A sinusite, ou rinossinusite (termo clínico mais adequado), é caracterizada pela inflamação das mucosas que revestem as cavidades dos seios da face, que são espaços ósseos ao redor do nariz, maçãs do rosto e olhos.
A inflamação pode ter causas diversas — alérgicas, infecciosas ou imunológicas —, provocadas por um inchaço que restringe a passagem do muco nasal — um fluido naturalmente produzido pela região —, facilitando e promovendo a proliferação de agentes infecciosos.
Em geral, é decorrente de resfriados, gripes, alergias e baixa imunidade, podendo causar sintomas como dor de cabeça, corrimento nasal e rosto inchado.
A grande maioria das sinusites é devido ao vírus Influenza — responsável pelas gripes —, mas também podem ocorrer infecções por bactérias ou fungos.
Apesar de ser consideravelmente frequente, a inflamação pode comprometer a rotina e as atividades, logo que, mesmo sem complicações, o incômodo e o mal-estar são geralmente grandes.
Quando o quadro dura por até 4 semanas, a sinusite é aguda. Fatores externos, como poluição, cigarro e agentes alergênicos podem favorecem a manifestação da inflamação, o que torna a doença recorrente em muitos pacientes. Se quadro persistir por mais do que 4 semanas contínuas, caracteriza-se como sinusite crônica.
A maioria dos pacientes que passam por uma gripe ou resfriado, após recuperados, apresentam alguma alteração e acúmulo de secreção no seio das faces. No entanto, muitos quadros não evoluem para a sinusite, pois o corpo consegue eliminar o muco naturalmente.
Mas mesmo quando a inflamação se manifesta, a condição é, geralmente, bem simples e tende a se resolver com o uso de medicamentos que facilitam a eliminação das secreções. Quando os sintomas se agravam ou acometem mais intensamente o paciente, é preciso verificar se não há infecção bacteriana, que pode precisar de antibióticos.
A condição está listada no CID-10 sob os códigos J01- Sinusite aguda e J32 – Sinusite crônica.
Os seios paranasais, também chamados de seios nasais ou seios da face, são cavidades bilaterais situadas na face do crânio — ou seja, se traçarmos uma linha bem no meio do nosso rosto, passando verticalmente pelo nariz, as cavidades são simétricas, observadas nos dois lados — e se dividem em 4:
É importante diferenciar a cavidade nasal das cavidades paranasais. Enquanto a primeira é maior e se estende da narina até a faringe (basicamente compreendida como o nariz), as paranasais são pequenos túneis próximos ao nariz.
Os seios são ocupados por ar (cavidades pneumáticas) e possuem um revestimento repleto de vasos sanguíneos e cílios, que são bastante semelhantes aos que temos nos olhos, porém em tamanhos microscópicos. Entre as funções das fossas nasais estão:
Além disso, no revestimento paranasal há uma produção constante de muco ou secreção, que é responsável pela retenção de partículas estranhas ao corpos — como poeira ou sujeiras.
Os cílios têm um papel importante no encaminhamento dessas secreções para fora das cavidades, conduzindo-as até a garganta para serem eliminadas através das vias aéreas.
Quadros de alergia ou gripe, por exemplo, podem causar edema (inchaço) da mucosa nasal e aumento das secreções, o que favorece a obstrução da drenagem dos seios da face levando à congestão da cavidade, que pode evoluir para a sinusite.
Rafaela Sarturi Sitiniki
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