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Mastite canina: o que é e por que ela ocorre?

Publicado em: 23/01/2020Última atualização: 13/06/2022
Publicado em: 23/01/2020Última atualização: 13/06/2022
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Assim como nós, os pets também sofrem com diversos problemas de saúde que além de causarem desconforto, podem levar a complicações mais sérias.

Por esse motivo, é importante prestar atenção no animalzinho e mantê-lo em local sempre sempre limpo e arejado, com tudo o que ele precisa ao alcance (água, ração, brinquedos etc).

Vamos falar sobre a mastite canina, para entender um pouco mais sobre uma doença que atinge os cães fêmeas e muito raramente os machos, pois está mais relacionada à gestação e lactação.

O que é mastite na cadela (canina)? 

A mastite canina é uma inflamação das glândulas mamárias, causada por bactérias, que pode afetar cães fêmeas durante ou após a gestação e até em casos de gravidez psicológica. ALém disso, pode aparecer em uma ou em várias mamas. A mastite é bastante comum e é preciso muita atenção por parte de responsáveis do bichinho.

Ela modifica o tecido das glândulas mamárias e a composição do leite, podendo prejudicar os filhotes que estiverem em período de aleitamento, pois o leite se torna tóxico devido à infecção e perde parte de seus nutrientes.

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Causas

A principal causa da mastite canina é a diminuição das defesas da mãe após o parto, que fica vulnerável aos organismos infecciosos que se instalam nas mamas, provocando a infecção.

Isso pode acontecer enquanto os filhotes mamam. Isso porque eles seguram a mama da mãe para extrair o leite e acabam mordendo ou arranhando, causando feridas que são a porta de entrada para os germes se instalarem.

As bactérias como como a Staphlococcus aureus, Escheria coli e Streptococcus sp, podem se multiplicar, destruir células e causar infecções. Se não for tratada, a mastite pode até levar a cadela a óbito a infecção se espalhar-se.

Nos casos de gravidez psicológica (pseudociese), a cachorra acha que irá ter filhotes e, assim, as glândulas mamárias podem chegar a produzir leite. 

Quando produzido em grande quantidade, o leite pode empedrar nas mamas, por não ter filhotes para mamar, e acabar criando nódulos e inflamações.

Outra possível causa para a mastite, porém menos comum, é o uso de anticoncepcionais em cadelas, que algumas pessoas recorrem para não realizar a castração no animal.

O anticoncepcional contém uma alta dose de hormônios que podem causar tumores não somente nas mamas, mas também no útero e ovários.

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Quais os sintomas e sinais da mastite canina?

Há vários sinais que podem indicar que a fêmea está com mastite. Se ela está grávida, amamentando, teve gravidez psicológica ou estava amamentando e repentinamente parou, ela possivelmente terá mastite.

Para o diagnóstico, é importante observar alguns sinais que, se manifestados, é indicado buscar orientação veterinária para realizar os exames necessários e iniciar  o quanto antes o tratamento.

Observe sinais como: 

  • Endurecimento das mamas e inchaço;
  • Recusa de dar de mamar aos filhotes (em casos de fêmea amamentando);
  • O cachorro parece sentir dor local;
  • Secreções saindo das mamas;
  • Falta de apetite;
  • Apatia;
  • Vômito;
  • Mal-estar;
  • Febre;
  • Diarreia;
  • Irritabilidade.

Uma possível consequência do agravamento da mastite é o aparecimento de tumores nas mamas, que podem até levar o bichinho a óbito. 

Além disso, os filhotes da cachorra que ainda estão amamentando também podem ter problemas de saúde, como desnutrição, devido à falta de leite ou complicações por ingerirem leite contaminado.

Tem cura?

Sim. A mastite tem cura quando identificada antes de possíveis complicações e iniciado o tratamento adequado.  

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Mastite canina tem tratamento? O que fazer?

A mastite canina tem tratamento, que são indicados de acordo com a gravidade do problema. Eles podem variar entre antibióticos, anti-inflamatórios e até cirurgia ou podem ser feitos simultaneamente.

Em casos menos graves, somente a medicação já consegue resolver e eliminar a infecção. Recomenda-se fazer compressas de água quente para aliviar a dor e reduzir o inchaço.

Já nos casos mais graves, pode ser indicada uma cirurgia para drenar os abcessos (bolsas de pus) das glândulas mamárias. As opções são a retirada das feridas (desbridamento) ou a retirada completa da mama (mastectomia).  

Quando identificado o problema, o melhor a fazer é buscar o quanto antes a orientação veterinária, para que possa ser indicado o tratamento adequado bem como os cuidados necessários com o animalzinho.

Qual o remédio para mastite canina? 

Há dois tipos de remédios para tratar a mastite canina, os anti-inflamatórios e os antibióticos. Ambos devem ser indicados por um(a) veterinário(a) pois não se deve medicar seu bichinho sem a orientação de especialistas no assunto.

