A amebíase é uma infecção do intestino grosso causada pelo protozoário Entamoeba histolytica, capaz de provocar febre, diarreia e presença de sangue ou mucos esbranquiçados nas fezes.
O protozoário afeta a atividade intestinal, fazendo com que o paciente tenha diarreias e cólicas intestinais — isso quando os sintomas surgem.
A doença tem incidência mundial e pode contaminar qualquer pessoa, mas costuma prevalecer em locais que não possuem saneamento básico, afetando também pessoas que não possuem bons hábitos de higiene, principalmente bebês e crianças que brincam no chão e possuem o costume de colocar as mãos na boca.
Quanto à localização, são as pessoas que vivem em áreas tropicais as que estão mais propensas a contrair o problema.
A doença atinge mais de 50 milhões de pessoas por ano, mas menos de 1% delas morre por conta da amebíase. Na América Latina, Ásia tropical e África, duas a cada três pessoas terão a doença, mas, na maioria dos casos, não há complicações, pois os sintomas não são perceptíveis.
Índice — neste artigo você encontrará as seguintes informações:
A amebíase é uma infecção causada pelo microrganismo Entamoeba histolytica, parasita que invade o corpo humano e pode trazer diversos sintomas aos pacientes, mas também pode causar um quadro assintomático.
O parasita libera cistos (ovos) que podem sobreviver meses no mesmo local em que foram depositados. Esses lugares costumam ser o chão, a água e até mesmo as próprias fezes. Ter relações sexuais desprotegidas também podem ser um meio de infecção.
Os cistos possuem 15 micrômetros e, após entrar no corpo humano, passam pela parte ácida do estômago e já no intestino se transformam em oito trofozoítos. Alguns desses trofozoítos se multiplicam e causam doenças, já outros se transformam em cistos que não se aderem à mucosa e são expelidos do corpo pelas fezes.
Após invadir o organismo, o parasita pode ficar instalado por anos sem se manifestar. Apenas 1 ou 2 pacientes, a cada 10 contaminados, apresenta sintomas e, nesses casos, geralmente é necessário apenas 4 semanas para que os sintomas comecem.
Transmitida através de contaminação fecal, a doença pode ser manifestada dentro ou fora do intestino. A ingestão do protozoário pode ser feita através de comidas ou bebidas contaminadas ou pode ser através do contato direto com o material fecal.
Os pacientes que mais têm chance de contrair a infecção por amebíase são os que possuem problemas ou alterações de imunidade, deixando o organismo mais suscetível à contaminação. Além disso, alguns comportamentos, como má higienização das mãos, também podem aumentar os riscos de contágio.
Entre os fatores e grupos de risco estão:
A desnutrição pode afetar seriamente o sistema imunológico de uma pessoa, o que facilita a infecção por amebíase.
Durante a gravidez, o corpo da mulher passa por diversas modificações imunológicas para que o sistema não ataque o feto. Estas alterações podem, em alguns casos, facilitar infecções leves como é o caso da amebíase.
A higiene após usar o banheiro, usar o transporte público e qualquer situação que possa deixar suas mãos sujas é essencial. Se não houver uma lavagem de mãos adequada é possível que protozoários como os causadores da amebíase entrem no corpo, especialmente se a pessoa cozinhar sem lavar as mãos.
O câncer pode reduzir a força do sistema imunológico de um paciente, facilitando infecções como a amebíase. Além da doença, o tratamento para ela também tende a afetar a imunidade. A quimioterapia e a radioterapia podem ter efeitos no sistema imunológico, levando a infecções caso o paciente não se cuide.
O consumo exagerado de álcool também pode ter efeito negativo para o sistema imunológico, facilitando a entrada de microrganismos como o protozoário causador da amebíase.
Os corticoides são medicamentos que podem agir como imunossupressores. Com o sistema imunológico enfraquecido, os microrganismos podem entrar no corpo causando infecções como a amebíase.
A amebíase pode ser transmitida através do sexo. A utilização do preservativo previne este meio de transmissão.
