A espirometria, ou exame de sopro, mede o volume e a velocidade do ar com o objetivo de diagnosticar doenças pulmonares e respiratórias. O procedimento é simples, indolor e dura cerca de meia hora.
Outros nomes conhecidos para esse exame são Prova Ventilatória ou Prova da Função Pulmonar.
Uma variação do teste é a espirometria ocupacional, realizada no local de trabalho. Esse tipo de espirometria avalia a saúde de trabalhadores que têm contato direto com poluentes e que, portanto, podem adquirir doenças no local de trabalho.
O exame serve para avaliar o funcionamento pulmonar, o que auxilia no diagnóstico de problemas respiratórios no paciente. Além disso, costuma ser usado para acompanhar a evolução de doenças degenerativas e como procedimento pré-operatório, para verificar a saúde pulmonar do paciente.
Em alguns casos, pode ser feito também em pessoas sadias que precisam medir sua capacidade respiratória por algum motivo, como é o caso dos atletas.
Algumas doenças que são acompanhadas por meio da espirometria são:
Antes de iniciar a espirometria, o paciente tem sua altura e peso medidos, devendo repousar em torno de 5 a 10 minutos. Enquanto isso, o médico aproveita para perguntar sobre possíveis sintomas.
Durante o exame, o paciente fica sentado e uma presilha de borracha é colocada em seu nariz, para que respire apenas pela boca. O médico lhe dá um tubo, que fica conectado a um aparelho chamado espirômetro. Tudo o que o paciente deve fazer é soprar pelo espirômetro, jogando o ar para dentro do tubo, com a maior força possível.
O paciente irá respirar tranquilamente até que o médico peça para alterar a respiração. Depois, é necessário respirar mais rápido e com mais força. É recomendado que o paciente evite tossir ou falar durante o teste, pois tais ações alteram o resultado.
As oscilações são registradas em forma de gráficos e tabelas por um computador. Esses gráficos devem ser analisados pelo médico pneumologista, que irá interpretar as curvas e compreender a saúde pulmonar do paciente.
O teste costuma ser repetido cerca de três vezes para garantir a precisão dos resultados. No entanto, antes da repetição, o paciente recebe uma medicação broncodilatadora, e deve esperar cerca de 20 minutos para iniciar o segundo teste.
Os medicamentos broncodilatadores são substâncias que dilatam os brônquios, facilitando a respiração em indivíduos com crises asmáticas e bronquite, por exemplo. São utilizados no exame a fim de comparar a respiração normal do indivíduo com a respiração sob efeito do medicamento.
Atenção!
Tire todas as suas dúvidas antes de realizar o teste, pois a realização correta de todas as etapas do exame é importante.
É um procedimento semelhante, mas ocorre de maneira simplificada e em ambiente de trabalho.
Esse exame não necessita do uso de broncodilatador e é muito mais básico, pois somente a primeira fase de sopros ocorre. Avalia-se, a partir dela, a condição do trabalhador, podendo este ser transferido para outro setor/função menos prejudicial à sua saúde, caso necessário.
Alguns testes semelhantes podem ser solicitados após a espirometria, pois também avaliam a respiração do paciente em outras condições, como durante o estresse físico.
Dentre eles, existe o teste da esteira e o da bicicleta ergonométrica, que medem a respiração em cada movimento realizado.
Antes do exame, deve-se tomar alguns cuidados para evitar complicações. Todas as recomendações a seguir devem ser seguidas à risca para que os valores da espirometria não saiam alterados:
Recomenda-se não utilizar broncodilatadores logo antes do exame. No entanto, caso seja necessário, pode-se usar o medicamento em torno de 4 horas antes do procedimento, se for um de curta duração. O de longa duração deve ser utilizado, no máximo, 12 horas antes do exame.
O exame é indicado para prevenção e para pessoas que têm ou possam ter problemas respiratórios e pulmonares. Em caso de suspeita de qualquer doença do tipo, a pessoa deve fazer o exame por precaução.
Fumantes também devem realizar o exame, para avaliar suas funções pulmonares e possíveis doenças.
Pacientes que possuem asma, bronquite, fibrose pulmonar e semelhantes também devem se submeter ao exame, para que possam controlar e analisar os problemas pulmonares, verificando se os problemas respiratórios estão sob controle. É recomendado que, nestes casos, o paciente faça exames periódicos a cada 3 meses ou a cada 6 meses.
O dia 14 de outubro é a celebração do dia mundial da espirometria, que tem como objetivo conscientizar as pessoas a realizarem o exame, identificando doenças em estágio inicial para que possam ser tratadas precocemente. Nesta data, algumas instituições realizam o exame gratuitamente.
O exame de espirometria custa, aproximadamente, R$100,00. Esse valor pode variar conforme a clínica e avaliações específicas.
Você pode marcar o exame de espirometria em um posto de saúde próximo à sua casa ou em um hospital. Se você faz exames de rotina, o próprio clínico-geral ou pneumologista pode aconselhar este exame, encaminhando-o.
Os valores de referência se alteram conforme a idade, sexo e tamanho do paciente, e costumam ser informados após o exame.
O médico explica os resultados ao paciente e, se o resultado do teste der alterado, um novo exame é solicitado. Se a alteração persistir, tratamentos mais adequados para cada doença são iniciados.
Existem dois tipos de resultados que indicam a presença de problemas respiratórios:
É a avaliação da quantidade de ar expirada em 1 segundo, rapidamente. Se ela estiver abaixo do normal, significa que o paciente pode ter asma ou DPOC.
É a avaliação da quantidade de ar expirada no menor tempo possível. Quando estiver inferior ao normal, indica a presença de doenças que impedem ou dificultam a expansão do pulmão (exemplo: fibrose cística).
Trata-se da razão entre o volume expiratório forçado e a capacidade vital forçada que tende a diminuir com a idade. Valores abaixo do normal podem indicar asma, DPOC, bronquite crônica ou enfisema.
A espirometria costuma ser um teste tranquilo e seguro. O que pode acontecer é que o paciente se sinta tonto ou com falta de ar após o processo, o que é comum.
O teste raramente causa problemas respiratórios nos pacientes, e não é feito em pessoas com condições cardíacas instáveis, já que é necessário realizar um certo esforço durante o exame.
Após a realização do exame, não há necessidade de repouso. O paciente pode retomar suas atividades normais.
Rafaela Sarturi Sitiniki
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