Após os 9 meses da gravidez, o parto é um momento muito aguardado e especial na vida da nova mãe. Presenciar, acompanhar e participar do nascimento de seu filho é de extrema importância e é, inclusive, um direito da gestante, que não costuma ser sedada.
Dependendo da situação, pode ser necessária a anestesia leve no parto como forma de aliviar a dor, mas a mulher permanece consciente durante todo o procedimento.
Ou seja, a gestante não é sedada ou anestesiada totalmente durante o parto, salvo em casos muito específicos nos quais há riscos para a mãe ou para o bebê.
Além disso, é importante ressaltar que o contato pele a pele da mãe com o bebê (que acontece com a mãe consciente), logo após o nascimento, é fundamental para transmitir segurança, para a formação de vínculo e para a imunidade da criança.
Pensando nisso, o Minuto Saudável preparou um artigo com as principais informações sobre a anestesia na hora do parto. Confira!
Índice – Neste artigo, você vai encontrar:
- Quando a sedação em gestantes é indicada?
- Que tipos de anestesia são permitidas no parto?
- Quais as complicações da anestesia nas gestantes?
Quando a sedação em gestantes é indicada?
A sedação em gestantes é extremamente rara. No entanto, pode ser indicada em casos onde há problemas para o bom andamento do parto, como a presença de possíveis doenças da mãe, e tem o objetivo de oferecer maior segurança à gestante.
Ademais, a sedação só pode ser realizada com o consentimento da paciente, costuma ser feita com doses leves e apenas depois do nascimento e do corte do cordão umbilical.
Portanto, a sedação não é indicada em partos que não apresentem qualquer tipo de risco.
Que tipos de anestesia são permitidas no parto?
Durante o parto, a anestesia é aplicada como forma de reduzir a dor da paciente, em doses adequadas para garantir a segurança da mãe e do bebê. Além disso, os tipos de anestesia aplicados no trabalho de parto apenas reduzem a sensibilidade nas regiões abaixo da cintura, mantendo a paciente acordada e consciente.
A anestesia não é comum no parto normal, visto que a paciente realiza esforço durante o procedimento e por isso não pode perder totalmente a sensibilidade abaixo da cintura. No entanto, a gestante pode requisitar o anestésico como forma de reduzir a dor.
O tipo mais utilizado no parto normal é a anestesia peridural, também conhecida como epidural, tipo que tem dose baixa e é aplicada por meio de um cateter.
Ademais, a quantidade de anestésico utilizada durante o parto normal não alivia totalmente a dor, pois é necessário que a paciente sinta as contrações.
Já no parto cesárea, o anestésico é aplicado como forma de aliviar totalmente a dor e o tipo mais utilizado é a anestesia raquidiana, que dura aproximadamente 3 horas e é aplicada por meio de uma agulha.
Ambos os tipos de anestesia são aplicados nas costas, em locais diferentes da coluna vertebral.
Quais as complicações da anestesia nas gestantes?
Quando aplicada corretamente e em quantidades adequadas, a anestesia utilizada durante o parto oferece poucos riscos à saúde da mãe e do bebê.
Contudo, a anestesia geral no parto pode causar complicações como dor pélvica crônica, tromboembolismo venoso, complicações pulmonares e toxicidade.
Já a sedação pode causar broncoaspiração, infecções pulmonares e óbito. Caso a gestante seja sedada antes do nascimento, pode também causar complicações para o bebê como depressão respiratória e parada cardíaca.
Leia também: Violência obstétrica: quais são os tipos? Como denunciar?
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Os direitos da gestante devem ser respeitados durante toda a gestação, especialmente durante o parto. Por isso, é importante ressaltar que um deles é o direito a um (a) acompanhante.
Caso surjam maiores dúvidas, entre em contato com um (a) médico (a) ginecologista obstetra.
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Referências
- Analgesia e anestesia no trabalho de parto e parto — Revista Femina, Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia;
- Anesthesia for Labor and Delivery — Intermountain Healthcare;
- Diretrizes Nacionais de Assistência ao Parto Normal — Ministério da Saúde;
- Artigos de Revisão: anestesia geral para cesariana — Revista Médica de Minas Gerais;
- Protocolo Analgesia de Parto — Hospitais Universitários Federais (EBSERH).