A gravidez traz uma série de mudanças à vida da mulher. A rotina é impactada, o humor fica mais instável e, sobretudo, o organismo se modifica para proporcionar condições de gestar o bebê.
Inúmeros cuidados podem — e devem — acompanhar os 9 meses de gravidez, que serão de intensas transformações orgânicas e físicas.
Uma das primeiras mudanças, e também a mais perceptível, é o crescimento da barriga. Geralmente, entre os 2 ou 3 primeiros meses já é possível identificar uma leve acentuação da região. Além do aumento do útero, devido ao desenvolvimento fetal, o ganho de peso no corpo todo tende a acompanhar a gestação.
Apesar de muitas mulheres estarem atentas às alterações da pele, realizando tratamentos e recorrendo a cremes durante a gestação, nem sempre é possível evitar as estrias na gravidez. Porém, pode-se minimizar a incidência através de medidas preventivas que aliam tratamentos e alimentação.
Índice – neste artigo você vai encontrar as seguintes informações:
As estrias são lesões ou cicatrizes lineares ocasionadas pelo rompimentos das fibras elásticas da pele. Inicialmente elas podem coçar ou arder, mas em geral não apresentam reações. O aparecimento das lesões é considerado como um distúrbio estético, sem acarretar riscos ou danos à saúde.
Podendo ainda ser denominadas como estriações atróficas ou striae distensae, a condição é tida como uma degeneração ou atrofia cutânea capaz de apresentar variações de cor e evolução.
Mesmo que a maioria das pessoas apresente alguma quantidade ou grau de estrias, a condição prevalece nas mulheres, ainda. A suposição é que a incidência no sexo feminino seja maior devido aos fatores genéticos e hormonais, à gravidez e às alterações mais frequentes de peso.
A pele, que possui um certo grau de elasticidade, é preparada para se adaptar às mudanças do corpo, que podem envolver o crescimento, além do aumento ou redução de peso.
Porém, quando essas alterações são repentinas, aceleradas ou muito acentuadas, a elasticidade da derme pode não ser capaz de sustentar a distensão. Assim, ocorre rompimento das fibras. Peles muito afinadas estão mais susceptíveis ao aparecimento de estrias.
Se houver um repentino estiramento ou alongamento das fibras de colágeno e elastina, elas se rompem e enfraquecem a estrutura da pele.
A ruptura é considerada uma lesão que, inicialmente, tende a ser avermelhada devido à presença de irrigação sanguínea.
No entanto, com o tempo, o fornecimento de sangue se encerra, conferindo às atrofias tons brancos ou mais próximas à cor da pele.
A quantidade é variada, dependendo da proporção de fibras lesionadas, e pode aparecer em qualquer região de pele, porém a prevalência ocorre na barriga, seios, costas, coxas e bumbum.
A pele constitui cerca de 15% do peso corporal, sendo o maior órgão do corpo humano. À ela são atribuídas as funções de proteção, recepção de sinais (tato), regulação térmica, secreção e excreção.
O órgão é constituído por 3 camadas, que são a epiderme, a derme e a hipoderme.
De modo geral, a composição da pele é vascularizada, com nervos, folículos pilosos e glândulas sudoríparas e sebáceas. Das 3 camadas, a derme é a mais rica em fibras colágenas e elásticas.
Entre algumas funções, a derme é responsável pela nutrição da epiderme. Por isso, a sua disposição é logo abaixo epiderme.
Apesar das estrias serem, geralmente, bem perceptíveis, é na camada do meio, a derme, que elas ocorrem, pois é a porção com maior concentração de fibras elásticas e colágenas.
É uma substância abundante no organismo, sobretudo na pele. O termo colágeno designa um grupo composto de 27 tipos de proteínas, que estão dispostas na matriz extracelular e nos tecidos conectivos.
A formação colágena é composta dos aminoácidos prolina, glicina, lisina hidroxilisina, hidroxiprolina e alanina, que formam cadeias e resultam nas fibras colágenas.
Mas para que o colágeno seja sintetizado e desempenhe corretamente suas funções orgânicas, é preciso a atuação do ascorbato (vitamina C), ferro, glutamina e arginina.
Quando devidamente sintetizado, a proteína resulta em fibras capazes de conferir sustentação, flexibilidade e estabilidade aos tecidos.
