No dia 20 de janeiro, o Ministério da Saúde informou sobre a confirmação de um caso de febre hemorrágica brasileira, ocasionada por um vírus chamado arenavírus.
A doença já teve registros no Brasil, e afetou apenas 4 pessoas, mas não era registrada há mais de 20 anos. Apesar de as entidades de saúde informarem que a transmissão é limitada e que, de modo geral, não há motivos de preocupação, a infecção é grave e apresenta alta taxa de letalidade.
Saiba mais sobre a febre hemorrágica brasileira por arenavírus:
De acordo com o Ministério da Saúde, as febres hemorrágicas estão presentes pelo mundo todo. Há 6 tipos da doença, sendo que o arenavírus é um deles e inclui febres hemorrágicas dos vírus Junin, Machupo, Guanarito e Sabiá (na América do Sul) e do vírus Lassa (na África).
A febre hemorrágica brasileira é uma doença decorrente da infecção pelo Mammarenavirus (ou Sabiá), da família arenavírus. O agente infeccioso está presente, geralmente, em ambientes silvestres e pode circular entre animais.
Nos humanos, a ocorrência é extremamente rara, sendo que no Brasil apenas 4 casos foram registrados, o último há mais de 20 anos. Apesar disso, um caso recente foi notificado no interior de São Paulo.
A infecção ocorre de forma acidental, quando pessoas inalam pequenas partículas formadas a partir da urina, fezes e saliva de animais infectados. Ou, ainda, é possível que pessoas que passaram muito tempo em contato direto com pacientes contaminados possam ser infectadas também.
Entre as manifestações, pacientes com a infecção costumam apresentar febre, icterícia e sangramentos intensos. A doença é grave, pois, de acordo com o Ministério da Saúde, o quadro febril hemorrágico tem evolução rápida, podendo levar à morte.
O Mammarenavirus, ou vírus Sabiá, é um gênero pertencente à família arenavírus. Ou seja, é como se os vírus fossem classificados em grupos, de acordo com suas características, e além disso cada grupo pode ter vários gêneros.
Esse agente viral é encontrado, de forma geral, em ambientes silvestres e circula entre mamíferos, sobretudo roedores.
A incidência da infecção em humanos é bastante rara, sendo que antes de 2020 o último caso registrado foi há mais de 20 anos. Além disso, só há 4 registros de infecção em todo o histórico nacional.
De acordo com o Ministério da Saúde, o arenavírus pode afetar pessoas de 2 formas. A primeira é por meio da inalação de pequenas partículas liberadas a partir da urina, fezes e saliva de animais infectados.
Ao ter contato ou respirar próximas dessas secreções, as pessoas inalam as partículas que contêm o vírus.
Outra forma de contágio é por meio do contato com pessoas já infectadas. Porém, o Ministério da Saúde aponta que o tempo de exposição tem que ser prolongado, ocorrendo sobretudo em ambientes hospitalares.
Por isso, esta última forma de transmissão é mais comum de ocorrer na equipe médica ou de pesquisa, pois há o contato e exposição maior às secreções ou urina, fezes, sangue, saliva ou vômito.
Após a infecção, o vírus passa por um período de incubação, que pode durar de 5 a 21 dias. Isso significa que ele está presente no organismo, mas ainda não desencadeia reações ou sintomas. Depois desse tempo, inicia-se o quadro sintomático, que envolve principalmente:
A doença evolui rapidamente e de forma grave, podendo levar ao comprometimento neurológico. Nesses casos, surgem sintomas como sonolência, confusão mental e até convulsões, podendo levar pacientes à morte.
O tratamento para a infecção pelo arenavírus consiste em controlar e amenizar os sintomas. Não há, portanto, nenhuma medicação específica para o quadro.
No entanto, acredita-se que o medicamento Ribavirina utilizado para tratar febre de Lassa, um tipo de febre hemorrágica causada por outros tipos de vírus, possa ser eficaz.
Para prevenir e reduzir os riscos de contágio, o Ministério da Saúde orienta que as pessoas evitem o contato com roedores silvestres, tanto em áreas silvestres quanto rurais.
Além disso, como o contágio pode ocorrer por meio da inalação de partículas liberadas a partir de secreções dos animais, orienta-se evitar sentar no chão e respirar em ambientes que indiquem a presença de animais (como galpões ou abrigos), sobretudo se houver a fezes e urina de animais.
Se ocorreu o contato com animais silvestres ou há a suspeita de febre hemorrágica brasileira, a orientação é sempre buscar auxílio médico, indo diretamente às unidades de saúde, informando sobre a possibilidade da infecção.
Nesses casos, o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) local deve ser informado e medidas de diagnóstico e manejo correto do(a) paciente devem ser adotadas.
O caso recente de febre hemorrágica brasileira acendeu o alerta para a infecção por um tipo de arenavírus. A doença, bastante rara, não era notificada há mais de 20 anos em território brasileiro.
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Rafaela Sarturi Sitiniki
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