processe o coco seco em pequenas quantidades. Se você usar quantidades muito grandes, corre o risco de entupir o seu Juicer.
O Juicer vai retirar o óleo e o creme da fibra. Continue processando o coco até que todos os flocos tenham sido processados.
Sim, é uma tarefa repetitiva. Porém, o Juicer não será capaz de extrair todo o óleo da primeira vez. Por isso, processe os flocos mais uma vez para garantir até a última gota do óleo.
O óleo remanescente, que sobrou do processamento, deve ser colocado num jarro de vidro e guardado em local quente. Espere 24 horas para que o creme de coco se deposite no fundo da jarra. O óleo de coco puro subirá para o topo.
Uma vez que o óleo tenha se separado do creme e se solidificado, utilize uma colher para removê-lo do primeiro recipiente e colocá-lo em um novo. Agora, ele está pronto para usar.
Coloque a água em uma panela e leve-a ao fogão sob fogo médio até que a água comece a evaporar.
Assim como exemplificado no Método do Moinho Úmido, abra dois cocos e retire a carne da casca totalmente com o auxílio de uma faca ou colher resistente. Em seguida, rale a carne em uma tigela.
Coloque o coco ralado em um liquidificador e o misture com a água quente, despejando-a sobre o coco e fechando a tampa do liquidificador logo em seguida. Prenda a tampa do eletrodoméstico no lugar e bata os ingredientes até formar uma mistura homogênea.
Não encha mais do que a metade do liquidificador com água quente. Se o seu for menor, misture o coco e a água em dois lotes. Encher muito pode fazer a tampa se desprender e voar.
Certifique-se de manter a tampa bem presa durante todo o processo.
Com um pano de prato ou peneira de malha fina sobre uma tigela, despeje o purê de coco sobre o pano ou peneira para que o leite de coco goteje na tigela. Use uma espátula para espremer da mistura o máximo de líquido possível.
Você também pode pegar o pano e espremê-lo sobre a tigela com as mãos. Para extrair ainda mais líquido, coloque mais água quente sobre a polpa e a esprema novamente.
Coloque o líquido obtido na etapa anterior em uma panela e leve-a ao fogão, à fogo médio. Ponha-a para ferver e cozinhe, mexendo sempre, até que a água tenha evaporado totalmente e o creme se separado do óleo, ficando marrom.
Esse processo de fervura pode levar mais de uma hora, então seja paciente.
Você também pode não ferver a mistura e deixar que ela se separe naturalmente, por conta própria. Basta colocar o líquido sobre uma tigela e cobrí-la com filme plástico. Deixe à temperatura ambiente por 24 horas e, em seguida, coloque-o na geladeira para que o óleo se solidifique e flutue.
Assim como nos métodos anteriores, coe o óleo do líquido e pronto!
Apesar de muito se falar sobre os benefícios do óleo de coco, seu uso ainda é bastante controverso entre especialistas. Enquanto há aqueles que defendem que o produto é completamente saudável e importante para o bom funcionamento do organismo, também existe uma parcela considerável de especialistas que não recomendam seu uso.
A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem), a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso) e a Associação Brasileira de Nutrologia, por exemplo, se posicionam contra a utilização do óleo de coco para terapia de perda de peso e negam a existência de muitos dos supostos benefícios do alimento.
Segundo esses órgãos, não existem evidências científicas ou mecanismos fisiológicos que comprovem a eficácia do óleo de coco para o emagrecimento e higiene. Estudos in vitro foram realizados e não são conclusivos. Por isso, o óleo de coco não deve ser indicado para estes fins.
Em uma entrevista concedida à Folha de São Paulo, a pesquisadora da faculdade de medicina da Unesp de Botucatu e médica nutróloga da Abran, Ana Lúcia dos Anjos Ferreiras, afirmou categoricamente que “não há suporte científico para dizer que ele (o óleo de coco) traga qualquer benefício”.
A Abran também se posicionou oficialmente, através de uma nota oficial em março de 2017. No documento, a instituição lista quatro itens, reforçando que não há estudos relevantes que comprovem a eficácia do produto para os inúmeros benefícios associados a ele e faz as seguintes recomendações:
Além disso, se consumido em excesso, o óleo de coco pode causar problemas cardíacos e engordar, pois o gasto energético é menor do que a absorção. Portanto, só use o óleo em conjunto à exercícios físicos regulares.