Mais do que auxiliar a modelação e adaptação da pele, ela age em outras estruturas e tecidos do corpo, como unhas, cabelos, cartilagens, além de auxiliar na manutenção das paredes intestinais após processos inflamatórios.
A substância é encontrada em alimentos, mas nos casos em que há dificuldade em consumir a quantidade adequada, suplementos podem ser uma opção.
No decorrer da vida, a produção natural de colágeno reduz consideravelmente. Após os 30 anos, há uma redução média de 1% por ano da proteína no corpo. O processo ocorre devido ao envelhecimento, que torna a reprodução celular mais lenta e irregular.
Para as mulheres, a grande perda colágena ocorre após a menopausa, em que até 30% da substância é reduzida no primeiro ano.
Fala-se, principalmente, em dois tipos de estrias, as de cor mais avermelhada ou arroxeada, e as mais esbranquiçadas. Porém, o fator que diferencia as duas é o tempo em que houve a ruptura das fibras.
O estiramento das fibras colágenas é, inicialmente, ativo e pode apresentar vermelhidão ao redor da região (no tecido não afetado pela estria). Aos poucos, a cor vai sendo amenizada e ainda é possível que haja alterações na superfície da pele.
Portanto, pode-se considerar que os tipos de estria são devido à sua evolução e processo de recuperação da pele.
Mas também há características de irregularidade na superfície da pele que podem classificar as marcas.
Indicam que a lesão está em estado inicial e, por isso, apresenta tonalidades rosas, vermelhas ou roxas, além de, em alguns casos, apresentar uma elevação ou irregularidade sutil da pele.
A coloração acentuada se deve à irrigação sanguínea ainda presente na região. Com o tempo, as estrias clareiam, tornando-se mais próximas à cor da pele ou esbranquiçadas.
Em alguns casos, pode haver a percepção de coceiras na região, que é amenizada em poucos dias.
Aos poucos, a tonalidade avermelhada das estrias é atenuada. A coloração tende a migrar para tons esbranquiçados e, nesse momento, classifica-se a estria como nacaradas.
Isso se dá pela atrofia das células melanócitos e redução da produção de melanina, que é uma substância responsável pela pigmentação da pele.
Em geral, não há grandes diferenciações das estrias vermelhas, sendo que as brancas são apenas lesões mais antigas e tendem a responder menos aos tratamentos para remoção.
As estrias podem se apresentar de modo deprimido ou elevado na camada da pele. As alterações de regularidade tendem a ser mais perceptíveis nas estrias grandes, em que há grandes concentrações de fibras lesionadas.
Normalmente, as estrias apresentam concentrações desalinhadas de fibras colágenas, com suas estruturas modificadas, alargadas ou estiradas.
As estrias na gravidez são resultado do estiramento da pele, causado pelo ganho de peso corporal e crescimento da barriga.
Com as rápidas mudanças corporais, as camadas da pele não são capazes de acompanhar e, então, acabam se distendendo devido à pressão.
Fatores variados podem favorecer o surgimento das estrias na gestação, entre eles a idade, o ressecamento da pele, a alimentação e os fatores genéticos.
Quanto maior a idade, menor é a concentração de colágeno no organismo. Por isso, a tendência é que a pele fique mais fragilizada, ressecada e menos elástica a cada ano.
A genética é um componente difícil de ser modificado. Por isso, processos de sintetização e produção colágena nem sempre podem ser drasticamente melhorados, mas os cuidados com a alimentação e a correta hidratação da pele podem diminuir o ressecamento, aumentar a elasticidade e prevenir as estrias.
Os cuidados com a pele e a saúde (alimentação e hidratação adequadas) ajudam a minimizar o aparecimento das marcas.
Apesar de não representarem riscos ou danos à saúde, em geral, as estrias são apenas uma queixa de desconforto estético.
A gestação iniciada em idades mais avançadas aumenta a probabilidade do aparecimento de estrias. Isso se deve à redução natural da produção de colágeno advinda do envelhecimento.
Alguns dos fatores que podem propiciar o surgimento de estrias são:
Há alta incidência do surgimento de estrias nas mulheres entre 10 e 16 anos, e nos homens entre 14 e 20 anos. Na idade adulta, dados apontam uma ocorrência até 3 vezes maior no sexo feminino.
