A atenção com a saúde deve envolver cuidados com todo o corpo. O sistema reprodutor masculino conta com especialistas e exames para avaliar a integridade das estruturas, buscando diagnósticos e opções para manter ou recuperar a saúde masculina.
Índice — neste artigo você irá encontrar as seguintes informações:
O espermograma é um exame que analisa a saúde da próstata e dos espermatozoides produzidos pelo homem através de uma amostra de sêmen coletada por via da masturbação, seguindo as orientações da Organização Mundial da Saúde.
Comumente, o teste é solicitado por um urologista, mas também pode ser recomendado por médicos especialistas em reprodução humana e até mesmo por um endocrinologista.
Ele também é conhecido como “análise do sêmen”, “contagem espermática”, “citologia seminal” ou ainda “estudo da morfologia espermática”.
E tem como objetivo apontar dados sobre a saúde reprodutiva do paciente, como as condições da próstata.
Os médicos normalmente realizam três espermogramas independentes para obter resultados mais conclusivos e fidedignos.
Os exames normalmente são feitos com um intervalo de uma a duas semanas entre si para que a mesma quantidade de material seja coletada para análise.
Além de ser mais prático e conclusivo que o exame de infertilidade feminino, que só pode ser feito em períodos que coincidam com o ciclo menstrual, o espermograma não é um exame invasivo, é indolor e não apresenta riscos à saúde.
O espermograma normalmente é indicado quando casais estão tendo problemas na hora de engravidar. Através da contagem e da análise morfológica do esperma, o exame vai definir a possível razão de infertilidade.
O exame também é indicado para homens que fizeram vasectomia e busca indicar o sucesso ou o fracasso da operação.
Os médicos normalmente indicam aos seus pacientes fazerem o exame uma vez ao mês durante três meses para testar a eficácia do procedimento.
Leia mais: É possível fazer vasectomia pelo SUS?
Através de uma análise laboratorial do sêmen (fluido que contém espermatozoides, açúcar e proteínas e que é liberado pelo homem através da ejaculação), o espermograma busca, também, medir os seguintes fatores:
O exame busca, enfim, definir se existe alguma razão física, genética ou imunológica que possa estar causando infertilidade no homem.
Primeiro é preciso colher uma amostra de líquido seminal para ser analisada em laboratório. A coleta deve ser feita, preferencialmente, já no laboratório, apesar de poder ser feita em casa, e a amostra deve ser armazenada em um recipiente de boca larga devidamente esterilizado.
A coleta pode ser feita por meio de:
Masturbação (sem lubrificante): a amostra de líquido seminal é despejada no recipiente de coleta.
Coito interrompido: quando o homem retira o pênis do(a) parceiro(a) instantes antes da ejaculação e despeja a amostra de líquido seminal no recipiente de coleta.
Camisinha especial: não contém espermicida e é limpa de lubrificantes que podem interferir nos resultados do exame.
Após a coleta do líquido seminal, a amostra deve ser levada ao laboratório para que os testes sejam conduzidos.
Para a obtenção da melhor amostra possível é necessário:
Os resultados do teste podem não ser conclusivos caso:
Ao realizar o exame de espermograma, uma série de níveis são analisados, como:
É sempre importante levar os exames para o médico avaliar, mas em geral o que se tem é:
O laboratório ou clínica pode influenciar no valor do exame de espermograma. Mas, em geral, o exame tem uma faixa de preço entre R$70 e R$200 reais. Convênios particulares ou clínicas de preços populares podem apresentar valores mais baixos, cobrindo uma parte ou o valor integral do procedimento.
O espermograma pode indicar os seguintes problemas:
Ao analisar a viscosidade e a acidez das amostras pode-se identificar problemas com a próstata do paciente.
Caso resultados anormais sejam encontrados, os médicos podem indicar exames de toque retal ou biópsia da próstata para acatar ou descartar possíveis diagnósticos.
Trata-se da ausência de espermatozoides na amostra de líquido seminal.
Resultados como esse se manifestam através de um volume diminuto de líquido seminal coletado causados por infecções bacterianas, DSTs ou obstruções nos canais seminais. Indicador de infertilidade.
Trata-se de uma concentração de espermatozoides por mL inferior ao normal.
Essa baixa concentração pode ser causada por infecções no sistema reprodutor, varicocele, DSTs, ou então se manifestam como efeitos colaterais de medicamentos como o cetoconazol ou o metotrexato.
Acontece quando os valores de motilidade (progressiva ou não progressiva) e vitalidade são menores do que o padrão. Ela pode ser causada por excesso de estresse, alcoolismo, ou doenças autoimunes, como o HIV.
Trata-se da má formação dos espermatozoides alterações morfológicas. Pode ser causada por varicocele, uso de drogas, ou inflamações no sistema reprodutor.
