O mindfulness é um conjunto de técnicas que auxiliam na concentração do agora. Portanto, seu intuito é manter a consciência no aqui e no agora, com sentimentos, emoções e pensamentos, e tirar o passado e o futuro do centro.
Por meio de pesquisas acadêmicas na Universidade de Massachussets, o professor Dr. Jon Kabat-Zinn criou um programa que visava reduzir o estresse.
A técnica consiste em estar consciente no presente intencionalmente e livre de julgamentos. Portanto, ela pode ser entendida como um estado de consciência em que temos controle sobre nossa atenção e nossas ações.
A atenção concentrada pode ser desenvolvida e treinada por meio de exercícios de meditação, técnicas cognitivas e comportamentais.
Para saber mais sobre mindfulness, qual a origem, significado e para que serve, continue acompanhando o artigo!
Índice — Neste artigo, você vai encontrar:
Há diferentes frentes que embasam o mindfulness, sendo algumas delas a meditação, yoga e o budismo, e outras em práticas não-religiosas, centradas no oriente. Portanto, essa técnica se baseia em ideologias, raízes budistas e filosóficas.
Enquanto o campo de mindfulness não relacionado à religiosidade tem origens nos anos 1980, em práticas terapêuticas para a redução do estresse baseada nessa técnica (MBSR), o campo atrelado ao budismo e religiosidade foi introduzida por Jon Kabat-Zinn em 1979.
Professor de medicina, Jon desenvolveu a técnica Mindfulness-based Stress Reduction (MBSR) visando combater o estresse e a dor crônica, sintomas que ele mesmo apresentava no momento.
O mindfulness auxilia na atenção plena, que visa concentrar-se no aqui e no agora, abrangendo todas as experiências negativas ou positivas. Além disso, a técnica da atenção plena pode servir para lidar melhor com desconfortos físicos ou emocionais em condições psiquiátricas como ansiedade, depressão e no estresse.
Tradicionalmente, as práticas duram 8 semanas e podem ser realizadas em grupo ou individualmente. De acordo com Jon, a prática pode ser conceituada de duas formas:
Esse tipo de prática do mindfulness é realizada em um local específico, com horários pré-estabelecidos e com uma postura confortável.
O objetivo é vivenciar a concentração e a respiração, além de perceber pensamentos e sentimentos, sem a intenção de modificá-los ou controlá-los, isto é, permitir estar consciente agora.
Nesse tipo de prática, o objetivo é realizar exercícios informais de atenção plena em situações cotidianas, ao fazer refeições, por exemplo.
Portanto, a ideia é ser menos reativo ao que está acontecendo no momento, diminuindo o sofrimento e aumentando a sensação de bem-estar.
Leia mais: Mindful eating: o que é e como praticar no dia a dia?
Sim! É comum que, ao ouvir sobre esse método de relaxamento, a primeira relação que se estabeleça seja com a espiritualidade e a meditação budista. No entanto, é importante saber e lembrar que existem bases na psicologia, aplicado e praticado.
Independente da abordagem utilizada na psicologia, é possível usar a prática como complemento. Para isso, é necessário que cada profissional encontre seu eixo de abordagem, pois, é uma prática terapêutica e sistematizada que visa a consciência de si.
Assim, casos de depressão, ansiedade, Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), síndrome do pensamento acelerado e diversos outros transtornos podem ser abordados com práticas de mindfulness.
Na psicologia, a técnica pode ser considerada um processo de consciência que auxilia na desenvoltura e capacidade de inteligência emocional.
Além disso, essa prática pode levar a uma aprendizagem que contribui para a desenvoltura do indivíduo em situações complicadas, ou seja, a pessoa aprende a responder aos problemas de forma mais reflexiva.
Portanto, a técnica está cada vez mais incorporada em intervenções psicoterapêuticas.
Os pensamentos, sensações e emoções começam a ser percebidos como eventos da mente, sem que a pessoa necessariamente se identifique com eles, julgue ou reaja com um padrão habitual e automático.
Praticar a atenção plena produz efeitos benéficos para a saúde e bem-estar e melhora os sintomas relacionados ao estresse. Isso é possível pois ela está associada a alterações neurológicas, estabelecendo um processo de autorregulação no organismo.