Além disso, gestantes, obesos e praticantes de musculação também são recorrentemente afetados.
Nem sempre a coceira e a ardência se apresentam, mas algumas vezes elas podem preceder ou acompanhar os primeiros dias do surgimento das estrias.
Isso ocorre porque o alongamento irregular e repentino das fibras da pele faz com que o colágeno modifique sua estrutura, causando percepções táteis na região.
A coceira pode começar antes da haver uma lesão visível na pele, agindo como um indicativo que as fibras foram lesionadas. Ou seja, em pouco tempo será possível perceber visivelmente a estria.
Os sintomas nem sempre são notados, pois variam de intensidade. Nos casos em que há coceiras ou ardências, ocasionados pelo processo de lesão da pele, eles tendem a diminuir em poucos dias.
Ainda não há tratamentos capazes de remover completamente as estrias, sejam elas avermelhadas ou esbranquiçadas. As opções envolvem tratamentos cosméticos e estéticos que melhoram a aparência da região.
Leia mais: Estrias: o que causa e como tratar?
Existem inúmeros tratamentos para estrias, que podem envolver cremes, óleos, suplementação de colágeno e estimulação da pele. Porém, quando as marcas surgem durante a gravidez, é preciso ficar atenta às intervenções e seus impactos ao organismo da mãe e do bebê.
A gestante deve ficar atenta, inclusive, aos cremes e compostos que utiliza na hidratação da pele.
Os hidratantes melhoram o ressecamento e são boas opções para deixar a pele mais bonita e saudável. No entanto, diversos produtos, mesmo os óleos naturais, podem ter uma interferência grande na formação e no desenvolvimento do bebê, por exemplo, o óleo de rícino.
Ainda que natural, a substância pode prejudicar a gestação, causar danos posteriores ao bebê, além de haver alta relação com casos de aborto se usado em grandes quantidades.
Os tratamentos que previnem estrias e preparam a pele apresentam bons resultados para a saúde e beleza da pele como um todo, pois também agem controlando a oleosidade, evitando o ressecamento, diminuindo a possibilidade de manchas e até de doenças de pele.
Durante a gestação, é necessária realização de consultas dermatológicas aliadas à obstetrícia, para que sejam recomendadas as melhores composições cosméticas para cada mulher.
Em geral, manipulações com óleos vegetais e colágeno podem ser recomendados, porém apenas com indicação médica.
Os tratamentos estéticos não devem ser realizados durante a gravidez, pois podem afetar o desenvolvimento do bebê.
No entanto, após o parto, algumas intervenções pode ser realizadas sem prejudicar a amamentação. Todos os procedimentos precisam ser indicados e acompanhados pelo médico, além de serem realizados por profissionais de estética especializados.
A utilização de cremes deve manter os mesmos cuidados tomados durante a gravidez, pois as substâncias presentes no produto podem penetrar na pele e alterar a composição do leite materno.
Através de aplicação de laser, a pele tem suas fibras colágenas estimuladas. O processo tende a melhorar a aparência da pele, tornando a estria menos perceptível.
Os métodos não ablativos se referem à aplicação de iluminação pulsada e controlada nas camadas mais superficiais da pele. Em geral, pode ser utilizado para tratar acne, rugas, linhas de expressão, manchas de pele e estrias, sobretudo as mais recentes.
Os centros de dermatologia indicam que o tratamento pode ser realizado após o parto, inclusive durante a amamentação.
Mas pessoas com doenças autoimunes, com alta sensibilidade à luz ou peles bronzeadas não devem fazer.
A média de preço fica em torno de 700 até 1000 reais por sessão, sendo recomendado entre 5 e 6 sessões.
Além das estrias, o método pode ser indicado em casos de acne, manchas de pele causadas ou não pelo sol, algumas cicatrizes e rugas. O procedimento atua de maneira mais aprofundada, atingindo as camadas internas da derme.
Inicialmente, há a aplicação de cremes anestésicos para amenizar possíveis desconfortos durante a sessão. Então o fraxel, que é um aparelho estimulador, direciona jatos de laser na pele, promovendo a ação colágena da região.
A aplicação age lesionando a pele e, consequentemente, promovendo a estimulação através da cicatrização.
O procedimento fica em torno de 1000 reais por sessão e, geralmente, são necessárias pelo menos 4 aplicações.
