Doença de Wilson, também conhecida como degeneração hepatolenticular, é uma condição genética e hereditária. Considerada rara, a doença atinge 1 a cada 30.000 pessoas, afetando homens e mulheres nas mesmas proporções.
No artigo a seguir, você descobre mais sobre a condição, seus sintomas, diagnóstico, tratamento e como deve ser a alimentação do (a) paciente. Confira!
A Doença de Wilson (CID 10 - E83.0), é uma condição na qual o fígado do (a) paciente não excreta adequadamente o cobre na bile, ocasionando um acúmulo do mineral no órgão. Quando há esse acúmulo, o fígado fica lesionado e libera cobre na corrente sanguínea e, consequentemente, se acumula no cérebro, rins e olhos.
A condição é genética e hereditária e tem como causa mutações no gene ATP7B. O (a) indivíduo (a) tem a doença quando herda dois genes com a mutação de ambos os pais, portanto, pessoas com apenas um gene com a mutação são consideradas portadoras.
Os sintomas da condição variam e normalmente começam a se manifestar entre os 5 e os 35 anos de idade. Entre eles estão:
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O diagnóstico da condição é feito por meio de exames laboratoriais, como o exame oftalmológico com a chamada lâmpada de fenda, exames de sangue e de urina e, em alguns casos, a biópsia do fígado.
Entre os exames de sangue e de urina solicitados estão:
O (a) médico (a) leva em consideração os sintomas, o histórico médico e familiar e o resultado dos exames. Ademais, o diagnóstico precoce diminui as chances de sequelas graves.
O tratamento da doença busca remover o excesso de cobre no organismo e é feito com medicamentos, suplementos de zinco e mudanças na alimentação. Entre os medicamentos utilizados estão a penicilamina e a trientina, que auxiliam a excreção do cobre por meio de ligações químicas.
Além disso, em casos extremos alguns (as) pacientes podem necessitar de um transplante de fígado.
Ademais, o tratamento da doença estabelecido por um (a) médico (a) deve ser feito por toda a vida.
A alimentação adequada é um auxílio importante no tratamento da condição, os (as) pacientes diagnosticados precisam evitar, por toda a vida, o consumo de alimentos ricos em cobre. Entre os alimentos que devem ser evitados estão:
Além disso, os (as) pacientes devem entrar em contato com um (a) médico (a) antes de consumir suplementos vitamínicos ou minerais, devido ao fato de que estes podem conter cobre em suas composições.
A Doença de Wilson não tem cura. O tratamento da condição, que dura por toda a vida, é realizado como forma de prevenir complicações, diminuir os sintomas e aumentar a qualidade de vida do (a) paciente. Além disso, a pessoa diagnosticada com a condição deve ter acompanhamento médico frequente.
Com o tratamento adequado, a expectativa de vida para os (as) pacientes diagnosticados (as) com a Doença de Wilson costuma ser similar à da população geral. Contudo, quando o diagnóstico é tardio ou quando a condição não é tratada, ela pode ser fatal e levar ao óbito antes dos 30 anos de idade.
Não há como prevenir a Doença de Wilson, mas o diagnóstico precoce ajuda a prevenir suas complicações. Os (as) pacientes com parentes de primeiro grau que têm a condição devem entrar em contato com um (a) médico (a) para realizar exames e, no caso de diagnóstico positivo, iniciar o tratamento o quanto antes. ____________________
Este artigo tem caráter informativo e não substitui a avaliação médica. Se você se identificou com quaisquer dos sinais da doença, procure ajuda médica imediatamente!
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Rafaela Sarturi Sitiniki
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