Quando há ferimentos nas mamas da fêmea, podem ser indicadas também pomadas cicatrizantes para fechar a ferida rapidamente, pois elas são a porta de entrada para bactérias.

Confira a seguir algumas opções de medicamentos:

Antibiótico

O tratamento com antibióticos serve para inibir o crescimento das bactérias e eliminá-las, controlando assim a infecção causada por elas. Ele dura cerca de 2 a 3 semanas e os medicamentos mais indicados são:

Anti-inflamatório

Os anti-inflamatórios são medicamentos que combatem a inflamação de tecidos. Eles atuam minimizando também os sintomas como vermelhidão e inchaço, febre e dor. 

Pomadas

As pomadas atuam como complemento aos medicamentos e auxiliam nos casos de feridas externas. Elas ajudam a combater os microrganismos responsáveis pelas infecções bacterianas superficiais. 

Confira algumas opções:

Tratamento caseiro para mastite canina

Alguns tratamentos podem ser feitos em casa para aliviar as dores do bichinho e tratar as feridas. Confira a seguir algumas opções:

Massagem

Para ajudar estimular a desbloquear os vasos de leite na fêmea, pode ser feita uma massagem leve com as pontas dos dedos ao redor das mamas, pois isso ajuda a não empedrar o leite.

Uma opção para auxiliar na massagem é utilizar o óleo de rícino ou de amêndoas. Pingue algumas gotas de óleo nas mãos para massagear o pet. Quando finalizar, lave a região com água morna e sabão neutro.

Compressas

As compressas são muito boas para aliviar os sintomas da mastite e podem ser feitas com diversas infusões. Para prepará-las basta adicionar a especiaria em água quente e tampar. Assim que a água amornar, a infusão já pode ser utilizada.

O procedimento é simples, basta molhar um pano limpo ou gaze no preparo e, em seguida, fazer uma compressa sobre as mamas do pet. Deixe agir por cerca de 20 minutos, molhando o pano de pouco em pouco na infusão.

Confira algumas das especiarias que podem ser utilizadas:

  • Alecrim: reduz as dores e o inchaço causados pela infecção, pois contém substâncias anti-inflamatórias;
  • Tomilho: é um poderoso antibacteriano e desinfetante natural. Ele ajuda a limpar e tratar as feridas, além de diminuir o inchaço local;
  • Camomila: aumenta a atividade do sistema imunológico e combate infecções pois é um cicatrizante natural.

Mastite canina e gravidez psicológica

Os casos de mastite durante uma gravidez psicológica (pseudociese) são menos comuns, mas podem acontecer em estágios avançados da pseudociese.

Nesses estágios, o organismo da fêmea entende que precisa estimular as glândulas mamárias para produzir leite. Isso pode causar fissuras nas mamas, que podem ser infectadas com bactérias e resultar na mastite. 

Esse leite ainda pode empedrar, por não ser extraído por filhotes, podendo causar complicações e agravamento no caso de mastite.

Como prevenir a doença?

A mastite pode ser facilmente evitada, porém, será preciso um cuidado redobrado com o bichinho por parte dos(as) responsáveis.

É necessário observar regularmente as mamas, principalmente em fêmeas que estiverem grávidas ou amamentando, para verificar se estão normais.

Se estiverem duras, com feridas, avermelhadas e com sangramentos, isso pode ser sinal de mastite canina. É indicado levar a fêmea imediatamente ao consultório veterinário nesses casos.

Alguns cuidados constantes são fundamentais para evitar a doença:

  • Mantenha as mamas da cadela sempre limpas durante a gestação ou amamentação. Isso evita que a umidade seja um local propenso à proliferação de germes e bactérias;
  • Mantenha limpo o local que os filhotes ficam. Isso evita que eles pisem na sujeira e transfiram para o peito da mãe enquanto mamam;
  • Mantenha a unha dos filhotes sempre aparadas para evitar que causem feridas no peito da mãe;
  • Durante a amamentação, cuide para que todas as mamas sejam utilizadas pelos filhotes, para que não fique leite empedrado em nenhuma delas.

Outra forma eficaz de evitar a mastite é a castração, pois ela reduz os riscos de infecções e tumores relacionados ao sistema reprodutor (mamas, útero e ovários) e reduz as chances de ocorrer uma gravidez psicológica.


A mastite canina é uma doença grave que pode ser evitada se forem tomados os devidos cuidados. Fique sempre atento(a) para identificar qualquer alteração no comportamento do seu pet.

Grande parte dos problemas, quando identificados com antecedência, têm mais chances de serem resolvidos de forma a não causar complicações para o seu bichinho.

Continue acompanhando o Minuto Saudável se você gosta de saber mais sobre pets e compartilhe nosso conteúdo com quem também tem bichinhos de estimação.

Imagem do profissional Rafaela Sarturi Sitiniki
Este artigo foi escrito por:

Rafaela Sarturi Sitiniki

CRF/PR: 37364Farmacêutica generalista graduada pela Faculdade ParananseLeia mais artigos de Rafaela
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