Chamada também de gravidez ectópica ou tubária, a gravidez nas trompas ocorre quando o embrião é implantado fora do útero, geralmente nas tubas uterinas.
Quando isso ocorre, o desenvolvimento da gravidez pode ser prejudicado. Em alguns casos, a gestação precisa ser interrompida, pois causa sangramento intenso e coloca a vida da mulher em risco de vida, se não for tratada.
Entenda melhor no decorrer deste artigo!
Índice — neste artigo você vai encontrar:
Uma gravidez ectópica, ou gravidez nas trompas, ocorre mais frequentemente em uma trompa de Falópio, que é responsável por carregar os óvulos dos ovários para o útero. No entanto, pode surgir em outras áreas do corpo, como o ovário, a cavidade abdominal ou a parte inferior do útero.
Ocorre quando há problemas nas últimas etapas da fecundação, ou seja, no momento em que o óvulo fecundado migra pela tuba uterina para chegar ao útero ou durante a implantação dele na parede do útero.
Sabe-se que a condição atinge entre 1% e 2% das mulheres. Vale destacar que as tubas são pequenas e estreitas. Por isso, não há espaço para o embrião se desenvolver e ele pode romper o tecido e provocar uma hemorragia grave.
Por isso essa anomalia deve ser diagnosticada logo quando surgem os primeiros sintomas para preservar a saúde da mulher.
Geralmente, as mulheres não sentem nada de diferente na gestação, além dos sintomas típicos da gravidez: falta de menstruação, sensibilidade mamária e náusea.
Entre a sexta e a oitava semana de gestação, os sintomas típicos da gravidez tubária podem aparecer e merecem atenção. São eles:
Costuma surgir com uma intensidade mais leve e pode vir acompanhada de um sangramento vaginal. Conforme a gravidez vai evoluindo, a dor vai aumentando e atinge todo o abdômen e também ombros e pescoço. Também pode surgir uma dor intensa que ocorre em um lado do abdômen.
A gestante pode ter um sangramento vaginal que varia de leve a intenso
Quando há rompimento da estrutura que abriga o embrião na tuba uterina, a gestante sente dor aguda, sangramento vaginal mais intenso que causam desmaio e tontura.
Outros sintomas: algumas mulheres apresentam a sensação de peso na vagina, forte dor à palpação do útero; abdômen inchado e exame Beta HCG são negativo --aquele que identifica a gravidez.
É muito importante que o diagnóstico seja realizado o quanto antes para preservar a saúde da mulher. Se a gestante está assintomática, ela pode descobrir a gravidez nas trompas durante uma consulta de rotina ao realizar ultrassom.
Em alguns casos, pode ser solicitado o ultrassom transvaginal, que consegue visualizar as trompas e os úteros e identificar onde está ocorrendo à gestação.
O (a) médico (a) também pode solicitar um exame de sangue para determinar os níveis hormonais presentes durante a gravidez.
Um hemograma completo (exame de sangue) será solicitado para verificar se há anemia ou outros sinais de perda de sangue.
As causas de uma gravidez ectópica nem sempre são claras. A seguir, veja detalhes do que pode ocasionar uma gravidez nas trompas.
Mulheres que já tiveram esse tipo de gravidez antes têm mais chances de terem outra gestação nas trompas.
Infecções sexualmente transmissíveis, como gonorreia ou clamídia, podem causar inflamação nas trompas e em outros órgãos próximos e aumentar o risco de gravidez ectópica.
Algumas pesquisas mostram que as mulheres que realizaram fertilização in vitro ou tratamentos semelhantes têm maior probabilidade de ter uma gravidez ectópica. Isso porque tomar medicamentos para estimular a ovulação (a liberação de um óvulo) pode aumentar o risco.
Quando a mulher realiza uma cirurgia para corrigir uma tuba uterina fechada ou danificada aumenta o risco de desenvolver uma gravidez ectópica.
Quem usa o DIU (Dispositivo Intrauterino) também está mais suscetível a ter uma gravidez nas trompas. Já as mulheres que fizeram laqueadura, também aumentam o risco de ter uma gravidez indesejada nas trompas.
As mulheres que fumam também têm o risco aumentado de desenvolver uma gravidez ectópica. Sabe-se que quanto mais ela fuma, maior o risco.
O fato de ter vários parceiros sexuais também pode favorecer o desenvolvimento de uma gravidez ectópica.
Mulheres acima de 35 anos também estão mais propensas a ter esse tipo de gestação.
Algumas mulheres nascem com malformações nas trompas de falópio e estão mais propensas a ter uma gravidez nas trompas.
A gravidez nas trompas raramente consegue prosseguir, uma vez que é segura para a mãe. Além disso, o embrião não será capaz de se desenvolver até o fim.
Por isso, geralmente remove-se o embrião o mais rápido possível para preservar a saúde da mãe e também a sua fertilidade. As opções de tratamento variam de acordo com a localização da gravidez ectópica e de seu desenvolvimento.
Abaixo, confira o que pode ser feito em relação a uma gravidez nas trompas.
O primeiro passo ao identificar uma gravidez nas trompas é indicar um medicamento injetável para interromper o desenvolvimento embrionário nas tubas uterinas.
O medicamento causa sintomas semelhantes aos de um aborto espontâneo como cólicas e sangramentos.
Raramente, é necessária nova cirurgia depois e na maioria das vezes, não há danos nas trompas. No entanto, geralmente, a mulher não consegue engravidar por vários meses após tomar este medicamento.
Atualmente, a maioria das gestações tubárias são diagnosticadas. Por isso, consegue evitar hemorragias e complicações.
As cirurgias ocorrem quando a gravidez nas trompas está mais avançada. Sendo assim, o (a) cirurgião (a) remove o embrião e repara os danos internos nas trompas.
Geralmente, é uma cirurgia minimamente invasiva (via laparoscópica), em cortes, e a recuperação ocorre rapidamente. Em alguns casos, é preciso retirar a trompa de Falópio durante a cirurgia, se ela estiver muito danificada.
Uma gestação ectópica rompida é uma emergência cirúrgica porque causa hemorragia materna e risco de morte. Por isso, o diagnóstico imediato é essencial.
Não há como prevenir uma gravidez tubária. O que pode ser feito é evitar os fatores de risco que contribuem para que esse problema apareça.
Por isso, é importante usar preservativo e limitar o número de parceiros sexuais. Além de realizar consultas regulares com um (a) ginecologista para checar como está a saúde reprodutiva e tratar infecções e inflamações precocemente.
Quanto mais rapidamente a gravidez ectópica for identificada, menor o risco de possíveis complicações à saúde da mulher. Mesmo após uma gravidez nas trompas, algumas mulheres conseguem engravidar normalmente e ter um bebê.
Prevenção sempre é o melhor remédio, por isso, fique sempre atento (a) aos sinais do seu corpo e vá ao médico (a) regularmente.
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Rafaela Sarturi Sitiniki
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