A “febre” do óleo de coco começou depois que alguns estudos relacionaram o seu uso com a diminuição da circunferência da cintura. Entretanto, nem todos os estudos são confiáveis e não há dados suficientes para que se divulguem resultados conclusivos sobre o assunto.
Por isso, fizemos uma pequena lista com mitos e verdades sobre o óleo de coco. Confira!
Mito! Uma pequena amostragem de estudos relacionam o uso do óleo de coco com a diminuição da circunferência da cintura. Entretanto, nessas pesquisas, a maior parte dos participantes já tinham começado (e mantiveram) uma dieta de perda de peso antes de começar o tratamento com o óleo de coco.
Dessa forma, se torna quase impossível dizer com certeza se os resultados são aplicáveis para a maior parte das pessoas.
Mito! O único fator que proporciona a perda de peso com comprovação científica é o aumento de massa magra no corpo humano. Em outras palavras: mais músculos = metabolismo mais acelerado.
Essa confusão acontece porque o óleo de coco possui uma alta concentração de Triglicerídeos de Cadeia Média (TCM), que são facilmente absorvidos pelo organismo e não são armazenados, formando “estoques de gordura”.
Entretanto, o fato de os TCM serem rapidamente absorvidos não significa que eles ajudem a acelerar o metabolismo. Ao contrário do que se acredita, estudos relacionando o consumo de TCM com atividades físicas de alta performance, como a corrida, mostram que os TCM podem contribuir para a lipogênese (formação de gordura no corpo).
É verdade que alguns componentes, como a cafeína, podem aumentar o metabolismo. Mas mesmo esses componentes não aumentam significativamente a taxa metabólica.
O óleo de coco, por sua vez, ainda não mostrou nenhum resultado contundente quanto ao aumento no metabolismo.
Mais ou menos. O que faz com que se acredite que o óleo de melhore a imunidade é a presença massiva de ácido láurico em sua composição, que tem ação antibacteriana comprovada e é conhecido por suas propriedades antimicrobianas e antifúngicas.
Entretanto, isso não é motivo para se empolgar. As pesquisas sobre esse assunto ainda não são conclusivas, então não saia tomando o produto sem antes falar com um médico.
Mito! Mas não se preocupe: ele não vai necessariamente aumentar os riscos de doenças cardíacas também.
Na comunidade médica, alimentos com alto teor de gorduras saturadas são comumente relacionados ao aumento do LDL (colesterol “ruim”). E uma única colher (de sopa) de óleo de coco por dia proporciona mais da metade da quantidade de gorduras saturadas recomendadas para ingestão diária.
Contudo, estudos recentes questionam a ligação entre o consumo de gorduras saturadas e doenças cardíacas. Isso porque existem diferentes tipos de LDL e nem todos são ruins, como pensávamos antes.
Apesar disso, ainda não existe um consenso dentro da comunidade científica sobre o assunto, então não é possível afirmar que esses indícios são 100% confiáveis.
O resultado de alguns experimentos mostra que o consumo de óleo de coco proporciona o aumento do HDL sem necessariamente aumentar os níveis de LDL. Entretanto, somente esses dados não são suficientes para que o óleo de coco seja recomendado para prevenção de doenças cardiovasculares.
Relatos médicos ainda relacionam o consumo sistemático do óleo de coco com o aumento nos níveis de triglicérides no organismo, o que pode ser prejudicial à saúde.
Mito! Algumas pessoas afirmam que o óleo de coco ajuda a diminuir os efeitos maléficos causados pelo Mal de Alzheimer, pois ele proporcionaria uma fonte alternativa de energia para o cérebro, fazendo com que ele funcionasse melhor.
Essas afirmações, entretanto, não são embasadas em pesquisas científicas e são espalhadas no boca-a-boca, sem respaldo algum.
É verdade que o óleo de coco conta com a presença de antioxidantes, componentes que podem a reduzir o risco de doenças neurodegenerativas, mas vegetais, frutas e grãos, por exemplo, possuem quantidades muito maiores desses componentes.
Então, pense bem antes de dizer que o óleo de coco é ótimo para tratar do Alzheimer.
Controverso e multifuncional, o óleo de coco possui benefícios e malefícios. Por isso, o uso consciente desse alimento é recomendável. Converse com um médico ou nutricionista e tire todas as suas dúvidas antes de começar a fazer o uso constante do alimento. Sua saúde agradece!
Dúvidas e sugestões? Deixe nos comentários abaixo! Ficaremos felizes em respondê-las!
Rafaela Sarturi Sitiniki
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