Crianças possuem o sistema imunológico em desenvolvimento, por isso são mais propensas a contrair infecções. Já no caso dos idosos, sua imunidade é reduzida por conta da idade e, nesses casos, é necessário ter cuidado extra com a higiene.
Os sintomas podem ser separados por leves e graves e costumam surgir apenas de sete à dez dias após a doença ser contraída.
O diagnóstico é feito por médicos proctologistas, infectologistas, gastroenterologistas e até mesmo clínico geral.
Ao marcar a consulta com o médico, pode ser que ele faça perguntas sobre como e quando surgiram os sintomas, se você tem ido muitas vezes ao banheiro e se viajou para algum lugar com condições ruins de saneamento básico.
Para confirmar o diagnóstico existem alguns exames que podem ser feitos. São eles:
O recurso mais utilizado é a análise das fezes, em que se busca a presença de antígenos produzidos pelo organismo na presença da doença.
Exames de sangue podem ser feitos em busca dos antígenos que o corpo produz para combater o protozoário causador da amebíase.
Em alguns casos, biópsia do intestino também podem ser realizada, buscando encontrar o protozoário no tecido.
Exames específicos para analisar as funções do fígado, pulmões e cérebro podem ser solicitados, como ultrassonografia, tomografia computadorizada (TC) e a ressonância magnética. Estes exames procuram danos causados pelo protozoário em outros órgãos, buscando garantir que complicações da doença não se instalaram.
Casos simples de amebíase podem ser tratados com medicamentos anti-infecciosos, como o metronidazol, que é realizado durante, geralmente, 10 dias. Mas vale ressaltar que o tempo de tratamento, o medicamento escolhido e as recomendações devem ser avaliadas pelo profissional médico.
Medicamentos para tratar de náuseas também podem ser ingeridos para controlar os sintomas.
Se ocorrer abscessos hepáticos, aspiração com agulha pode ser necessária para o diagnóstico e tratamento e, em raros casos, a cirurgia pode ser recomendada ao paciente.
Os remédios comumente utilizados no tratamento da amebíase incluem:
Leia mais: Como tomar Secnidazol?
Atenção!
NUNCA se automedique ou interrompa o uso de um medicamento sem antes consultar um médico. Somente ele poderá dizer qual medicamento, dosagem e duração do tratamento é o mais indicado para o seu caso em específico. As informações contidas nesse site têm apenas a intenção de informar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um especialista ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Siga sempre as instruções da bula e, se os sintomas persistirem, procure orientação médica ou farmacêutica.
Além de fazer o tratamento corretamente, é indicado manter uma boa alimentação, evitar comer refeições gordurosas e ingerir muito líquido para evitar a desidratação, que pode ocorrer por conta da diarreia.
Em geral, o tratamento feito corretamente apresenta boas respostas, amenizando os sintomas em um curto período de tempo.
Se a doença não for tratada, problemas maiores podem surgir, como:
O abscesso hepático é um acúmulo de pus que pode aparecer no fígado em decorrência de várias condições, incluindo a amebíase. Quando o protozoário consegue alcançar o fígado, ele pode causar danos ao órgão.
Não é apenas o fígado que está em perigo quando o parasita se espalha pelo corpo. Ele pode alcançar outros órgãos através da corrente sanguínea. Isso nem sempre acontece, mas os órgãos mais frequentemente afetados são o fígado, o cérebro e os pulmões.
Por isso, é importante ir ao médico para realizar o tratamento.
Como em qualquer doença, a melhor forma de garantir que não tenha o problema é a prevenção. No caso da amebíase, as medidas a serem tomadas são:
Além disso, outras dicas são dadas para prevenir a amebíase:
O ideal é sempre estar com as mãos limpas para evitar a contaminação e, consequentemente, garantir a própria saúde e de sua família.
A amebíase se não for tratada pode trazer sérios problemas de saúde. Compartilhar a informação pode também auxiliar alguém próximo seu.
Para mais dicas e informações sobre saúde, acompanhe o Minuto Saudável!
Rafaela Sarturi Sitiniki
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