No procedimento, as fibras de colágeno são estimuladas através de incidência regulada de raios de luz. O método, em geral, não causa dor e apresenta melhores resultados em quem tem peles claras.
Em média, são necessárias 5 sessões para que haja uma melhora significativa da aparência da pele, sobretudo se as estrias ainda forem avermelhadas.
Recomenda-se, em geral, 5 sessões, com custos entre 400 e 700 reais por sessão.
O procedimento é considerado invasivo e tende a ser mais dolorido. Através da incisão de diversas microagulhas na região da estria, o colágeno é estimulado quando se inicia o processo de cicatrização da região.
Como há microlesões da pele, aplica-se anestesia para evitar a dor durante o procedimento.
Pode ser indicado realizar até 5 sessões, com valores de até 1000 reais cada.
O tratamento também é invasivo, pois o colágeno é estimulado através de agulhas que fazem microperfurações na pele acometida pela estria. As pequenas lesões fazem com que o organismo inicie um processo de cicatrização, aumentando as concentrações colágenas na região.
Ainda que parecido com o processo de microagulhamento, a radiofrequência também emite calor na região, acelerando os resultados.
O procedimento é mais indicado para as estrias brancas, que apareceram a mais tempo.
Em média, o método custa 800 reais por aplicação, sendo necessárias até 5 sessões para ter bons resultados.
São aplicadas injeções de ácido hialurônico na região afetada pela estria. A substância preenche a pele, dando mais sustentação ao tecido e resultando na melhora de sua aparência.
Os centros de estética apontam que o tratamento não é capaz de mudar a coloração das estrias, mas é possível notar uma melhoria de até 50% já na primeira aplicação.
O ácido hialurônico é naturalmente produzido pelo organismo, por isso, após o tratamento, a substância é gradualmente absorvida pelo corpo e a pele tende a retornar ao seu aspecto estriado. Por isso, é preciso recorrer novamente ao procedimento.
Nesse procedimento, cada aplicação pode custar entre 1 e 2 mil reais, mas os efeitos já são vistos na primeira intervenção. Em geral, recomenda-se que outras sessões sejam feitas entre 6 meses e 2 anos.
Através de pequenas incisões na região das estrias, são injetadas pequenas quantidades de gás carbônico.
A aplicação fica na parte superficial da pele, mas causa um estímulo da circulação sanguínea, infla as camadas (sendo indicada para a estrias que apresentam atróficas) e dá mais regularidade à superfície da pele.
Em média, cada sessão custa 130 reais e, para resultados visíveis, às vezes são necessárias até 10 sessões.
O ideal é que a prevenção ao surgimento das estrias ocorra não somente durante a gravidez, mas ao longo da vida.
Algumas dicas eficazes para evitar as estrias durante a gravidez são:
A ingestão da quantidade adequada de água, em média 2 litros diários, promove melhorias a todo o organismo.
Quando o corpo está bem hidratado, os sinais de ressecamento e descamação da pele tendem a diminuir. Isso proporciona mais flexibilidade e resistência ao tecido, pois o líquido favorece a ação colágena adequada.
O resultado é que a pele, unhas e cabelos ficam mais saudáveis, bonitos e resistentes.
Realizar refeições equilibradas e funcionais, ingerindo nutrientes de forma adequada, sempre com indicação e acompanhamento nutricional, acarreta também em respostas na pele.
Em geral, indica-se reduzir a quantidade de sódio e de produtos industrializados, que tendem a acentuar o ressecamento da pele e favorecer o inchaço. Além disso, alimentos ricos em cafeína, como cafés, refrigerantes e alguns tipos de chá também podem favorecer o aparecimento de estrias.
Optar por uma alimentação mais equilibrada e diversa não significa abolir os doces ou gorduras, mas sim consumi-los de modo saudável e moderado.
Sobretudo durante a gestação, as mulheres relatam sentir desejo de comidas geralmente mais calóricas, açucaradas ou gordurosas. Porém, é nesse período que investir em uma rotina alimentar rica em nutrientes, natural e saudável se torna mais essencial.
Pois é através da alimentação da mãe que o bebê será nutrido, auxiliando em seu desenvolvimento, formação e podendo evitar problemas futuros.
Então, além de proporcionar uma pele mais saudável, adotar uma alimentação equilibrada traz benefícios para toda a gestação e pós-parto.