Alguns termos que aparecem nos resultados de espermogramas podem não ser compreendidos por pessoas leigas. Entenda:
A partir da conclusão do exame, o médico poderá prescrever exames e procedimentos complementares ao espermograma. Entre os mais frequentes, estão:
O exame analisa a taxa de DNA fragmentado, isto é, desprendidos dos espermatozoides, contido no líquido seminal. Altas taxas de fragmentos de DNA no sêmen estão relacionadas à abortos espontâneos e maior infertilidade.
É como um espermograma normal, só que feito com lentes que aumentam em até 1.000 vezes e que permitem uma análise muito mais precisa da morfologia dos espermatozoides observados nas amostras.
É uma análise dos cromossomos contidos dentro do espermatozoides. A partir desse exame, é possível saber a quantidade de espermatozoides deficientes e que podem estar causando a infertilidade.
Este exame é voltado a pacientes que possuem algum tipo de infecção viral que possa ser transmitida ao feto, como Hepatite e HIV. Depois de se separar os espermatozoides através de uma centrifugação, uma análise deles é feita e, uma vez comprovada a não infecção dos espermatozoides, eles já podem ser utilizados para a fertilização.
É um processo que visa preservar a fertilidade de pacientes que esperam para iniciar um tratamento quimioterápico. O sêmen é congelado para o caso das células eventualmente pararem de ser produzidas.
Estima-se que aproximadamente 40% das lesões causadas no esperma possuem relação com os radicais livres antioxidantes, que podem promover danos nos genes, inclusive.
As vitaminas são compostos orgânicos e nutrientes essenciais que o organismo não consegue produzir por conta própria. O seu consumo pode melhorar a produção de hormônios sexuais e ajudar na contagem e na qualidade do esperma. Confira as principais:
A vitamina A é essencial para a produção de hormônios sexuais masculinos. A carência dessa substância no organismo pode reduzir o volume de sêmen, a quantidade e a morfologia dos espermatozoides.
As principais fontes de vitamina A incluem:
A vitamina E possui uma importante ação antioxidante que ajuda manter a qualidade da membrana celular dos espermatozoides, evitando que ela seja danificada pela ação dos radicais livres oxidantes.
A deficiência dessa vitamina pode levar à degeneração do tecido testicular.
As principais fontes de vitamina E são:
A vitamina C é outro importante antioxidante. É vital para manter diversas funções do organismo e também uma das vitaminas essenciais para o desenvolvimento de espermatozóides saudáveis.
Essa substância aumenta a mobilidade e impede os espermatozóides de se acumularem, um fator de grande importância para que eles consigam atingir o óvulo.
Os principais alimentos ricos em vitamina C são:
O selênio é uma substância extremamente importante para formar espermatozóides bem modelados e mantê-los num número considerado normal. Também é um antioxidante que protege essas células da ação dos radicais livres.
Pode ser encontrado em:
O zinco é de extrema importância para a formação de espermatozoides saudáveis.
Trata-se do mineral mais importante na função sexual masculina e é usado em quase todos os aspectos da reprodução, como o metabolismo da testosterona, o desenvolvimento dos testículos e a produção de espermatozoides.
Além disso, é extremamente importante para regular a mobilidade e a quantidade de espermatozoides. Boas fontes de zinco são:
Além de trazer uma série de benefícios para a saúde, como a perda de peso, o exercício físico pode ajudar a melhorar a motilidade dos espermatozoides ao regular os hormônios.
Existem fortes evidências que relacionam a obesidade à deficiência na produção de esperma. Homens com excesso de peso e que desejam melhorar sua fertilidade devem buscar perder peso e se adequar ao IMC ideal.
O estresse pode reprimir e diminuir a função sexual, causando um grande desequilíbrio hormonal quando sentido a longo prazo. Sempre que possível, tome medidas para administrar o estresse, como técnicas de mindfulness, respiração profunda e outras atividades relaxantes.
Situações que aumentem muito a temperatura escrotal, como banheiras de hidromassagem, sauna, trabalhar com o notebook no colo e usar roupas íntimas apertadas podem atrapalhar na síntese de espermatozoides.
É comprovado cientificamente que o tabaco duplica o número de radicais livres, reduz a quantidade e a mobilidade dos espermatozoides e aumenta o risco de anormalidades no esperma e defeitos genéticos no embrião.
Beba, pelo menos, 2 litros de água por dia, pois o sêmen é constituído principalmente de água.
A infertilidade é um problema sério que pode atingir a vida de muitos casais que desejam engravidar, mas que é muitas vezes reversível. Caso esteja tendo problemas para engravidar, consulte um médico.
Se tiver mais dúvidas a respeito do espermograma, comente abaixo e ficaremos felizes em respondê-las.
Rafaela Sarturi Sitiniki
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