O mindfulness auxilia o cérebro no processamento dos sentimentos e emoções. A prática contribui para aumentar a capacidade de concentração, sendo bastante recomendada para pessoas com transtornos de déficit de atenção.
A memória é amplamente favorecida com a prática da atenção plena, tanto no que se refere a lembrar melhor das coisas importantes quanto no quesito de lidar com memórias ruins.
Como a prática exerce o foco e a concentração, fica mais fácil lembrar de informações, datas, fatos e conhecimentos.
Além disso, o praticante aprende a lidar melhor com emoções, fazendo com que memórias doloridas do passado sejam melhor processadas.
Os praticantes têm um maior controle emocional quando comparados com quem não pratica. Por isso, a técnica é reconhecida por sua capacidade de resultar em evoluções internas quando praticada regularmente.
Praticantes têm um maior controle sobre suas emoções e comportamentos durante o dia. Isso faz com que a atividade cerebral seja menor à noite, o que contribui para a qualidade do sono.
De acordo com um estudo da Universidade de Utah, a prática não apenas atua reduzindo o estresse, como também controlando a ansiedade.
As pessoas que se dedicam à atenção plena conseguem reagir melhor aos estresses do relacionamento. Além disso, melhoram a habilidade de comunicar as emoções para o parceiro.
Em processos de psicoterapia, pode ajudar terapeutas no desenvolvimento de habilidades que tornem a terapia mais eficaz.
Os benefícios incluem quem sofre com agitações esporádicas e, quem precisa de acompanhamento para a condição. Em geral, é possível perceber melhorias já nas primeiras sessões.
Sabemos que a insatisfação corporal é uma queixa recorrente e fonte de sofrimento, sobretudo entre as mulheres.
Em conjunto com a terapia cognitiva-comportamental, auxilia na melhora da resiliência emocional e social, além de reduzir problemas de atenção, ansiedade e comportamentos problemáticos.
O estresse é comumente associado às alterações da imunidade. Portanto, pessoas com níveis elevados de estresse, rotinas cansativas e alterações de humor tendem a sofrer com mais infecções ou doenças.
Como a prática dessa técnica auxilia no manejo das emoções, ensinando o praticante a lidar melhor com os sentimentos e, consequentemente, reduzir o estresse, a imunidade pode ser beneficiada e fortalecida.
A prática surge como uma fusão entre as técnicas tradicionais de meditação, visando atingir o foco, a concentração e a atenção plena.
Já as meditações abrangem um conjunto de técnicas, entre as quais a atenção plena se inclui com repetições de mantras, contemplação e consciência do momento presente.
Portanto, se você está em busca de uma prática que proporcione autoconhecimento, voltado para a paz interior, tranquilidade e amor, tornando-se mais atrativo.
A técnica pode ser utilizada na mudança dos hábitos relacionados à alimentação, pois ao analisar a comida, os cheiros, as cores e prestar atenção no sabor. Consequentemente, é possível desfrutar muito mais daquilo que está ingerindo.
Além disso, quando comemos devagar e apreciando os alimentos, nosso corpo percebe que está saciado e, consequentemente, come-se menos.
Embora possa parecer simples praticar atenção plena, isso exige um trabalho real e contínuo para poder perceber uma evolução.
É preciso separar um tempo todos os dias para que a prática vá se tornando parte da sua rotina e, assim, fique mais fácil de desempenhá-la. Para te auxiliar nesse processo, trouxemos um passo a passo de como começar desenvolver a atenção plena:
A prática da atenção plena não exige materiais ou instrumentos para ser realizada. Porém, exige paciência e cautela com os julgamentos.
Por isso, trouxemos algumas dicas para aqueles que desejam começar, mas que ainda tem algumas dúvidas.
A prática do mindfulness não tem esse objetivo. A ideia é prestar atenção no que está sendo conduzido no momento, sem julgamentos, apenas percebendo o que está sendo feito e o que aquilo está causando em você.
Isso acontece muito quando estamos começando, pois a nossa mente está tomada por pensamentos. Não se culpe por isso, faz parte do processo. O importante nesse momento é focar ma respiração e voltar a atenção novamente, como uma retomada, repetidas vezes.
A prática da atenção plena, também conhecida como mindfulness, proporciona diversos benefícios relacionados a autoconhecimento, produtividade, foco, inteligência emocional e até diminuição da ansiedade e estresse.
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Esp. Thayna Rose
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