Investir em um cardápio rico em proteínas de origem animal e ômega 3 é a melhor maneira de incrementar as fontes de colágeno.
Carnes brancas e vermelhas, além da gelatina — que é também de origem animal — e sementes, como a linhaça e a chia, são fundamentais para manter a produção de colágeno pelo organismo adequada.
Mas, além disso, é necessário ingerir fontes de vitamina C, vitamina E, cobre, selênio, zinco e silício, pois as substâncias interagem com as proteínas e promovem a melhor síntese colágena, podendo elevar a absorção em até 8 vezes.
Alimentos como abacaxi, laranja, acerola são ricos em vitamina C e podem ser aliados à refeição proteica.
Existem diferentes tipos de pele, dos quais necessitam de produtos específicos. Enquanto algumas são mais oleosas, outras tendem ao ressecamento.
Os produtos cosméticos comercializados abrangem todas as especificidades dermatológicas e podem ser encontrados em formas de creme, gel, óleos e spray, por exemplo. Quando o produto é manipulado, o dermatologista irá receitar as substâncias e quantidades mais adequadas para cada finalidade e tipo de pele.
Mais do que apenas hidratar, existem cosméticos que são desenvolvidos para atuar diretamente nas estrias, amenizando as marcas e melhorando a aparência da pele.
Antes de iniciar a utilização de qualquer creme ou óleo hidratante, é preciso conversar com um profissional de saúde e avaliar a composição química do produto.
Mesmo que o hidratante seja utilizado apenas na pele, ele tem capacidade de penetrar no organismo, podendo interferir no processo gestacional.
Principalmente as regiões da barriga e das mamas merecem atenção especial. Realizar massagem ativa a circulação local e pode auxiliar na elasticidade.
Se for feita com cremes e hidratantes, as massagens podem auxiliar na penetração do produto, acentuando seus efeitos.
Além de cuidar com o tecido, que deve ser confortável e maleável, é preciso estar atenta à firmeza da roupa, incluindo as íntimas. Tops, calcinhas e sutiãs devem auxiliar na sustentação da barriga e dos seios, diminuindo a pressão sofrida pela pele.
A utilização de qualquer suplemento alimentar ou nutricional, sobretudo na gestação, deve ser indicado por um médico ou nutricionista.
Em geral, o colágeno hidrolisado é bem tolerado, inclusive no período de gravidez e amamentação. O componente complementa a ingestão quando há dificuldades ou problemas que impedem em obtê-lo em quantidade adequada apenas pela alimentação.
Nesses casos, o suplemento auxilia na manutenção da hidratação e resistência da pele, atuando na prevenção de estrias. Além disso, a flacidez pode ser reduzida no pós-parto devido à ação da substância.
Estudos apontam que uma ingestão entre 8g e 10g de colágeno hidrolisado é o suficiente para conferir mais saúde à pele, nos casos em que há carência da substância. Mas não é somente na pele que o produto pode atuar, pois o suplemento reforça os ossos, cartilagens, artérias e tendões.
Porém, é importante ressaltar que a substância ingerida não se torna, efetivamente, o colágeno no organismo. Quando há o consumo do componente hidrolisado, o corpo a transforma em outras substâncias, como os aminoácidos.
Em síntese, é o próprio organismo que define o destino do suplemento. Portanto, o suplemento é igualmente eficaz na produção de colágeno quanto outro alimento rico em proteínas.
Há produtos enriquecidos com coenzima Q10, vitamina E e colágeno, por exemplo, com profunda penetração ou que hidratam mais superficialmente a pele. Eles podem compor a rotina de autocuidado da gestante e auxiliar na prevenção das estrias.
Em geral, os óleos não penetram na pele, por isso, não aumentam a hidratação do tecido. Mas eles formam uma camada que impede ou diminui a perda de água, retendo a umidade natural. O produto, por não ser capaz de penetrar na pele, geralmente oferece menos riscos à saúde do bebê.
Atualmente há linhas cosméticas e estéticas voltadas à maternidade. São cremes, óleos e maquiagens pensados na saúde da mãe e do bebê, que atendem às necessidades do período gestacional e são, geralmente, fáceis de serem encontrados.
Alguns produtos que auxiliam na hidratação da pele da gestante e, inclusive, são indicados para estrias, são:
A anvisa publicou uma lista de restrições indicadas para as gestantes. Produtos que contenham cânfora, ureia (acima de 3%) ou chumbo são relativamente comuns em cosméticos e hidratantes, mas podem representar riscos à gestante.
A cânfora é uma substância natural, mas sua ação pode ser bastante tóxica, afetando a formação do bebê ou, inclusive, podendo levar ao aborto.
Já a ureia pode causar má formação do bebê, fazendo com que substâncias químicas também possam penetrar nas vias de nutrição.
O chumbo é um componente bastante comum nos cosméticos, sobretudo nas maquiagens. Porém, altas concentrações podem ser prejudiciais ao organismo, sobretudo durante a gravidez.
Ficar em contato frequente, ainda que em pequenas concentrações, pode provocar desregulação metabólica, aumentar os riscos de pressão arterial e causar elevações de chumbo no organismo, podendo provocar disfunções nos sistemas renal, cardiovascular e nervoso.
Produtos à base ou que contenham ácidos também podem apresentar riscos para as gestantes ou quem ainda pretende engravidar. A interferência no organismo é tamanha que, para quem está planejando ser mãe, indica-se suspender o uso 3 meses antes de tentar engravidar.
Os ácidos são bastante utilizados para tratamentos que clareiam a pele, removem acnes e reduzem o envelhecimento. Os mais conhecidos são o ácido retinoico, o glicólico e o salicílico.
Alguns dermatologistas indicam o cuidado com as substâncias hidroquinona, geralmente utilizados em produtos que clareiam a pele, ou tretinoína, adapaleno e isotretinoína, derivados da vitamina A, podem ser perigosos durante a gravidez.
Ainda que não haja dados conclusivos sobre a toxidade ou os perigos dessas substâncias, muitos profissionais sugerem evitar.
Assim como as de qualquer outra origem, as estrias ocasionadas pela gravidez só podem ser amenizadas com tratamentos estéticos e cosméticos.
Quando as marcas na pele são pequenas ou mais sutis, a tendência é que os procedimentos quase as tornem imperceptíveis. Mas o tratamento para estrias visa apenas diminuir ou amenizar o quadro.
A medida mais eficaz é através da hidratação da pele constante, não somente na gravidez.
A utilização de cremes com proteína de ureia, óleos naturais e à base de silicone se mostram bastante eficazes e demonstram reduzir a incidência das estrias em gestantes.
No entanto, durante a gravidez, é preciso que os cremes e hidratantes sejam recomendados pelo médico.
O ideal é que a prevenção seja feita durante toda a vida. Mas se a mulher deixar para cuidar da pele somente na gravidez, é preciso que os cuidados se iniciem desde os primeiros meses. A utilização de cremes, a regulação da alimentação e os cuidados com a hidratação são fundamentais.
A água, por si só, não evita o surgimento. Mas a ingestão adequada e diária do líquido auxilia na hidratação e, por isso, favorece o bom funcionamento de todo o organismo. O resultado é uma pele mais hidratada, resistente e menos suscetível às estrias.
Não, assim como não coçar a pele não evita que ela apareça. O que acontece é que, algumas vezes, a lesão na fibra colágena já ocorreu, mas ainda não se manifestou visualmente. Isso faz com que a pele coce sem um motivo aparente.
O ideal é que, ao sentir coceiras, aplique-se hidratantes para evitar machucar a pele com as unhas. Mas isso não favorece ou impede o aparecimento das estrias.
Não, as condições climáticas não impactam o surgimento de estrias. No entanto, temperaturas baixas podem favorecer o ressecamento da pele e fragilizar as fibras de colágeno, agravando a aparência das estrias existentes.
A gravidez é um período de grandes mudanças no corpo, incluindo alterações internas e externas.
O ganho de peso, as mudanças hormonais, os novos hábitos de alimentação podem resultar em sinais na pele que, nem sempre, são bem-vindos.
As estrias são ocorrências bastante comuns durante a gestação. Mesmo que não prejudiquem a saúde, elas podem ser um incômodo estético e, por isso, os tratamentos para amenizá-las são bastante procurados.
Para preveni-las durante a gravidez, é necessário cuidar da saúde como um todo, mantendo a alimentação e a hidratação adequadas.
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Rafaela Sarturi Sitiniki
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